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História Linguagem Secreta das Flores - Gardênias


Escrita por: cactae

Notas do Autor


cheguei de sk8 para att;;;;
escutem Yours - Ella Henderson (link nas finais)
espero que aproveitem <3


Boa leitura;;;

Capítulo 14 - Gardênias


Fanfic / Fanfiction Linguagem Secreta das Flores - Gardênias

Passava o aspirador de pó na casa tentando não ser engolido por aquele aparelho já velho, eu precisava comprar um novo junto a Jimin o mais rápido possível senão era capaz daquilo virar um transformer durante a madrugada e aspirar a mim e ao meu melhor amigo por vingança de não fazermos uma faxina no nosso loft de forma regular.

Olhei para Jimin, este que encenava o dueto de Troy e Gabriella ao som de Gotta go my on way, eu sempre era o Troy e ele a Gabriella, já que ele tinha mais cara de mocinha injustiçada e eu de tonto – palavras do mesmo – e embora fosse engraçado fazer aquilo sempre com meu melhor amigo, mesmo que no momento ele estivesse usando o espanador como microfone, eu ainda sentia vontade de dizer que achava Camp Rock melhor, só para vê-lo bufar e formar um bico adorável em seus lábios, me fazendo rir de como ele conseguia ser infantil até quando não queria.

— What about us? What about everything we've been through? — Era a minha vez, e eu não perderia a oportunidade de ouvir a risada de Jimin com minha encenação like a Troy Bolton.

— What about trust? — Ele era, de fato, perfeito naquele papel de Gabriella.

— You know I never wanted to hurt you! — Segurei suas mãos, olhando-o segurar o riso.

— And what about me? — Jimin baixou a cabeça nesse instante, maneando-a em negação.

— What am I supposed to do?

— I gotta leave but...

I'll miss you! — Unimos nossas testas ao proferirmos a letra no mesmo instante.

Em seguida, ele me largou, fazendo como a cena de High School Musical, em que a garota vai se afastando lentamente do atleta, ainda cantando. Eu prossegui imitando-o no meu papel, fazendo as mais diversas caras e bocas para expressar o sofrimento exagerado do personagem, ao que Jimin também se expressava, alcançando as notas mais altas.

 Ainda surpreendia-me como a voz do meu melhor amigo era, de fato, bonita, além de que se encaixava perfeitamente na minha, como se os tons fossem daquele jeito com o propósito de sempre cantarmos juntos, como se o nosso dueto fosse a comprovação de que não, não devemos ficar separados.

Quando chegou à última nota da música, Jimin jogou-se no tapete que eu havia acabado de aspirar – já que o nosso sofá estava virado para a parede para que nossa faxina fosse completa – e eu não tive como não imitar seu ato, afastando-me do aspirador desligado e me jogando por cima de seu corpo, aos risos enquanto ele segurava minha cintura e ria, não só pela cena, mas por estarmos tendo mais um dos nossos surtos de loucura que nossa relação permitia.

— Você vai à casa ao lado hoje à noite? — Jimin fazia um carinho tenro em minhas costas, por cima da camiseta lisa de cotton que eu usava.

— Acho que devo desculpas a ele. — Ajeitei-me, ficando ao seu lado, mas ainda com o corpo meio por cima. — Eu nem sei o que falarei, ou como falarei, ou se eu o beijo, ou se o deixo me beijar, ou se vamos fazer algo a mais. Tudo bem, eu sei que eu e o Jeongguk não somos um casal, mas, a considerar que trocamos uns beijos esses dias e ele me manda flores, a definição do que a gente tem é quase isso. E isso me deixa bem nervoso, você sabe como casais costumam fazer as pazes.

— Você parece um virjão falando assim, como se ele fosse sua primeira paixonite. — Park rolou os olhos. — E outra, não é porque vocês farão as pazes que vão, necessariamente, transar. Por exemplo, nós somos um casal de melhores amigos, e nós fizemos as pazes ontem e nem por isso fizemos sexo, embora eu tenha ficado com um tesão enorme quando você tirou a blusa e a bermuda ontem a noite e ficou só com aquela boxer que deixa teu bumbum tão modeladinho.

