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História Lost in Time - Lost in jealousy


Escrita por: SulkinPettyfer e VitoriaWolf

Notas do Autor


Estou de volta gente! Boa leitura!

Capítulo 56 - Lost in jealousy


Fanfic / Fanfiction Lost in Time - Lost in jealousy


_Isso não pode estar acontecendo. –Arthur resmunga, escondendo o rosto nas mãos grandes, se afastando das grades e chutando a parede, para logo xingar a si mesmo pela dor, tudo isso enquanto o barulho dos passos se aproxima, enquanto Merlin caminha em nossa direção. –O que eu fiz para merecer isso? –urra bem quando o barulho das chaves termina e o rangido da cela se abrindo começa.
 _Soltem-nos. –Merlin ordena e o guarda, o mesmo que havia nos colocado ali, assente de cabeça baixa, sem pestanejar. –Vocês demoraram. –Merlin sorri, a coroa desengonçada para sua cabeça pequena. Ele a ajeita rapidamente e corro para abraçá-lo, sem acreditar que o que vejo seja realmente verdade, feliz por vê-lo e finalmente poder sair desse lugar acima de tudo. 
_Tivemos alguns contratempos no caminho. –sorrio para ele quando nos separamos. 
_Os encontramos nos arredores da cidadela, perto da lagoa. Não tinham identificação ou qualquer mantimento. –o cavaleiro continua de cabeça baixa, parcialmente envergonhado. 
_Acho que todos vocês ficarão felizes em saber que seus eternos reis estão de volta. –Merlin abre os braços, acenando para mim e Arthur, que continua puto. Os soldados se entreolham, em dúvida e lentamente se ajoelham. 
_Majestade... –ele gagueja. –Eu.. eu não sabia. Me desculpe. –o homem praticamente se arrasta até Arthur, que estava analisando a mão machucada. 
_Levante-se. –o homem me olha, assustado, e o encorajo a fazer o que foi mandado. –Gostaria de uma promoção? –o homem não se move. –Não é qualquer um que me prenderia sem pensar duas vezes, foi um trabalho muito bem feito, admito, mas se um homem diz que sua esposa está grávida... 
_Oh Deus! –ele se vira para mim. –Meus homens a machucaram, Majestade? Eu juro que faço eles pagarem por isso, eu... eu... 
_Eu não estou grávida. –seu suspiro de alivio foi imenso, todos os seus músculos se aliviaram.
_Você não acredita. –Arthur completa seu raciocínio. 
_Me desculpem, mas e se ela realmente estiver grávida?- Maxon dá um passo a frente, ainda mancando pela noite mal dormida. 
_Ela não estará. –Arthur responde seco. 
_E se estiver? –Maxon insiste na pergunta. Já conseguia ver onde isso iria dar. Os dois se encaravam, fúria no rosto em uma batalha silenciosa. 
_Ela toma meu chá, é impossível... –Merlin intervém, para por um momento pra pensar, então se vira para mim. –Você tomou meu chá não foi? –arregalo os olhos e assinto constrangida. –Voltem para seus postos, digam a todos que eles voltaram. Espalhem para toda a cidadela. –Merlin informa para o homem, que em poucos segundos já corria pra fora com seus comparsas. 
_Você não tem ideia do quanto quero ver sua cabeça separada do seu corpo, Majestade. –Arthur faz uma reverência em zombação a Merlin. 
_Eu consigo imaginar. –murmura só para mim.
Arthur andava de um lado para o outro na sala do trono, era o único a fazer qualquer movimentação, provavelmente tinha tantas coisas na cabeça, tantas coisas a dizer que nada saia. Eu fiquei assim por um momento, atônita, mas quando finalmente compreendi o que havia acontecido, decidi escolher o caminho mais fácil e simplesmente rir da situação. E de Arthur. Estava no canto do salão, ao lado de Maxon, que estava encostado em uma das pilastras e observava tudo com uma singela admiração. Não tive tempo para explicar exatamente o que havia acontecido desde que o rei nos libertou das celas, mas imagino que ele já deva estar montando as peças. 
_Acha que ele está com raiva? –Merlin sussurra para mim assim que o loiro nos dá as costas. 
_É claro que está! –ralho e ele se encolhe. –O que estava pensando? –ele permanece em silêncio. 
