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História Lost in Time - Lost in prison


Escrita por: SulkinPettyfer e VitoriaWolf

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 55 - Lost in prison


Fanfic / Fanfiction Lost in Time - Lost in prison

Pov América

Eu estava completamente perdida. Tinha certeza de que quando adentrei sob as largas folhas das árvores o sol ainda estava em seu ápice, mas agora eu já não tinha tanta certeza. Eu olhava para o alto e só encontrava escuridão. Me aconchego nos casacos e continuo caminhando de cabeça baixa. Ninguém diz nada, eu não sei o que imaginava para esse momento, mas definitivamente não era isso. Merlin ia na frente já que era o único familiarizado com o caminho, com Arthur em seu encalço, atento a qualquer surpresa que possa aparecer para nos atrapalhar, então eu no fim da fila, sem qualquer utilidade aparente. 
Não sabia o que Clarkson faria depois de nossa súbita saída, mas imaginava que mandaria um grupo de guardas para impedir que cheguemos em nosso destino, ele nunca deixaria Arthur ir embora impune, não depois de ter deixado marcas de punho em seu rosto. Por isso corríamos. Mais tropeçando do que avançando no frio, mas ainda correndo pela escuridão. A recém recuperada espada de Arthur era a única luz que via ao meu redor, a única claridade que me impedia de pisar na maior parte dos troncos e raízes no caminho. 
_Estamos muito longe? –Arthur grita pra Merlin, que havia parado e encarava a clareira à frente. Eu esperava que ele soubesse aonde ia, assim como o loiro. Arthur esgueira o pescoço enquanto procura por qualquer anormalidade, protegendo a retaguarda do criado, que ainda se decide para onde ir. 
_Por aqui. –aponta para a trilha à direita e atravessa o muro de plantas. 
_Tem certeza? Não temos o luxo de nos perder. Eles estão atrás de nós, Merlin! –grita já com a mão na espada. Não era de agora que ouvíamos o barulho dos guardas atrás de nós e felizmente ainda não haviam nos alcançado, mas isso não demoraria muito pra acontecer. Olhava apreensiva para o chão de onde viemos esperando encontrar botas se chocando na terra, mas Merlin só bota a cabeça de volta na clareira com um sorriso sarcástico. 
_Sua confiança em mim é impressionante. –murmura. –Venham logo! –Depois disso não demorou muito para que tropeçasse nos dois, que haviam parado de andar. Não havia nem ao menos notado, estava ocupada demais em meus próprios pensamentos tentando entender o que estava acontecendo. Tudo o que sempre tive certeza, todos os meus sentimentos e planos, tudo estava completamente ruído agora e eu não tinha nenhuma ideia de como reconstruir quando nem ao menos sabia o motivo da destruição. 
_Vai primeiro. –Arthur levanta o metal com pouca dificuldade e o segura enquanto desço pela escada. Se possível, estava mais escuro no alçapão do que antes. Olhei para cima a tempo de ver Merlin praticamente se jogar dentro do buraco e Arthur olhar uma última vez para o lado de fora antes de fechar a portinhola sobre si e nos jogar no completo breu. Comecei a descer mais lentamente, tateando a parede à procura do encosto de meus pés, escorregando diversas vezes, mas quando meu pé finalmente encostou no chão, suspirei de alivio. 
_Alguém pensou em trazer uma lanterna? –Perguntei mesmo já sabendo que a resposta era não. Podia imaginar a cara de Arthur se perguntando o que era uma lanterna, mas nesse momento não tínhamos tempo para que eu pudesse explicá-lo.
_Não se preocupe, tenho certeza de que deixei... –ele começa a engatinhar no chão, e não saberia disso se ele não tivesse trombado em nós diversas vezes, me jogando contra a parede e arrancando alguns resmungos de ambas as partes. –...a vela aqui. –uma luz surge alguns metros à frente, iluminando um sorriso orgulhoso. –Agora é só ligar. –ele caminha até a parede, ligando os interruptores e acendendo definitivamente o corredor. 
