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História Love at second sight - Empty house


Escrita por: lagerfeld

Notas do Autor


Oi meus amores, tudo bem?
Meninas eu tenho notado o quanto vocês estão ansiosas para o primeiro beijo de Jarlie e respectivamente para o início do romance, e acreditem eu também quero que esses dois se amem logo. Mas, sejamos realistas e sinceras... Ninguém supera o fim de um relacionamento de anos em duas semanas, certo? Certo! A Charlie é muito leal, e por mas que o Lucas tenha sido um babaca vai demorar um pouquinho para que ela se desapegue completamente. Mas, isso não significa que ela e Justin ficarão no zero a zero, eu particularmente amo os capítulos seguintes porque mostra como eles vão se aproximando aos poucos. Mas, para matar a curiosidade das minhas leitoras curiosas saibam que o primeiro beijo do casal acontece no capítulo 14, ok?

Enfim, boa leitura!

Capítulo 8 - Empty house


Fanfic / Fanfiction Love at second sight - Empty house

Point Of View — Charlie

Ao entrar em casa ainda posso ouvir o som estridente dos fogos de artifício, que iluminam o céu estrelado e colorem a noite escura com as cores da bandeira americana: vermelho, azul, e branco. Vou para a janela da sala de estar, onde posso ver melhor tal beleza. Alguns formam uma cascata luminosa, outros apenas explodem no céu, e o último deles, forma uma bandeira no ar.

Subo os degraus da escada, bem devagar para não tropeçar. A luz do corredor queimou dois dias atrás e ainda não troquei, pois sou uma mulher despreparada o suficiente para não ter uma escada em casa. Lucas sempre cuidava de problemas como esse, e para ele, uma cadeira bastava, mas quando eu tentei ainda faltou um bom espaço para que minhas mãos pudessem tocar a lâmpada.

E, quando penso ter conseguido trilhar o meu caminho sem nada para me atrapalhar, algo acontece.

–– Ai! –– grito em alto, e bom som, quando o meu dedo mindinho se choca contra o aparador do corredor.

A dor é intensa, e percorre todo o meu corpo. Fecho meus olhos com força, e mordo o lábio inferior tentando conter minha língua que formiga para soltar alguns palavrões. Eu nunca entendi porque as pessoas insistem em dizer palavrões para expressar, sua dor, frustração, ou o que seja. Quando pequena eu observava meu tio Earl soltar ao menos um palavrão em cada frase que dizia, e não entendia o significado de tais palavras, pois nunca as tinha ouvido serem proferidas por meus pais. Então quando imitei o linguajar de meu tio, levei duas palmadas de minha mãe que foram o suficiente para me fazer entender que eu não deveria dizer tal coisa novamente. Agora estou crescida, entendo o significado daquelas palavras e proferi-las é quase uma tentação, mas quando estou perto de tal coisa, mordo minha língua e lembro-me das palmadas que minha mãe me dera, conseguindo assim, me calar.

Com o dedo mindinho latejando, eu ando até meu quarto, e me sento na cama. Apoio o pé no colchão, para poder ver o dedo machucado com mais facilidade. Para a minha felicidade, não está machucado, apenas dói.

Estendo minha mão até a cômoda, a poucos metros de mim, pois sei que ali há uma pomada pra aliviar dor. Após algum tempo convivendo comigo, Lucas se deu conta do quão estabanada sou, sendo assim ele fez uma lista de itens essências para um bom convívio ao meu lado, sendo alguns deles, itens médicos e remédios que ele sempre deixava em um lugar de fácil acesso, como o criado mudo do seu lado da cama.

Ao abrir a gaveta deparo-me com uma foto antiga e cheia de lembranças, mas que eu não sabia da existência. Arrisco-me a dizer que o momento retratado passou-se há um ano, quando fizemos uma viagem juntos até Los Angeles. Eu estava terminando a faculdade, ainda exibia uma franja que dificultava a minha visão, mas que eu amava e Lucas... Bom, ele sempre foi lindo, e sua beleza parece aumentar a cada ano.

Fico um tanto irritada, pois mentalmente percebo que isso foi um plano muito bem pensado. Lucas já havia levado todos os seus pertences deixando a casa um pouco vazia. Mas, por que deixar essa foto? É óbvio que ele queria me afetar com tal lembrança.

