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História Linguagem Secreta das Flores - Anêmonas


Escrita por: cactae

Notas do Autor


Bem, quase não tem capítulo hoje por motivos de: eu estava extremamente chateada, havia prometido atualizar não só essa, mas como a Empower também - minha fic Yoonmin com menção Taehopekook - mas perdi mais de mil palavras ontem por ter escrito a madrugada inteira e ter desligado o computador sem salvar, uma burrice, eu sei. Acabei por pistolar e não escrever nenhuma das duas, mas há mais ou menos uma hora, decidi que cumpriria com a promessa de sempre att essa aos sábados e fiz esse cap.
A música que indico é: Amei te ver - Tiago Iorc, só porquê acho que era assim que o Jeon se sentia em relação ao Taehyung kk mesmo que o fic seja tão e somente narrada pelo Tae.
Erros são possíveis, não betei por pura preguiça. E, ah, vai ficar sem capa até a madrugada, capítulo passado eu disse que as capas eram provisórias, e como estou fazendo as novas, resolvi que não colocaria nesse cap até terminá-las. Baw


Boa leitura ~

Capítulo 2 - Anêmonas


Fanfic / Fanfiction Linguagem Secreta das Flores - Anêmonas

Eu nunca fui do tipo de garoto que finge ter sentimentos ou não tê-los, eu sou exagerado por mim mesmo e não consigo conter as emoções que meu corpo insiste em transmitir, talvez isso não resulte em boas coisas, ou até resulte e eu só não saiba aproveitar, todavia, havia ficado confuso com os acontecimentos do último dia. 

Já fazia três dias que recebi a flor deixada em frente a minha casa, claro que até suspeitei do meu novo vizinho, mas sequer o vi durante esse intervalo de tempo, o que me leva a crer que ou ele está me evitando - o que seria estranho, já que fui gentil com o mesmo - ou está apenas atarefado com coisas que não me dizem respeito.  

Naquela noite, tive de esconder o sorriso bobo que sibilava por meus lábios para que meus amigos não pensassem em coisas que, definitivamente, não existiram. Eu ajudei um vizinho por achar necessário, não acho que tenha algo demais nisso, mas pelo que os conheço, sei que não partilhamos do mesmo pensamento. Talvez Yoongi fosse o mais sensato, já que não perguntou tanto sobre a flor ou o bilhete, ao contrário de Jimin, que passara a noite e a madrugada a me importunar por ter um "admirador secreto a moda antiga", já que o bilhete não veio assinado ou com alguma sigla ou heterônimo.  

Havia colocado a rosa em um jarro fino ao lado da minha cama e de Jimin, onde eu poderia olhá-la e imaginar os dígitos que a seguraram. Talvez soasse estranho a muitas pessoas que eu divida uma cama e ainda mais com o homem, mas morávamos em um loft, a casa não havia muitas repartições, então sabíamos que isso aconteceria. E era muito bom, porque eu tinha certo pavor de dormir em uma solidão forçada, Jimin me abraçava sempre e adormecíamos naquele jeito só nosso no amplo espaço de uma kingsize bem envelopada.  

— Você sabe quem foi, não é? — Jimin perguntou afagando meus cabelos quando nos preparávamos para dormir. — E você me contaria se estivesse apaixonado, não contaria? 

— Não e sim, respectivamente. — Virei minha cabeça para ele e lhe dei um dos meus mais sinceros sorrisos. — Eu não esconderia nada ou mentiria para você. 

Eu achava estranho sim o fato de ele achar que eu estava apaixonado ou algo do tipo só por receber uma flor de um desconhecido qualquer, eu não estava. Aquilo deveria simbolizar gratidão ou algo do tipo, se caso tivesse sido mesmo o meu novo vizinho a enviá-la. Mas Jimin tinha dessas, às vezes precisava que eu confirmasse toda a confiança construída em todos esses anos de amizade, sabia que sentia-se insuficiente mesmo sendo mais do que eu merecia e mais do que eu jamais imaginaria que ele fosse.  

Por vezes, confundiram-nos, achando que nossa relação era afetiva e carnal, que tínhamos mais do que assumíamos. Até chegaram a espalhar boatos do que éramos namorados. Claro que isso nos rendeu boas gargalhadas durante várias noites e até ensaios de como encenaríamos coisas de casais para fortalecer os rumores, só para rirmos enquanto caíamos abraçados para mais uma noite de bons sonhos. Não tínhamos nada a não ser uma ligação quase espiritual de dois bons velhos melhores amigos

— Se for alguém da faculdade, acho persistente, até porquê já confirmamos nosso relacionamento homoafetivo para quem quisesse saber. — Pausou por um instante e sorri ao ver sua expressão. — Deve ser alguma novata ou até mesmo um dos garotos do seu curso. 

