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História Linguagem Secreta das Flores - Flor-de-Lótus


Escrita por: cactae

Notas do Autor


Baw, baw, baw...
Esqueci de postar ontem, mas não fiquem bravos, eu não estou lá numa semana muito boa.
Não estou orgulhosa desse capítulo, but... <3
Escutem Just the way you are - Bruno Mars; é bonitinha e eles cantam no capítulo, deixarei link na nota final.
Eu não betei, pura preguiça mesmo soaksoks



Boa leitura~

Capítulo 10 - Flor-de-Lótus


Fanfic / Fanfiction Linguagem Secreta das Flores - Flor-de-Lótus

Minha casa já era quase uma floricultura, eu já havia criado até um cantinho especial para deixar as flores que recebia de Jeon e tratava de colocar o nome com a cor de cada uma, para designar a espécie e sorrir a cada vez que apagava a luminária, apenas lembrando-me do clichê que era sentir-se encantado por alguém como eu estava pelo meu vizinho.

Por ser um dia livre e o festival de primavera estava um tanto próximo, tive de ficar em casa resolvendo algumas coisas para a faculdade e terminando algumas peças, aproveitando enquanto a máquina de costura não dava problema novamente e eu me via sem saída senão deitar em posição fetal no chão da sala e implorar a Amon-Rá por misericórdia e um instrumento de trabalho novo.

Pluguei meu iPod antigo num amplificador velho que Jimin guardava desde a época do ensino médio e coloquei no aleatório em uma playlist animada qualquer, embora eu achasse mais no clima de costurar músicas calmas e até tristes, era certo que eu me machucaria e até levaria choque ao chorar com a certeza de que eu era péssimo no que eu estava fazendo. Sei que parece drama, tenho a plena noção disso, mas é isso que o curso de Design-Moda faz com você, na verdade, acho que é isso que é ser um universitário. Perguntar-se o tempo todo se está indo pelo caminho certo ou se é realmente aquilo que você imaginou quando era pequeno e te perguntavam qual seu sonho.

É estranho pensar que o passar do tempo apenas nos deixa mais reflexivos para conosco, é como se fosse um estágio, um ritual de passagem para a vida adulta. Quando menos imagina, está encarando seu reflexo no espelho, fazendo perguntas que sabe que não pode e nem vai responder, apenas indagando para ver se alguém te escuta, mesmo sabendo que isso não é possível, mesmo sabendo que ali é só você e sua cabecinha cheia de dúvidas, dúvidas que não serão sanadas tão cedo, quiçá serão.

Minha cabeça já estava para lá de uma margem de costura de um centímetro, me via preso em um ponto só, sem chegar ao fim para dar um arremate e passar para o próximo passo. Estava com a cabeça dolorida, não sabia se era por conta dos últimos acontecimentos, da máquina que estava com um ponto frouxo, da fome que eu sentia por não me permitir ter o luxo de uma pausa para lanchar ou pela carência que a falta de Jimin naquele loft me fazia sentir.

Não era como se eu dependesse de Jimin para toda e qualquer coisa que eu fizesse, mas não negaria ser uma pessoa um tanto quanto sentimental, ainda mais quando isso envolvia meu melhor amigo. Ele havia saído com Yoongi e Seokjin para comprar algumas coisas, faríamos uma social aqui em casa só para desopilar. Nós precisávamos nos desestressar por conta da faculdade e ele se prontificou para ajudar os garotos nas escolhas de bebidas e petiscos, faríamos qualquer besteirinha e eles dormiriam aqui ou no Jeongguk, que ofereceu sua casa como estadia, embora eu duvidasse muito que íamos, de fato, dormir.

