-O que eu fiz foi errado?
-Você apenas se defendeu – meu anjinho caminhava ao meu lado naquela longa estrada rodeada de enormes árvores negras
-Alias, a onde estamos?
-Acho melhor você começar pela pergunta de quanto tempo dormiu
-Quanto tempo eu dormi?! – pergunta já meio assustada
-Treze horas
-QUE?- começo a contar
-O que esta fazendo?
-Pensando até onde eles poderiam me levar em treze horas
-Relaxe, eu sei onde estamos – ele sorri.
-Serio – suspirei de alivio – aonde?
-Xian... Já teve vontade de conhecer a China?
-A GENTE TA NA CHINA? – grito me deitando na estrada
-É, legal né?
-LEGAL... Antes eu estava delirando de querer sair e viver algo novo, agora não tem como mudar de ideia- bufei fechando os olhos.
-Não é bom ficar deitada no meio da estrada – sua voz diminui a cada palavra e começo a ouvir som de carro e uma luz forte
-AAAH O CARRO – levanto- me e corro na direção da floresta
O carro passou muito rápido mais consegui ouvir a musica que tocava nele mesmo longe e os adolescentes gritando.
-Bom pra minha nova vida acabar de começar, sinto como se ela já devia ter acabado.
-Ei, relaxa – meu anjo aparece na minha frente.
-RELAXA? ESTAMOS PERDIDOS NA CHINA E EU MATEI UM CARA – dou uma pausa – na verdade eu matei duas pessoas por que coloquei fogo no carro com elas dentro – falo confusa pensando sobre o caso
-Wow – ouso uma voz masculina – o que uma coreana barra assassina faz aqui na floresta de Xian?
Olho e vejo um garoto quase do meu tamanho de olhos bem puxados, cabelos bem escuros boca carnuda e olhos verdes bem claros.
-Não tem medo? – tento entrar no papel, não posso confiar nele ou posso?
-Você não tem cara de assassina, na verdade é bem fofa- ele ri e mostra seu sorriso ingênuo.
-Sabe como chegar, em Seoul?
-Cara, você esta bem longe de casa – ele começa a andar pela estrada e apenas o segui – como chegou aqui?
-É uma longa historia – ando fitando o chão
-Ah, pode me chamar de Yin.
-S/n – falo olhando a floresta
-Olha você pode pegar trem até Yantai, e depois navio pra Seoul, ou avião mais acho difícil você conseguir isso.
-Por quê?
-Você é nova não é? – assenti colocando minha total atenção em si- só pode se tiver uma declaração e tem passaporte
-Ain... Até eu consegui sair da aqui a guerra já acabou – murmurei
-Guerra?
-Guerra? Oushii... Não... - me faço de mal intendia
-Mestiço – ele olha para a floresta e vejo que suas orelhas são pontudas como de um lobisomem
-O que você é? – pergunto me afastando e vejo um sorriso ladinho crescer em seu rosto
-A mestiça esta na minha frente... Consegue mudar sua presença de lugar – ele sorri animado- ISSO É INCRÍVEL
-Vai me matar? Arrancar pedaços da minha pessoa e comer?
- Não... – ele ri com a minhas perguntas- acho que te comeria sim... Só que de outro jeito – ele morde seu lábio inferior
-Olha, obrigada por sua ajuda até aqui – começo a andar em sua frente – vou indo – aceno pra ele sem mesmo o olhar – até nunca mais.
-Você nem mesmo sabe falar chinês pra onde está indo?
-Eu estou indo pra uma estação – me viro pra olha-lo e o mesmo já estava na minha frente
-Eu não vou fazer nada- ele sorri malicioso
-Isso me faz desconfiar ainda mais de você – continuei andado
-Não esta com fome?
-Tenho sanduiches na bolsa
-Quantos?
-Quinze
-E seu machucado?
-Não me machuquei – isso me fez lembra-lo e sinto a dor, MERDA POR QUE ELE FOI ME LEMBRAR DISSO.
-É melhor tirar o veneno que os alemães colocaram em você
Viro-me sem pensar duas vezes.
-Veneno?
-O liquido amarelo, é um veneno.
-Tem certeza?
-Tenho absoluta
Vaidade- Isso não me cheira bem, da um fora dai.
Preguiça- Deve ser a ira
Por que não te cheira bem?
Vaidade- Ele já mandou indireta de que quer te pegar é melhor mostrar quem manda
Serio? - reviro meus olhos
-Estou falando você já esta até baixando o santo ai – ele ri
-Ta, pra onde vamos? – falo revirando os olhos
Tem como isso piorar?
Ira- Talvez...
Fala isso não, pelo amor de deus.
