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História Like a Dream - Capítulo 13


Escrita por: MCDS_Cristal

Notas do Autor


Perdão, perdão, perdão.
Mil perdões pela demora!
Não foi minha intenção demorar tanto assim, mas fiquei completamente ocupada com algumas coisas e não tive tempo para postar.
Este deveria ser realmente o último capítulo de Like a Dream, mas mudei de ideia e terá uma continuação.
Espero que gostem!

Capítulo 14 - Capítulo 13


Décimo Terceiro Capítulo – Epílogo

Uma surpresa inesperada.

_ Ora, papai! Por que mesmo temos que ir neste jantar? Aquelas pessoas são tão insuportáveis. - reclamei pela milionésima vez para o homem a minha frente. 

O moreno alto de brilhantes olhos cinza apenas riu da minha situação, enquanto eu inutilmente tentava deixar meus cabelos ruivos apresentáveis. 

_ Eles não são tão ruins assim, minha filha. E isso é algo importante para Elizabeth, faça um esforço por ela. - disse ele seguindo até o berço de madeira que estava ali e pegando em seus braços o menino de apenas três meses de vida, que resmungava em um claro sinal de que começaria a chorar. 

Desisti de domar meu cabelo e o deixei do jeito que estava, sentando na cama e observando Robert O'Larre segurando Simon, o membro mais novo de nossa família. 

Já fazia quase um ano desde minha última aventura em Nárnia e muitas coisas aconteceram desde então. 

Não fiquei por muito mais tempo na casa da Tia Judith e de seus filhos, pois logo que a situação de Liz, a minha madrasta, se estabilizou, nós nos mudamos para Londres onde ela poderia manter consultas regulares com um bom médico até o nascimento do meu irmão. 

E desde então estamos morando na Inglaterra. 

Infelizmente durante todo esse tempo não consegui encontrar nada que pudesse me ajudar a entrar em contato com os irmãos Pevensie e não me aguentava de tanta saudade deles. 

Principalmente de um certo moreno. 

Desviei meus pensamentos quando minha madrasta atravessou o batente da porta do quarto. 

_ Todos prontos? - perguntou ela terminando de colocar seu colar, e apenas assentimos - Ótimo! Então vamos, não gosto de deixa-los esperando. 

_ Eu não entendo como você consegue se dar tão bem com eles. - falei para Liz enquanto descíamos às escadas da casa - O Senhor e a Senhora Mísero eu até entendo, o homem é seu parente, mas o filho deles já é um absurdo. Não existe garoto mais mimado e irritante que ele. 

_ É apenas um jantar, Samantha. Você irá sobreviver. - brincou meu pai, beijando o topo da minha cabeça. 

_ Eu não tenho certeza. Do jeito que aquele garoto é, não duvido nada de que ou eu morro de tédio e de irritação, ou eu arranco a cabeça dele fora. - resmunguei seguindo os dois pela rua. 

_ Lembre-se de que já faz um tempo em que não nos reunimos. - falou Elizabeth - Desde umas semanas antes de Simon nascer, e eles estão curiosos para conhecê-lo. 

Não respondi nada e apenas continuei andando. 

Nossa casa não era tão longe da dos Mísero, mas nosso contato era pouco. O único momento em que tinha de estar junto deles era durante os jantares que aconteciam uma vez por mês desde que viemos morar em Londres, e eu já achava que era tempo demais.

Caminhamos juntos pelas três quadras que nos afastava do nosso destino, sentindo os últimos rádios de sol do dia em nossos rostos.

Paramos somente quando chegamos em frente a uma casa simples de dois andares. 

Depois de três batidas na porta, ela foi aberta por uma mulher de cabelos cor de areia e de pele parda. Alberta Mísero seria uma pessoa melhor se não fosse tão nariz em pé. O mesmo se diz sobre Arnaldo Mísero, que estava parado ao lado de sua mulher. 

Mas o filho conseguia superar os pais. Por ser filho único, acabou por ser tornar uma criança mimada e arrogante, e era de certa forma inteligente, só não usava isso para algo bom. 

E não preciso falar de seu interesse por insetos. É algo muito estranho. 

