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História Letters to a warrior (Imagine Jungkook) - Spring Day


Escrita por: coelhinhakawaii

Notas do Autor


Oi pessoas, espero q gostem.
O cenário da história se passa um ano depois da guerra entre as Coreias.

Boa leitura! ^^

Capítulo 1 - Spring Day


Fanfic / Fanfiction Letters to a warrior (Imagine Jungkook) - Spring Day

                                                                                                      1950

Você estava sentada em sua penteadeira enquanto escovava seus cabelos. Você direcionou o olhar para a janela atrás de você e um sorriso inocente se formou em seus lábios rosados. O sol entrava em seu quarto de tal maneira que o iluminava por inteiro, as cortinas balançavam suavemente permitindo que uma leve brisa soprasse em seus cabelos. Logo você ouve batidas violentas em sua porta e ela aberta, revelando a expressão de desaprovação da sua mãe ao ver que você ainda usava camisola.

— Quantas vezes tenho que dizer para se arrumar, por acaso devo lembrá-la novamente que dia é hoje, sua estúpida? — Sua mãe levantou o leque que segurava a ameaçando bater em você.

Hoje seria o dia em que decidiriam o dia de seu casamento com um dos coreanos mais ricos da Coreia do Sul. Suas famílias seriam unidas a fim de fortalecer financeiramente a sua família. Tudo teria que sair como o planejado, caso contrário sua família passaria por fome, e tudo seria sua culpa.

— Sinto muito, omma. — Você se curvou em sinal de respeito.

— Ande, ajudarei a se vestir. 

[...]

Todos estavam reunidos na pequena sala da sua casa, todos estavam ansiosos para vê-la, inclusive seu noivo que gostaria de conhecê-la melhor. Assim que você apareceu com seu hanbok de cores vivas e brilhantes,seu noivo não pode deixar de esboçar um pequeno e orgulhoso sorriso.

— (S/N), quero que conheça Jeon Jungkook. — Seu pai falou com um sorriso divertido em seus lábios, afinal, sua filha mais nova iria finalmente se casar com um homem rico. Já que sua irmã havia se casado com um homem milionário, seu pai queria que você tivesse o mesmo destino de sua irmã mais velha.

Você se curvou, o homem a sua frente não pode controlar o sorriso de felicidade já que percebeu que sua noiva era linda. Ele fez um sinal com a cabeça indicando para você se sentar ao seu lado. Você assentiu e sentou ao lado do garoto, ainda envergonhada já que o mesmo era 'maravilhosamente lindo'.

Ele chegou mais perto de você para que assim conseguisse o ouvi-lo, já que seus pais faziam questão de serem os mais barulhentos possível.

— Sei que somos noivos, mas eu estou meio envergonhado por não saber nada de você. — Ele falou próximo ao seu ouvido. Você sorriu sentindo-se insegura, por mais dócil que fosse o rapaz.

— Que tal aproveitarmos esse jantar para nos conhecermos melhor? — Você sussurrou de volta e o mesmo retribuiu o sorriso.

[...]

Após o jantar, seu pai não continha as gargalhadas de alegria, afinal o jantar havia sido um sucesso, o casamento ocorreria no fim de junho daquele ano. Você não poderia conter a insegurança que estava a sentir, já que o rapaz parecia ser falso. Estava insegura o suficiente para começar a odiá-lo.

Sua vida já estava decidida. Você se casaria com Jeon Jungkook, um dos homens mais ricos da Coreia do Sul, e, se tivessem sorte, teriam um filho homem. Passaria o resto de seus anos se dedicando ao seu marido e a educação e bem-estar de seu filho. Essa seria sua vida a partir daquele momento, você aceitara seu destino, não havia nada que você, uma simples garota de dezessete anos pudesse fazer para alterar o seu destino.

Todos os dias, antes de dormir, você saía de casa escondida para ver a lua e as estrelas que brilhavam mais que o sol. Você é uma garota que é apaixonada pelas constelações, e por isso possou a  observá-las todas as noites ou sempre que pudesse. Você saiu de casa na ponta dos pés para que ninguém percebesse sua saída, por mais que os barulhos das madeiras atrapalhassem seus passos.