Vaidade- Ele não deve ter nenhum o começo desse sentimento por você
Até Lúcifer quer me matar.
Vou conversando com os pecados que abitam minha cabeça o caminho inteiro, isso é fiquei o caminho inteiro em silencio do lado do tal Yin, já na cidade, vejo que á mesma é muito movimentada mais isso quando estava amanhecendo, ele mora num apartamento no meio da cidade, então andamos bastante.
Seu apartamento é bem simples é uma cozinha americana com isso a sala estava no mesmo cômodo, tinha um corredor bem pequeno e tem duas portas uma na frente da outra.
-Quer tomar banho?
-Sim, onde fica o banheiro?
-A porta a direita, vamos partir assim que você comer algo.
-Eu vou comendo meus sanduiches no caminho
Vou até a porta que o mesmo avia dito e era realmente o banheiro, tranco e começo a tirar minha roupa.
Vejo que a mordida daquela mulher vai demorar pra se curar estava aberta e com isso fez ficar grudada na regata branca e sem dó de mim mesma á retiro e isso me fez arfar.
-Porra... Ain isso doe – murmurei
-Quer ajuda com os curativos – vejo meu anjinho
-Tá – meu rosto corar e viro o mesmo, sei que como ele abita em minha mente cabeça sabe lá, ele vê tudo com os meus olhos e provavelmente ele já me viu nua.
Ele cuida do meu machucado com o a maior delicadeza e cuidado, apenas mordia meu lábio inferior e fechava meus olhos com força para não gritar de dor, por que o machucado estava realmente feio, e quando o mesmo termina, some.
-Eu não vou tomar banho nem que me paguem – se a água escorre pelo meu machucado vai doer pra porra e também não quero deixar ninguém passar mais passar nada nisso
Troco de roupo e coloco a suja numa sacola e depois á guardo na bolsa, fico com a mesma calça moletom e blusa, troco só á regata, coloquei uma camiseta preta que tem a estampa do anime que via com os meninos.
Saio do banheiro já comendo um sanduiche que guardei e vou à direção de Yin.
-Você assiste? – apenas assenti por que estava de boca cheia – quer casar comigo?
-Ain garoto – murmurei de boca cheia e ele ri
-Olha de trem vamos demorar vinte oito horas pra chegar, em Yantai.
-Um dia e quatro hora?!
-Wow, você sabe conta, vou arrumar minhas coisas – ele se levanta indo pra onde seria seu quarto – já comprei nosso passe.
-Ta – gritei pra que Yin escutasse
Esperei-o sentada em seu sofá, e o mesmo não demorou pra aparecer, trocou de roupa e estava com mochila em suas costas.
Saiamos de seu apartamento e andamos um pouco e nesse tempo conversamos sobre o anime que estava estampado em minha camiseta, ele me fez soltar alguns sorrisos e risos isso me fez até que bem, já no trem que é bem de filme pergunto pra ele.
-Meio-dia agora, que horas vamos chegar lá? – pergunto olhando a janela, sim estava do lado da janela.
-Bom um dia e quatro horas, umas quatro hora de amanhã.
-Amanhã é terça né?
-Sim, por quê?
-Tinha prova – me espreguicei e sorri de alegria
-Você não me disse como chegou aqui – ele fica fitando o teto
-Fui sequestrada
-Pelos Kannibalen né?
-Acho que sim – lembrei-me de uma coisa- o veneno!
-É mesmo – ele segura meu pulso
-O que vai fazer? – puxo meu pulso
-Tirar o veneno - ele sorri
-Se for assim tira pelo menos aonde ele injetou- tirei á blusa e deixei amostra meu ombro apenas e virei á cabeça
O que estou fazendo?!
-Bom aqui vou eu – disse ele já próximo do meu ombro e apenas o abocanhou com seus dentes, parecia com as agulha do Tae.
-aaagh – acabo gemendo de dor por que mexi meu ombro sem querer – alias v-você é-e um v-ampiro ou lobisomem? – perguntei com dificuldade
Ele tira um papel de seu bolso e cuspiu o liquido amarelo no mesmo, então era verdade, e limpa a onde mordeu.
-Sou sempre confundido com essas coisas, mais sou um lobisomem – ele arruma minha camiseta e blusa por mim.
-Por que essas coisas?
-Os odeio – ele olha meu pescoço ainda tinha o curativo que Rukia tinha colocado- e pelo visto você dá a eles o que querem
Ignoro esse comentário.
-Como eles são os lobisomens?
-Como assim? Tu como mestiça tem a obrigação de saber dos seus inimigos
-Você é meu inimigo?
-Olhando pelo céu e o inferno, sim.
Depois dessa loucura ficamos conversando e como o vagão que estávamos não estava cheio ele deitou em um banco quando já estava escuro, deixando- me sozinha no ultimo assento do vagão.