_ Elizabeth! - exclamou Alberta com seu jeito contido - Pontual como sempre. Entrem, já está quase tudo pronto. 

Por dentro a casa é bem diferente do que qualquer um pode imaginar. Não possui muitos móveis, pois eles gostam de espaço. 

Devo confessar que pela primeira vez, o cheiro delicioso que vinha da cozinha me deixou com fome. Normalmente por eles serem vegetarianos, a comida nunca me pareceu apetitosa, mas parece que algo mudou hoje. 

_ Que cheiro delicioso, Alberta. - comentou Liz sentando-se no sofá - Está me deixando com água na boca. 

_ Tive ajuda dessa vez. - falou a mulher - Devo ter comentado com você que meus sobrinhos mais novos estão passando um tempo por aqui, já que os pais tiveram de viajar para os Estados Unidos e eles não poderiam os acompanhar. Minha sobrinha apesar de nova tem um ótimo jeito para a culinária. 

Ah, que maravilha! Além dos três ainda haviam mais dois, pensei. 

_ Sim, eu me lembro. E onde eles estão? - perguntou Liz ajeitando o bebê em seus braços. 

_ Logo eles desceram. Vá chama-los, Eustáquio. - ordenou o Senhor Mísero. 

Mesmo aparentando não estar contente com a ordem do pai, o menino se levantou e seguiu em direção à escada, mas parou ao escutar a voz de Liz.

_ Espere um pouco, querido. - disse ela para ele é logo depois continuou para mim - Por que não vai com ele? Assim podemos conversar um pouco e quando tudo estiver pronto nós os chamamos. 

Estreitei os olhos para ela, que sorria brincalhona para mim, não acreditando que ela queria que eu passasse mais tempo que o necessário perto daquele garoto. 

_ Tudo bem. - respondi a contra gosto, e segui atrás de Eustáquio. 

Caminhamos juntos até o último quarto do corredor que tinha a porta fechada. 

_ Já aviso que esses dois não são de classe, por isso não tem se quer um pingo de educação. - falou o garoto que, antes que pudesse fazer qualquer coisa, foi puxado pela gola da camisa assim que a porta foi aberta com brutalidade. 

_ Vou te mostrar a falta de educação! - a voz rouca e conhecida soou no mesmo momento em que a imagem do moreno com os olhos mais belos que já havia visto apareceram ao meu lado. 

Ele não havia mudado muito com o passar desse um ano desde que havíamos nos visto pela última vez. Além de ter crescido um pouco, seus traços ficaram mais fortes, o que o tornou ainda mais bonito do que já era.

Edmundo parecia não ter me notado ali e arrastou com força Eustáquio para dentro do quarto. 

_ Não faça isso, Edmundo! - exclamou a voz doce da menina que também estava ali.

A pequena que não é mais tão pequena assim, possuía uma expressão de preocupação no rosto, possivelmente pela briga que estava com medo de acontecer ali. 

Entre os dois, Lúcia foi a que mais mudou durante esses meses. Além da altura considerável que cresceu, ela estava começando a perder o jeito de menininha que tinha e se tornando uma mulher. 

_ Tire suas mãos de mim! - rugiu Eustáquio, mas pude sentir medo em sua voz e com razão, já que És era mais alto e mais forte que ele. 

_ E se eu não tirar? - perguntou o moreno sem paciência para o mais novo.

_ Eu contarei para minha mãe e ela colocará vocês dois na rua. - disse o menino. 

_ Ed, por favor! Solta ele. - suplicou Lúcia que tentava separar os dois que algo realmente acontecesse. 

Eu não consegui acreditar que depois de tanto tempo eu estava de novo em frente a meus companheiros de outro mundo, e que eu fosse os encontrar justo na casa dos Mísero. 

Era realmente uma surpresa inesperada.

Nunca poderia ter imaginado que eles seriam os primos de Eustáquio. 

Acabei deixando uma risada abismada escapar, o que chamou a atenção dos três para mim. 

Posso dizer que talvez os dois Pevensie que estavam ali deveriam estar tão incrédulos quando eu pela surpresa de nos encontrarmos assim.

_ Você me parecia ser mais calmo, Ed. - falei para o moreno com um grande sorriso estampado em meu rosto. 