Escutei a campainha soar, logo baixando o pé da máquina e a desligando. Não importava-me quem era, eu agradeceria essa pessoa eternamente por me dar a desculpa perfeita para largar tudo e me dar a famigerada pausa para descanso. Tudo bem que eu não estava apresentável com alfinetes até onde Chanel duvida, cheio de linhas e sobras de tecidos, trajado de uma bermuda jeans de lavagem escura com uma blusa em estampa poá azul com preto e uma sandália que eu gostava de usar para pressionar o pedal da máquina. Não que aquele fosse meu pior look, mas não era como se eu tivesse vestido para matar ou para receber, por exemplo, um Jeon Jeongguk arrumado até por demais com algumas sacolas e com uma forma de pudim de chocolate nos braços.

— Cheguei cedo demais, não foi? — Deu dois passos para dentro assim que permiti sua passagem.

Jeon vestia uma camisa de algodão com elastano cinza bastante folgada, uma bermuda preta com a barra dobrada, tinha uma echarpe xadrez no pescoço, calçando um all star preto de cano médio e uma touca vermelha na cabeça, um conjunto completo para me fazer delirar. Ele sim estava vestido para matar, para me matar, no caso.

— Os meninos devem estar chegando. — Peguei algumas coisas de seus braços e ajudei-o a levar para a bancada da cozinha. — Não precisava se preocupar em trazer tanta coisa.

— Não foi incômodo nenhum, eu tinha coisas demais para quem mora sozinho, não vai fazer falta. — Jeongguk sentou-se em um dos bancos próximo ao balcão, observando-me organizar as coisas.

— Você quem preparou isso? — Referia-me ao pudim de chocolate.

— Sim. Claro que eu precisei deixar a televisão ligada em um canal de confeitaria que estava passando , mas creio que tenha ficado comestível, ao menos. — Lançou-me um daqueles seus sorrisos que o deixavam com um ar infantil, fazendo-me derreter.

Seria um tanto equivocado dizer que eu estava cem por cento a vontade com Jeon ali, eu não estava. Ele me deixava bastante nervoso e sem reação. Eu já não mais ignorava o que parecíamos sentir um pelo outro, até porque os sorrisos involuntários que escapavam por meus lábios assim que eu o via eram o suficiente para denunciar meus sentimentos para com ele. Era o típico clichê de não evitar a felicidade só de sentir a presença dos culpado das minhas emoções, emoções essas que apenas serviam como confirmação para o quão apaixonado eu estava pelo garoto a minha frente.

Escutamos o meu celular tocar, fazendo com que parássemos de encarar um outro. Jeon aproximou-se de mim enquanto eu desbloqueava o touch e via a mensagem que havia acabado de chegar. Tive de suspirar alto, ganhando um semblante preocupado do outro, fitando-me como quem espera uma resposta para minha ação anterior.

— Era o Chim, eles estão chegando, mas terão de passar para buscar o Hoseok primeiro, já que ele não sabe andar pela cidade ainda. — Informei, bloqueando o celular novamente.

— E por qual motivo você está assim? — Repousou as mãos em minha cintura. — Se eles demorarão uns instantes a mais significa que teremos um tempinho só nosso para aproveitarmos, não?

Era difícil resistir àquele homem, sei que já devia estar para lá de acostumado com as investidas que ele dava, devia não deixar com que as maçãs do meu rosto ficassem visivelmente rubras, não era um plano. Ainda mais quando ele intensificou o aperto e grudou mais nossos corpos, beijando minha bochecha e sorrindo para mim, como quem busca uma permissão que não precisava.

Nossos lábios encostaram-se levemente, iniciando uma carícia casta. Selares eram distribuídos entre sorrisos enquanto caminhávamos em direção ao sofá, tropeçando em alguns objetos e impedindo outros de cair. Ele ria cada vez que algo parecia ser um empecilho em nosso caminho, eu ria por ele não me soltar e assim íamos, mesmo eu tendo a noção de que quando chegássemos ao destino final, os beijos não seriam mais tão inocentes assim.

— Devia soltar-me para que não aconteça nada de errado. — Ainda estava rindo ao pronunciar, fazendo com que Jeon apoiasse as mãos no encosto no sofá.