_Temos que ir. –Arthur nos acorda de nossos devaneios e corre pelo corredor. Não existiam outras opções além de seguir em frente, parecia até um lugar completamente diferente daquele em que estive. Pensei se eu estava nervosa demais naquele dia e não reparei o quão fácil era o caminho ou se esses realmente eram outros corredores, apesar de terem dado no mesmo lugar. 
_Que lugar é esse? –Arthur pergunta encantado enquanto observa as séries de computadores e eletrônicos. Ele caminha no círculo, tocando em cada botão, em cada vidro e em cada tela, observando todos os detalhes. 
_A máquina. –respondo vaga, também impressionada. 
Eu sempre achei que ela tivesse explodido, foi o que pensei ter acontecido da última vez que estive aqui, mas ela parecia ainda bem mais cuidada do que antes. O lugar estava vazio, sem qualquer um dos outros funcionários, só Merlin, que trabalhava rapidamente em um dos computadores. Ele estava com pressa, conseguia ver isso, mas digitava com uma rapidez que nem sabia ser possível. Checava níveis de oxigênio, dados e outros gráficos que não possuíam nenhum significado para mim. Ele deslizava com a cadeira ao redor da máquina, ajustando fios e engrenagens. Eu e Arthur o observávamos, nenhum dos dois ofereceu ajuda. Então ouvimos o barulho. Nossas cabeças rapidamente se viraram para o corredor aceso, amedrontados que os guardas tenham nos encontrado novamente. 
_O que foi isso? –ameaço ir até lá, mas Arthur me impede. 
_A escotilha foi aberta, precisamos nos apressar. –suas palavras pareceram mais para si mesmo do que para qualquer outro. Ele segura minha mão e corremos até Merlin, que já havia voltado ao trabalho.
 _Não temos muito tempo, Merlin! –digo com pressa. 
_Pode entrar, mas eu preciso da sua ajuda com uma coisa, America. –ele me puxa para fora do salão, sob protestos constantes de Arthur. –Eu não vou. –diz finalmente quando ficamos sozinhos. O olho confusa, achando que delira. –Eu não vou voltar, quer dizer, eu vou, mas não agora, não com vocês. _Do que está falando, Merlin? É claro que vai! –ele segura meus braços com força, parecia um louco falando. 
_Proteja Arthur quando chegar lá, muitos inimigos espreitam no caminho. Te encontro no palácio. – me dá um rápido abraço e corre na outra direção. Estava pronta para correr atrás dele e dissuadi-lo dessa ideia idiota, mas ouvi o barulho da escotilha de fechando novamente, então saí correndo de volta para a máquina. Eu nem havia percebido que ela havia sido aberta duas vezes, e que só na segunda ela se demorou a fechar, só pulei todos os degraus enquanto corria até Arthur, que andava de um lado para o outro, completamente desesperado. Ele já estava entre os vidros e só respirou aliviado quando me viu ali ao seu lado. Mesmo se mantendo distante nos últimos dias, a preocupação ainda era evidente em seus olhos.
 _Nós temos que ir. –assinto. –Como ligo essa porcaria? –olho ao redor procurando o mesmo botão vermelho. 
Olho na direção do painel no mesmo momento que Maxon aparece correndo por um dos corredores adjacentes, seguido por dezenas de guardas que faziam de tudo para pará-lo. Aperto o botão com força e observo o vidro começar a se movimentar. Maxon para por um seguido, nossos olhares se encontram, e consigo sentir seu medo em me ver partir novamente. Ele soca o primeiro guarda que encontra, que fica surpreso por ter recebido um golpe e cai distraído, o que dá para um príncipe um tempo mais do que suficiente para correr dos outros, mas ele ainda estava longe demais da entrada da máquina. Foi preciso um único olhar para Arthur para que entendesse. 
_Eu vou... –ele se põe na entrada, empurrando a porta contra a direção. Não a para por completo, mas a retarda por tempo suficiente para que Maxon se jogue com tudo no chão do lado de dentro, então se fecha, nos deixando observando os guardas horrorizados. 
_Você está...? –me jogo em cima de Maxon, preocupada.
 _Estou bem. –toca a cabeça, que provavelmente lateja no momento e se levanta com dificuldade.