Uma lágrima solitária escorre por minha bochecha, agora quente. Mas o som estridente de batidas em minha porta faz com que eu leve um susto, e limpe minha face rapidamente. Em passos rápidos, eu saio da cama deixando a foto em cima do colchão. Desço a escada, com o meu dedo mindinho ainda latejando, e me arrependo de não ter passado o remédio. Apresso-me em abrir a porta, e uma vez com a própria aberta vejo o corpo esguio de Justin de costas pra mim, e imediatamente limpo minha face de forma bruta tentando esconder qualquer vestígio de choro.

Ele se vira, e logo seu olhar se encontra com o meu alterando sua expressão facial. O seu sorriso se curva, mas logo seus lábios estão comprimidos, e ele me encara de forma apreensiva. Seus lábios se abrem, mas nada sai, como se  o mesmo tivesse desistindo de dizer o que quer que tenha se passado em sua mente.

–– Justin. Oi. –– digo, quebrando o silêncio que havia se estabelecido entre nós. –– Entra. –– dou alguns passos para o lado, e abro a porta um pouco mais lhe dando passagem. Ele assente, e pisca algumas vezes, como se eu o tivesse libertado de um transe.

–– Você esqueceu isso. –– estende a mão, segurando um pote branco de tampa azul. Pego o pode de sua mão, e por míseros segundos nossos dedos se encontram, causando-me um formigamento estranho. Afasto minha mão da sua, trazendo o pote junto a ela e o encaro.

–– Não precisava, mas obrigada. –– sorrio sem mostrar os dentes.

–– Precisava sim. –– debate. –– Se eu não trouxesse, dona Patrícia iria acabar comigo. –– completa, me fazendo rir.

Seus olhos desviam-se dos meus, e percorrem todo o ambiente até focarem no corredor escuro por alguns instantes, antes de retornar a mim.

–– A maioria das garotas tem medo do escuro. –– rio de sua afirmativa.

–– A maioria das garotas conseguem trocar uma lâmpada, ou tem alguém que faça isso por elas. –– mordo meu lábio inferior, e dou de ombros. –– Essa é a desvantagem de morar longe de qualquer familiar.

–– Eu posso resolver isso, se quiser. –– sorrio largamente, felicíssima com a ideia de ter luz pela casa inteira novamente.

–– Sério? –– ele assente. –– Obrigada, vai ser ótimo não tropeçar na escada.

Na cozinha, eu procuro desesperada pela lâmpada reserva que sempre tenho, mas que no momento não faço ideia de onde está. Reviro algumas gavetas, na verdade, todas as gavetas do móvel branco embutido que ocupa quase todas as paredes do ambiente, mas nenhum sinal da lâmpada é encontrado.

Ao achar a lâmpada na dispensa, próximo ao saco de arroz solto um breve grito agudo de felicidade que faz Justin rir de mim. Ele pega uma das cadeiras que rodeia a mesa e a posiciona no lugar certo, tirando seus chinelos pra subir em cima. Seus braços longos esticam-se até que seus dedos toquem a lâmpada apagada. Lentamente ele a gira.

Meu olhos acompanham os movimentos de seus dedos, girando, e girando. Meu nariz formiga, fazendo com que eu feche meus olhos com força, e apenas os abro quando solto um espirro.

–– Saúde. –– diz Justin.

Coço meu nariz com as costas de minha mão esquerda.

Justin pede a lâmpada nova, e me entrega a antiga. Novamente ele ergue seus braços no alto, e só então percebo que esse movimento simples, faz com que um pouco de sua blusa se levante deixando a mostra um pouco de sua pélvis. Desvio meu olhar rapidamente, não querendo aproveitar-me de tal momento e até mesmo me sentindo um tanto evasiva, mas algo chama minha atenção, fazendo com que eu volte a encará-lo como se algo me obrigasse a isso. Meu olhar não se fixa no V que aponta para sua pélvis, ou para os pouquíssimos pelos entre seu umbigo e a cueca Calvin Klein de cor preta, mas sim, na tatuagem que decora o seu lado esquerdo.

