Ei ei amores. Blz?
Desculpe os erros e boa leitura! ❤
Eu continuava na festa do Lucas junto com Gabriel. Estava sentada conversando com Sophie e Rafaella, irmã do menino Ney. Ela era bonita e muito simpática.
Gabriel havia sumido junto com os outros cara do time. Isso me fazia sentir vontade de mata-lo. Me levantei irritada e segui pra cozinha. Dentro da geladeira peguei uma lata de suco de uva. Abri a mesma e coloquei um pouco em um copo, em seguida bebi.
— Ei moça bonita, se acalma — Eu escutei a voz do Neymar após, sem querer bater o copo de vidro em cima da pia de mármore.
Eu sorri fraco e ele riu.
— Vai me fala, qual é o motivo da sua raiva? — Ele perguntou sentando e pegando um docinho que estava em cima da mesa. Ri com isso.
— O Gabriel me deixou aqui sozinha — Revirei os olhos.
— Mas você não estava com a Sophie e minha irmã? — Ele perguntou com a boca cheia.
— Sim, mas eu vim com ele. E não é a primeira vez que ele faz isso — Falei me lembrando do churrasco do Lucas, quando ainda estávamos nos conhecendo.
— Que vacilão — Ele riu.
— Não é engraçado — Falei me sentando em frente a ele.
— Tá bom, foi mal — Ele levantou as mãos em redenção.
— Posso te fazer uma pergunta? — Perguntei sorrindo tímida.
— Já está fazendo — Ele disse e riu. Ri também — Manda.
— Como foi ganhar a Champions League? — Perguntei sorrindo. Ele sorriu também.
— Foi incrível, uma sensação inexplicável. Fiquei feliz de poder realizar mais um sonho, graças a Deus — Ele disse.
— Realmente deve ser incrível — Eu sorri imaginando.
— Gabriel disse que eu sou seu ídolo — Ele arqueou as sobrancelhas.
— Sim — Sorri tímida — Você é uma de minhas maiores inspirações — Eu disse sorrindo.
— E o que você faz? — Ele perguntou.
— Eu sou jogadora de futebol — Eu disse sentindo o orgulho no peito.
Ele parecia meio surpreso.
— É sério? — Perguntou.
— Sim — Eu ri — Por que?
— Ah, você não tem cara de quem joga futebol. Quer dizer — Ele soltou uma risada fraca — Você tem cara de ser bem menininha, sabe?! Bailarina, sei lá — Ele riu.
— Eu tenho o meu jeito de menininha sim, mais isso não significa que eu não ame o futebol — Eu revirei os olhos.
— Eu sei — Ele disse e riu — Você é bem estressada né?!
— Desculpa — Eu ri fraco.
— Tá tranquilo — Ele disse — E aonde você joga, moça bonita?
— Que apelido besta — Falei e ele riu.
— Ué, mas é verdade — Ele disse e eu o olhei — Com todo respeito — Ele disse e eu ri de sua cara.
— Claro — Falei — Eu sou jogadora do Santos.
— Então você é uma das sereias da Vila? — Perguntou.
— Isso mesmo — Sorri.
— Clarissa... — Estreitou os olhos — Ah, claro! — Bateu a mão na mesa me assustando — Clarissa Goulart, a nova jóia do Santos feminino, revelada pelo Bragantino — Falou.
— E como você sabe? — Eu perguntei curiosa.
— Já ouvi falar sobre você — Ele disse — E além do mais, seu nome é bem cogitado no Barcelona — Ele disse e eu arregalei os olhos.
— O que? Tá brincando? — Eu perguntei.
— Não — Ele riu.
— Mas eu só estou no Santos a cinco meses — Falei.
— Você é talentosa, Clarissa. É normal que as propostas de times grandes venham. E os olheiros do Barcelona estão sempre por aqui — Falou.
— Uau — Ri sem acreditar.
— Mas olha — Ele chegou um pouco mais perto — Isso é um segredo só nosso — Sussurou a última parte.
— Pode deixar — Eu disse fingindo fechar um zíper na minha boca. Ele riu.
— E você tem quantos anos? — Ele perguntou.
— Dezoito, quase dezenove — Eu disse me lembrando que meu aniversário se aproximava.
— Tão novinha assim com um talento enorme — Ele disse e eu sorri com isso — Você vai longe se continuar assim.
— Obrigada — Falei sorrindo.
