História Love for Blood - Temos pouquíssimos segundos

SEHUN E SEUS AMIGOS se viam completamente cercados pelos 4 espíritos. Todos ali tomavam impulso para começar a luta.

— Vocês não são os primeiros e nem serão os últimos vampiros a virem aqui, por isso terão de ser muito fortes para nos derrotar. O que é impossível. Tente passar por nós e morrerá. — um dos shinouys argumentou.

— Tente me matar pra ver o que acontece com você. — Sehun sorriu ladino e passou a correr em direção ao shinouy a sua frente.

Sua mão direita ganhou força desde o momento que passou a correr. Com um grande impulso, o vampiro depositou um soco no rosto do shinouy, que logo em seguida o empurra, o jogando do outro lado do vulcão. Por quase inexistentes centímetros, Sehun não caiu dentro da quente lava.

Jongin tentou acertá-los com chutes, mas sem sucesso. Chanyeol e Kris também são jogados longe.

— Pessoal, vamos usar a mordida! — Kris gritou ao se levantar.

Os quatro vampiros se levantaram, concentrando toda a sua energia em seus poderes de vampiro. Os grandes caninos se mostraram, os olhos vermelhos e as veias negras abaixo dos mesmos finalmente apareceram. Com seus poderes em uso, sua força era dobrada. A partir daquele momento, eles se sentiam mais confiantes e fortes .

Todos ali correram até os respectivos espíritos com quem estavam lutando, ao tentarem mordê-los, os mesmos se desintegraram, refundiram-se, aparecendo bem atrás deles. Só com um movimento de mãos, jogou Sehun longe novamente, fazendo-o bater em uma das paredes internas do enorme vulcão. O vampiro sentiu várias partes de seu braço direito sendo quebradas. Jongin foi jogado ao seu lado logo após isso.

— Você está bem, Hun? — o outro perguntou.

— Quebrei meu braço, preciso de um tempo pra que ele se cure. Mas tudo bem.

— Ótimo. — os dois continuavam deitados ao chão, tentando recuperar o fôlego, observando os outros dois tentando lutar, sem sorte. — Ei Sehun, está vendo aquela pequena luz crescendo no lado direito do peito daquele shinouy?

— O que? Onde?

— Bem ali. — apontou para o suposto coração do espírito.

— Sim, estou vendo.

— Você acertou aquilo em algum momento da luta?

— Não. Você sim?

— Também não. Eles parecem ser indestrutíveis, mas acho que esse é o único ponto do corpo deles que podemos usar para feri-los. O que acha?

— Precisamos tentar de tudo. — Sehun disse se levantando com dificuldade. — Achou que tinha acabado? — perguntou para o encapuzado a sua frente. — Vai precisar de muito mais pra conseguir me derrubar por completo.

O Shinouy começou a correr em sua direção com a mão para cima, prestes a derrubá-lo novamente com um soco, mas Oh se esquivou, abaixando-se. Mesmo com o braço direito quebrado, Sehun ainda reúne força se jogando totalmente para o chão. Apoiando suas mãos no mesmo e ganhando força em um dos pés, que logo depositou um chute forte no lado direito do peito do espírito, que gritou pela dor. Ainda meio desnorteado pelo chute, o espírito tenta se recuperar, mas Sehun é tão rápido quanto a luz, quando o dá um soco com seu braço esquerdo, em seguida o empurrando, o que o faz cair dentro da quente lava. Um já tinha ido.

Seus amigos felizes com a cena, já sabiam o que fazer.

Chanyeol se levantou indo em direção a seu adversário, que já estava se preparando para matá-lo, porém os vampiros eram rápidos. Chan posicionou sua perna esquerda entre as duas pernas do espírito, o puxou fazendo seu corpo girar, e ir de encontro com o chão. Quando o mesmo se viu indefeso, Park o socou com toda a sua força, naquela pequena luz que crescia em seu peito, fazendo-o gritar. Então, Chan o jogou dentro da lava, vendo seu corpo se desfazer aos poucos. Agora faltava apenas dois.

Jongin, estava com sangue em seus olhos quando partiu para cima. Num pulo alto, ele se jogou em cima do espírito, que não estava preparado para tal ato. Com sorte, seu chute alcançou diretamente a pequena luz presente ali. Vários chutes seguidos, no mesmo lugar, fazendo o shinouy agonizar de dor. Quando ele se viu completamente derrotado, Jongin o tacou longe, fazendo o mesmo cair sobre o líquido quente presente naquele grande vulcão. Só restava um.

Kris, se esquivava de todos os ataques de seu oponente, tentando não ser jogado longe como todos os outros. Wu foi ao chão e seu objetivo era passar uma rasteira no shinouy. Então, quando suas mãos se encontraram com o solo, seu rápido pé foi de encontro com o meio das pernas do espírito. O mesmo caiu, e Kris o socou incontáveis vezes no peito, fazendo o shinouy perder totalmente as poderes para desaparecer, ou se curar. Yifan o pegou do chão e então o lançou longe, alimentando mais uma vez a lava. Eles tinham conseguido.