— Você está mais preocupado que eu em saber quem foi. — Beijei-lhe o queixo. — É melhor irmos dormir, esquece isso por hora.  

— Eu só quero saber quem ousa tentar roubar o coração do meu melhor amigo de mim. Mas você tem razão, vamos dormir. — Depositou um selar em minha testa. — Durma bem, TaeTae. 

— Não tenha pesadelos, ChimChim. — Finalizei, agarrando-me a ele e deixando minha cabeça pender para a curva de seu pescoço. 

 
 

 
 

 
 

Tinha para mim que a faculdade fosse menos complicada com o que me deparei, mas não era bem assim, você tinha obrigações, deveres que se não fizesse, o desempenho e resultado acadêmico poderia influenciar no que você seria dali para frente. Eu já estava para lá de atordoado enquanto tentava costurar um mussoline chiffon em minha máquina de costura doméstica para finalizar um projeto, os chás já não mais me acalmavam, os banhos estavam bem longe de serem relaxantes naturais e já estava quase me perfurando com aqueles alfinetes colocados em uma esponja de leão. Praguejava em alto e bom som como odiava agulhas número nove e bobinas que acabavam em pleno retrocesso, gritava com o pesponto que insistia em ficar torto após tantas tentativas. Parecia uma guerra entre tecidos, cortes e costuras contra Kim Taehyung e, certamente, eu já me nomeava perdedor. 

Havia colocado música para relaxar enquanto alinhavava o gancho de uma tentativa de calça esporte, mas nem elas estavam surtindo efeito, visto que eu sempre trabalhava melhor ao som de uma boa melodia. Não deixei de bufar alto quando escutei um barulho vindo da tomada. O fio havia queimado, para completar minha sina de universitário sem sorte alguma. 

E como sempre tudo tende a tonar-se pior quando já está ruim, escutei a campainha soar e já estava preparado para proferir mil e um xingamentos em todos os idiomas que eu conhecia, até reparar de quem se tratava.  

— Oi...? — Tentei não soar rude, mesmo estando estressado além de o normal. 

— É... Oi, Taehyung. Eu não pude deixar de ouvir suas reclamações e um barulho de explosão. — Jeon Jeongguk explicava-se, parado em minha porta com um sorriso tímido e uma embalagem de lanche de fast-food na mão direita. — E supus que você estivesse trabalhando, pelo barulho da máquina que devia estar em tarefa constante desde mais cedo. 

Franzi o cenho, não estava a compreender muito bem o que ele estava tentando dizer, contudo, tentei acalmar-me. Era bom e ruim ter alguém que me tirasse o pensamento e o desespero em ter uma máquina quebrada e tecidos picotados, bom porque eu não surtaria, ruim porque eu surtaria logo mais de não surtar. 

— Você tem uma audição esquisita. — Arqueei uma sobrancelha. — Mas entre, só não repare na bagunça. E não, essa não é uma daquelas clichês falas do anfitrião quando alguém entra em sua casa pela primeira vez. Isto aqui está realmente uma bagunça, Jimin vai me matar se eu não retirar, pelo menos, os retalhos do chão. 

— Jimin... É seu namorado? — Indagava circundando a decoração da casa com o olhar. 

— Oh, não, não. É meu melhor amigo. Dividimos o loft, só isso. — Não sei porque não afirmei sermos namorados, como sempre fazia, parecia errado naquele momento. 

— Ah... É que é meio estranho, já que só tem uma cama. — Constatou e não contive o rubor em minhas bochechas. — Mas, bem, isso é para você. Achei que estivesse faminto já que não ouvi pausa alguma em sua manhã.  

Estava relutante em pegar a embalagem oferecida por suas mãos. Eu só tinha ajudado-o com algumas caixas e parafusos, não entendia o motivo que ele tinha em se preocupar se eu estava ou não com fome, ações assim eu só tinha de Jimin e isso em ocasiões raras como doença ou coração partido. Abri a embalagem e lhe devolvi um sorriso e um meneio de cabeça em forma de agradecimento, afinal, ele havia trazido um dos meus sanduíches favoritos do meu restaurante favorito naquele ramo e um copo de quinhentos mililitros cheio de fanta laranja. Ri por ser um dos poucos refrigerantes que eu tomava, preferia suco, mas o gesto não deixava de ser bonito por isso. 