— Ah, achei você — Gabriel disse entrando na cozinha.
— Você nem estava me procurando — Eu disse fingindo estar brava.
— Claro que tava — Ele disse me abraçando por trás.
— Achei que você estivesse bem com seus amigos — Falei.
— Que ciumes é esse? — Ele perguntou rindo.
— Que menina difícil você foi arrumar em — Neymar disse rindo.
— Já ouvi isso antes — Bi disse e riu, se inclinando para beijar minha cabeça — Ela é uma menina bipolar, estressada e fofa. Mais eu amo ela — Ele disse e não evitei o sorriso.
— Isso deve ser TPM — Neymar disse.
— Ai vocês são chatos — Eu revirei os olhos e eles riram.
— Bem, eu não sou vela. Então tchau pra vocês — Neymar disse se levantando.
— Ney — Chamei ele, que se virou pra mim — A gente pode tirar uma foto depois?
— Claro — Ele sorriu e piscou pra mim. Sorri de volta. Então ele saiu da cozinha.
Levantei e virei-me pro Gabriel, cruzando os braços.
— Por que me deixou sozinha de novo? — Fiz um biquinho. Ele riu.
— Ô meu amor, eu estava com os caras do time — Ele descruzou meus braços e me abraçou — E você estava com as meninas.
— Mesmo assim — Falei e ele riu.
— Para de birra — Disse e me deu um selinho — Estava conversando com o Neymar?
— Sim, estávamos, hum... Nos conhecendo melhor — Falei.
— Se conhecendo melhor? — Ele ergueu uma sobrancelha.
— Sim — Eu ri.
— E essa coisa de "moça bonita" em? — Perguntou.
— Mas que menino ciumento — Eu disse levantando na ponta dos pés para lhe dar um selinho — Meu amor, é só um apelido — Sorri fraco.
— Tudo bem — Ele disse me puxando para um beijo.
Passei meus braços em torno da sua nuca, aprofundando mais o beijo, assim ele levou suas mãos para minha nuca também. Encerramos o beijo com longos selinhos.
(...)
Já era bem tarde, mas a festa ainda rolava na casa do Lucas. Amanhã não teria treino, então não tinha ninguém preocupado, aliás hoje é sexta, e esse fim de semana ninguém iria treinar, só teria jogo semana que vem. Ninguém pegava pesado no álcool, aliás a maioria ali nem bebia. Afinal de contas, eles já são loucos sem precisar do efeito do álcool, estão só estavam espalhando essa loucura pela casa, dançando e se divertindo.
Eu até cheguei a dançar por algumas horinhas com Sophie, mas me cansei rapidamente e isso me fez tirar o salto. Olhei a hora em meu celular e eram exatamente duas e meia da manhã. Eu também não tinha treino, então estava tudo bem.
Gabriel estava ao meu lado com nossos dedos entrelaçados, enquanto que com a outra mão ele filmava uma dança patética do Lucas. Eu só conseguia rir com aquilo, assim como Thiago, que estava ali conosco. Lucas sempre foi muito palhaço.
— Eu duvido você postar isso amanhã — Thi disse pro Gabriel.
— Não duvide de mim — Gabriel respondeu rindo.
— Não pensa em fazer isso, ou você é um homem morto — Lucas apontou pro Gabriel, que riu.
— Eu sei que você não vai fazer nada mesmo — Bi disse dando os ombros.
— E você, gatinha. Tá tietando muito o menino Neymar? — Thi perguntou.
— Um pouco — Eu sorri.
— Um pouco nada! Já tem até fotinha com ele — Gabriel disse revirando os olhos. Eu ri.
— Para de ciúmes — Eu ri empurrando ele de lado.
Tinham poucos minutos que eu havia finalmente batido minha foto com o Neymar. Ele estava o tempo todo me tratando super bem, sendo muito simpático e carismático. Isso só fazia minha admiração por ele crescer.
A foto até que saiu bem fofa. Ele estava sentado ao meu lado e tinha um sorriso fofo no rosto, enquanto seus olhos fechavam-se levemente. Ele estava de camisa preta e usava um boné branco. Eu tinha um dos meus braços apoiados em seu ombro e sorria.
— Ok então, Neymarzete — Thi disse. Gargalhei — Vou procurar Sophie para irmos embora. Já está meio tarde.
— Até depois, Thiago Maia — Eu disse o abraçando.
