História Love for Blood - Nós tentamos de tudo

LUHAN ESTAVA OLHANDO PARA as próprias mãos pálidas, enquanto Baekhyun penteava levemente seus fios. Os dois não soltavam uma palavra sequer, até que Baek resolveu acabar com isso.

— Hey, Luhan. — chamou o mesmo.

— Sim?

— Já está tarde, você não quer dormir?

— Você me conhece, sabe que não vou conseguir. — Os pensamentos do mais velho eram voltados completamente para sua morte. Luhan nunca pensava na possibilidade de morrer tão jovem, e quando pensava não tinha medo, mas agora tudo estava diferente.

— É verdade. Então o que acha de ficarmos acordados a noite toda? Podemos assistir um filme. — Baek sugeriu, logo recebendo um olhar de reprovação de Luhan.

— Essa é a sua tentativa de me distrair enquanto o tempo passa?

— Sim, essa é minha tentativa. Pensar sobre isso só vai te deixar pior, Hannie. Também estou preocupado com o Sehun, o Channie, e principalmente com você, mas precisamos confiar neles. — o mais novo respondeu e Lu respirou bem fundo, logo soltando todo o ar.

— Tudo bem, tudo bem. Vamos assistir esse filme. — sorriu minimamente.

— Ótimo!

— Mas antes você vai me contar uma coisa.

—  Que coisa?

— Você sente algo pelo Chan? — Luhan perguntou ao amigo na maior curiosidade do mundo, e o outro corou na mesma hora.

— Chan? Quem é Chan? Não conheço nenhum Chan. — desviou o olhar para o chão.

— Ah Baek, vamos lá! — chacoalhou o amigo — Eu sei que você gosta dele.

— Eu gosto? Nem eu mesmo sabia.

— Você está se fazendo de desentendido. — Disse fazendo cócegas no outro — Sabe, você e ele… fazem um belo casal. — falou sorrindo — Acho que quando ele voltar vocês deveriam conversar.

— Você acha mesmo?

— Viu, você gosta dele!

— É, talvez um pouco.

— Fico feliz. Vai falar com ele sobre isso?

— Vou, já que você insiste.

— Sim, eu insisto.

— Vamos ver esse filme logo, Lu Han!?

— Sim, vamos. — riu mais ainda vendo o amigo levantar apressado, caminhando até a televisão. Ele estava realmente preocupado consigo mesmo, mas, principalmente com seu namorado e amigos, porém sabia que se estivesse ao lado daquele garoto tão extrovertido, as coisas seriam melhores.

— São quantas horas até lá? Como nós vamos? Você não está com medo? — Chanyeol enchia Sehun de perguntas, porém o mesmo nem ao menos o escutava,apenas continuava caminhando como o outros. Sua cabeça estava realmente em outro mundo.

Oh pensava sobre todos os momentos com Luhan. Todos os maravilhosos segundos ao lado do incrível garoto pelo qual estava apaixonado. Ele estava mais do que determinado a conseguir o que desejava. O que precisava.

— São 9 horas até lá. — Kris respondeu à pergunta de Chanyeol. — Nós estamos indo em direção ao helicóptero do Suho. Ele emprestou pra irmos. — sorriu ladino.

— Ah sim.

— Chan? Posso trocar uma palavra com você? — Jongin perguntou encarando o mais alto que assentiu chegando mais perto.

— O que foi Nini?

— Queria te aconselhar a dar um tempo ao Sehun. Ele está muito mal, eu imagino. Ele nunca foi muito bom em expressar sentimentos, mas sabemos que ele tem. Então deixe-o pensar um pouco. Nós só temos 4 dias até a morte do namorado dele. Ele está tentando fazer com que não aconteça, então só o ajude. Tudo bem?

— Tudo bem. Você está certo. Acho que preciso aprender a me conter mais.

— Que bom que entende. — Jongin disse, ao que olhava para os outros dois vampiros entrando no helicóptero — O.k. Vamos. Estamos ficando para trás.