— Nós conseguimos! — Yifan disse cansado, e caiu no chão sorrindo.

— Conseguimos… — Chanyeol concordou.

— Chanyeol, pode pegar a flor? — Sehun perguntou já que a flor estava bem atrás de seu amigo.

— Claro. — Chan falou pegando uma incontável quantidade de flores.

— Pra que tudo isso? — Kris perguntou rindo.

— Vai que mais tarde precisamos, eu não quero voltar aqui nunca mais.

— Tem razão.

— Vamos sair daqui pessoal. — Jongin falou se levantando e então todos concordaram, saindo do vulcão.

— Vocês estão vivos! — Jungsoo afirmou sorrindo. — Nunca imaginei que alguém conseguiria.

— Temos que agradecer ao Jongin. Se ele não fosse tão inteligente, nós estaríamos mortos. — Sehun falou e Kai sorriu. — Então pessoal, vamos voltar para Seul. — disse ao perceber que já havia amanhecido. — Hoje é o último dia. Precisamos chegar rápido.

9 horas depois do amanhecer.

Suho tentava prestar atenção no prato que estava cozinhando, mas sua preocupação era grande demais. As horas haviam se passado e nada dos quatro vampiros. Ele não sabia o que pensar e o que fazer. Não sabia nem se eles ainda estavam vivos. Só de pensar em perder aqueles tão importantes em sua vida, uma dor já percorria seu corpo. Seus devaneios foram interrompidos com o som de seu celular tocando. Era Kris.

— Alô!? — Junmyeon atendeu um tanto eufórico.

— Amor? Nós conseguimos! Estamos bem. — o loiro soltou o ar que nem ele sabia que tinha prendido. A sensação de alívio o deixou até mais leve. Ele tremia levemente, mas estava feliz.

— Que bom. — uma lágrima caiu por seu rosto, mas ele a secou rapidamente. — Fico muito feliz.

— Senti sua falta.

— Eu também senti a sua. Volta logo, por favor.

— Nós já estamos chegando. Precisamos de um favor.

— Claro, qualquer coisa.

— Pode vir nos buscar no Cais?

— Fica do outro lado da cidade. Vou demorar para chegar aí. Duas horas pelo menos.

— Sim, mas nós ainda estamos no mar. Talvez em duas horas nós chegaremos. Venha pra cá, porque nós chegaremos logo.

— Nós não temos tempo. Não vamos conseguir.

— Nós precisamos conseguir. Você confia em mim, certo?

— Com toda a força.

— Então confie ainda mais desta vez.

— Tudo bem. Estou indo.

— Até.

— Até.

Suho chegou ao cais, e estacionou seu carro. Olhou em volta, e não viu nada. Já estava escurecendo e ele sabia que só restava meia hora até a morte de Luhan. Ele estava com medo mas não perderia a esperança.

Quando olhou novamente ao redor, viu seu namorado se aproximar com seus amigos. Um sorriso enorme se formou em seu rosto. Suho saiu do carro correndo; indo em direção a Kris. O abraço apertado seguido de um carinhoso beijo foi o suficiente para matar completamente a saudade daquele vampiro.

— Vamos logo. Só temos mais meia hora. E o trajeto leva duas horas. Precisamos acelerar como nunca antes.

— Vamos.

Luhan estava pior do que nunca. Seu corpo não tinha mais forças, sua pele pálida ficava cada vez mais fria. Nem levantar-se da cama era possível para ele neste momento. Baekhyun tentava de tudo para amenizar sua febre, mas era em vão.

Luhan gritava de dor, suava e sentia frio por conta da febre. O ruivo tentou de tudo. Já estava desperado, mas nada funcionava. “Onde Sehun se meteu?” era tudo o que se passava por sua cabeça, ao ver o amigo num estado tão ruim.

Os minutos se passavam e nada. Até que o som da porta sendo aberta foi ouvido pelos dois. A esperança foi renovada e eles esperavam Sehun aparecer naquele quarto a qualquer momento, mas a porta foi aberta revelando outra silhueta. Era a senhora Lu.

— O que está fazendo aqui? — Luhan perguntou.

— Achou que era seu namorado? Ainda não desistiu disso? Eu vim para ver se já tinha desistido de tentar lutar pela sua vida, quando está na cara que nada vale a pena.

— Ele vai vir. Eu tenho certeza.

— Ele está morto, Luhan. Vê se entende. É completamente impossível. Ele nunca vai conseguir. De que adianta você sofrer, meu filho. Sou sua mãe, eu te amo, mas... é evidente que no final você vai morrer. Não sofra mais. Acabe com isso. Acabe com a dor. Acabe com frustração de que seu namorado é um idiota que nem ao menos se esforçou para salvá-lo.

— Você acha mesmo que ele está morto? — contra a sua vontade, as lágrimas já desciam livres por suas bochechas.

— Tenho certeza. Quanto tempo você ainda tem de vida?

— Poucos minutos.

— Acabe com isso logo. Você não merecia estar passando por isso. — a senhora disse se virando e pegou uma faca dentro de umas das gavetas. Então entregou-a a seu filho.

