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História Lost in Time - Lost in broken bonds


Escrita por: SulkinPettyfer e VitoriaWolf

Notas do Autor


Pressinto a raiva de vcs daqui da minha casa e to adoraaaando. Boa leitura!
Obs: o nome das criadas dando em cima dele sao nomes de algumas de vcs leitoras, sintam-se honradas kkkk

Capítulo 59 - Lost in broken bonds


Fanfic / Fanfiction Lost in Time - Lost in broken bonds

Pov América
_É lindo... –Maxon comenta ainda admirado pela vista da janela de seu quarto. Ele já está há horas com a cabeça para o lado de fora observando. –Queria ter minha câmera aqui. –seus olhos brilham de entusiasmo enquanto observa a multidão se movimentando no pátio central. 
_Isso não é nada. –ele se vira confuso, sem acreditar que eu possa estar desvalorizando algo tão bonito assim. –Tem de ver o pôr do sol na torre leste do sino... –começo empolgada me lembrando das variadas cores do céu quando o sol tocava as montanhas no horizonte, então me lembrei do motivo para estar lá naquele dia. O pedido de casamento. E murchei. Ele não pareceu ter percebido de imediato, estava ocupado demais observando o lado de fora. 
Fazia uma semana que tínhamos voltado e Arthur não havia trocado nem mesmo uma frase inteira comigo. Resolvi sair de seu quarto oficialmente alguns dias atrás quando descobri que ele havia arrumado outro. Tinha a esperança de que esse ato fosse fazê-lo vir conversar comigo, mas ele simplesmente mandou Merlin levar suas coisas para seu antigo quarto e se apossou dele novamente.
Eu queria contar a verdade, tentei diversas vezes, mas como podia explicar algo para ele quando só de me ver chegando corria pro lado oposto. Eu não tinha ideia de como resolveríamos a situação ou se ao menos isso aconteceria, mas minhas horas gastas com Maxon me faziam esquecer desse detalhe. Ele ainda precisava de diversas aulas extensivas sobre como se comportar nesse lugar e me ofereci. 
Queria passar o máximo de tempo possível longe de Arthur, já não aguento sua feição de desapontamento. O Illeano parecia bastante confortável nas roupas novas, nada de ternos, o que parecia lhe agradar, muito diferente da comida. Ele fugia das refeições o máximo que podia, o que sobrava para mim roubar alguma coisa que ele possa achar saborosa e depois lhe entregar. Até tentou treinar com os amigos de Arthur, mas desistiu quando viu que era péssimo. Uma decisão sábia. Ainda é provocado por isso, um homem que não saiba segurar uma espada nesse lugar não é considerado um homem, não algum que possa ser considerado importante. Gaius o acolheu, era um dos poucos que conversa com ele além de mim, até mesmo Merlin se afastou e senti como se tivesse perdido meu amigo. Às vezes o via cochichando com Arthur e me direcionando alguns olhares, mas sempre se esquiva quando pergunto o que está acontecendo. 
_Eu vou cobrar essa visita. –diz depois de um tempo de silêncio e sorrio sobre as lágrimas. Ele se vira e me vê secando minha bochecha. –O que houve? Eu disse alguma coisa? –balanço a cabeça em negação. –É a torre, não é? Tem algum significado para você. –assinto ainda em seu abraço.
_Ele me pediu em casamento lá. –Maxon me leva até sua cama e se agacha no chão para poder olhar em meus olhos. 
_Sei que ele está distante e que ainda o ama, não sou estúpido, mas talvez seja para melhor. Recebemos uma segunda chance, podemos finalmente ficar juntos! –sinto o caos se instalar na minha cabeça. Meu coração começa a bater mais rápido e fico sem ar. 
_Não consigo fazer isso agora, Maxon. Simplesmente não consigo. –sinto o desespero me invadir e corro para fora do quarto, fechando a porta atrás de mim e me encostando na madeira, ainda respirando ofegante. 