— Chim! — Estapeei seu braço, sentindo meu rosto esquentar-se a medida que suas palavras surtiam efeito. — Você é um safado!

— Estou brincando, Taetae! — Deu-me um selinho, como os que costumávamos dar de consolação. — Acho que eu não teria coragem de fazer essas saliências com você, não só pela nossa visão um do outro, mas por estarmos bem enrolados com nossa vida amorosa. Aliás, Yoongi vem para cá mais tarde, também havia chamado Jin, Hoseok e Namjoon, mas Jin e Hobi hyung disseram que iam a um encontro hoje, só os dois, já que ambos parecem mesmo estar interessados um no outro, o que é um milagre, já que eu conheço o Jung, literalmente, de outros carnavais e sei bem como aquele ali demora a se prender em alguém. Quando eu estava no Brasil e estava tendo aquele casinho com ele, fui e vi provas disso.

— E o Nam hyung, não vem por qual motivo?

— Preguiça. — Deu de ombros. — Ele disse que ia levar o Sukki para passear e depois iria dormir, mas depois marcava algo para nós e que eu contasse como você e Jeongguk se acertaram.

— Espera, é por isso que você convidou todo mundo? É tipo uma rodinha de oração para que eu e Jeon fiquemos bem ou uma rodinha para fofocar sobre nós e o que estamos fazendo enquanto eu tiver lá? — Arqueei uma sobrancelha.

— Um pouco dos dois. — Meu melhor amigo era inacreditável. — Sério, seria bem entediante só escutar os gemidos de vocês dois, já que as casas são bem próximas; entretanto, como só vem o Yoongi hyung, é capaz da rua inteira ouvir tanto os meus, quanto os seus gemidos...

— Jimin! — Eu acabaria como um tomate se ele continuasse a falar essas coisas. — Desde quando você se tornou tão profano assim? Cadê meu Chimchim inocente?

A risada de Jimin me fez rir também. A situação em si era engraçada e subjetiva, já que eu estava quase em cima dele e estávamos a falar sobre gemidos, não que eu fosse um garoto puritano, mas ouvir aquilo do meu melhor amigo me dava uns frios na barriga, ainda que não fosse romanticamente falando. Era como se eu tivesse em mente que ele não podia imaginar que eu fazia essas coisas, mesmo que nós falássemos abertamente sobre sexo quase o tempo todo, ainda assim, soava estranho demais.

— Mas, Chim... — Chamei sua atenção, recebendo um murmúrio a incentivar que eu prosseguisse. — Eu, realmente, gosto do Jeongguk.

— Eu sei disso, dá pra ver não só na maneira que você direciona seu olhar a ele, mas também no fato de que ele pode estar há quilômetros de distância, mas se você souber que se trata de Jeon Jeongguk ali, já abre o maior sorriso do mundo. — Escutar meu amigo fez com que eu me sentisse um bobo apaixonado.

— Eu faço mesmo isso? — Indaguei curioso.

— Faz, mas é tão bonitinho e fofo, porque ele te olha da mesma forma, é tanto carinho em simples ações e olhares que eu tenho vontade de colocar vocês dois num potinho para proteger e sussurrar “só vão sair dai casados”, e você sabe que eu jamais falaria algo do tipo se não estivesse estampado o quanto é mútua a relação de vocês já que eu sou extremamente ciumento com você.

Um sorriso involuntário escapuliu de meus lábios, não só por estar falando de Jeongguk e isso proporcionar ao meu interior sensações um tanto esquisitas, mas por ser Jimin a dizer tudo aquilo, em saber que ele apoiava a minha pseudo-relação com o vizinho bonito, e receber o apoio do meu melhor amigo – o que era quase impossível, pois ele repetia constantemente que eu só fazia escolhas erradas no quesito “pessoas para ter uma relação afetiva” – significava tanto que inverti nossas posições, colocando-o por cima de mim, abraçando-o e escondendo o meu rosto na curva de seu pescoço a agradecer, o escutando gargalhar de forma audível.