— Até baixinha — Ele beijou minha testa.
Se despediu do Gabriel e saiu do nosso campo de visão.
— Ei, não está com fome? — Gabriel perguntou.
— Não — Eu ri — Estou com sono mesmo — Falei.
E era verdade. Minhas vistas começavam a pesar e o sono vinha.
— Quer ir pra casa? — Ele perguntou.
— Não quero incomodar você — Eu disse.
— Vou levar você pra casa, minha princesa. Vamos — Ele se levantou e pegou minha mão.
Passei uns cinco minutos me despedindo de todos ali enquanto carregava nas mãos meus saltos e meu celular. Quando finalmente me despedi de todos, eu e Gabriel saímos da casa do Lucas e entramos no carro dele.
Era madrugada e a casa do Lucas não era tão longe do meu ap, então nós logo chegamos.
— Ei, você vai ficar né? — Eu perguntei pro Gabriel.
— Na verdade eu ia pra minha casa — Ele riu.
— Ah não, amor. Fica aqui comigo. Já está tarde, não quero você andando sozinho na rua a essa hora — Falei.
— É isso mesmo ou você não quer ficar sozinha? — Ele ergueu as sobrancelhas.
— Os dois — Sorri fraco. Ele soltou uma risada.
— Tá, eu fico aqui com você — Ele disse.
Estacionou o carro no estacionamento e subimos pro AP. Assim que entrei, deixei o salto em um canto qualquer da sala e pus meu celular pra carregar.
Enquanto eu fui tomar banho no banheiro do meu quarto, Gabriel de dirigiu ao banheiro do quarto de hóspedes. A mochila dele estava aqui, então tinha pelo menos uma bermuda de treino do Santos, o qual ele usaria para dormir.
Após um longo e relaxante banho, vesti meu pijama confortável e larguinho, em seguida sai do banheiro. Vi Gabriel já deitado e quase dormia. Tinha uma expressão serena e foi impossível não levar minha mão ao seu rosto, depositando carinhos ali. Percebi ele sorrindo de lado e eu soltei uma risada.
— Achei que fosse morar no banho — Falou deixando sua voz rouca sair. Ri novamente.
— Eu nem demorei tanto — Falei apagando a luz e voltando pra cama.
— Claro que não — Ele disse irônico e riu — Vem aqui — Ele disse me puxando para mais perto.
Me puxou pela cintura, grudando nossos corpos e me abraçou por trás, apoiando seu queixo no meu ombro.
— Boa noite, minha princesa — Ele sussurrou e beijou meu ombro.
— Boa noite, meu marrento — Falei e senti sua risada nasal no meu pescoço.
Estiquei-me um pouco e apaguei a luz do abajur, em seguida adormeci.
(...)
— Psiu! — Escutei de longe um sussurro. Em seguida senti alguns beijos no meu rosto — Meu amor, acorda! — Reconheci a voz do Gabriel.
Me remexi na cama e acabei sorrindo. Era realmente muito bom acordar daquele jeito.
— Bom dia, princesa — Ele beijou minha bochecha.
— Bom dia — Sorri abrindo os olhos lentamente.
— Que sorriso lindo — Ele disse me mostrando um ainda mais lindo.
Me espreguicei e sentei na cama de pernas cruzadas, passando as mãos nos olhos. Quando já estava mais "acordada" percebi uma bandeja com algumas coisas em cima da cama. Sorri.
— O que é isso? — Perguntei.
— É o seu café — Ele disse sorrindo.
— Ô amor, obrigada — Sorri boba.
— Come — Ele disse.
— E você? — Perguntei ajeitando meu cabelo, que provavelmente estava parecendo um ninho.
— Eu não quero — Ele falou.
— Ah quer sim! Pode comer comigo — Falei — Se você não comer, eu também não vou — Cruzei os braços.
— Tudo bem! Você venceu — Ele disse e eu sorri em resposta.
— Huum — Murmurei saboreando um morango. Ele riu.
— Depois daqui a gente podia dar uma volta né?! — Ele disse.
— Você não vai fazer nada hoje? — Eu perguntei estranhando.
— Se minha namorada concordar com os meus planos, eu quero passar o dia todo com ela — Ele disse sorrindo.
— Eu gostei da ideia — Sorri pra ele, que me olhou satisfeito.
— Então se alimenta bem, por que o nosso dia só começou — Ele disse e se inclinou para beijar minha bochecha.