_Me deixe sair, America. –suplica do outro lado. –Vamos conversar... –não ouvi o que ele continuou dizendo, corri pelo corredor sem destino fixo. 
Só queria sair dali. Me sentia presa, sem opções, meu coração estava apertado e só queria tranquilidade. Não tinha ideia de para onde ia, as paredes ao meu redor pareciam todas iguais. Eu estava perdida, em todos os sentidos possíveis. Parei, ofegante, para recuperar o ar. O lugar estava decadente, não parecia ser usado frequentemente e sem ninguém a vista à vista. Existiam pequenas portas a cada vinte metros, todas iguais e simples, fui em direção da primeira na esperança de encontrar alguém que pudesse me levar de volta para o bloco principal, e apesar de ter encontrado pessoas, sua conversa estava interessante demais para não escutar. 
_Sempre soube que essa fidelidade não duraria para sempre. –uma voz feminina diz. Não sabia quem era, nunca a havia ouvido antes, mas por um motivo resolvi encostar a orelha na madeira e esperar a resposta. 
_Também pensei assim, Ana, só não achei que a traição viria primeiro dela. –uma segunda voz disse mais baixa. Anotei mentalmente o nome da primeira, porque ela se veria comigo depois. Demorei um tempo para entender sobre o que fofocavam e me senti ofendida. Tive uma enorme vontade de abrir a porta e mandá-las para as celas no porão, mas a parte racional em mim disse o contrário, então continuei ali. 
_Sério, Julia? Eu achei que fosse durar, torcia para que durasse. Acho os dois tão fofos. –uma terceira voz diz sonhadora, mas logo resmunga de dor. Provavelmente Julia ou Ana haviam lhe dado um tapa. 
_O que você está fazendo aqui mesmo, Isabela? –a garota permanece quieta, constrangida pela bronca. 
_Mas vocês viram o estrangeiro? É difícil não resistir? –elas soltam risinhos e soltam suspiros. Eu já estava perdendo a paciência com essa Ana. 
_É um idiota. –uma quarta voz diz. Quantas pessoas têm ali dentro? –Os guardas disseram que não sabe nem mesmo empunhar uma espada. 
_Ela não quer um guerreiro, Gabriela. Se quisesse teria ficado com o marido, só precisa se alguém para diverti-la cama. –a primeira mulher repete. Abro a boca, ultrajada, sem acreditar que tenham a coragem de dizer algo assim sobre seus soberanos. 
_O que não entendo, porque o rei é ótimo na cama! –a segunda voz anuncia. Solto um gritinho, que felizmente não foi ouvido por ter se juntado ao das outras três. 
_Como assim? Vocês...? –estava transtornada demais para saber de quem era delas que falava. 
_Não, quem dera. A garota que morreu, se lembram? –eu me lembrava da namorada de Arthur que havia sido enforcada por Uther. –Ela era minha amiga e me contou o que estava acontecendo. Ele realmente a amava, por isso queria que esse casamento tivesse durado. –senti uma pequena simpatia por essa Isabela, muito pequena. 
_Mas agora que a rainha tem uma amante não vai demorar muito para o rei encontrar uma para ele. –Julia, ou pelo menos acho que era esse o nome dela, praticamente ignora o comentário anterior.
_Ou duas. Talvez três. Uther tinha dezenas. –me impressiono com a ousadia da quarta. 
_Sorte da escolhida. –uma delas suspira. –Terá uma vida perfeita. Luxo, riqueza, regalias, vai estar coberta de ouro e nunca mais terá de trabalhar. Além de ter o rei nos braços, é claro. –anotei mentalmente para fazer Ana sofrer e jogar em sua cara o quanto Arthur me ama. Mas será que ele ainda me ama? Se elas perceberam algo inexistente entre eu e Maxon, qualquer outro pode ter visto também. Arthur inclusive. Talvez esse seja o motivo de tamanho distanciamento, talvez eu só precise explicar para ele que não há nada entre nós e as coisas finalmente voltarão ao normal. 
