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História Limit - Confusing


Escrita por: whattli

Notas do Autor


Oi, rs.
Aqui estou eu trazendo mais um capítulo para vocês e, como sempre, espero que tenham uma boa leitura!
E acho que ficaria legal escutar a música da Icona Pop, I Love It, a partir da parte ''Na direção oposta da que estávamos indo'', não esqueça de esperar a música começar.
É isso.

Capítulo 2 - Confusing


''I got this feeling on the summer day when you were gone.''

 

Olhei em direção a porta ao ouvi-la sendo aberta. Uma enfermeira havia, acabado, de entrar e caminhava em minha direção.

- Bom dia, senhorita, Beatrice Miller. - Ela disse, enquanto abria a primeira gaveta da cabeceira ao meu lado.

- Bom dia - Eu respondi me esticando, na tentativa de enxergar o que ela estava fazendo. - Qual é seu nome?

- Sarah. - Ela disse, e então me encarou, estranhando minha pergunta. 

Sarah era muito bonita. Ela aparentava ter uma idade próxima dos 50 anos, e mesmo assim, tinha longos cabelos loiros que caiam delicadamente em volta de seu rosto, combinando, perfeitamente, com seus olhos da cor do mar.

- Bom, Sarah. - Eu a encarei. - Faz quantos dias que eu estou aqui, desacordada? – Eu mexia em meus dedos, tentando me distrair.

- Hoje completam três dias. - Ela disse, naturalmente, como se fosse algo normal.

- Três dias? - Gritei e ela concordou assustada. Eu estava desacordada havia três dias, fiquei praticamente em coma. - E por que eu não consigo me lembrar de nada?

- Isso é normal, Beatrice, você bateu a cabeça muito forte. O que você tem, é chamado de perda de memoria recente, logo você se recordara de tudo. - Sarah disse, enquanto segurava minha mão. - Agora preciso retirar a agulha, você já não precisa mais de soro e dos medicamentos.

- Não preciso? - Disse e ela concordou com a cabeça. - Eu só quero ir embora.

- Você vai. 

E então, sem ter pensado duas vezes, ela puxou a agulha da minha mão.

 

- Eu sou estagiária da onde? - Perguntava mais uma vez a Luke, que dizia ser meu amigo e superior, no trabalho. Ele havia acabado de chegar para me visitar e contar tudo que havia acontecido antes, e durante, o acidente.

- Da RCMP. - Ele disse enquanto se sentava na beira da maca. - Você estava me ajudando em um, grande, caso. 

- Porém, aconteceu o acidente? - Eu disse, desconfiada, encarando seus, intimidadores, olhos pretos. 

- Exatamente, estávamos para desvendar algo grandioso. - Ele dizia e acariciava minha canela, que não estava coberta com o lençol. - Mas eles foram mais espertos. Ao descobrirem que você me ajudava, causaram, propositalmente, seu acidente.

Quem eram eles e porque atingiram só a mim? Eu me perguntava em meus pensamentos.

- E por que não aconteceu nada a você? Seguindo o raciocínio de tudo que foi dito até agora, quem estava por trás, de todas as investigações, era você e não eu. - Praticamente gritei. Isso não fazia sentido algum, ele estava mentindo para mim.

Luke me observava, aparentemente, assustado. Estava evidente que ele não esperava tantas interrogações vindas de mim. Eu que segundo sua retórica, nunca fui de intimidar, e perguntar nada, apenas obedecia de cabeça baixa.

- Me responda. – Insisti.

- Por que você é importante para mim. - O encarei incrédula. Ele não vai dizer aquelas três palavras, não vai. – Sim, Beatrice. Eu amo você.

É, ele disse.

- Sa-a-ia da-qui-i. – Gaguejei. Como ele poderia ter dito uma coisa dessas, assim? Isso não fazia o mínimo sentido.

Ele se levantou e caminhou, aos poucos, para mais perto de mim, levando sua mão de encontro ao meu rosto.

- Só quero proteger você. Se algo de estranho acontecer aqui. – Ele disse, se virando enquanto tirava sua mão que se encontrava em meu rosto e então, rapidamente, abriu a última gaveta da cabeceira que se situava ao meu lado. – Não hesite em atirar e imediatamente ligue para mim. – Em seguida, ele guardou uma arma e um telefone dentro da gaveta, por fim a fechando. Porque eu iria precisar de uma arma? Ainda mais estando em um hospital? Isso ficava cada vez mais confuso.

- Nada vai acontecer, você está mentindo para mim. – Gritei, com lagrimas se juntando em meus olhos.

- Beatrice se acalme.

