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História Questão de Honra - Livro 1 - A Despedida


Escrita por: meeelaine

Notas do Autor


Sim, EU VOLTEI! VOLTEI PARA FICAR qq
Desculpem a demora para ver e responder os comentários e até mesmo para atualizar a história, mas fiquei longe das fanfics por um tempo devido a faculdade e cabeça cheia. Agora estou de férias e postarei os capítulos já escritos e terminarei de escrever os dois últimos capítulos restantes desse livro, depois partiu livro 2. O/
Espero que quem favoritou volte a ler e me desculpe pela demora, aos novos leitores eu espero que gostem dessa fanfic tanto quanto eu.

Capítulo 6 - A Despedida


Mesmo com a insistência de Zhen, Kira foi para seu quarto pois se sentia desanimada demais. Ela sabia que a intenção da amiga em tentar consola-la era boa, mas não queria ficar chorando na frente dela. Assim que chegou ao quarto deitou na cama e então chorou, por seu pai, pelo seu passado que parecia tão perfeito, por Zuko e por tantas outras coisas que ela nem ao certo sabia o que eram, ela só esperava que a tristeza fosse embora com as lágrimas que molhavam seu travesseiro. Infelizmente, isso nunca acontecia.

Já passava da meia noite quando Kira acordou com uma imensa dor de cabeça, o hotel estava vazio e escuro, ela apenas conseguia ouvir o barulho da chuva e do vento que não cessava. Tentando fazer o mínimo de barulho possível Kira saiu do quarto em direção à entrada do hotel, acendeu o lampião que ficava pendurado na parede do corredor e foi atrás do balcão onde rapidamente achou uma caixa com produtos para primeiros socorros com alguns remédios.

Após tomar o remédio ela resolveu se sentar na sala de estar ouvindo o barulho da chuva, seus pensamentos estavam em Zuko, é claro. Ele disse que só iria partir na manhã seguinte e mesmo chateada ela esperava poder ao menos falar com ele antes disso.

Perdida em seus pensamentos Kira ouviu batidas na porta.

–Olá?! – disse ela.

Sem obter resposta ela avançou até a porta de entrada e se assustou quando bateram novamente.

–Olá?! – repetiu ela.

Chegando perto da porta do hotel ela conseguiu ver uma silhueta atrás dela, e mais uma vez uma batida.

–O hotel já fechou. Volte amanhã. – disse ela alto esperando que a pessoa atrás da porta ouvisse e fosse embora.

–Kira? – Uma voz masculina chamou.

Paralisada, a garota não conseguiu responder.

–Kira, é você? - A voz era apenas um sussurro.

–Zuko?

–Kira, abre a porta para mim! – disse ele quase sem voz.

–O que você está fazendo aqui? – perguntou desconfiada.

Vendo sua silhueta novamente Kira foi até o balcão em busca da chave. Ela nunca havia tomado conta do hotel e não tinha idéia de onde poderia estar a chave da porta de entrada.

–Kira?! – disse ele com a voz fraca.

O primeiro lugar que procurou foi na gaveta da mesinha que Zhen trabalhava, ela provavelmente teria alguma cópia para emergências, e tinha mesmo. Assim que encontrou a chave a garota voltou correndo para a entrada e ao abrir a porta viu um Zuko pálido e tremendo de frio.

–Zuko! Entre, rápido! – disse ela.

Com passos fracos Zuko entrou no hotel e ficou parado ao lado da porta enquanto Kira a fechava e ia colocar a chave no lugar.

–Vamos. – Ela disse dando apoio ao amigo.

Kira guiou um Zuko ensopado que molhava o chão por onde passava. Após atravessarem a sala de estar chegaram num pequeno hall onde ficavam os quartos do térreo. Kira rapidamente abriu a porta do quarto puxando seu amigo pra dentro.

–Você precisa tirar essa roupa molhada. – disse ao fechar a porta.

Zuko tremia muito, estava morrendo de frio.

–Tire essa capa, vou pegar um cobertor para você. – disse ela se virando, mas foi surpreendida.

Puxando-a pelo braço, Zuko tentou olhar nos olhos dela naquela escuridão. Um relâmpago iluminou o quarto fazendo com que os olhares dos dois se encontrassem. Ele usou seu outro braço para aproximá-la dele e então a beijou. Um beijo terno. O beijo que ele deveria ter dado assim que a viu.

– Você ainda está tremendo. – disse ela sorrindo entre os lábios dele.

Foi até o guarda roupa e pegou um conjunto de roupas que estava lá quando ela ficou com o quarto.

–Deve servir em você. - disse tirando a capa molhada. – Coloque-as e me dê as que estão molhadas.

Levando a capa para o banheiro, pendurou –a e esperou que ele lhe desse o restante das roupas.

–Tome. – disse ele.

Pendurando as roupas também, voltou ao quarto e pegou um cobertor para Zuko.

– Fazia muito tempo que estava lá fora?

–Não sei ao certo. – respondeu ele.

–Você pode sentar na cama. – disse ela sorrindo.

Sem jeito, ele sentou. Kira pegou a coberta e o envolveu.

–Melhor? – perguntou ela.

–Muito. – respondeu ele sorrindo.

Percebendo que com a pressa ainda estavam no escuro, acendeu o lampião que ficava na mesinha ao lado cama.

Assustado, Zuko virou contra a luz. Ele estava sem a capa que cobria sua cicatriz. 