_É claro que terá de engravidar dele. –Gabriela diz. 
_Sim, um filho muda tudo. –Julia concorda. 
_O Rei Arthur é melhor que o pai. O falecido rei Uther nunca assumiu Lady Morgana como filha bastarda, mas Rei Arthur assumiu o filho fora do casamento, se casou com ela e ainda o colocou como herdeiro. –Uau! É isso o que pensam de mim? Que Arthur só se casou comigo porque engravidei? Estão erradas por muitos motivos, primeiro porque o filho nem é nosso, mas não serei eu a dizer isso para elas. 
_Todos estão comentando isso. Cada mulher em idade de casamento quer ser a favorita do rei. – começo a me levantar, já me sentindo mal com toda essa conversa. 
_Vocês viram que o amante da rainha tem um quarto do corredor principal e come na mesa com os reis? –as outras concordam. –Então a concubina do rei terá o mesmo tratamento, não acham? 
_Até melhor, se duvidar. –Isabela sonha acordada e tenho vontade de vomitar. 
Arthur nunca faria isso. Corro dali. Estava perdida, mas me recusei a pedir ajuda e permitir que alguém me veja nesse estado. Eu estava pálida, minhas pernas fraquejavam e tinha certeza que vomitaria a qualquer hora. Eu não sei o que havia causado isso, o súbito estresse ou a refeição anterior, eu só sabia que precisava encontrar Arthur imediatamente, já aguentava essa situação a tempo demais sem saber por quanto tempo suportarei. Andei por pouco menos de uma hora até que finalmente conseguisse me localizar, depois disso foi só seguir o corredor até o quarto de Arthur. Eu não sabia se ele estava ali, mas enquanto tomava coragem para abrir a porta ouvi a movimentação do lado de dentro e me apavorei mais ainda. Então entrei. 
Estava assustada por encontrar duas pessoas se beijando na cama do rei. A porta deveria estar trancada e provavelmente sabem da punição por isso. Como eles ao menos conseguiram entrar ali? Estava me aproximando, chocada com a ousadia, para separá-los e mandá-los embora quando reconheci seus cabelos loiros. Eles estavam na beirada da cama e eu só conseguia ver suas silhuetas, mesmo que a cabeça da garota tampasse o rosto do homem enquanto se beijavam. Pelo uniforme da menina soube que era uma criada, uma criada beijando o rei. 
_O que... –eu não sabia o que dizer nesse momento, estava com meu coração partido, mas as lágrimas não vieram. Eu só sentia a raiva fluindo por meu corpo quando os dois se separaram assustados e Arthur me viu pela primeira vez. A garota tinha um sorriso escondido no rosto, mas a feição de Arthur mudou de susto para decepção, desapontado consigo mesmo. Eu não conseguia imaginar o que passava pela sua mente nesse momento e não me importava, só queria chutar essa garota pelo traseiro até a porta. 
_America... –Arthur se levanta, encabulado, e parece perceber pela primeira vez a garota ainda sentada de cabeça baixa em sua cama. Ele caminha em minha direção, mas eu me afasto. Ele sorri, triste e me dá as costas. –Poderia nos deixar sozinhos, por favor, Christine. –Apreciaria sua descrição. – ela assente rapidamente e foge do quarto, provavelmente para contar a todos os funcionários o que havia acabado de acontecer ali. Eu só conseguia pensar que Ana ficaria furiosa e uma parte de mim se alegrou por isso. Permanecemos em silêncio, simplesmente olhando um para o outro sem ter certeza do que dizer no momento. A briga já era prevista e provavelmente já devia ter acontecido há muito tempo, mas só agora eu percebia a magnitude do que está acontecendo. 
_Se importa em me explicar o que diabos foi isso? –quebro o silêncio. 
_Isso foi um erro. –responde rapidamente. 
_Um erro?! É óbvio que isso foi um erro! –perco a compostura e grito, mas ele parece calmo, calmo demais, parece estar até aproveitando o momento. –No que diabos estava pensando? –me perco em meus gestos com a mão. 