A princípio não sei dizer o que é, mas arrisco-me a pensar que é um pássaro. Fico surpresa, tenho conhecimento dos desenhos em seus braços, mas pensei que a arte mal compreendida por mim, terminava ali. Porém, obviamente eu estava errada, e isso faz com que eu pense se Justin tem mais algum desenho escondido. Quase imediatamente lembro-me de que já o vi sem camisa uma vez, mas como não reparei em seu corpo, não lembro-me se havia algo.

–– Pronto, meu trabalho aqui está feito. –– sua voz rouca, porém muito suave e calma faz com que eu o encare nos olhos. Justin desce da cadeira, e aperta o interruptor. –– Agora você tem luz.

–– Muito obrigada! –– sorrio.

–– Não precisa agradecer. –– ele pega a cadeira, e a coloca onde antes estava. Seus olhos percorrem cada canto da casa, que lhe é possível enxergar, como se os mesmos procurassem por algo. –– Sabe... Você deveria arrumar uma companhia. Cachorros são ótimos amigos, ou talvez um gato, se preferir.

–– Eu prefiro cachorros. –– ele sorri.

–– O que estou querendo dizer, é que essa casa é grande demais para apenas uma pessoa. E, morar em uma casa grande sozinha, pode ser solitário. Digo por experiência própria, eu acho que teria enlouquecido sem a Molly. –– há humor em sua fala, mas não deixo de notar seu olhar sério e um tanto cauteloso.

–– Eu vou pensar a respeito. Obrigada pela ajuda, e pelo conselho.

Vamos para a sala, e eu abro a porta para que ele possa sair. Justin se vira para mim, e sorri. Em um movimento rápido, quase imperceptível aos meus reflexos lentos seus lábios se chocam contra minha bochecha fazendo com que todo o meu rosto esquente, como uma lareira recém acessa. Aperto a madeira da porta como se meus dedos fossem furá-la. Ele se afasta, e me encara, exibindo seus dentes brancos, e perfeitamente alinhados. Retribuo o gesto, completamente constrangida e tão vermelha quanto um tomate.

–– Feliz 4 de Julho, Charlie.

• • •

Na manhã seguinte eu acordo em meu horário habitual, sete e meia. Tomo um banho longo, quente e relaxante, e aproveito para lavar meu cabelo e deixá-lo secar naturalmente. Assim como a maioria das mulheres, sou feminina, gosto de me arrumar, e me sentir bonita, mas não vejo necessidade em estar maquiada vinte e quatro horas por dia nem mesmo de me vestir como se estivesse indo ao Grammy, em todos os momentos. Sendo assim opto por uma calça legging preta até os tornozelos, uma sapatilha também preta e sem muito atrativo, uma blusa branca simples, e por cima uma camisa xadrez em dois tons de vermelho.

Enquanto tomo meu café da manhã, algo me incomoda profundamente. A casa está extremamente silenciosa, e vazia, o que me faz duvidar de minha própria presença. É estranho, entendiante, e um pouco solitário.

Nunca morei realmente sozinha, sempre tive a presença de meus pais por grande parte de minha vida, até mesmo quando ousei sair de casa, e morar em uma irmandade, o que não durou mais de quatro meses, pois percebi que a vida de uma universitária baladeira e eu, não éramos compatíveis. E durante o tempo que fiquei com Lucas passei metade dele compartilhando do mesmo teto, o que foi uma decisão precipitada, na opinião de meu pai e talvez agora eu concorde com ele. Mas, ao mesmo tempo, isso me faz pensar, que se eu passei tanto tempo ao lado desse homem com quem morei por tanto tempo, e que jurava conhecer de ponta a cabeça, mas que agora se revelou fazer parte dos milhões de cafajestes.... Ou Lucas é realmente um ótimo mentiroso, ou eu sou ingênua a ponto de não perceber o que estava bem de baixo do meu nariz.