- Não. – Eu gritava novamente, me segurando para não chorar. – Alguém o tire daqui.

Logo, Sarah e mais uma enfermeira apareceram no quarto.

- Senhor, você poderia se retirar por gentileza? – Sarah disse, me olhando preocupada.

- Mas eu ainda preciso conversar com ela. – Ele gritava, insistindo.

- Eu peço por gentileza que o senhor, não grite e, saia do quarto. Ou serei obrigada a tomar as devidas providências. – A outra enfermeira disse, irritada.

Luke bufou e saiu batendo a porta, me fazendo pular em cima da maca, assustada.

- Você está bem? – Sarah perguntou. – Nós podemos chamar os seguranças se achar necessário.

Não achei que havia precisão de contar que Luke havia deixado uma arma comigo, afinal, eu era praticamente uma policial.

- Não, não há necessidade. Só gostaria de ficar sozinha agora, preciso descansar.

- Tudo bem. – As duas responderam em uníssono.

A outra enfermeira saiu rapidamente, do quarto, gritando ordens para um homem no corredor, enquanto Sarah veio até mim.

- Se precisar de algo é só nos chamar, ok?

- Tudo bem. – Sorri e ela se virou indo em direção à porta. – Muito obrigada, por tudo.

Sarah virou e sorriu para mim, antes de fechar a porta, me deixando sozinha em meu quarto novamente. E então, não aguentei mais segurar as lágrimas que em questão de segundos começaram a rolar por minhas bochechas.

 

 
             Acordei assustada com o, enorme, estrondo que vinha do corredor. Eu podia ouvir gritos e o barulho de objetos sendo jogados ao chão.

- Qual o quarto de Beatrice Miller? - Estremeci ao escutar uma voz masculina dizer meu nome. Não era Luke.

- Parece que ela não entendeu muito bem, Chaz. - Uma segunda voz disse, ela era um pouco mais rouca que a primeira, e em seguida pude ouvir um tiro. - Vamos perguntar mais uma vez, qual é o quarto de Beatrice Miller. - Senti meu corpo arrepiar ao ouvi-lo dizer meu nome.

- Aquele - Pude reconhecer a voz de Sarah, enfermeira que tinha me atendido ainda hoje, mesmo que trêmula. 

- Sabia que iria entender. - Pude sentir ironia em sua voz. - Vamos Chaz, não temos muito tempo, os tiras já estão vindo.

Passos vieram em direção ao meu quarto. Ainda com a luz apagada, me levantei rapidamente da maca e peguei a arma, que Luke havia deixado dentro da ultima gaveta da cabeceira ao lado, a destravei, e mirei. Espero que não tenha, também, me esquecido como se atira. 

A porta foi praticamente arrombada e a luz acessa. Rapidamente me adaptei a claridade e pude ver os dois homens parando drasticamente ao  enxergarem a arma em minhas mãos.

- Beatrice, você está louca? - Um deles disse e então me virei, o analisando de cima a baixo. Como ele sabia meu nome?

- Ela deve estar irritada, por não termos vindo buscá-la antes, Chaz. - O da voz rouca disse rindo, então virei para encará-lo e assim que meus olhos encontrarem os seus, imediatamente, travei. Eu conhecia aqueles olhos castanhos de algum lugar.

- Eu não diria isso, Justin, ela realmente parece assustada. - O tal Chaz disse, ele era muito bonito, mas nada comparado ao outro. Percebi que os dois vinham lentamente em minha direção, com as mãos esticadas.

- Não se aproximem de mim. - Disse ríspida, os dois me encaram, com olhares desentendidos, por poucos segundos e assim, me ignorando,  continuaram, seu percurso, em minha direção. Eu deveria ter ligado para Luke.

Sem pensar duas vezes, dei dois tiros para o alto e ambos se assustaram com meu ato.

- Eu não estou brincando, fiquem longe de mim.

- BEATRICE, PORRA, VOCÊ ESTA LOUCA? - Justin disse irritado, consequentemente me assustando com seu tom de voz, e Chaz pode perceber, pois rapidamente chegou a minha frente e com um ágil movimento tirou a arma de minhas mãos e a encaixou na beirada de sua calça.

Levantei, lentamente, minhas mãos para cima em forma de rendimento e então os dois se entreolharam e começaram a gargalhar.

- Quem são vocês? - Comecei a gritar. - Já estou cansada dessa palhaçada, vocês invadiram meu quarto.

Após ouvirem minha pergunta, eles pararam imediatamente de rir, e me encaram como se não estivessem entendendo o que eu havia acabado de perguntar.