_Tem certeza de que isso vai funcionar? Está demoran... –então ele começa a gritar de dor, levando as mãos ao ouvido enquanto se contorce no chão, com o mesmo chiado de antes como plano de fundo. Cambaleio em direção de Arthur, mas o mundo já girava ao meu redor, não sabia o que estava acontecendo, havia perdido completamente os sentidos. Então caí no chão, toquei as folhas molhadas, e permaneci deitada, me recuperando. Meu olho ainda não havia se acostumado a escuridão, ainda via o clarão da máquina, meus ouvidos ainda chiavam, apesar de eu saber que já havia acabado. 
_Está bem? –abro os olhos, hesitante, para encontrar Arthur me encarando, sua mão estendida. A pego e me levanto, limpando meu vestido agora já completamente imundo. –Vamos dormir por aqui, encontrar abrigo e na primeira luz da manhã partiremos.
 _Sabe onde estamos? –pergunto enquanto tento esconder meu medo. 
_Território de Mithian, ao sul de Camelot, pouco menos de um dia andando. –assinto.
_Porque não vamos até lá? É mais perto do que Camelot! É sua amiga, tenho certeza de que nos concederia ajuda. –retruco. 
_Porque algumas horas não fazem diferença e eu não sei sobre você, mas quero chegar em casa o mais rápido possível. –permaneço calada e cedo, sei que quando se trata desse assunto, não existe discussão. 
Não consegui dormir. Arthur se ofereceu para ficar de vigia enquanto dormíamos, mas não queria parecer estar acordada, então continuei deitada na grama, respirando regularmente e sem me movimentar muito. O observava enquanto jogava a faca para o cima e a pegava no ar, milhares de vezes durante a madrugada. Dei graças a Deus quando o sol começou a se pôr e ele veio em minha direção. Fingi ter sido interrompida do meu sono, mas meu cansaço era real. Já havia esquecido como a vida aqui é difícil. Maxon estava horrível, dizendo do melhor jeito possível. Ele parecia exausto e parecia não ter tido nem um único minuto de sono. Se alongava constantemente, provavelmente pela dor nas costas de deitar no chão, algo antes impensável para um príncipe.
Andamos pelo resto do dia. Meus pés estavam machucados por andar descalça, mas descobri que ainda aguentava uma longa caminhada. Arthur jogou o paletó e a gravata fora, assim como o sinto, rasgou parte da camisa polo e correu a nossa frente com a espada em mãos, voltando depois de poucos minutos com um coelho na outra mão. Foi a única coisa que comemos o dia inteiro. 
_Está bem? –sussurro para Maxon ao notar sua expressão azeda e seu rosto pálido marcado pelo suor. Ele assente com a cabeça e se senta ao redor da fogueira. Trocamos poucas palavras durante o dia, todos guardando saliva para a sede que nos consumia.
 Não encontramos nenhum sinal de água durante o caminho, e felizmente nem de batedores saxões ou fugitivos inimigos. Ninguém nos importunou até estarmos a uma relativa pouca distância de Camelot. Conseguia ver o castelo de uma distância segura, a fumaça das casas da cidadela inundando o céu, que já escurecia. Perdemos a cidade de vista quando adentramos na floresta novamente. 
_Estão ouvindo isso? –Arthur nos faz parar e ficar quietos, mesmo que já estivéssemos. –Água! –sorri e corre para a direta, descendo o morro e se jogando no lago. 
Eu não se ele notou o lugar em que estávamos, nossa cachoeira, mas achei que seria melhor não mencionar esse detalhe com Maxon ao nosso lado. Não pensei em mais nada, me joguei na água fria, me deixando relaxar nesses poucos segundos em que permaneci submergida. Um sorriso brotou em meus lábios, mas foi logo arrancado quando sai da água e vi os pontos vermelhos na beira da água, o brilho de suas facas no pescoço de Maxon. Reconheci aquelas capas vermelhas, os cavaleiros de Camelot, mas eles não pareceram ter nos reconhecido. 
_Tente chegar em sua espada e cortaremos a garganta dele. –o homem segurando Maxon diz quando Arthur ameaça nadar até a espada na beirada aposta da margem. –Saiam da água. Os dois! – ordena. Arthur ruge enquanto sai, me mantendo sempre atrás de si em caso de precisar usar violência. Eram nove homens, patrulheiros provavelmente, sem se tentasse Arthur conseguiria derrubar os nove sem que o líder do grupo matasse Maxon. Meu marido sorri, se dando por vencido, e levanta os braços em sinal de rendição. O soldado solta Maxon, os jogando em minha direção. Checo em seu pescoço em busca de algum ferimento, mas não havia nada. 