Depositei alguns beijos em seu rosto, provocando cócegas em cada região que passava, expressando minha gratidão de todas as formas que eu imaginava e sabia, não só por ele ser meu amigo e estar ali comigo, mas como uma forma de conforto também para ele pela situação que passava com seus pais, já que mesmo sendo uma situação um tanto clichê isso de pais – no caso, a mãe – não aceitar a orientação sexual, ainda acontecia e, pior, estava acontecendo com meu melhor amigo.

— Você está bem? — Selei seu queixo, vendo-o assentir de olhos fechados.

— Com você, eu sempre ficarei bem, hum? — Dessa vez, foi ele a selar a pontinha do meu nariz.

Sorri com a frase, acariciando suas madeixas louras e confirmando suas palavras com um movimento sutil da minha parte, tentando transmitir tanto meu desejo de sempre fazê-lo feliz como o quanto estar com ele também influía meu bem estar.

— O que acha de me ajudar a escolher um look para mais tarde? — Perguntei ao vê-lo sentar-se, ainda sobre o meu corpo.

— E a nossa faxina? Não pense que só porque está desencalhando, eu lhe livrarei dos afazeres domésticos, senhorzinho. — Os olhos semicerrados tornavam-se menores ainda ao que ele sorria.

— Jamais pensaria isso, capitão. — Ri, colocando minhas mãos atrás da minha cabeça, em rendição. — Mas, para eu desencalhar por completo, preciso estar ao menos decente para isso.

— Você venceu. — Saiu de cima de mim, ajudando-me a levantar. — Já vou jogar as minhas e as suas roupas na nossa cama, precisamos te deixar mais lindo do que você já é! Okay, isso é impossível, mas podemos tentar.

— Espere aí! — Mesmo rindo do comentário proferido, lembrei-me de algo que não poderia faltar. — Lembra-se da regra, não é?

— Claro que lembro. — Revirou os olhos, já subindo em direção à repartição que chamávamos de quarto, parando e virando-se para mim. — Nada de poliéster!

 

 

 

 

Minhas mãos pareciam corroborar para o meu fracasso. Não sabia que era possível transpirar tanto por aquele local, mas agradecia mentalmente por só estar suando por ali, já que não queria que o perfume que eu usava fosse substituído por um odor desagradável.

Meus pés tintilavam no assoalho da entrada, eu tremia por dentro e por fora, desacostumado a estar tão nervoso dessa forma, e eu tinha em mente que era por nervosismo sim, já que a noite só estava com uma brisa amena, nada que me fizesse sentir a necessidade de um agasalho, era primavera, afinal.

 Queria apertar a campainha e beijá-lo, dizer que senti sua falta e que era estranho que o menino misterioso das flores barra vizinho bonito me fizesse sentir tanto durante a metade de uma primavera, mas assim que a porta foi aberta, eu não soube fazer nada, literalmente, já que apenas fiquei estático, quase a engasgar como se eu estivesse a mastigar algo e a minha epiglote tampasse o caminho da faringe ao invés da laringe.

Eu não sabia se minha situação era por eu estar diante dele ou por ele estar diante a mim sorrindo como se me esperasse e soubesse sim que eu iria, mesmo que eu não houvesse dado a confirmação quando ele me convidou. E eu não poderia estar mais feliz em ter ido, não só pelo que ele me fazia sentir, mas pelo que eu via. E, puta merda, Jeongguk trajava um walk shorts de cor lilás com uma camisa esporte com mangas três quartos xadrez que eu tinha que, um dia, agradecer a quem quer que tivesse feito, já que a pessoa soube fazer com que os quadradinhos se encontrassem assim como eu batalhava para fazer ao cortar esses tecidos na disciplina de Montagem em tecidos especiais na faculdade, fora os adoráveis suspensórios presos a bermuda que, certamente, me faria ter imaginações incoerentes horas depois, além de calçar um par de docksides escuros, e portar em sua cabeça, um chapéu pork pie que, certamente, deixava-o ainda mais lindo do que ele era em dias normais.

Quanto a mim, por sorte, Jimin me ajudou a estar “sexy, porém casual, simples, porém sofisticado” segundo ele, fazendo-me vestir uma camisa pastel em estampa floral – irônico, eu diria – com mangas sete oitavos, uma calça caqui em tom marfim, botinas grafite em meus pés e um gorro estilo beanie cinza para completar. Deveria admitir, Jimin havia acertado em cheio e Jeongguk estava tão deslumbrante que, não que eu quisesse duvidar da sua capacidade de se vestir bem, tive certeza que Yoongi hyung havia dado algumas boas dicas para me impressionar. E, pelos deuses, havia funcionado bem.