— Não desgrudaria de você por nada. — Tive de sorrir ao escutá-lo. — E outra, chegamos até o sofá sem quebrar nada da sua casa.

— Por sorte, nada mais que sorte. — Retirei a echarpe do pescoço alheio. — Só você mesmo para usar isso nesse calor.

— Estou seguindo a premissa da moda. — Ele levantou as mãos em rendição e quase aproveitei do momento para tirar sua camisa.

— E qual é? — Mesmo cursando moda, adorava escutar as pessoas falando sobre.

Viva a beleza, morra o conforto. — Após essa fala dele, nos encaramos e começamos a rir.

Em meio aos risos, deixei o lenço no braço no sofá e senti suas mãos ainda mais possessivas, tendo que ir no estofado macio conforme ele ficava sobre mim. Ajeitei-me em uma posição confortável com a cabeça em uma das almofadas, sentindo seus beijos em meu queixo e bochechas. Meu curvar de lábios tornava-se maior conforme eu permitia me entregar ao quão bom era estar ali com meu vizinho.

Talvez eu ainda não soubesse o que significávamos ou se aquilo que estávamos a começar era algo de fato, mas não era algo que eu conseguisse pensar com clareza quando tinha os lábios de Jeon Jeongguk pressionados contra os meus, iniciando um beijo tão calmo que nada assemelhava-se ao meu estado quando estava perto dele. Aquele contato com ele era tão bom e ao mesmo tempo mexia tanto comigo que eu só tinha vontade de mais. Sua boca era macia, o gosto lembrava-me de pudim de chocolate com balas de menta, e que combinação maravilhosa.

Mesmo que aquela não fosse a primeira vez que eu o beijava, sempre parecia uma sensação nova, como se eu nunca fosse me acostumar com o quão bom era aquele tipo de contato e como ele me transmitia muitas coisas. Eu sentia-me tão bem a cada vez que nossas línguas tocavam-se, sentia-me extasiado quando ele, como fazia naquele momento, prendia meu lábio inferior entre dentes e puxava devagar, para logo após selar e sorrir-me, dizendo em silêncio que nascemos para aquilo.

Cada vez que ele mexia a cabeça, eu agarrava seus cabelos só para ele ter uma noção de como aquilo era bom. Mantinha minhas pálpebras fechadas, me permitindo sentir mais, e continuei assim mesmo quando ele se afastou e depositou um beijo na ponta de meu nariz, abraçando-me em seguida.

— Eu estou fodidamente apaixonado por você. — A voz abafada na curva de meu pescoço me fez sorrir.

— E isso é bom ou ruim? — Continuei a acariciar suas madeixas escuras.

— Levando em consideração que você é o primeiro pelo qual sinto isso e eu estou gostando, acho que é bom.

— Então, está me dizendo que nunca conquistou alguém com mil e uma flores na porta?

— Não, você é a minha cobaia. — Senti um beijo em meu maxilar. — Se desse certo com você, aí eu tentaria com os outros.

— E tem outros, é? — Fingi uma cara emburrada enquanto falava. — Espero que eles deixem suas flores murchar.

— Isso foi ofensivo. — O tom que ele usava era deveras forçado. — Se os próximos souberem o significado, isso vai ser até mais rápido.

— Ei! — Protestei. — A culpa é sua por não colocar nos bilhetes. E outra, como eu adivinharia que era você? Você nunca deixou nem suas iniciais.

— Mas se você tivesse usado sua cabecinha mais um pouquinho, teria descoberto que era eu. E olha que eu insinuei várias vezes.

Deixei com que um biquinho emburrado tomasse conta da minha face. Ele estava certo em tudo que dizia, mas eu não demonstraria isso, tampouco que concordava com ele. Ele deixava tão óbvio que só eu mesmo para não ter percebido antes, também não havia usado de minha total inteligência para pesquisar os significados. Não que eu não fizesse isso por não ter pensado antes, apenas achava legal deixar aquele mistério no ar até que o dono de tanto romantismo informasse a mim tudo que queria dizer com tal bela atitude.