— Talvez seja o melhor jeito mesmo. — Luhan disse e pegou a faca. Ainda trêmulo, o garoto posicionou a ferramenta em seu coração e quando estava prestes a enfiá-la, ouviu algo que o faz “acordar”.

— Para! — Sehun gritou.

Luhan continuou estático sem dizer uma palavra sequer, então Sehun correu até seu namorado, que ainda chorava, e o abraçou com cuidado, mas transmitindo todo o amor que conseguiu.

A senhora Lu via a cena totalmente perplexa, sem dizer nada. Logo, Chanyeol correu até eles com o pequeno prato em mãos. Eles haviam preparado tudo quando ainda estavam a caminho.

— Anda. Faça-o beber! Temos pouquíssimos minutos. — o moreno disse entregando o prato com água, que continha algumas pétalas da flor à Sehun, e caminhou até Baekhyun.

Oh, já com o líquido em mãos ajudou Luhan a beber calmamente. Alguns segundos se passaram, e Luhan olhou para todas as pessoas presentes naquela sala. Todas elas o encaravam.

— E então? Funcionou?

— Não senti nenhuma diferença. — O garoto disse e suspirou frustrado.

— Talvez demore um pouco. — Chanyeol falou.

Eles esperaram os segundos se passarem, pareciam horas, e nada. Nada mudou, até que Luhan sentiu uma forte pontada em seu coração. Uma seguida de outra. A dor insuportável era evidente em seu rosto. Todos ali estavam assustados, e Sehun deixou as lágrimas caírem. Lu tossiu algumas vezes, o que o fez cuspir sangue. Suas poucas forças estavam indo embora. Ele estava partindo, e sabia disso.

Oh chorava, cansado, triste e se odiando. Se sentindo um idiota. Afinal, o mesmo se sentia completamente culpado por tudo que estava acontecendo. Luhan continuava a cuspir sangue vez ou outra. Lu levantou calmamente sua mão até a mão de Sehun, que descansava sob a cama.

— Shiii… Não chora Hunnie. — o garoto tentava buscar forças para que as palavras saíssem. — Você fez muito. Se preocupou, se sacrificou. Quase morreu tentando me salvar. Acha que isso não vale demais? — ele continuaria, se a tosse não o cortasse mais uma vez. Luhan respirou fundo e tentou mais uma vez. — P-pare de se culpar. Foi muito bom poder aprender o que é amar de verdade. Você me ensinou isso e eu sempre vou ser grato, porque eu amo muito você. — o moreno fez uma pausa. Fechou os olhos por pequenos segundos, deixando algumas lágrimas acumuladas caírem. — Obrigado. — disse finalmente olhando no fundo de seus negros olhos. Sehun viu os olhos de Luhan perderem totalmente a vida antes de serem fechados. Estava tudo acabado.

Sehun desabou completamente ao abraçar o corpo magro e gélido de Luhan. Tudo isso que passaram, foi por nada. Ele estava pior do que nunca. Todos presentes ali passaram a chorar também. A mãe de Luhan já esperava por isso. Secou uma única lágrima que caiu e se retirou daquela casa sem dizer uma palavra sequer. Baekhyun não afim de ver aquela cena, abraçou Chan, chorando feito uma criança, com seu rosto colado no peitoral do outro. Chan também chorava. Jongin, Junmyeon, Yifan e Jungsoo assistiam a cena com lágrimas nos olhos. Era difícil para todos.

Porém, Sehun sente algo quente, em Luhan. Quando o mais velho se afastou, percebeu uma pequena luz crescente no peito do outro. Sua visão estava turva por conta das lágrimas, mas ele conseguia ver claramente o que estava acontecendo. Estava finalmente dando certo.

O coração de Luhan se iluminou mais ainda, e todos ouviram um pequeno e baixo som de explosão vindo de dentro do moreno. Quando a luz cessou, todos olharam fixamente para Luhan. O mesmo abriu seus olhos lentamente. Ainda com a visão um pouco embaçada, o garoto piscou algumas vezes, tentando se acostumar com o ambiente. Seu semblante ainda era de cansaço, mas ele sabia que estava bem novamente. Logo foi surpreendido por um abraço apertado de seu namorado. Sehun percebeu que seu esforço valeu a pena.

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Sehun, Chanyeol e Baekhyun beberam a água de pétalas posteriormente.

Baek e Chan passaram a viver como casal.

Soo e Dae arrumaram ótimos empregos na área de negócios. Abriram lojas e mudaram-se juntos para a Europa.

Junmyeon e Yifan noivaram, e logo casaram-se. Sua festa de casamento foi extravagante e linda. Depois de 3 anos, adotaram uma adorável bebê japonesa chamada Naomi.

E Sehun e Luhan passaram a morar juntos. Eles também pensaram sobre a ideia de terem filhos, mas ainda tinham muito o que fazer. 

Para Sehun, não importava o tamanho do problema ou da dificuldade, ele sempre seria forte se seu amor permanecesse ao seu lado. E ele sabia, tinha absoluta certeza de que sempre, todos os dias, durante o resto de sua longa vida, que seria forte.

Fim...