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História Like a Dream - Capítulo 4


Escrita por: MCDS_Cristal

Notas do Autor


Desculpas não serão suficientes, né?
Perdão pela imensa demora, meus amores. Não queria ter ficado tanto tempo longe.
Prometo que não demorarei tanto pra postar de agora em diante.
Bjs.

Capítulo 5 - Capítulo 4


Quarto Capítulo

"Não devemos esquecer de quem abriu a porta"

Estava em um canto afastado na câmara escura, sentada no chão enquanto observava a provável discussão que iria acontecer ali. Era uma reunião para decidirmos como iriamos agir contra nossos inimigos, os telmarinos.

Não consegui me concentrar direito no que diziam, pois minha atenção estava voltada para a mesa de pedra rachada que se encontrava no centro daquele lugar. 

As lembranças do meu tempo em Nárnia me atropelavam a cada segundo, às mais dolorosas delas. 

O meu fracasso. 

Minha derrota. 

Consigo lembrar-me da minha ultima batalha como se fosse ontem, sentir o frio doloroso que se espalhava pelo meu corpo a cada passo para a vitória que Jadis dava. 

Os gritos de dor vindos do meu exército, do meu povo, da minha família. O cheiro da morte que emanava de cada canto daquele sangrento campo de batalha. 

O medo que senti anos antes ameaçava voltar e tomar conta de mim enquanto continuava a mirar a mesa de pedra a minha frente. 

Esse era o lugar em que estive pela última vez antes de voltar para casa. 

As imagens esculpidas nas paredes contavam uma história que eu não conhecia, mas que fazia certa ideia do que teria acontecido. 

Apertei fortemente minhas mãos em meu colo, fazendo o possível para que ninguém notasse meu conflito interno e engolia com dificuldade às lágrimas que teimavam em querer rolar pelo meu rosto. 

Podia sentir o olhar de alguém sobre mim, mas não ousei saber quem era.

Quanto mais eu tentava não lembrar, mais memórias que estavam enterradas no fundo da minha mente voltavam com força total. 

E uma delas é sobre a grande profecia. 

A voz doce e angelical me alcançou sem ao menos perceber, e as palavras que foram entoadas anos atrás ainda estavam vivas dentro de mim. 

Como um sussurro melodioso, o momento em que o destino de Nárnia escapou de minhas mãos se repetiram em minha cabeça. 

" Quando dois filhos de Adão e duas filhas de Eva aparecerem e se tornarem reis de Nárnia, com a ajuda do Grande leão Aslam, o governo da Feiticeira irá terminar.”

_ É só uma questão de tempo. - a voz do Grande Rei Pedro reverberou naquele lugar, conseguindo me tirar das lembranças de um passado que nunca conseguirei esquecer - Os homens e armas de guerra de Miraz estão a caminho. Ou seja, esses mesmos homens não protegem o castelo. 

_ O que sugere que façamos, Majestade? - perguntou cordialmente o pequeno rato, Ripchip. 

_ Atacar o castelo... _ Começar a planejar... 

Disseram Pedro e Caspian ao mesmo tempo. Atrito pela liderança pensei, Não dará certo

_ A única esperança é atacar antes que nos ataquem. - disse o loiro. 

_ É loucura! - exclamou o Príncipe - Ninguém jamais invadiu o castelo. 

_ Sempre tem uma primeira vez. - declarou Pedro. 

_ Temos o elemento surpresa. - comentou um anão.

_ Mas temos a vantagem aqui!  - insistiu o moreno. 

_ Se nos prepararmos bem podemos conte-los pra sempre. - interveio Suzana que acabou recebendo um olhar nada legal do irmão mais velho. 

_ Olha, agradeço pelo que fizeram aqui, mas isso não é uma fortaleza. É uma tumba. 

_ É! Se os telmarinos forem inteligentes, só vão esperar a gente morrer de fome. - se pronunciou pela primeira vez o Rei mais novo. 

_ Nós podemos colher nozes. - disse um esquilo do outro lado da mesa. 

_ É! E jogar nos telmarinos. - falou ironicamente o ratinho guerreiro - Cala a Boca! Conhece a minha opinião, Senhor. 

Um silêncio caiu sobre o lugar durante alguns segundos, que somente se dissipou quando Pedro se virou para o líder dos centauros. 

_ Se eu entrar com suas tropas, pode lutar com os guardas?  - perguntou o loiro. 

_ Ou morrer tentando, Soberano. - respondeu o centauro. 

Ou morrer tentando...  Como eu odiava essa frase. 

_ É isso que me preocupa. - comentou a pequena menina sentada em cima da mesa de pedra chamando a atenção de todos. 

_ O que disse? - o loiro perguntou confuso. 

_ Estão agindo como se houvesse só duas opções. Morrer aqui ou morrer lá. 

_ Acho que não ouviu direito, Lú. - disse ele. 

_ Não! É você que não está ouvindo. Ou você se esqueceu de quem derrotou a feiticeira, Pedro? 

Um calafrio subiu pela minha espinha ao ouvi-la falar sobre isso. E pelo que pude perceber antes de fechar os olhos mais uma vez, foi que eu não fui à única afetada pelas suas palavras. 

_ Acho que já esperamos tempo demais por Aslam. 

Ao ouvir o loiro dizer isso não pude evitar de deixar uma risada debochada escapar por entre meus lábios, o que acabou por chamar a atenção para mim. 

_ Algum problema? - perguntou o Grande Rei. 

_ Não! Imagina! Problema nenhum! - ironizei ainda de olhos fechados - Tirando o fato de você não querer esperar por Aslam, que problema teria? 

_  Não podemos simplesmente esperar. - tentou explicar ele - Ele sumiu. 

_ E nós também! - retruquei duramente, quase que gritando. Me levantei rapidamente do chão, o que acabou assustando os que estavam mais perto de mim, e caminhei em passos firmes até parar diante do loiro – Nós estivemos longe por muito tempo também, não só Ele. Você acha mesmo que foi a trompa de Suzana que nos trouxe até aqui? Ela só serviu como uma espécie de campainha. Quem abriu a porta para que pudéssemos voltar foi Ele. Foi Aslam que nos trouxe de volta. Então quem você pensa que é para falar que não podemos mais esperar por Ele?  - perguntei furiosa. 

_ Eu sou o Grade Rei Pedro! - respondeu igual ou tão bravo quanto eu - Me deve respeito! 

_ Não de devo não. Sabe por quê? Você não é o meu Rei. - decretei, logo lhe dando as costas e saindo daquele lugar sem olhar para ninguém. Mas parei antes de sair completamente e voltei meu olhar para Pedro - Enquanto você não se lembrar de quem está no comando, nós nunca ganharemos essa guerra. Devíamos fazer como Caspian disse, esperar e nos preparar para o que virar. Mas se você quer atacar, tudo bem. Faremos como queres, Majestade. - terminei de falar, dando-lhe as costas pela segunda vez. 


Notas Finais


Eu sei, a reação dela pode ter sido um pouco exagerada, mas vocês irão entender mais pra frente o motivo disso.
Alguma opinião a respeito?


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