Os 4 vampiros estavam dentro do helicóptero em direção à flor. Yifan estava sentado comendo alguns salgadinhos que Junmyeon provavelmente deixou lá para eles, enquanto Jongin pilotava e Chanyeol estava ao seu lado. Sehun dormia levemente no ombro de Yifan.

Kris pensava sobre toda a situação quando Sehun despertou completamente assustado.

— Sehun? — chamou o amigo — Está tudo bem? — o olhou e viu que o mesmo escondia o rosto com as mãos, ao que chorava baixinho. — Teve outro pesadelo? — perguntou e Oh assentiu. — Não quer conversar comigo sobre isso?

— Eu estou com medo, Kris. E se eu não conseguir?

— Por que está pensando nisso? É claro que você vai conseguir, você é incrível e está se esforçando ao máximo.

— Não, — agora Sehun olhava diretamente nos olhos do amigo — não se trata de algo bobo que eu quero por capricho, se trata de uma vida. Se trata da vida da única pessoa que conseguiu me fazer verdadeiramente feliz. Eu nunca tive sucesso em nada que eu quis, não posso ser um fracassado de novo.

— Eu acho que.. — Yifan continuaria sua frase se algo não o impedisse. O helicóptero parecia estar caindo. — Jongin? O que houve? — Kris gritou.

— Por algum motivo eu perdi o controle. Nós estamos caindo na praia. Se segurem!

Todos se seguraram e fecharam fortemente os olhos com o impacto causado quando o helicóptero caiu na areia. “Felizmente somos imortais” Pensou Chanyeol.

Sehun se levantou com a ajuda de Kris, e todos saíram de dentro da “aeronave”.

— Suho vai nos matar. — Kai falou jogando os cabelos pra trás.

— Ainda bem que você sabe. — Chan o respondeu — Mas porque caímos?

— Eu sei lá, acho que alguma coisa dentro dele explodiu, por conta do barulho que fez.

— E o que nós fazemos?

— Pessoal? — Kris chamou mas foi ignorado por todos ali.

— Eu acho que devemos ligar pro Suho.

— Pessoal!? — repetiu um pouco mais alto sem tirar os olhos do celular, ganhando a atenção de todos. — Não temos tempo, e nem pessoa pra consertar o helicóptero, então temos que seguir em frente.

— Ótimo, e o que você ta esperando? — Channie disse e agora os olhos de Kris estavam em cima de si.

— Como eu estava dizendo… temos que seguir em frente, mas tem um problema. Eu acabei de saber que já estamos no Havaí, só que estamos muito longe do vulcão. ela fica do outro lado do estado. Vai levar o dia inteiro pra chegarmos, se tivermos sorte.

— Precisamos chegar o mais rápido possível, assim que der meia noite do dia 30, tudo acaba. — Sehun falou.

— Então vamos.

Luhan puxava o ar com força, na maca enquanto estava sendo levado para a UTI. Sua mãe chorava enquanto Baekhyun a abraçava dizendo que tudo ia ficar bem. Naquela tarde as coisas só pioraram mais.

Os minutos se passaram, e o doutor Youngbae se aproximava da senhora Lu ao que o Byun ainda tentava a acalmar.

— Senhora, precisamos conversar.

— Claro. Pode dizer. — a senhora disse secando as lágrimas.

— Seu filho levou auta.

— Então quer dizer que..

— Temo dizer que ele ainda não está bem.

— Então por que foi liberado?

— Todos os exames que fizemos em Luhan deram negativo, ao que parece seu filho não tem absolutamente nada do que conhecemos. Nunca vimos algo assim, e espero que entenda que nós não podemos ajudá-lo. — A mãe de Lu ouvia aquelas duras palavras com lágrimas nos olhos.

— Se vocês não tentarem ele vai morrer.

— Nós tentamos de tudo, senhora.

— Tentem mais! Ele precisa se curar!

— Sinto muito. — O homem se virou saindo do quarto e Luhan entrou sendo empurrado numa cadeira de rodas pela enfermeira. O garoto estava ainda mais abatido.

— Vamos pra casa mãe. — falou sorrindo minimamente.