Ainda que lhe faltasse a capacidade de enxergar, Bucky era o único que possuía conhecimento da verdadeira forma do amor.
Steve enxergava melhor que qualquer pessoa, mas isso não significava que ele conseguia ver o que seus olhos azuis ignoravam.
E por mais que Bucky estivesse empoeirado na estante alheia, calado e envolto por sua fiel nuvem de melancolia, ele esperava.
Em meio aos anseios e angústias, ele permanecia ao aguardo. Incompleto, desvalido. E acima de tudo esquecido.
Observava aos poucos suas expectativas se esvaírem, sendo levadas para onde o vento quisesse as levar.
Ao mesmo tempo que elas sumiam, o sentimento afundava. E seu coração pouco a pouco congelava e se fechava.
Estava desgastado. O sentimento o sufocava. Encontrava-se completamente perdido e só, mesmo com tantas pessoas ao seu redor.
As coisas haviam fugido do controle e estavam perdendo a graça. Era como tocar sem sentir ou comer sem sentir a textura. Nada fazia sentido, apenas.
Foi quando Bucky recebeu a notícia de que Steve estava com outra pessoa que ele percebeu.
Havia um sorriso em sua face e ele parecia ser o mais animado de todos ali, apesar de estar desmoronando por dentro.
Foi naquela hora que ele percebeu que o amor vai muito além da atração ou o sentimento contínuo.
Foi naquela hora que Bucky percebeu o quanto o amor dói.
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