— Trouxe também a coroa de lá, do Burger King. Achei que ficaria bem em você. — Entregou-me a coroa de papelão e eu quis muito gargalhar naquele instante. 

— Como acha que fiquei? — Curvei os lábios em um meio sorriso ao colocar o objeto por cima de meus cabelos castanhos.  

Não obtive resposta, tampouco esperei por ela. Havia achado o gesto significativo e até íntimo para quem só se vira ou conversara por algumas poucas horas. Mais esquisito ainda era o fato de ele estar ouvindo todos meus resmungos de incompetência sem que muros dessem acústica para minha liberdade de expressão.  

— Quanto te devo? — Perguntei, já que nenhum ser humano do mundo contemporâneo fazia nada como gesto de boa ação. 

— Hum? — Fitou-me confuso. 

— O lanche. — Dei uma mordida generosa em meu sanduíche. — Deve ter custado algo, a não ser que você tenha roubado. 

— Ah, eu não roubei coisa alguma! — Protestou. — E não precisa me pagar por isso, é apenas um agradecimento por ter se disponibilizado para me auxiliar naquele dia.  

Assenti, não ia discutir sobre o valor de um lanche que eu estava deveras precisando. Não havia feito comida naquele fatídico dia, tendo em vista todo meu sofrimento por aglomerações de fibras de algodão, e também porquê não se nega comida, em hipótese alguma.  

Ficamos em silêncio enquanto eu me deliciava em terminar a refeição. Sentia seus olhares em mim e seria até estranho ser observado comendo, mas não falaria nada, já estava imensamente grato por aquela aparição repentina. Após engolir o último pedaço de pão, resolvi, por fim, quebrar o silêncio, fitando-o tamborilar os dedos no braço do estofado.  

— Desculpe-me por ser tão escandaloso. — Murmurei sentindo-me até mal por ter o incomodado. 

— Ah, não precisa desculpar-se. Entendo que deva estar para lá de nervos. Trabalho da faculdade, certo? — Ajeitou-se no sofá, olhando-me de maneira curiosa. 

— Sim... Como sabe?  

— A julgar pelos suspiros em frustração e que já o vi pelo bloco de Arte e Cultura, não havia de ser apenas uma suposição de um bom observador.  

Oh... — Foi tudo o que consegui expelir. 

Aquilo ficava mais estranho a medida que eu pensava sobre. Ele havia me visto, certo? Ele havia me escutado de sua casa, certo? Isso me soava tão esquisito que cheguei a cogitar a ideia que ele era um stalker profissional e em crescente ascensão. Minha mente não falhava em mandar-me ideias acerca de meu novo vizinho com comportamentos peculiares. 

— Pela sua cara, deve estar pensando o que eu estava fazendo te observando, mas juro que foi algo ao acaso. Ou destino, como queira. — Mirava-me sereno em sua voz que mais parecia uma brisa de outono: fria, mas que acalmava a alma. — Eu me mudei para cá,  para a Capital, assim que descobri que havia sido classificado para a universidade. Digamos que a vida em Busan não era propícia para alguém como eu, que queria ser reconhecido como artista. 

A informação fez com que eu me atentasse ao sotaque quase imperceptível em sua fala, assim como Jimin tinha o seu, porém mais carregado. Sorri com a comparação, achava bonito aquele fonema e já estava bem acostumado com ele, talvez por isso não percebera no meu primeiro contato com meu vizinho muito bem apessoado.  

— Ah, isso é incrível. E um ponto em comum também, também saí de minha terra natal em busca de sonhos que julgavam impossíveis. — Demonstrei uma compreensão que eu, de fato, tinha para com ele. — Eu curso Design-Moda, e você? 

— Artes plásticas. Mas meu foco é a pintura, sabe? Usar e abusar da teoria da cor e dos meus sentimentos nas minhas telas, admito que a teoria até seja necessária, mas a prática, para mim, é fascinante. 

Fiz uma careta em descontentamento. Eu fazia as práticas porque me eram obrigatórias e por não querer ser mais um profissional com formação medíocre no mercado, mas a teoria enchiam meus olhos de um brilho que poderia ser visto em um raio de quilômetros a fora. O que o fez rir, e entre seus risos e sua aparência tão infanto-juvenil, pude perceber o quanto o barulho que saía por entre seus lábios poderiam ser facilmente interpretado como música aos meus ouvidos.  