Você se sentou na varanda da sua casa e ergueu a cabeça para apreciar a dádiva de Deus. As estrelas estavam mais brilhantes naquela noite, a lua fazia com que você se lembrasse da mesma em 1948. Um sorriso bobo apareceu em seus lábios enquanto olhava para a grande lua. Você se levantou e olhou para o horizonte, uma corrente elétrica percorreu seu corpo. Depois de passar por uma pequena mata que tinha perto da sua casa, havia a fronteira que separava a Coreia do Norte e a Coreia do Sul. Você sabia que era errado se distanciar de casa, mas algo lhe dizia que você deveria ir, afinal, você não sabia quando poderia ir novamente já que se casaria com Jeon Jungkook.

Você entrou para dentro de casa novamente para se certificar que seus pais estavam a dormir. Assim que viu que suas chances de irem até a fronteira aumentaram, você saiu correndo de dentro de casa e correu para a pequena floresta, ainda de pés descalços. Você sabia que teria de ser cautelosa, sabia que qualquer deslize que desse resultaria no fim de sua vida e de sua família, mas mesmo assim você queria correr esse risco.

Você andava cautelosamente pela floresta, cada barulhinho lhe assustava e você corria para longe, mas, mesmo assustada, não podia deixar de sorrir, afinal você estava fazendo algo radical de mais para sua idade e isso a fazia sentir algo novo e diferente, você só sabia que queria ir até o fim. A rua deserta fazia você sentir um pouco de medo e um pouco de adrenalina. 

Assim que chegou na pequena fronteira que separava os países, você olhou para a Coreia do Norte inexpressiva, afinal, você não via nada de grandioso, era como se você estivesse em frente a um espelho, nada mudava. Era o mesmo chão, as mesmas planta e as mesmas casas, simples e organizadas. Isso fez com que ficasse decepcionada, porém, após ouvir um barulho a sua frente, tentou se esconder nas plantas altas ao seu lado. Você se agachou em meio as plantas e começou a tremer. E se alguém havia a visto? Essas seriam as consequências da sua imprudência? Seu casamento, sua vida e sua família iriam ser exterminadas?

Você ouviu alguns passos se aproximarem de você, o que fez com que você entrasse em estado de choque. Você pode apenas ouvir um sussurro.

— Quem é você? Está tudo bem?

A voz grossa do rapaz fez com que você se arrepiasse. Você estava muito nervosa ainda e não conseguia se levantar. Você se assustou ao ver que o rapaz estava passando em meio as plantas até te encontrar escondia em meio ás ervas daninhas. Ele lhe olhou surpreso e sua boca ficou entreaberta revelando seus dentes de coelho.

— Por favor, não conte a ninguém que estou aqui. — Falou em um fio de voz. Cobriu seu rosto com as mãos, seus olhos marejaram. Sentiu mãos quente e macias passearem por meus cabelos, olhei para cima e o garoto esboçou um pequeno sorriso.

— Eu não faria isso com uma pessoa que está tentando ser livre. — Falou ele quase sussurrando. — Mas quero que me diga, o que está fazendo aqui? — Ele se agachou a sua frente enquanto limpava suas lágrimas.

Você afastou suas mãos de seu rosto, não sabia a causa de seu noivo estar ali, talvez perseguindo-a? Isso fazia com que o odiasse ainda mais, mesmo que não soubesse nada sobre o rapaz  como poderia estar tão íntima com ele. Estava assustada, afinal, seu futuro marido, que agora era denominado "odiado", estava junto a sua pessoa

— Hey...primeiro me diga você, o que está fazendo aqui? — Questionou, o que fez com o rapaz a olhasse surpreso, já que não havia lhe visto assim, agressiva.

Ele suspirou pesadamente e ergueu a cabeça para fitar o céu.

— Acho que fugindo.

— Fugindo?

— Minha mãe esta muito doente, apesar não aparentar tal forma. Meu pai pressiona-me para casar contigo, ele diz ser para ajudá-los financeiramente, mas não parece importar-se com meus sentimentos... — Ele parou de falar e dirigiu o olhar para você que escutava atentamente cada palavra — Acho que falei de mais, mas e você?

— Eu? Bem, eu...acho que também estou fugindo um pouco da minha vida. Queria apenas saber como era ver as estrelas do outro país.

— Sei que está a casar-se comigo obrigatoriamente e, sei que provavelmente não sentimos nada um pelo o outro, mas tentarei lhe tornar a mulher mais feliz do mundo, não é como se eu fosse um homem ruim, eu só... — Ele atrapalhava-se em suas palavras, o que lhe causou alguns risos. — O que eu gostaria lhe pedir é que me falasse seu nome novamente.