_Como manteve esse reino intacto quando estava na maior parte do tempo em Illea? –Maxon abriu a boca pela primeira vez desde que chegou ali. Olho para o mago em busca de uma resposta, já sabia o que ele responderia, mas ainda assim todas as engrenagens em meu cérebro procuravam qualquer outra solução. 
_Mágica. –responde com um sorriso no rosto e um tom brincalhão enquanto olha atentamente para Maxon, o analisando por alguns segundos em silêncio. –E quem você seria...? –o príncipe illeano olha para mim, como se para ter certeza de que Merlin realmente perguntou aquilo. Minha reação foi à mesma. 
_Você o conheceu em Illea. –ele abre a boca e a fecha diversas vezes, em silêncio, então se afasta. 
_Arthur... –tenta começar uma conversa novamente, mas é rapidamente interrompido. 
_Agora não. –responde frio enquanto continua observando a porta de ferro entalhado. 
Eu não sabia o que estávamos esperando, porque era isso o que achava estar fazendo, Arthur não fica em silêncio nunca, muito menos quando Merlin está no cômodo e um dos dois está furioso, e esse é exatamente o que acontece. Então os portões do salão se abrem em um estrondo, todas as cabeças se viram para observar a cena que se desenrola. Três guardas, nenhum que eu conheça particularmente, carregam três homens pelas suas orelhas. Eles arqueiam de dor, gritando uma vez ou outra palavrões ou ameaças de morte, mas nenhum deles ousa tentar fugir de seus captores. 
Nunca imaginei ser possível ver Leon, Gwaine e Percival tão vulneráveis e admito que estava aproveitando o momento. Não aguentei, todos riram, todos menos Arthur. Os três guardas os jogaram no chão, de joelhos em frente à Arthur, que permanece de braços cruzados, eles reclamam por um momento, mas quando finalmente percebem a companhia, calam-se. 
_Sei que sentiu nossa falta, mas pelas orelhas? –Gwaine é o primeiro a se levantar, e mesmo que toque a orelha quase sangrando, sorri. –Tinha que pedir precisamente pelas orelhas? Elas são importantes sabe, sem elas perco meu charme. –ele sorri para mim, em uma meia reverência, piscando logo em seguida. 
Reviro os olhos, mas sorrio, Gwaine é o homem mais galante que já conheci, nunca achei possível ser tão mulherengo, até mesmo para os padrões dessa época. Já tivemos de refazer o mapa de criadas e contratar centenas de novas pelo simples fato de não aguentarem ficar no mesmo cômodo ao descobrirem que todas namoravam o mesmo homem.
_Acho que faria bem a você perder uma orelha, ajudaria no seu charme. –semicerro os olhos, tentando imaginá-lo sem uma delas. Ele me mostra a língua. 
_Pergunte para as duas garotas na minha cama sobre meu charme, tenho certeza de que elas vão ter muitos detalhes para contar sobre a noite de ontem. –faço uma careta de nojo. 
_Você é repugnante. –ele dá de ombros e tenho certeza de que teria dito mais se Arthur não tivesse dado um passo à frente. 
_Querem, por favor, me explicar como isso aconteceu? –os três se entreolham, sem entender exatamente do que ele fala. –A última coisa que disse a vocês antes de partir foi para tomarem conta do meu reino caso algo acontecesse comigo, então sou esfaqueado, tenho uma vivência de quase morte e volto para casa para encontrá-lo sentado no meu trono!
 _Sem querer ofender, Majestade, mas foi exatamente o que fizemos. –Leon se levanta, afastando Arthur do grupo por poucos metros, mas o suficiente para fazê-lo se acalmar. 
_Escolhendo Merlin como rei? Qual é o problema de vocês? –Arthur dessa vez grita, mas Leon é o mais sensato deles, sabe que se descontrolar é a pior opção no momento. –Eu achei que tivesse os ensinado melhor. Eu confiei em vocês! 
_Merlin é completamente capacitado para o trabalho. –intervém. 
_É o Merlin!- grita de volta como se elas simples palavras provassem um ponto. O antigo criado faz uma cara de magoado que todos claramente podem ver ser fingimento. 
_Sua confiança em mim me enche o coração. –sorri falso e Arthur praticamente o ignora. 