— Você está lindo. — Jeongguk parecia ter adivinhado o que eu estava pensando ao seu respeito, tirando as palavras de minha boca.

— E-eu... — Pelo amor de Osíris, não gagueja, Kim Taehyung! — Obrigado. Você também está impecável.

— Devo admitir, estou nervoso, e-eu estava com medo de você não vir. — Okay, Jeongguk inseguro era algo que eu não esperava.

— Bem, você parecia aguardar a minha chegada já que, como da outra vez, abriu sem eu nem chamar. — Ri, mas não por achar graça, eu estava só muito nervoso mesmo.

— É que, como da outra vez, Jimin me mandou uma mensagem dizendo que você não ia ter coragem de tocar a campainha. E eu não queria te deixar muito tempo na dúvida entre entrar ou não. Não preparei uma noite para nós dois à toa. — O sorriso infantil fez meu peito doer um pouquinho, mas de um jeito bom. — Vem, acho que temos uma tal de pazes para fazer e não quero fazer isso no relento.

Dei uma pausa no meu nervosismo e apertei sua canhota, adentrando a passos lentos em seu loft, sentindo a maciez de seus dígitos frios em contato com a minha derme a me fazer suspirar e não querer nunca mais acabar com o contato.

Tive de segurar o gritinho de surpresa que, de certa forma, sairia afeminado quando observei a decoração do local, não contendo o curvar de lábios singelo que adornou minha face ao que eu rondava meus olhos pelo local. Se antes eu estava engasgado com o nada, agora, com toda a certeza do mundo, era o meu coração que estava entalado em minha garganta.

Havia um caminho de origamis brancos em formato de uma flor que eu não sabia o nome – e nem teria coragem de perguntar – pela extensão do local, guiando-nos a parte de trás que eu ainda não havia ido em sua residência. Quis até mesmo ficar parado a observar como a luz tênue caia perfeitamente com a forma de organização tão bem pensada do local, e acho que Jeongguk percebeu isso, já que, no mesmo instante, apertou minha mão e começou a conduzir-me pelo local, rindo baixinho das expressões faciais que eu fazia ao que me permitia ser ainda mais surpreendido pelo local.

Estava cada vez mais difícil conter minhas reações, já que a cada passo que eu dava, algo novo e belo tomava minha atenção. Ele realmente havia pensado em tudo, e nem parecia que eu é que tinha que me desculpar, já que, assim que chegamos ao local destinado, pude ver pisca-piscas brancos na entrada de uma pequena repartição que tinha cheiro de duas das coisas que eu mais adorava no mundo: Flores e Jeon Jeongguk.

Dei mais alguns passos, curioso com o que ele havia preparado a mais, porém, clássico de Kim Taehyung, tropecei em alguma coisa não identificável – estava escuro – e tive de ser amparado pelas mãos fortes do meu vizinho, não contendo a sensação que me arrepiava por inteiro ao me dar conta de que eu estava, excepcionalmente, nos braços de quem eu queria estar.

— Não caía, hum? Ainda falta mais uns cinco passos e, se você quer tanto encontrar-se com o chão, pode fazer isso, mas só quando eu estiver por cima de você.

Jeon Jeongguk tinha um dom, e eu comprovei que era o de me constranger quando ele riu ao pé do meu ouvido e deixou um selar ali mesmo, auxiliando-me a caminhar em direção ao pequeno local ao que eu sentir estar prestes a entrar em combustão, não só por ele estar bem perto, mas por aquilo estar emanando a mim um calor quase imperceptível.

Era certo que, se eu não fosse tão controlado de uma forma que eu não sabia ser até então, a Coreia do Sul inteira teria me escutado alarmar de uma forma quase em choro quando vi a toalha azul claro florida esparramada pelo assoalho de madeira que sabia provir de ipê, com algumas almofadas, uma cesta de piquenique e uma luminária que alternava as cores, além de um amplificador pequeno onde um smarthphone – que julgava ser dele – estava plugado, tocando Kiss-me do Ed Sheeran, em sua extremidade esquerda.