— Não sei se devo te dar essa informação. — Respondeu, com seu tom carregado por sarcasmo.

— Eu quero saber mais sobre minha futura esposa. Eu quero estar mais com sua pessoa. Quero conhece-la melhor que ninguém.

O rapaz lhe olhou e notou que estava envergonhada, ele, mesmo não parecendo, estava morto de vergonha, ele nunca havia conseguido ficar perto de uma garota por muito tempo, por conta do seu medo pelas mesmas.

— O que estamos a fazer é errado. — Você falou já se levantando quando o rapaz lhe puxou pela mão.

— Por favor, podemos recomeçar?

Você assentiu, ainda envergonhada com o toque repentino do rapaz. Você não pode deixar de esboçar um sorriso, já que ele era o primeiro garoto que havia tido contato que não fosse seu pai.

— Meu nome é (S/N), agora me fale o seu.

— Jeon. Jeon Jungkook.

Um amor inocente surgiu em meio aos laços desconhecidos. O garoto colocou sua mão sobre a sua e a olhou no mais profundo de seus olhos e, naquele lugar, ocorreu seu primeiro beijo, doce e carinhoso.

Mesmo que guerras viessem a destruir lares, mesmo que vidas inocentes viessem a falecer, mesmo que sorrisos viessem a desaparecer, seu amor puro e inocente não iria morrer. O ódio transformou-se em amor. 

Alguns anos depois...

Após a guerra entre as Coreias ser oficialmente confirmada, seu marido rapidamente foi alistado para a guerra. Todos os dias tornaram-se uma tortura. 

Casas foram destruídas, milhares de corpos já sem vida, já não tinha mais porque sorrir.

Sua família, juntamente com você, tiveram que se mudar para um pequeno vilarejo mais distante. Uma idosa que ali morava, chegou em nossa casa com os olhos marejados. Sua mãe foi rapidamente ver o que se passava com a senhora.

— Seu marido — Apontou para você que começou a soar frio — Jeon Jungkook...Parece que ele está morto.

Antes que percebesse, já se encontrava no chão com as lágrimas escorrendo pelo seu rosto freneticamente. Jeon Jungkook estava morto?

Sua mãe veio ao seu encontro abraçando-a fortemente enquanto a consolava.

— Elas voltarão daqui a duas semana, não perca-te em pensamentos como este. — Assentiu, mas na verdade, já era tarde de mais.

Você não olhava mais para as estrelas, tão pouco dormia a noite. Seu marido, seu amado estava morto, assim como seu sorriso. Já não tinha mais razão para sorrir.

[...]

As semanas passaram-se rapidamente e, antes que percebesse, já estavam indo reencontrar seus parentes. Seu pai ainda era jovem, por isso, obrigaram-no a se alistar.

Seu pai fora a primeira pessoa que encontraram. Os abraços calorosos que seu pai lhe dava lhe causava certa nostalgia. Olhou em volta com esperança em seus olhos, procurando por Jungkook, porém não dava sinais de que realmente estava por ali. Suas últimas esperanças se foram. Sua fixa caiu, Jeon Jungkook estava morto.

Antes que uma lágrima rolasse por seu rosto, sentiu uma mão calorosa pousar em seu ombro, rapidamente virou-se para trás e passou a fitar o rosto machucado de Jungkook que tentava esboçar um sorriso. Você não pode deixar de esboçar um sorriso, rapidamente o abraçou, ignorando seus gemidos de dor. Mesmo segurando-as, suas lágrimas rolaram por seu rosto, sentia-se aliviada e feliz. Você o soltou e o encarou, ainda com um sorriso em seu rosto.

— Eu pensei que...como? — Questionou afobada.

— Não irá livrar-se de mim tão facilmente. — Respondeu e a beijou. Um beijo de amor misturado com saudade. Ele apertou seu corpo contra o dele e assim ficaram até ficarem ofegantes.

[...]

A noite havia iniciado. Todos estavam comemorando a volta de seus entes queridos, incluindo nossa família. Sentou-se na varanda e passou a fitar o céu, o que não fazia a semanas, pois agora o olhava com alegria em seus olhos.

Logo sentiu alguém envolver sua cintura, olhou para o lado e viu jungkook com sua pessoa. O rapaz sorria gentilmente enquanto olhava para as estrelas juntamente a você. Você voltou a fitar a lua com um sorriso bobo estampado em seus lábios rosados.

Em 1954, Naquela linda noite de primavera, a lua brilhava mais que nunca


Notas Finais


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