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História Lethe - Um bom filho a casa torna


Escrita por: Vyvs

Notas do Autor


Gente tenho planos de finalizar a fanfic amanhã. Vamos deixar o textão para amanhã então, non é non? Só quero agradecer a todo mundo ❤

Capítulo 30 - Um bom filho a casa torna


Jiwoo não teve paciência para esperar Jay. Ela saiu desnorteada pelas ruas torcendo para que Matthew não a alcançasse. Não queria vê-lo e nem precisava de mais brigas, só precisava esquecer daquele sentimento louco que aquele cafajeste plantou dentro do seu coração. 

Sabia que estava errada por permitir que aquela paixão crescesse dentro de si, mas ela foi teimosa e permitiu a aproximação dele, e agora estava na seguinte situação: a maquiagem borrada, os olhos inchados e a aparência terrível enquanto cambaleava pelas ruas. 

Maldita hora em que Minhyuk pediu para Jiwoo avisar Matthew que ele estava indo embora mais cedo. Não queria ter presenciado cena tão íntima entre o professor e a aluna. 

Agora ela possuía um coração partido.

Precisava ir ver a mãe e pedir conselhos para ela antes que o pai chegasse. A senhora Jeon era bastante submissa ao esposo e certamente não defenderia a filha caso o homem a julgasse como burra ou fraca. A mãe era uma ótima mulher, só não era forte o bastante para impor sua opinião para o companheiro. 

Há alguns anos o senhor Jeon expulsou a filha de casa pelo simples fato da garota ter feito sexo antes do casamento. Jiwoo tinha um namoradinho na época e os dois tiveram uma bela noite de amor, mas o pai da garota ouviu tudo quando ela narrou a primeira vez dela para a mãe.

O homem a esbofeteou e disse que em sua casa não cabiam vadiazinhas como a filha. Despachou a menina de casa no dia seguinte. Com as poucas economias que lhe sobraram Jiwoo comprou uma passagem para Seul e foi morar com a avó materna no atual apartamento em que os pais moravam desde o acidente que lhe roubou parte da memória. 

Desde então ela usava a herança que a avó lhe deixou para pagar a faculdade e despesas da casa até se formar como professora e ir morar com Jay.

Antes de chegar ao apartamento dos pais uma garota muito bonita parou de frente para Jiwoo e a olhou de cima a baixo.

Ela usava um vestido preto colado ao corpo que marcava suas curvas com decote ombro a ombro, saltos altos e com a mão arrastava uma mala prateada de rodinhas.

Os cabelos castanhos escorriam lisos até pouco baixo dos  ombros, os lábios estavam pintados de vermelho e um par de óculos escuros escondiam os olhos. 

— Jiwoo! — a desconhecida exclamou. 

— Me desculpe, mas... 

— Eu peço que me ouça, por favor — pediu a desconhecida. 

“Como essa garota sabe meu nome?” a loira indagou para si mesma. Deixou-se ser arrastada pela desconhecida até uma cafeteria próxima, sentindo a maciez da mão dela sobre seu pulso. 

Sentaram-se em uma mesa redonda para duas pessoas. A morena parecia tão nervosa, agitada, que Jiwoo permaneceu parada devido ao seu estado catatônico desde que  saiu do trabalho. 

As duas garotas ficaram em silêncio por alguns instantes. Jiwoo porque não sabia o que a desconhecida queria e a morena por não saber como começar a dizer o que sentia a necessidade. 

— Eu entendo que você sinta raiva de mim, mas eu preciso ao menos te explicar o que aconteceu... 

— Raiva? Como assim? — indagou a loira confusa com tantos acontecimentos de uma vez só. 

— Quer dizer que você não sente raiva de mim? — a morena parecia esperançosa com aquela possibilidade. 

— Eu nem te conheço! — exclamou a professora, estupefata de tanta confusão. Sentia que sua cabeça ia explodir. 

— Como você diz para sua antiga amiga que não a conhece? Não se faça de desentendida Jiwoo, por favor — a estranha respirou fundo e se concentrou nas palavras. — Eu tenho que pedir perdão por atrapalhar seu romance com Matthew dois anos atrás. Eu dizia ser sua melhor amiga, mas eu fiquei com o homem que você amava mesmo sabendo disso. 

— Meu romance com Matthew? Como assim? O que você quer dizer?

— Vocês dois se amavam! Matthew me usou como uma válvula de escape para se esquecer de você. Ele sempre foi tão atencioso comigo... BM  não era como os outros rapazes que apenas me usavam e me descartavam logo em seguida. Você ficou tão triste na época... — Jiwoo não sabia o que dizer. Os músculos pareciam não obedecer aos comandos repassados por seu cérebro. 

— Há dois anos eu sofri um acidente de carro — começou a loira. — Eu me esqueci de tudo ocorrido desde a morte da minha avó. Desde então eu me sinto tão vazia... Você poderia me contar o que aconteceu nesse meio tempo? — a morena pareceu em choque com aquela informação, mas ela pareceu explicar muita coisa. 

Segurou as mãos pequeninas da amiga repousadas encima da mesa e a encarou de maneira compadecida. 

— Você conheceu um rapaz chamado Matthew Kim, um recém-chegado de Los Angeles, quando foi visitar a avó no cemitério pouco antes de ingressar na faculdade. Ele lhe deu uma rosa branca e desde então vocês se apaixonaram, mas eram tão idiotas que não conseguiam confessar para o outro. Nós duas nos conhecemos na faculdade e nos tornamos amigas — naquele momento a morena começou a chorar. — Você não estava interessada no meu dinheiro ou na beleza que eu supostamente tenho. Porém eu fodi tudo quando comecei a namorar Matthew. Fomos nos afastamos cada vez mais até que você nem me olhava mais nos olhos. Então BM terminou comigo e eu fui terminar a faculdade na França.

— E-e Jay? 

— Era um babaca que dava encima de você, todavia, certa como sempre foi, você não aceitava um relacionamento com ele pois não o amava.

— Somin... — chamou Jiwoo, sem saber de onde viera aquele nome. 

Foi como uma supernova em seu cérebro. 

Informações explodiam em todos os cantos da sua cabeça.

Imagens de rosas, brancas e vermelhas, cartazes, um sorriso em especial. Jiwoo sentiu uma terrível tristeza tomar seu coração, para logo em seguida um misto de felicidade e saudade lhe invadir. O cérebro parecia supercarregado e prestes a explodir. 

Somin se preocupou com a expressão de terror que a amiga fez. Parecia estar desligada de todo o mundo. Na verdade o desespero veio quando Jiwoo caiu desacordada no chão, fazendo um estardalhaço de livros, cadeira e mesa ao tocarem o solo. 


Notas Finais


Muita treta vish
Muita treta vish


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