Queria perguntar sobre a flor, se ele quem havia me presenteado. Ter a confirmação e, quem sabe, até a explicação sobre o significado das três flores de cor lilás dispostas em minha mesinha a alguns passos, mas parecia invasivo, errado, curioso demais até para mim. E se não tivesse sido ele? Se tivesse sido uma pessoa qualquer? Ou até pior, algum engano de alguém que batera na porta errada pensando ser seu eterno amante e confidente do outro lado da porta de madeira envernizada? 

— O que houve mesmo com seu instrumento de trabalho? — Apontou para minha máquina recém quebrada.  

— Eu não sei, acho que foi o fio.  

— Quer que eu dê uma olhada? 

— Vai me dizer que também sabe consertar máquinas de costuras além de ser artista, prestativo e... bonito? — Arrependi-me no segundo após não frear aquelas palavras. — Quer dizer, se você estiver disposto, eu aceito sim. 

— Para dado de curiosidade, minha avó materna costurava e eu tive de ajudá-la diversas vezes quando faltava óleo no motor ou alguma fiação estava com problemas. — Seu rosto ainda estava corado, um vermelho fraco e adorável, por sinal.  

Ignorei minha vontade de falar algo, poderia escapar mais uma bobagem, como sempre acontecia. Puxei-o pelo pulso com delicadeza, murmurando um agradecimento qualquer e indicando onde havia sido o estouro. Ele não encarava com uma cara muito boa e eu já estava quase enrolando-me com o tricoline preto dobrado ao lado da máquina, simbolizando meu luto por ela. 

— Eu teria de trocar o plug todo, mas, para isso, devíamos ter outros fios. Ou você pode contatar um técnico para os serviços caso não confie nos meus. — Levantou-se após ter estado de cócoras para avaliar o problema. — Mas isso talvez deva ter acontecido por uso indevido, como usar a máquina assim que ligar e afins... — Olhava-me desconfiado. — Você não fez isso, fez

— Talvez. — Admiti com um suspiro derrotado. 

Era difícil eu cometer aquele tipo de gafe, já que vivia ouvindo a mesma frase quando ia ao laboratório de costura, mas dada as circunstâncias, eu já não encontrava-me em minhas plenas faculdades mentais. Estava exausto, frustrado, cogitando mandar para os quintos a obrigação de ter um diploma e ser alguém na vida. Então, só naquele momento, não culpei-me tanto pela falha cometida. 

A minha situação já não era das melhores, todo o esforço em vão que fora exercido durante uma manhã inteira e todas decepções que viriam ao decorrer do dia que estava pela metade, Jimin ainda havia chegado enquanto eu e Jeon misturávamos nossos risos por algo tão bobo quanto um corte que eu havia dado errado no entre-pernas da calça costurada. Certamente, aquilo se finalizado, não seria muito confortável ou ergonômico para quem desejasse usar. 

— Oh, atrapalho? — Jimin parecia evitar contato visual comigo. 

— Não, ChimChim. Esse é o nosso vizinho de jardim, aquele ao qual ajudei naquela noite que os meninos estavam aqui. — Sorri-lhe, mesmo que ele não me olhasse. Senti até um temor se caso ele o fizesse e eu encontrasse o que não deveria naquele olhar. 

— Você deve ser o Jimin, amigo do Taehyung. Prazer, Jeon Jeongguk. — Estendeu a mão para um aperto com meu melhor amigo.  

Jimin demorou a responder àquele cumprimento, analisando o garoto e sua palma estendida. Pude até ouvir seus neurônios fritando e sua curiosidade sendo aguçada sobre o que eu e Jeon fazíamos ali, rindo e sozinhos. 

— Park Jimin. Chame-o de Tae, você vai acabar cansando de repetir Taehyung sempre, é um nome extenso demais. — Respondeu, por fim. — E, olha só, você é a primeira pessoa que não me relaciona ao Tae como um casal de namorados. 

— Na verdade. — Cocei a cabeça. — Ele achou que éramos sim um casal, mas logo o informei que somos melhores amigos.  

— Que dormem juntos. — Jeon observou com uma expressão que não consegui decifrar.  

— Questão de otimização de espaço e economia de dinheiro. E outra, mesmo se não dormíssemos juntos, Tae daria um jeito nisso, ele não é muito fã de dormir sem ficar como um coala em mim. — Jimin deu de ombros e queria fuzilá-lo por dizer tais coisas.  

— Acho que isso afeta nossa masculinidade, Chim. — Brinquei, tentando dissipar o clima pairado sobre nós. 