_Talvez você devesse escutá-los. –entro na conversa pela primeira vez, deixando Maxon pra trás e me encaminhando para a gigante mesa redonda no meio do salão. Ele me lança um olhar de ódio, mas não me intimido. 
_Vocês ficaram longe por um ano e meio, nós esperamos, juro que esperamos, mas Morgana não. Tivemos que fazer uma escolha e você mais do que todos entende o que é fazer uma escolha difícil. –Um ano e meio? Não sei se choro de alivio ou de tristeza. Olho para Merlin, com a certeza de que isso é sua obra. O tempo não começa a se passar mais lentamente só porque queremos, pelo menos quando essa pessoa não é ele. 
Ele sorri divertido. Arthur parecia mais calmo, mas mesmo assim conseguia ver a veia em seu pescoço saltando para fora, conseguia ouvir as batidas fortes em seu coração e sabia que estava prestes a explodir. Ele murmura consigo mesmo palavras que não consigo entender. A situação toda estava um completo caos, ninguém sabia o que fazer no momento, eu não tinha ideia de como acalmar uma pessoa que não parecia querer ser acalmado. Merlin, pelo contrário, parecia estar se deliciando com a situação. Ele retira a coroa da cabeça e, depois de analisá-la por alguns instantes, a leva em direção do amigo. 
_Me desculpe por isso, só queria preservar seus ideais. –Arthur o olha, hesitante, e dá um passo para trás sem acreditar que Merlin realmente esteja fazendo o que faz. 
_Me lembre de ter de desinfetar isso depois. - esconde o sorriso ao segurar novamente o ouro em suas mãos. 
_Que diferença vai fazer? Serei eu que limparei de qualquer modo. –Arthur o encara, segurando a respiração. –Certo, calar a boca. Entendi. 
_Me diz que não tomou posse do meu quarto ou eu juro... –sorrio, se ele voltou com suas habituais ameaças, então está bem.
 _Está intocado. Intocado até demais. Vocês talvez queiram limpar ele antes de entrar. –nesse momento foi minha vez de querer estrangulá-lo. 
Eu queria verdadeiramente ver meus filhos, estava morrendo de saudades, a primeira coisa que fiz depois de abrirem as celas foi correr até o andar onde ficam seus quartos, mas Merlin me interceptou antes, disse que era meio da madrugada e eu não deveria acordá-los. Desde quando Merlin sabe mais sobre meus filhos do que eu? E também estava fedendo pela noite que passei na floresta, então simplesmente assenti e o deixei que me conduzisse até o salão do trono antes que eu pudesse tomar um banho.
 _Eu vou ter sorte se conseguir consertar todas as merdas que você fez. –Arthur se posiciona em seu lugar marcado na távola, onde dezenas de papiros o esperavam. Ele observava cada um deles em silêncio, soltando bufadas de cansaço de vez em quando.
 _Porque você assume que não fiz merda? –Merlin provoca. –Tudo o que fiz foi roubar seus planos em seu quarto e os concretizarem. –Arthur levanta a cabeça lentamente, para de piscar, e se vira para Merlin pronto para pular em seu pescoço. –Não se preocupe, eu só peguei os planos mesmo, deixei as poesias lá. 
_Poesias?! Que tipo de poesias? –os cavaleiros tentam segurar o riso, mas isso só faz com que sons estranhos saiam de suas bocas, deixando o recém novo rei ainda mais furioso. 
_Eu não sabia que você é uma flor, Arthur. –eles voltam a rir de suas próprias piadas, mesmo que mais ninguém pareça compartilhar da opinião. 
_Realmente achou que aumentar o salário do criado do rei seria um ideal meu? Algo que eu faria? –ele joga o papel para Merlin, que o lê rapidamente e depois começa a gargalhar. 
_Não, eu só queria ver sua reação quando descobrisse. –continua rindo enquanto rasga o papel.
_Isso não é uma brincadeira, Merlin! São vidas que você teve na sua mão, poderia ter matado todo mundo! O destino de um reino estava em seus ombros e você fez isso? –aponta para a lei picada no chão. Quando Merlin não o responde, ele ameaça sair da sala. 