Saio de casa, e faço o mesmo caminho de sempre. Ao chegar na clínica, vou até meu consultório e visto o meu jaleco. Sorrio. Ao menos, uma coisa boa está acontecendo em minha vida, e ouso dizer que estou realizada em minha vida profissional. No início eu relutei, não queria vir para Charleston, mas agora não só Pattie, mas tudo aqui me encantou. As pessoas são extremamente simpáticas, e hospitaleiras, do tipo que acolhem qualquer um como um verdadeiro amigo. A cidade tem seu charme, a bela praia, o píer imenso, e o pôr-do-sol maravilhoso. E a comida local é realmente maravilhosa.

O dia na clínica começa, e termina agitado. Alguns clientes são casos sérios, como cirurgias a serem feitas e feridas graves, mas outros outros como o senhor Lannister, apenas nos fazem rir. É impressionante a capacidade desse adorável senhor em inventar um novo problema para o seu gato Bruce, quase todos os dias. A parte de banho e tosa, também é uma parte muito movimentada e tudo se complica com a ausência de Janice, nossa secretária e recepcionista que entrou em licença maternidade.

–– Preciso encontrar alguém para o cargo de Janice. Do jeito que as coisas andam, duvido que conseguiremos chegar ao fim do ano, sem alguém para nos ajudar com a organização da clínica. –– diz Pattie, sem parar de organizar alguns papéis. Sua expressão deixa escapar o seu cansaço, mas em momento algum ela abandona o seu sorriso cativante.

–– Até que encontre alguém, pode contar comigo. Eu não me formei em administração, mas acho que posso ajudar em alguma coisa. –– digo sincera. Ajudar Pattie não é nenhum esforço, afinal, ela me empregou sem ao menos me conhecer e logo se tornou uma espécie de mãe para mim.

–– Obrigada querida, mas por hoje você já me ajudou o bastante. Vá pra casa, e descanse. –– ela se aproxima de mim, e me abraça.

–– Até amanhã, Pattie.

Ao sair da clínica vou em direção ao meu carro vermelho, mas assim que paro a poucos centímetros do próprio decido dar meia volta, pois me lembro o quão desastroso está o meu estoque de comida. Ainda é cedo, e por ser começo da semana imagino que o mercado não esteja muito cheio.

Sigo pelas ruas de Charleston vendo o céu antes azul tomar um tom alaranjado, próprio do pôr do sol, mas tornando possível ver a lua. Assim que viro a esquina vejo o mercado enorme ocupando o espaço de no mínimo quatro casas médias, mas o que chama minha atenção é a pequena aglomeração de pessoas, principalmente crianças a poucos metros de distância.

Como eu imaginei, o mercado não está muito cheio assim posso fazer minhas compras com calma. Não cometo exageros, compro apenas o essencial. Alguns frios, carnes, legumes e verduras para saladas, e claro, algumas bobeiras, como minhas babatas Pringles favoritas, e um pote de sorvete. Pago tudo no caixa e saio dali com seis sacolas, três em cada mão.

No caminho de volta ao meu carro, a pequena aglomeração de pessoas novamente chama a minha atenção, e não deixo de notar que agora ela parece ainda maior. Curiosa como sou, decido me aproximar e uma vez perto o suficiente, meus olhos se arregalam e eu sorrio largamente ao ver os filhotes de pug gorduchos, a grande maioria dormindo um em cima do outro. As duas meninas ao meu lado pegam um dos filhotes, assim como outras pessoas ao meu lado e começam a falar entre si o quanto amaram o animal. Copio o ato delas, e com a permissão da mulher responsável eu pego um dos filhotes acordados e o aproximo de meu peito, sentindo sua barriga quente, e sua respiração leve. Quase imediatamente me lembro do que Justin me disse ontem a noite, e a ideia de ter um companheiro fiel, realmente me agrada.

Passo por algumas pessoas, dando a volta, até ficar de frente para um homem de aparentemente quarenta e poucos anos, sentado em uma cadeira em frente a uma mesa. Ele me encara, e sorri.

–– Todos amam os filhotes, eles são adoráveis. –– ele diz. –– Mas, acabam tirando a oportunidade de outros. –– sua última fala sai como um lamento, e posso ver um pouco de tristeza em seu olhar. Ele olha para o lado de sua mesa, e estica seu braço tocando um pelo tão dourado e brilhante quanto o sol, me fazendo perceber que há um cachorro ali.