— Como se o mundo não percebesse que não somos héteros. Aliás, para que isso, não é mesmo? Para que essa nomenclatura? Para que se encaixar algo só para ser alguma coisa? Não podemos ser só nós mesmos e ligar o "foda-se" para a sociedade que insiste em nos colocar em caixinhas por categoria? — Meu melhor amigo disparava parecendo não reconhecer os próprios pensamentos.  

— Você bebeu a essa hora, cara? — Indaguei, só podia ser aquilo para deixar alguém que não era fã de teoria tão filósofo. 

— Talvez, um pouco, Yoongi me levou para almoçar e... Acabei exagerando no vinho. Mas não me culpe, culpe os italianos por consumir massas sempre acompanhadas de um bom vinho! — Choramingou sonolento. — Quero dormir, TaeTae, vem comigo. — Puxou de leve a carcela de minha blusa e quase neguei, olhando para Jeon. 

Ele não parecia alheio, estava atendo aos meus movimentos e ao do Jimin. Eu estava hesitando em seguir meu melhor amigo e deixar Jeon com uma falsa preocupação, mas logo isso se esvaiu quando ele sussurrou um "tudo bem, vai lá" e me lançou um sorriso de canto, levantando-se e saindo pela mesma porta que entrara, deixando-me a mercê de um melhor amigo bêbado e babando em sonolência. 

Peguei Jimin nos braços, temia que ele se arriscasse a subir as escadas e caísse, como já havia acontecido a nós dois depois de noitadas e viradas de dia consumindo quantidade de álcool contra-indicada pela moral.  

Coloquei-o na cama e retirei seus tênis, meias e desabotoei sua camisa, fazia calor e eu sabia como Jimin era com isso, acordaria ensopado se eu não tomasse as devidas medidas.  

— Tae, vem deitar comigo, por favor. — Chamou-me manhoso e esbocei um sorriso com isso.  

— Estou indo, só estava te deixando mais confortável. — Confessei enquanto engatinhava para ficar ao seu lado, logo aninhando-o em meus braços e deixando com que o cheiro de seu shampoo suave invadisse minhas narinas. 

— Obrigada, TaeTae. — Fez um carinho em meu dorso e agradeci por sermos melhores amigos. 

— Não há de quê. — Beijei seus cabelos. — Só não vomite em mim, por obséquio. 

— Eu não vou. — Sorriu com os olhos fechados e a voz arrastada como a de um bêbado qualquer. 

E, só por aquele instante, por aquele sorriso, permiti não preocupar-me com o que Jeon Jungkook estava pensando depois de cruzar aquela porta. 

 
 

 
 

Anoitecera, Jimin havia dormido forçando-me acompanhá-lo e não concluir minhas atividades que eu não possuía mais nenhuma força de vontade para realizar. Obriguei-o a tomar uma ducha gelada para que ficasse sem dor de cabeça no dia seguinte, já que ainda era semana e haveríamos de cumprir nossa carga horária na faculdade, e entre reclamações e murmúrios de que eu não era seu pai e que ele quem deveria mandar em mim por ser dois meses mais velhos, ele seguiu em direção ao banheiro. 

Estava cozinhando uma sopa de legumes para quando Jimin saísse do banho quando escutei a campainha pela segunda vez naquele dia. Limpei minhas mãos no avental e fui em direção a porta, seja quem fosse, poderia até me zoar por estar tão dono de casa trajado daquela forma. 

Ao abrir, como alguns dias atrás, não havia ninguém e imediatamente olhei para o chão, constatando o óbvio. Havia uma flor única e um bilhete preso em fitilho azul anil. 

"Caso não saiba, é uma anêmona, presenteie o seu amigo, a situação dele não era a das melhores hoje, receio ter algo além de bebida ali. Algo mais... Emocional, mas não sou especialista nessas questões. Espero que saiba o significado"


Notas Finais


EU AMO TANTO O ROMANCE VMIN QUE VCS NEM IMAGINAM, vejo-os tanto com a amizade assim que eu não consigo só shippar como achar extremamente foto, já que o próprio Jimin falou em um vídeo que o Tae era seu melhor amigo <3 <3 mas a fic NÃO é Vmin, é Taekook até o talo u-u mas quem lê minhas fics sabe que trato a amizade TaeTae e ChimChim assim, até pq é um dos meus otps, quer queiram, quer não.
Ah, e a divagação de crise existencial do Jimin foi inspirado na minha madrugada com uma grande amiga. estávamos a discutir sobre isso e ela tava filosofando altas coisa, né, Gêrda? saslaçslaç
Espero que tenham gostado.
Para mais, para menos, é isso.

Xoxo, see you ~


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