Ficamos naquela posição por uns minutos em silêncio. Eu enrolava os fios macios e escuros em meus dedos com uma mão e com a outra fazia um carinho em sua orelha, enquanto ele continuava a beijar meu maxilar e ora ou outra ousava um pouco mais e roçava seus lábios para com os meus, como se só dissesse que estava ali, que poderíamos e deveríamos nos beijar quando bem desse vontade.

E, bom, eu estava com muita vontade.

Com cuidado, mudei nossas posições no sofá, virando-o e ficando por cima. Nunca havia sentido mãos mais possessivas do que as de Jeon Jeongguk, ele as apertava em minha cintura conforme eu aproximava nossos rostos. Minhas mãos faziam carinho em sua bochecha, sentindo a maciez daquela pele leitosa.

— Vai ficar enrolando ou vai beijar-me de uma vez, Tae? — Tinha a certeza que ele havia feito um curso intensivo de como ser direto, não era possível.

Dei um fim na distância que nos separava, sentindo seus lábios úmidos explorar minha boca assim como eu fazia com ele, era um beijo calmo, como todos os outros, como parecia ser nosso tipo de relação - que eu nem sabia se era alguma coisa - um beijo que parecia ser ensaiado de tão certo. Suas mãos moviam-se em uma carícia por minhas costas que causava-me um arrepio por minha minha coluna. Os movimentos que a língua morna dele fazia era como um guia para que eu me deixasse vencer por como aquilo era deveras bom. E eu sabia que só era daquela forma porque era com ele, com o meu vizinho ousado barra romântico, Jeon Jeongguk.

— Não sei se é o Taehyung que está engolindo o Jeongguk ou o contrário. O que acham? — A voz de Yoongi fez-se presente.

— E ninguém me contou que eles já estavam assim? — Jin falava com a voz levemente magoada.

— Será que aquele vídeo que mandei no grupo do dia que eles estavam aos beijos na porta não serviu para nada? — Jimin pulou e sentou-se em cima de mim, causando um gemido de desconforto de Jeon.

Empurrei meu melhor amigo de cima de mim, logo sentando e ajudando meu vizinho a fazer o mesmo. A verdade era que não tínhamos escutado a porta sendo destrancada, tampouco quando foi aberta ou fechada, o que não impediu de sermos pegos em um momento que não era muito propício. E, com toda a certeza do mundo, o rubor em nossas faces serviam apenas para confirmar que seríamos o alvo das piadinhas pela noite inteira.

Encarei o garoto por um breve intervalo de tempo, ele sorria-me minimamente como quem dizia não importar-se com o que viria. Não que eu me importasse também, eu só não queria ter sido atrapalhado em um momento como aquele, estava tão bom nos braços do meu vizinho que eu tinha que obrigar-me a praguejar baixinho.

— Quando irão se assumir como o novo casal do bloco de arte e cultura? — Hoseok, o inconveniente.

"Assumir" "Novo casal"

— O que trouxeram para comer? — Pigarreei mudando de assunto. — Estamos famintos.

Jimin olhou-me e riu, já sabendo que aquela era minha forma de desconversar algo quando me sentia desconfortável. Eu não queria apressar as coisas com Jeon, talvez pensar em nos rotular como algo não fosse bom para aquele momento, estávamos nos aproveitando como duas pessoas que partilhavam do mesmo sentimento e, bem, eu não via motivos para quebrar aquilo apenas com uma definição para as flores e beijos dados.

— O senhorzinho tem que tomar um banho antes de comermos, já que está cheio de linhas e retalhos por todo corpo. Enquanto isso, Jeon, por que não me ajuda a preparar os drinks? Namjoon e Yoongi irão preparar o karaokê, Jin e Hobi organizarão os aperitivos. — Meu melhor amigo tinha um sorriso de quem ia aprontar nos lábios.

