História Lost and Brave 《 jihancheol 》 - Man behind the glasses

A menina decidiu sair rapidamente da escola sem se despedir de Joshua ou SeungCheol. Iria procurar o endereço que enviava as cartas anônimas e entregaria aquelas pessoalmente.

  Foi andando pela rua com os cabelos esvoaçantes e admirando cada cerejeira que via em seu caminho, era uma bela árvore. Em seus fones uma música calma tocava fazendo o coração da menina se aquecer aos pouquinhos.

  Quando mal percebeu, estava na frente da casa de número treze. Pegou as três cartas em suas mãos e as depositou na caixa de correio. Olhou para a bela casa a sua frente e reparou em alguns detalhes da mesma, como o pequeno jardim bem cuidado e algumas roupas estendidas no varal. Estreitou os olhos para uma blusa mas pensou que era loucura de sua cabeça que aquela poderia ser uma blusa de SeungCheol.

  Deu as costas para a casa e foi em direção a sua casa que ficava duas ruas antes da casa do destinatário de suas cartas.

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Jeonghan estava demorando para chegar em casa e o inferno da senhora Yoon demoraria para acabar. Seu marido não parava de gritar palavras de ofensa, ele só agia assim com ela longe do filho. Na frente dele pareciam ser um casal perfeito e que tinham tudo contra o filho ser o que é.

- O nosso filho só é essa aberração por sua culpa! - O homem gritou mais uma vez.  - Ele deve ter herdado todoa os seus genes endemoniados... ah mais se eu ver esse moleque com aquelas roupas de boiola não vai ser só você que vai levar uma surra, está me ouvindo? 

- V-Você prometeu não encostar nele...- A mulher sussurrou.

- Eu disse :' Está me ouvindo?!'

- E-estou...

E Jeonghan entrou alegre em casa ouvindo música em seus fones, se curvou para seus pais em respeito e logo depois correu para as escadas.

- Jeonghan!  - O homem sério com óculos em seu rosto rechonchudo disse antes da menina conseguir subir as escadas.

- Sim, appa. - Respondeu amedrontada.

- Demorou tanto para chegar por quê ?

- E-eu... - Olhou para a mãe em busca de apoio, mas sabia que não podia contar com ela. - Fui acompanhar uma amiga até sua casa.

- Uh... nosso filho tem uma namoradinha. - Sorriu para a mulher ao seu lado no sofá. - Qualquer dia traga-a aqui para conhecermos.

- Tudo bem, appa. - Disse sem jeito. - Se me derem licença... Tenho que estudar.

Assim que subiu as escadas o homem olhou para a mulher do seu lado.

- Para a sua sorte espero que esse menina exista mesmo. - Disse sério. - E vá trazer meu almoço, mulher.

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De noitezinha o homem já tinha dormido quando a mulher assustada entrou no quarto da adolescente que ressonava baixinho em sua cama. Ajeitou seus cabelos curtinhos e deu um beijo na testa da mesma.

- Me perdoe, minha filha.