História Like a Dream - Capitulo 1

Primeiro Capítulo 
" Nada acontece duas vezes da mesma maneira.”

Sonhos... São definidos pelas pessoas como um meio de escaparmos da realidade, de fugirmos da verdade. Mas o que é a realidade? E a verdade, qual é? 

A realidade para muitos é o simples fato do saber. Saber que existe somente coisas vindas de matérias provadas por cientistas, ser somente aquilo que podemos ver e sentir. Que possa ser explicado.

A verdade é aquilo que querem que acreditemos que geralmente não passam de mentiras. São apenas formulas hipócritas de humanos insensíveis de quererem provar e civilizar todas as coisas. 

Para mim, uma simples garota que ainda sofre com a perda da mãe e com a distância de um mundo diferente, que não pode ser explicado, acredito que a realidade e a verdade sejam um só, como se fossem entrelaçadas e unidas com o poder do que realmente acreditamos. E o sonho para mim é exatamente isso. 

Sonhar significa buscarmos uma realidade nossa, de um jeito que ninguém pode imaginar. E acreditarmos que tudo é possível, ate o impossível se torna possível. 

Às vezes pensamos que não somos capazes de buscar aquilo que parece inalcançável, pelo simples fato de não termos capacidade de ampliar os nossos conhecimentos e de nos esforçarmos. 

Nós, meros mortais, não temos conhecimento do poder que possuímos através de um simples sonho. Podemos até sermos imortais, mas nossa mente não é forte o bastante para tal coisa. 

E é por este motivo, que Nárnia nem sempre é alcançada. As pessoas não conseguem entender que nem tudo é crescimento, que nem tudo é normal. Não queremos somente civilização, queremos um mundo que acredite em novos horizontes. 

Nárnia para mim não é somente um mundo de magia em que tudo é possível, mas sim um mundo de felicidade e de conquistas. 

O meu mundo.

 (...) 

Sabe aquele momento em que tudo o que você mais queria acontece, mas não do jeito que você imaginava? É isso que se passa comigo. Meu maior sonho se tornou realidade, e eu não podia estar mais feliz com isso. 

Há momentos em que nada que falamos ou façamos pode mudar as coisas a nossa volta. E mesmo que odiamos o que estar para ser feito, não podemos interferir em absolutamente nada. Há algumas semanas minha madrasta descobriu estar grávida, e meu pai decidiu ir para os Estado Unidos com ela para que pudesse ser consultada com o melhor médico que existe, e isso foi logo depois dela ter sido diagnosticada com um grave risco na gravidez. O problema é que eu não poderia ir, pois meu pai disse que ainda sou muito nova para uma viajem assim e que não queria que eu ficasse sozinha, o que aconteceria se eu fosse com eles já que estariam a maior parte do tempo em uma clinica, e por esse motivo teria que ir morar com uma tia minha que a propósito, não gosta de mim. 

Tia Judith é uma mulher viúva de quarenta e dois anos, que tem dois filhos. Minha tia é irmã mais nova de meu pai e nunca foi com a cara da minha mãe, e tudo piorou quando ele finalmente acabou se casando, ela passou a odiá-la ainda mais e desde que eu nasci começou a me odiar também. Até hoje não consigo entender o motivo de tanto ódio. Depois que mamãe morreu Tia Judith pensou que meu pai estava livre de um empecilho, e só faltava o outro, que no caso sou eu. E meu pai nunca desconfiou que sua própria irmã pensasse assim. Quando ele se casou com minha madrasta, foi tudo ao contrário, minha tia a amou, e agora com a notícia de mais um integrante a família, é mais um motivo para ela me querer o mais longe possível. 

Já faz um mês que estou aqui e todo dia é a mesma coisa, minha tia gritando comigo e meus primos me importunando. Para fugir disso tudo, vivo caminhando numa floresta perto da casa de minha tia. Seja só para me distrair ou para ler um pouco, algo que sempre gostei de fazer e que me mantinha calma e não me deixava enlouquecer com meus parentes.

Hoje não foi diferente. 

Ou melhor, eu achava que não seria diferente. 

Caminhava distraída por entre as árvores, andando sem presa, sem um destino certo. Somente aproveitando o momento de paz  e tranquilidade que aquele lugar me proporcionava. Havia uma cachoeira que cobria uma boa parte do centro da floresta, e é sempre pra lá que gostava de ir antes do pôr do sol. Quando os últimos raios de sol do dia se fundiam junto à água cristalina da cachoeira, formavam uma imagem digna de Nárnia.

Ninguém conhecia aquela parte da floresta, somente eu. Foi por isso que ela se tornou  meu cantinho especial, o lugar que só eu conhecia e que se tornou o meu favorito.

Estava atravessando uma pequena clareira repleta de flores silvestres e de alguns pássaros que assobiavam alegremente quando eu o vi. Parado entre duas enormes árvores estava o Senhor dos Bosques. Majestoso como nunca e com sua presença impactante.

_ Aslam? – perguntei surpresa em voz baixa.

Parado diante de mim estava Aslam, o Grande Leão, ou um vislumbre dele. 

O que você faria em uma situação dessa? Bem...  Eu corri. 

Não dele. Mas para ele. 

Corri atrás daquilo que esperava há quatro anos. 

O que eu não esperava, era encontrar um barranco no meio do caminho. E com o susto, acabei tropeçando e rolando barranco abaixo. 

(...)

Uma guerra se aproxima.

Nárnia está em tempos difíceis contra os Telmarinos. 

Escolhas terão de ser feitas. Sejam fáceis ou difíceis.

O que acontecera quando os Reis e Rainhas do passado se encontrarem com a tão antiga quanto eles, Rainha Samantha? 

O futuro é algo incerto. Uma hora é de um jeito, em outra hora já é completamente diferente. 

É por isso que devemos ficar atentos a todas as nossas escolhas por que, sejam elas boas ou ruins, sempre definem o nosso futuro. 

Porque de um jeito ou de outro, ele sempre esta em nossas mãos.