Esperei ele se sentar, acompanhando-o, mas ficando um pouco distante por ainda estar retroagido demais com tudo. Ninguém nunca havia feito nada igual e nem parecido para mim, e eu nunca havia sentido nem três por cento por alguém como eu sentia por aquele garoto. E isso poderia soar como um clichê, um piegas ao som de quem ouvisse – se eu decidisse contar – ou lesse – se eu decidisse escrever – sobre nós dois.

— Por que está com medo de mim, Tae? — Jeongguk puxou-me pela cintura, quase me fazendo sentar em seu colo.

— Eu não estou com medo de você... Mas você fez tanto, parece que você quem me deve desculpas e não o contrário. — Já que estava naquela posição, permiti-me relaxar um pouco mais, escutando minha cabeça em seu ombro direito. — Me desculpa...

— Eu senti falta dos seus beijos, mesmo que isso tenha acontecido há poucos dias. — Sua mão fez um afago em meus cabelos. — E acho que, mesmo que eu tivesse ficado bravo, o que não aconteceu, teria desculpado no mesmo instante, ainda que ver você com a blusa de Yoongi hyung, saber que dormiu com ele e todas essas coisas fizesse meu estômago dar voltas, coisas que eu sequer imaginava até então. É estranho que eu sinta tanto por você e nos conhecemos apenas nessa primavera.

— Eu acho que me sinto da mesma forma, e não sei mais decidir o quanto isso é bom ou ruim. — Virei meu rosto um pouco, beijando sua bochecha. — É bom por eu estar gostando e isso estar dando certo, quer dizer, não é como se tivéssemos nada oficial, não que precisássemos, eu gosto de te beijar e de sentir o seu cheiro, além de achar incrível tudo em você e na forma de me fazer te sentir, mas você se dá bem com meus amigos e parece encaixar-se em minha vida como eu nem sabia que poderia desejar, o que, ao mesmo tempo, é ruim, já que você está ficando amigo demais dos meus hyungs e eu não sei dizer de quem eu sinto mais ciúmes.

Escutar sua risada ecoar por aquela estufa fez com que eu me sentisse bem, com as sensações dissipando em meu corpo e me fazendo querer mais, não só ouvir a risada, mas querer ficar mais perto de Jeongguk, tão perto quanto eu julgasse ser possível. Ainda mais por estar envolto de flores e à luz, tanto da luminária artificial, quanto do luar visto pela claraboia daquele local.

— Além de estar se declarando, ainda diz que tem ciúmes de mim. — Jeon virou meu rosto de encontro ao seu, deixando com que um beijo de esquimó iniciasse nossos carinhos mais íntimos. — É, Taehyung, você sabe como fazer as pazes com alguém.

Deixei com que minhas pálpebras fechassem-se no ímpeto de esperar por um beijo, este que não tardou em vir, já que ele parecia sentir tanta falta como eu.

A textura dos lábios alheios pressionados contra os meus fazia eu me sentir um cara de muita sorte, já que a forma doce como Jeongguk beijava era encantadora; sua língua morna enviava emoções que fazia eu me arrepiar por completo quanto de encontro a minha, movendo-se em um ritmo lento, mas que ainda fazia-me suspirar em contentamento por ele, por ser com ele.

Deixei com que meus braços rondassem seu pescoço ao que ele me puxava para ficar em seu colo, e era certo que eu não hesitaria em ir, ajeitando-me melhor ao que eu permanecia no ato de beijá-lo com todos os sentimentos que eu nutria por aquele garoto e mais um pouco.

A mordida em meu lábio inferior dada por ele anunciou o fim daquele contato, ao que ele levava a boca a percorrer meu maxilar e meu pescoço, mordiscando minha tez ao que eu apertava ainda mais meus olhos fechados, apertando-o ainda mais e sendo retribuído da mesma forma por seus braços fortes ao redor de minha cintura.

— Eu gosto tanto de você, Jeon... — Sorri, parecia certo dizer aquelas palavras naquele instante.