_ Sam! - Lúcia exclamou feliz, correndo em minha direção e se jogando em meus braços em um abraço apertado. 

_ Eu não disse que um dia poderíamos nos esbarrar por aí?  - falei para ela assim que nos separamos - Você cresceu. 

_ Não poderia ficar baixinha para sempre. - brincou ela. 

_ Mas como você ainda é mais baixa do que eu, continuarei a te chamar de baixinha. - comentei logo erguendo os olhos para o moreno. 

Ele continuava na mesma posição de antes, segurando a gola da camisa do mais novo se que frouxo dessa vez. Me encarava como se visse um fantasma a sua frente e não pude deixar de me divertir com a expressão que tomava seu rosto. O meu deveria ter ficado do mesmo jeito quando havia os visto minutos antes.

_ Você está bem, Ed? - perguntei divertida para o moreno estático. 

Como se tivesse acordado de um transe, ele soltou o mais novo e caminhou até mim, me envolvendo em seus braços. 

No mesmo instante às imagens do nosso último dia em Nárnia invadiram minha mente e não consegui conter a vermelhidão que se espalhou pelo meu rosto naquele momento, assim que me lembrei do beijo. 

A risada que Lúcia deu me fez ter a certeza de que eu não era a única a me lembrar deste momento. 

Enterrei meu rosto na curva do pescoço do moreno tentando conter a queimação em meu rosto e como resposta Ed me apertou ainda mais em seus braços.

_ Senti sua falta, Samantha. - sussurrou ele em meu ouvido me causando arrepios. 

_ Também senti a sua. - confessei a ele. 

Nos separamos depois do que se pareceram horas, e me deixei ser levada pela escuridão que era seu olhar.

Eu não havia percebido que tinha tanta saudade assim desses olhos. 

Só voltei a mim quando a voz de Eustáquio se fez presente. 

_ Vocês se conhecem? - perguntou ele desconfiado. 

Foi aí que percebi que, para ele, não deveríamos nos conhecer já que não morávamos no mesmo lugar e não tinha como sabermos quem éramos. 

_ Não é da sua conta. - respondeu o moreno mal-humorado para o primo. 

_ Nós nos conhecemos a um tempinho atrás. - falei antes que ele fizesse mais alguma pergunta. 

Não me importava com o que ele iria pensar sobre a situação. Estava tão feliz por reencontrar meus novos amigos que não ligava para mais nada. 

Me sentia, de certa forma, completa naquele momento. 

_ Não me importo também. - resmungou o mais novo já se encaminhando para a porta - Só vim para avisar que é para descerem e só porque meu pai mandou. Por mim vocês poderiam até mesmo ir embora. 

_ Um dia eu acabo com ele. - declarou o moreno irritado se sentando na cama. 

_ Não acaba, não. Você não pode perder a cabeça por causa dele, Edmundo. - comentou a mais nova. 

_ Você fala como se fosse fácil. - disse ele - Aquele pirralho é muito mimado e irritante. 

_ Apenas o ignore. - falei - Funciona para mim. 

_ Então sua madrasta que é a irmã do tio Harold? - perguntou Lúcia sé sentando ao lado do irmão. 

_ Sim. E vocês são os sobrinhos da Alberta. É muita coincidência. - respondi - E Pedro e Susana? 

_ Susana viajou com nossos pais para os Estados Unidos, já Pedro está estudando com o professor Kirke. - respondeu a menina - Bom, estou muito feliz em te encontrar novamente, Sam. Mas acho melhor nós descermos, não queremos irritar tia Alberta. 

_ Teremos tempo para conversar depois, mesmo que seja outro dia. Agora que sabemos onde podemos nos encontrar fica fácil. - disse seguindo com eles para fora do quarto. 

Mas antes que pudesse começar a descer as escadas, senti sendo segurada pela mão e puxada de encontro a Edmundo, que segurou meu rosto com a mão livre e grudou seus lábios nos meus, exatamente como eu havia feito há um ano. 

_ Retiro o que disse mais cedo. - sussurrei com meus lábios ainda sobre os dele - Este jantar vai ser muito interessante.



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