- Quem somos nós Beatrice? Sou eu, Chaz. - Chaz disse apontando primeiramente para ele e em seguida para Justin. – E Justin. Nós viemos tirar você daqui, antes que seja presa, a não ser que prefira passar alguns anos atrás das grades em meu lugar.

Presa? Como assim, EU, iria ser presa? Hoje mesmo, Luke estava aqui me dizendo que eu era estagiaria na RCMP, então, não fazia o mínimo sentido eu ser levada e detida, principalmente, no lugar de um desconhecido. Fui tirada de meus pensamentos quando senti uma, forte, mão agarrar meu pulso e começar a me puxar em direção à porta, me forçando a segui-la. Subi meus olhos pelo enorme braço tatuado, que me segurava, até chegar a seu rosto.

Era Justin que me arrastava.

- Vamos Chaz, não temos muito tempo. - Justin disse já, praticamente, do lado de fora do quarto.

- Eu não quero ir. - Eu suplicava o que era, totalmente, em vão, pois em nenhum momento, eles haviam sequer me escutado ou respondido.

Eu continuava sendo arrastada pelo enorme corredor branco com objetos jogados ao chão, fazendo de tudo para me soltar de sua enorme mão, o que era inútil, já que ele devia ter o dobro de minha força.

Durante o trajeto, pude escutar Chaz ao telefone, com alguém, e então soube que um carro, já, nos esperava do lado fora. Ao virarmos em um dos corredores, Justin esbarrou em uma das macas que se encontrava pelo caminho, fazendo com que sua mão se afrouxasse um pouco de meu pulso, e então, esse foi o momento perfeito para eu puxar meu braço, me libertando, e assim começando a correr.

Na direção oposta da que estávamos indo.

 

- Beatrice se não parar agora eu vou dar um tiro, no meio de sua cabeça, e não vou me arrepender por disso. - Chaz gritava enquanto corria atrás de mim.

Durante minha fuga, escutava diversas ameaças, vindas, dos dois, que se aproximavam cada vez mais de mim. Tentava recuperar meu fôlego e ao mesmo tempo acelerar meus passos, e isso se tornava cada vez mais complicado, uma vez que, já estava a bastante tempo correndo.

Ao virar no corredor, a minha direita, encontrei uma porta aberta e sem pensar duas vezes, me joguei dentro dela, a trancando logo em seguida.

Corri em direção à janela na intenção de ver em que andar me encontrava, no pensamento, de uma fuga através dela.  

- Droga, aqui é muito alto. Impossível me jogar, sem me machucar, daqui. – Disse, vendo minha, brilhante, ideia ir embora. No mesmo instante pude escutar várias batidas vindas da porta, o que fez com que eu me virasse e a encarasse.

- Beatrice, não temos tempo para, seus, joguinhos, abra logo está porta. – Justin gritou. – Se você não for abrir por bem, nós vamos abrir por mal. – E em seguida veio um grande estrondo e a tremores da porta.

Uma frágil porta. Isso era tudo o que me separa dos dois.

Mais estrondosos barulhos vieram, e logo ela já se encontrava aberta, com Justin entrando, calmamente. Cada passo que ele dava em minha direção, eu recuava dois, até aquele momento, pois havia acabado de chegar ao meu limite, à parede. E então, o encarei, ele tinha um olhar assustado e apreensivo, tinha seus braços esticados enquanto caminhava em minha direção. A cada passo dado, meu coração se acelerava, um pouco mais, a ponto de eu imaginar ser visível aos olhos.

Minhas pernas começaram a ficar bambas, até chegar no determinado momento em que fui obrigada escorregar até o chão, encostada na parede, para me sentar. Justin ao ver o que estava acontecendo, acelerou seus passos no proposito de me segurar o que foi completamente inútil.

Assim que chegou a minha frente, levou suas mãos, a meu rosto o acariciando, até a minha testa.

- Você se machucou? – Perguntou um pouco assustado. Eu, realmente, devia estar péssima.

- Não, mas quem é você? O que vocês querem comigo?

- Você não se lembra, mesmo, de mim? – E então, subi meu olhar, lentamente, no intuito de chegar até o seu, para intimida-lo, mas ao encarar aqueles olhos tão próximos de mim, tudo veio a tona.


Notas Finais


A partir de agora a fanfic vai se passar nas lembranças de Beatrice, ou seja, como ela conheceu Justin, qual era o caso que ela e Luke tanto investigavam, o acidente, TUDO MEXMO!
Eu repassei o capítulo e não encontrei nenhum erro mas, se encontrarem, me avisem para uma edição.
Enfim, nos vemos no próximo capítulo. Um beijo! ❤


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