_Amarrem eles. Precisamos voltar para o castelo antes do toque de recolher. O rei adorará saber sobre esses três passeando nos arredores da cidade. 
_O rei? –Arthur pergunta curioso. –O rei Arthur? –o homem praticamente gargalha em sua cara. _Arthur sumiu. Temos um novo rei. –responde vago, ignorando todas as outras perguntas do loiro.
Nosso tratamento não foi o pior de todos, mas foi de longe pior do que merecíamos. Andamos pouco até chegar nos limites da cidadela. Já estava escuro, as casas já estavam fechadas enquanto atravessávamos em direção do pátio principal. Ninguém nos viu chegar, ninguém nos saudou. Éramos três prisioneiros, e o único pensamento que passava por minha cabeça era Merlin. Ele deveria estar aqui, deveria estar cuidando dos meus filhos, como permitiu que as coisas chegassem a esse ponto? Será que fugiram de Camelot quando o novo rei se apresentou? Será que Gaius ainda estava aqui? 
_Não tem algum truque para nos tirar daqui, não? –Arthur sussurra, mas um dos guardas escute. _Sem conversa. –repreende sem muito entusiasmo, mas devia saber que Arthur não segue ordens.
_Pode usar sua magia? –olho ao redor esperando pela próxima bronca, mas nenhuma chega. –America! –o homem se vira novamente, desferindo um soco em Arthur, para o susto nós três. Arthur só ri, tocando o lábio inchado. 
_É minha esposa, ela está grávida.- tento conter a surpresa.- Só estava vendo se está bem.- abaixo o olhar quando encontro o choque de Maxon. Bom, esse não é o momento para dizer para ele que é uma mentira. O rosto do homem se contorce, como se tentasse decifrar de falamos a verdade.
      _Você está bem?- me dirige a palavra. Assinto ainda de cabeça baixa.
      _Ela não quer admitir, mas não consegue ver que ela está passando mal?- Eu tenho certeza de que...- 
       _Ela está bem, não está?- tinha certeza de que a pergunta era retórica.- Continuem andando.
        _Em todos esses anos você realmente não aprendeu nada?- Arthur se controla para não expor sua raiva. Dou de ombros sem me importar muito enquanto o soldado abre as portas da masmorra para nós. Três dos guardas colocam sacos em nossas cabeças para que não saibamos aonde nos levam, mas não será de grande utilidade conosco. Ele conversa com os dois guardas que guardam as masmorras em em pouco tempo ouço o barulho das chaves e do ferro rangindo quando a cela é aberta. 
_Eu juro que se não me tirar daqui, mando que Percival faça da sua vida um verdadeiro inferno. – então cospe no homem assim que ele retira os sacos pretos de nossas cabeças. Já estávamos dentro das celas, nossas mãos agora desarmadas, mas mesmo assim Arthur não tentou fugir, preferiu ameaçar o homem, o que parece ter feito efeito. 
_Conhece Percival, não conhece? Vou mandar que te persiga até o inferno se for preciso! –os guardas tremem, sussurrando entre si como covardes. 
_Idiotas! Ele quer que fujamos. –silencia os outros soldados. –Mas eu mesmo garantirei que fique preso aí até que seu corpo apodreça. –responde para a diversão de Arthur. O homem tranca a cela, e Arthur continua sorrindo. 
_O que está fazendo? Vai nos matar assim! –reclamo, e ele continua sorrindo. Já estava irritada.
_Existe algo chamado protocolo. Eu dou no máximo dois minutos para... –ele se silencia quando ouvimos os sons de passos em nossa direção. –Bem, isso. –nos agrupamos, rostos colados na grade para ver quem se aproxima. Deduzo a partir da coroa em sua cabeça, que aquele era o rei. 
_O que diabos está acontecendo aqui? –Merlin pergunta adormecido para o soldado que havia nos aprisionado, então nos vê pela primeira vez.


Notas Finais


proximos cap vcs vao definitivamente começar a odiar a gente... se bem que acho que ja odeiam. Ate os comentarios!


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