— Não diga nada constrangedor, por favor. — Sussurrei em seu ouvido, mesmo tendo a certeza que ele ignoraria.

Escutei os dois rindo baixinho enquanto subia para o compartimento que chamávamos de quarto. Esse só não seria o banho mais rápido do mundo porque além de eu querer ficar totalmente limpo e cheiroso, não queria que meu vizinho pensasse que eu tomava banho de gato.

Retirei minhas vestes e corri para o chuveiro, não preocupando-me em parecer um louco quando a água fria tocou minha derme e isso serviu como um catalisador para que eu iniciasse meu show particular, cantando para os ventos como eu estava encantado por aquele garoto de madeixas negras, desse modo, permiti-me deixar o refrão algumas oitavas mais altas, quase sem querer.

— When I see your face there is not a thing that I would change, cause you're amazing just the way you are...

E segui cantando como se nada me importasse. Era como se a música dissesse por mim, o que me dava até uma ideia caso um dia eu precisasse declarar-me para um certo alguém. Ensaboei-me por completo, sentindo a esponja vegetal dançar no meu corpo seguindo o ritmo da música em minha mente, logo enxaguando-me para voltar antes que Jimin falasse demais. Desliguei o registro e sequei-me, logo vestindo um conjunto composto por uma box branca, uma jardineira jeans e uma camiseta com estampa listrada em amarelo com preto. Não preocupei-me em pentear meus fios, apenas baguncei-os mais para dar um ar despojado e calcei a sandália de antes.

O cheiro de comida e bebida fazia-me pensar que era mais do que uma reunião de amigos, dando a parecer que tínhamos, finalmente, nos tornado adultos. Desci as escadas, logo me deparando com os garotos sentados em uma roda no chão com jarras de coquetéis e garrafas de alguma bebida com teor alcoólico para nos derrubar em uma ressaca pesada por alguns dias. Entre eles, tinham alguns salgadinhos e baldes de frango frito empanado que todos nós adorávamos.

Sentei-me entre Jeon e Jimin, que entreolharam-se cúmplices como quem me esconde algo, mas resolvi não dar muita atenção a isso, até que eles começaram a cantar a música que eu havia - praticamente - gritado enquanto tomava banho.

And when you smile, the whole world stops and stares for a while, cause, boy, you're amazing, just the way you are... — Jimin e Jeon, respectivamente, beijaram minha bochecha após o término.

— Vocês são dois idiotas. — Ri afastando-os e logo pegando uma dose do que eu achava ser tequila.

— Você estava bonitinho cantando, parecia até apaixonado, não deu para segurar. — Meu melhor amigo tombou o ombro levemente no meu, rindo em seguida.

— "Parecia". — Yoongi fez aspas com os dedos. — Olha, eu acho que está mais do que óbvio.

— Vocês vão ficar falando da minha vida íntima ou o quê? — Rosnei em tom de brincadeira.

— Okay, okay. — Jin pôs fim naquilo. — Deixemos os pombinhos em paz, até porque não são o único casal que não se assume aqui, não é, Yoongi e Jiminnie?

— Wow. — Jimin enrubesceu, o que me fez rir. — Não acho que isso seja a pauta dessa reunião.

— Nós não temos uma pauta definida, podemos falar de qualquer coisa. — Proferi apenas para ver a cara de deboche que Jimin lançaria-me.

— Certo, como não somos obrigados a nada, sugiro que joguemos algo. — Yoongi hyung sentou-se mais próximo de Jimin, confirmando o que todos já sabiam. O casal "chove, mas não molha" havia reatado, finalmente.

Levantei-me para pegar um jogo de tabuleiro ou de cartas que eu tinha, não íamos brincar como adolescentes inconsequentes de "verdade ou desafio" porque, além de estarmos em dois casais ali, não éramos muito chegados, a não ser Hoseok, a saliva compartilhada, eu - particularmente - achava bem nojento.