-Zuko, olhe para mim. – disse ela se sentando ao lado dele.

–Eu não quero que me veja assim.

–Eu sou sua amiga, não sou? – perguntou ela. – Me deixe vê-lo.

Pegando o rosto dele com a mão, ele se virou devagar.

A cicatriz tomava parte de sua face esquerda. Cobria todo o seu olho esquerdo e orelha e descia para sua bochecha. Envergonhado, virou o rosto novamente, mas Kira puxou seu rosto com a mão.

– Horrível não é? – disse ele sem graça, mas Kira pode ver tristeza em seus olhos. Uma grande tristeza.

–Não. – disse ela. – Você continua lindo. Nunca mais use essa capa para esconder seu rosto.

Se ajoelhando na frente dele acariciou seu rosto. Os dedos dela deslizavam pela cicatriz como se ela quisesse memorizar a diferença no rosto de seu amigo. Kira beijou sua testa e continuou beijando seguindo sua cicatriz. Quando passou seus beijos da cicatriz para a bochecha, Zuko se ajoelhou na cama também, e puxando-a para o mais perto dele beijou-a novamente. Um beijo acalorado, fazendo os dois ficarem tão próximos quanto possível e ofegantes quando se separaram.

–Por que vocês saíram do hotel ontem mesmo? - perguntou ela se sentando novamente tentando organizar os pensamentos – Você não iria voltar para se despedir.

–Desculpe. – disse ele pegando a mão da garota. – Eu achei que não conseguiria me despedir de você.

–Por que não?

–Porque eu sabia que ao ouvi-la de novo eu ficaria tentado a ficar.

–Então fique, Zuko! – disse ela se ajoelhando de novo.

–Kira...

–Fique aqui comigo.

–Você não sabe como eu gostaria de ficar aqui, com você, mas eu preciso ir. Você sabe que eu preciso. Eu sei que você sabe o quão importante é retomar minha honra.

Kira olhou para ele com os olhos cheios de lágrima.

–Eu vou encontrar e capturar o avatar e então nós ficaremos juntos de novo.

–É, mas quanto tempo vai levar isso?

–Eu não sei, Kira.

–Cinco anos? Dez anos? Vai demorar quanto tempo para você desistir de procurar e voltar?

–Não. Eu não sei te explicar, mas sinto que vou encontrá-lo. Logo.

–Mas e se esse ‘logo’ for tempo demais? E se nesse meio tempo algo me acontecer e eu tiver que sair da cidade?

–Kira, acredite em mim. Eu sei que parece besteira, mas eu vou achá-lo em breve.

–Eu espero. – disse ela tristemente.

–E então, eu voltarei para te buscar e vamos voltar para a capital.

Vendo o sorriso dela, Zuko a puxou e os dois ficaram abraçados.

– Eu sinto muito pela morte do seu pai. – disse Zuko afagando-a.

–Eu também.

–Se você quiser contar, desabafar... Você sabe que eu vou ouvir.

– Não é isso, é só que não tem muito que contar. Eu não estava presente.

–Ainda bem! – disse ele. – Mas, foi você quem o encontrou?

–Sim.

Zuko a abraçou mais forte, tentando reconfortar a dor que sabia que ela sentia.

–Eu sinto muito mesmo, Kira. Não queria que tivesse passado por isso, ou que tivesse agüentado isso sozinha.

–Eu sei. – disse ela sentindo o abraço.

–Ah, como eu queria não ter que ir. – disse ele tristemente.

–Então não vá. – disse ela.

– O navio vai sair de manhã.

–E agora é de madrugada. – disse ela se desvinculando do abraço para olhá-lo. – Fique até o amanhecer.

–Claro. – respondeu beijando o topo de sua cabeça.

Abraçados, os dois passaram horas conversando sobre o tempo que passaram longe um do outro e mal perceberam quando dormiram.

Zuko despertou com os primeiros raios de sol e tomando cuidado para não acordá-la, levantou e vestiu suas roupas que ainda estavam molhadas.

Ao voltar do banheiro, a imagem que viu cortou seu coração. Kira dormia serena, alheia ao tempo que ele sabia que nenhum dos dois gostaria que tivesse chegado. Ajoelhando ao lado da cama, Zuko mexeu nos cabelos negros dela acordando-a.

–Que horas são? – perguntou ela sonolenta.

–Hora de ir embora.

–Já? – perguntou tristemente ao se levantar.

Zuko vestiu sua capa e já foi automaticamente puxando o capuz, mas se deteve ao ver o olhar de Kira. Ele tinha deixado ela para trás e iria deixar de novo, ele tinha uma enorme cicatriz no rosto e ela ainda tinha aquele mesmo olhar de admiração quando os olhos dela pousavam nos dele.

–Seu quarto dá para a rua? - perguntou ele ao olhar pela janela.

–Não. Tem um terreno ao lado.

–Vou sair por ele então.

–Eu posso abrir a porta do hotel para você.

–Não precisa. Deite e descanse mais.

–Vou sentir sua falta. – disse Kira ao abraçá-lo.

–Eu já estou sentindo a sua.

Pegando o rosto dela em suas mãos, olhou-a como se quisesse capturar aquele momento e a beijou rapidamente.

–Eu volto para te buscar. – disse ele ainda segurando o rosto dela.

Abrindo a janela, deu uma última olhada em Kira e então pulou.

–Até, príncipe Zuko.


Notas Finais


AI COMO É BOM SER FANGIRL


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