–– Ele é lindo. –– digo, com os olhos fixos no golden retriever já formado. Os olhos do cão se encontram com os meus, e sinto um aperto em meu peito. Olho ao redor, ninguém parece notá-lo ali, quase como se ele fosse invisível e pode parecer loucura, mas sei como ele se sente rejeitado, isso está nítido em seus olhos. Animais são mais inteligentes do que algumas pessoas imaginam, e ao trabalhar com eles tive essa certeza. Eles sentem, sofrem e ficam felizes, como qualquer ser humano.

–– Papai, eu queria um cachorrinho. –– ouço uma voz fina dizer, em um tom chateado. Viro-me de lado, e vejo uma garotinha de braços cruzados, e uma expressão decepcionada.

–– Calma, Anna. Nós podemos tentar outro dia, com certeza terão outros cachorrinhos. –– diz o homem a sua frente, seu pai, tentando confortá-la.

Intercalo meu olhar entre a menina, o pug em meu colo, e o golden retriever não muito distante. Uma dúvida apodera-se de minha mente, e tomar a decisão que julgo certa é a provavelmente a coisa mais fácil que já fiz em toda a minha vida.

–– Oi. –– digo simpática, aproximando-me da garotinha e seu pai. –– Meu nome é Charlie.

–– Oi Charlie. Eu sou a Anna. –– ela me encara.

–– É um prazer conhecê-la Anna. –– sorrio, mas quando percebo seus olhos já estão fixos no filhote em minhas mãos. –– Você gostou dele? –– ela assente. –– Isso é bom, porque ele precisa de um lar. Você pode ajudá-lo com isso? –– sua cabeça vai para cima e para baixo rapidamente, e ela sorri exibindo a falta dos dois dentes da frente.

–– Obrigada, Charlie. –– a menina me surpreende ao me abraçar, tomando cuidado para não esmagar o animal. Seus braços finos apertam meu pescoço, mas é um aperto bom.

–– De nada, Anna.

Ela se afasta, e eu lhe entrego o filhote vendo um brilho tomar conta de todo o seu ser. Anna comemora, pulando para lá e para cá, e conversando com o filhote. Seu pai, assim como homem responsável pelas adoções me encara, e ambos parecem impressionados com a minha atitude. Aproximo-me novamente da mesa, mas desta vez sento-me ao lado do golden retriever, deixando as sacolas de compras ao meu lado, e sem me importar se o chão está sujo ou não.

O cachorro não se aproxima de imediato, mas também não se afasta, ele permanece na mesma posição apenas encarando, como se estivesse me analisando. Ergo minha mão para frente, e quando ele se permite ser acariciado por mim, eu sorrio.

–– Eu quero adotar esse garoto bonito. –– mantenho meu sorriso. Meus dedos se perdem em meio a sua pelagem comprida. –– Qual é o nome dele? –– pergunto ao homem, sem encará-lo.

–– Nós não damos nomes aos cachorros, deixamos que os donos escolham. –– ele responde. –– Mas, esse garoto, estava quase se tornando um ninguém. Ele passou tanto tempo conosco que provavelmente pensa que se chama, cão. –– ele diz com um humor, mas ao mesmo tempo sério, e não posso deixar de imaginar como esse cão se sentiu de lado vendo todos os outros serem adotados. Isso faz com que eu sinta uma dor em meu peito.

–– Você precisa de um nome rapaz. Que tal Rufus? –– torço o nariz. –– Não é um bom nome. –– digo a mim mesma. Continuo movimentando minha mão sobre o animal, em um carinho suave, enquanto tento pensar em um bom nome. –– O que acha de Mike? –– o encaro. O cão pula sobre mim, fazendo com que eu curve meu corpo para trás. Sua língua úmida passa por meu braço, e ele deita com a barriga pra cima fixando seus olhos castanhos nos meus. Se fosse possível, diria que ele sorriu pra mim.

–– Eu acho que ele gostou desse nome. –– diz o homem.

–– Bem-vindo a família Dawson, Mike.


Notas Finais


Caso tenham gostado do capítulo não deixem de comentar, pois isso me incentiva muito. Críticas são sempre bem-vidas, desde que as mesmas sejam construtivas. Beijão e até o próximo capítulo <3

TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=DoQ3VBlhrok


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