Subi de volta para o quarto, procurando entre minhas coisas qualquer coisa que pudesse servir para aquele momento, logo encontrando o que procurava e descendo. Não era um jogo muito adulto, mas era ótimo para o momento.

— Uno, Taetae? — Jiminnie riu, ele sabia o meu amor por aquele jogo.

— Nada melhor, daqui a pouco estaremos todos bêbados mesmo. — Dei de ombros, não deixava de ser verdade.

Começamos a jogar empolgados, Jeon era o mais competitivo e eu fingia não ver Jimin e Yoongi trocando informações, também ignorei o fato de Hoseok e Seokjin estavam flertando e rindo quando a carta do silêncio era colocada, mesmo que eles não fossem só pegar mais duas cartas como teriam de tomar mais uma dose de uma das bebidas que dispúnhamos ali.

Jeongguk falou "uno" na primeira, segunda, terceira e todas as partidas que jogamos, o que nos fazia selar os lábios como forma de comemoração, para logo mais ignorar os "hum" que eram cantarolados após essas nossas ações. Não me importava muito de perder justamente por aquilo, mesmo sendo o último em todas as vezes que jogamos e ter bebido além da conta, ter os beijos do meu vizinho como prêmio de consolação a cada derrota, era, certamente, a melhor forma de desopilar.




 

A maioria dos garotos encontravam-se babando no carpete da sala do loft, Yoongi e Jimin estavam dormindo na nossa cama, Jin e Hoseok estavam escorados um ao lado adormecidos e Namjoon estava para lá do terceiro ciclo do sono. Jeongguk e eu estávamos a dividir os últimos pedaços de pudim que ele havia trazido. Teria de admitir, estava delicioso.

— Minha cabeça está tipo montanha-russa, hyung. — Ele riu ao constatar. — Girando, girando, girando.

— Acho que bebeu além da conta. — Sentei-me em seu colo, qualquer coisa, jogaria culpa na bebida mesmo estando consciente de minhas ações.

— Talvez. — Encostou a cabeça na curva do meu pescoço. — Acho que teremos de ir dormir lá em casa.

— Acho que teremos de ficar aqui para que as coisas não caminhem rápido demais. — Adverti, sentia um calafrio só pela menção em dormir na casa alheia.

Escutei apenas um riso baixinho e um "uhum" da parte do mais novo, movendo-se abaixo de mim procurando melhorar mais aquele contato. Era um abraço torto, mas maravilhoso; as mãos ao redor da minha cintura e as minhas ao redor do pescoço de meu vizinho davam a mim uma sensação maravilhosa. Mesmo que fosse um frio estranho em minha barriga e uma vontade de sorrir até que as bochechas ficassem dormentes, eu estava feliz ali.

— Fiz algo para você enquanto estava no banho. — Jeon levantou a cabeça e depositou um beijo em meu queixo.

— E o que é? — Mirei-o confuso.

— Não tive como te dar uma flor hoje e, bem... — A flor desenhada era incrível, de um colorir em vermelho intenso que não tive como não sorrir com as próximas palavras ditas. — Flor-de-Lótus, na coloração vermelha é como uma confirmação de paixão realmente verdadeira, como um sentimento profundo.




 


Notas Finais


Link: https://www.letras.mus.br/bruno-mars/1715605/traducao.html

Os capítulos estão cada vez mais gays, eu sei skaoksao
Baw, espero que tenham relevado os erros.
"Sam, quando eles irão parar de lenga lenga?" olha, se só para beijar demorou uma vida, p subir de patamar vem mais umas aí sakoksoaks
Enfim, preciso dizer dnv que essa fic não tem cena triste, então não esperem um super drama pq aqui todo mundo é feliz, okay? Serão uns 20 capítulos de fluffy puro, vocês precisarão de insulina quando essa fic acabar.
Baw...



Xoxo, see you~


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