_Eu estava pensando em afogar minhas mágoas fazendo algo irresponsável. Estava triste e não pensei bem antes de trazê-la aqui. Me desculpe. –o encaro, sem acreditar que ele possa estar tão calmo assim, ou que se importe com os meus sentimentos a esse ponto. 
_Mágoas? Que mágoas? –perco o controle. –E mesmo se estivesse triste, que falasse comigo! Ou Merlin! Você não sai beijando pessoas aleatórias só porque está triste! –respiro ofegante, esperando por sua resposta. Ele sorri de lado. 
_Mas eu só estava testando para ver se funcionava. Soube que você tinha feito a mesma coisa e tinha funcionado, então resolvi experimentar. E admito que a sensação é muito boa! –perdi o controle do meu corpo e quando fui ver, eu já tinha lhe dado um tapa. Ele continuou olhando para o chão, a mão na bochecha, e riu. 
_Eu não tenho ideia do que está falando. –consegui ver a fúria enchendo seus olhos azuis enquanto se aproximou a passos largos. Recuei, amedrontada, jamais tendo o visto tão irritada. 
_Eu vi vocês! Eu vi quando ele lhe fez promessas de uma vida perfeita e você quase aceitou. Eu vi quando ele a beijou e você retribuiu. Então não venha brigar comigo pelo o que viu hoje, porque eu posso ter cometido um erro, mas pelo menos não menti sobre ele esse tempo inteiro! Não seja hipócrita.  
_Foi por isso que se afastou? Eu posso explicar o que aconteceu naquele dia. –diminuo o tom da minha voz na tentativa de fazê-lo se acalmar, mas isso só parece irritá-lo mais. 
_Eu sei que pode explicar, assim como sei que se tivesse me contado quando ainda estivéssemos naquele lugar eu teria te perdoado. –sua raiva se transforma em tristeza. –Porque é o que eu faço, eu perdoo. Mas eu já estou cansado disso, cansado das suas mentiras. Eu... eu não aguento mais. –ele esperava que eu dissesse alguma coisa, mas não conseguia, então quando recebeu meu silêncio, continuou. –Achei que poderíamos consertar o que tivemos quando voltássemos, mas ele veio junto e eventualmente perdi a esperança. 
_Então está desistindo? –pergunto ainda sem acreditar no que ouço. 
_Eu não estou desistindo, estou diminuindo suas opções para que não precise escolher. –ele passa por mim em direção da porta. 
_Você não pode fazer isso! Somos casados! –ele para, a mão na maçaneta, e se vira. –Não podemos ficar brigados, temos um reino para gerenciar, uma família para cuidar... 
_Você deveria ter pensado nisso antes de arruinar tudo. –sentencia rude, fico sem palavras. –E se fizer alguma diferença, ela é uma amiga, estava me contando sobre a aposta que está rolando por ai e sobre o prêmio. Fiquei sabendo que seu irmão está doente e resolvi ajudá-la a receber o dinheiro. – o olho, incrédula. –Mas não precisava realmente beijá-la pra isso, essa parte foi raiva de você mesmo. –trinco os dentes de raiva. 
_Saia. Vá embora! –grito, perdendo o controle das minhas lágrimas. –Saia! –berro e ele abre a porta.
_Esse é o meu quarto. –lhe lanço um olhar de ódio e saio batendo os pés. 
_Eu te odeio. –digo quando passo por ele e recebo um sorriso em troca. 
_O sentimento é mútuo. –diz antes de fechar a porta. Chuto a parede e sinto a dor me atingir, mas não deixo ela me impedir de correr até o único lugar onde sei que serei bem-vinda. Sei que é errado e que provavelmente me arrependerei muito depois, mas bato na porta. 
_America. O que...? –Maxon pergunta assustado quando me vê em sua porta. 
_Eu preciso da sua ajuda.


Notas Finais


Espero que tenham odiado e que tenham ficado muitoooo revoltadas kkkk proximo cap vai ter sequestros e missoes de resgate e um ser humano desprezivel voltando pra assombrar


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