— Eu sou completamente maluco por você, hyung. — Escutá-lo referir-se a mim com aquele honorifico fez com que algo encandeasse em meu âmago, já que, involuntariamente, ondulei meu corpo sobre o seu.

Eu sabia bem que havia dito a Jimin que quando um casal fazia as pazes, geralmente, envolvia sexo, e eu queria gritar para ele que eu estava certo, ainda que eu não sentisse mais aquele nervosismo característico, ainda que eu soubesse que não seria nomeado propriamente de sexo o que quer que fizéssemos ali.

Jeongguk moveu-se um pouco, deitando-me com a cabeça em uma das almofadas espalhadas, ficando entre as minhas pernas e acariciando meu rosto com o polegar, voltando a me beijar.

Segurei a barra de sua camiseta, em um pedido mudo para que eu retirasse aquilo, ao que ele logo entendeu, afastando-se um pouco de mim e permitindo-me suspirar com tamanha beleza que era seu corpo. Logo, ele mesmo retirou seu shorts, sapatos e adereços, ficando com a peça íntima a cobrir o volume considerável desperto naquela região.

Auxiliou-me a fazer o mesmo com minhas vestes, selando nossos lábios a cada peça retirada, até me ver totalmente despido para si, já que, ao contrário do que havia feito com ele, minha peça intima havia tomado algum rumo desconhecido ao que eu não me importava, não quando eu tinha Jeon Jeongguk a me sorrir daquela maneira.

— Você é tão belo, Tae... — Esticou a mão atrás de mim, pegando algo que eu não vi e nem me atentei, já que estava imerso em seus orbes a me avaliar e em suas palavras a me fazerem tão bem. — Eu poderia te esculpir para mim ou te eternizar em uma das minhas telas, mas nada seria se eu não pudesse tocar a ti, nada seria se eu não pudesse provar dos teus beijos e do sabor da tua pele morena marcada por meus lábios.

Não proferi nada, não tinha condição, não quando aqueles benditos lábios atacavam-me sem pudor, ainda que de forma lenta a lembrar-me de quando as pessoas diziam “fazer amor”. Não tive nem como conter o gemido em deleite quando Jeon tocou-me em partes estratégicas e sua boca fazia-me implorar por mais, mais daquilo tudo, mais de Jeongguk.

Abri um pouco mais as pernas ao que ele ia trilhando um caminho de carinhos em meu corpo, depositando selares e mordidas fracas na parte interna de minhas coxas, sentindo meu corpo tremer sob seus dígitos e nossas vontades.

Meus olhos piscavam ao que ele fazia um percurso contrário com tantos afagos, logo os mesmos despertaram por completo ao sentir a textura macia do que ele havia pego antes, ao que descobri ser uma flor como aquelas de origamis, só que de verdade. Tendo minha respiração entrecortada em resposta de como aquilo era bom, como tudo com ele era bom.

— Eu não tinha a intenção de fazer nada senão jantar contigo ao luar e ao que marca o que quer que tenhamos: as flores, mas você está tão a mercê e eu quero tanto tudo isso que, mesmo sendo imprevisto, não pretendo parar. Não quando você fica lindo ofegante e excitado. — Pressionou nossos lábios enquanto estava a atritar de uma forma mais do que prazerosa nossas intimidades. — Não quando teus gemidos reverberam em meus ouvidos, não quando estamos em um cenário tão propício... E esta gardênia passeia pelo teu corpo a significar mais do que eu poderia dizer, não quando de todos os significados dela, eu escolhi justamente aquele que indica que eu sinto bem mais do que um “amor secreto” por você.

 

 

 


Notas Finais


Link: https://www.letras.mus.br/ella-henderson/yours/traducao.html

depois de dois meses longe, é isso que eu tenho prôces;;;;
antes de me xingarem, tem nos avisos "insinuação de sexo" e não disse nada sobre lemon, acho que deixei a mercê de vocês imaginar quem será o top ou o bottom - mesmo que eu tenha deixado estampado minha preferência, fica com vocês a imaginação do rumo das coisas - e não sei, sexo não é muito a cara de LSF, mas eu quis escrever isso como meu retorno. Sair do hiatus foi difícil, mas vemos aqui que não foi impossível skaokas

Xoxo, see you~


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