_Me desculpe. –corre na frente e o para. –Sei o quão importante isso é para você, não devia ter feito isso. –Arthur cruza os braços novamente, esperando por mais. –Te observei por anos e achei que, quando à hora chegasse, conseguiria saber o que você faria naquele momento. Foi obviamente muito mais difícil do que imaginei e estou te implorando para me fazer limpar sua armadura. 
_Como conseguiu? –Arthur não agradece pelo pedido de desculpas, foi quase como se ele nunca tivesse dito as palavras. –Como convenceu a aristocracia? 
_Foi bem fácil, na maior parte do tempo. Quando se tem três guarda. –costas como os três, ameaçar os outros fica fácil. Eles tentaram me matar diversas vezes depois disso, mas aqui estou...
_Oficialmente impressionado. –É a única coisa que o loiro diz, mas parece ser suficiente para o mago. –Apesar de ainda furioso. 
_Isso é normal por aqui? –Maxon sussurra para mim quando os outros desviam sua atenção.
_Isso o quê? –ele aponta para toda a situação ao meu redor. –Arthur e Merlin brincando? Gwaine dando em cima de mim? Uma guerra eminente? –ele arregala os olhos como se dissesse "é óbvio que é disto que estou falando." –Sim. 
_Acho que não ficarei entediado então. –dá de ombros. 
_Droga, Merlin, está quase amanhecendo e você continua gritando por aí? Vai acordar o castelo inteiro! Que história é essa de acordar seus amigos pela orelha? Se for para castigar alguém pelo menos faça isso silenciosa... –Gaius engasga com sua própria saliva quando abre os portões do salão e finalmente nos vê. Ele usava seus pijamas, uma camisola, e cambaleava como sempre fez no chão frio. Sua feição se muda de raiva, pra susto, e pra felicidade. 
_Me desculpe, Gaius, acho que a culpa é de Arthur dessa vez. –sorrio e caminho em sua direção. –E você. –lanço um olhar repreendedor para Arthur. –se desculpará por tê-lo acordado. –ele parece a ponto de reclamar, mas continuo falando. –e por ter machucado seus amigos e com Merlin por qualquer besteira que tenha dito nos últimos segundos. –ele me observa, em silêncio, os olhos esbugalhados e a boca aberta, mas não diz nada. 
_Está tudo bem, minha criança, estou feliz que estejam de volta. –ele me abraça novamente e aperta a mão de Arthur, que pronuncia quase que inaudível um pedido de desculpas. –Ele não parece ter ficado muito bravo. –comenta para Merlin provavelmente achando que falava baixo.
_Mas eu estou bravo, vocês não tem noção do quanto. –ele inspira fundo. –Mas, afinal, estou bravo com ele desde que o conheci, um motivo a mais não vai mudar muita coisa. 
_Ótimo, porque você pode estar com a coroa, mas na lei ainda sou rei, não gostaria de ter de puni-lo. –Merlin sorri sarcástico, atiçando a fera. 
_Não me provoque. Sei que ainda está adormecido, mas gostaria de pedir um favor. –Gaius o ouve atentamente. –Preciso que peça para alguém, qualquer criada que esteja acordada nesse momento, para arrumar um quarto no corredor principal. –ele assente e parece notar Maxon pela primeira vez, mas não o dá muita atenção. –E o quarto do rei para mim, por favor. –ele tentou dizer isso do jeito mais baixo possível, por ironia do destino ou não, eu escutei. 
Não sabia o que estava acontecendo e tinha medo de perguntar. Gaius me observou, por poucos segundos, mas desviei o olhar antes que ele percebesse que o via, e engoli meu próprio ego em seco, arrumando minha compostura e fingindo que não ouvi nada. Arthur sorriu para mim em seguida, como se não tivesse me evitado na última semana, como se não tivesse acabado de dizer que não quer mais minha companhia. Não sorri de volta e ele não pareceu nem notar, estava ocupado demais observando os dez homens encapuzados que haviam acabado de entrar pelos portões abertos do salão, todos eles seguindo os mesmo cabelos pretos e a mesma pele pálida da antiga protegida do rei. 
_Sentiu saudades, irmão?

 


Notas Finais


Proximo cap tem briga e treta e mais mentiras sendo reveladas!


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