Pego o livro e uma lanterna, pois como já estava de noite apagaram as luzes.
-Vamos saber mais sobre lobisomens – murmurei, pois sabia que meu anjo estava a o meu lado.
-Olha nem precisei te lembrar
-Me lembra... Ou me obrigar?
-Ta, mais pensa no que ele disse. Você tem que conhecer seus inimigos, mais acho que só não ficamos sabendo deles né?
-É... Ah temos que saber mais sobre os Kannibalen
-Ta... Agora leia logo
Abro o livro e levanto a lanterna para poder ler.
Lobisomem
Para começar, não eles não virão lobos na lua cheia, seu corpo muda sim mais só as orelhas, cor dos olhos, unhas e dentes. Bom á lua cheia só os faz ficarem famintos, impacientes, medrosos ou irados. Pois podem ter passado muito tempo sem ter se alimentado, isso faz sua força ficar absurda e quando vai se alimentar suas unhas e dentes ficam iguais de vampiros por isso podem ser confundidos.
Lobisomens não comem apenas carne podem beber sangue igual á vampiros, ou os vampiros bebem sangue igual a lobisomens?
Bom posso dizer que são quase primos, mais isso não deixa de serem inimigos.
-Wow
-Que brisa né – ele fica com perninhas de índio
-Continua a historia
-Qual? – ele me pergunta confuso
-Da Lilith
-Onde eu estava mesmo? – ele encosta a cabeça no banco como se tentasse lembra-la
Faço o mesmo e bufei.
-Lembrei – abri um enorme sorriso – vou te lembrar do casal, Lúcifer se apaixonou e se casou, a mulher dele ficou gravida sem o mesmo saber, e como de costume foi fazer uma viajem a trabalho na Itália e ficou exatamente nove meses por lá, deixando sua mulher em Seoul.
-Ah siiim. Olha ele ficou um bom tempo na Itália mais não perdeu o contato com sua mulher, e alguns dias antes dele voltar sua mulher disse que tinha uma surpresa pra ele o mesmo estava ansioso e curioso então foi o mais rápido o possível pra casa.
Flashback ON
-Cheguei – o homem bem vestido exclama entrando na porta da frente da sua enorme mansão e não demorou pra ser recebido por sua mulher
-Amor – cresce um enorme sorriso em seu rosto e começa a descer a enorme escada que avia na frente da porta- meu querido você não iria chegar a dois dias?
Ela pergunta e logo abraça seu marido o dando um selinho demorado.
-Estava ansioso – ele ri de nervoso
-Venha –ele pega em sua mão o guiando até o andar de cima e no final avia uma porta rosa com um arco- íris desenhado bem pequeno no centro da mesma
-O que é isso? – ele pergunta preocupado deixando sua esposa confusa
-Eu sei que somos novos – ela coloca a mão na maçaneta – mais não queria abortar
Ela abre a porta mostrando o lindo quarto rosa cheio de bichinhos de pelúcias de vários tamanhos e cores, e no centro desse quarto tinha um berço bem decorado e deixando bem destacado por causa da iluminação da enorme janela no quarto.
-Amor – ele exclama surpreso e vai até o berço
-Ela se cham... - o marido á interrompe
-Ela é uma mestiça – ele coloca as mãos na cabeça
-Como? – sua mulher pergunta confusa e abraça-o por trás
-Eu queria tanto – ele começa a chorar – tanto... Tanto cuidar de vocês
-Mais você pode – ela fica de frente pra ele
-Desculpa – ele sussurra e da um beijo demorado em sua esposa e quando a solta fica fitando o seu bebê
-Vou preparar algo para com... - ela é interrompida pela porta se fechando sozinha
-Eu te amo tanto – falou ele e logo vê seu bebê acordando e o mesmo começa a chorar
Ele estende sua mão na direção da mulher e quando a vira sua mulher cai no chão com seu pescoço já quebrado.
O bebê grita e logo nessa ação a enorme janela quebra e as lâmpadas começam a piscar, Lúcifer começa a deixar suas asas á mostra eram enormes e pretas, penas finas mais ao mesmo tempo pareciam laminas.
Flashback OFF
-S/n você esta bem? – meu anjinho me balançava
-Ah? – sinto uma lagrima escorrer pelo meu rosto mais logo a limpo
-O que você viu? O QUE VOCÊ VIU?
-Lúcifer matou sua mulher e sua filha
-Eu sinto muito – ele abaixa a cabeça, pera o que?
-Eu-eu... Eu sou filha deles?
-Olha ele ainda te ama e sua mãe também
-Ele me mato? – ele não me respondeu – ELE ME MATO? – gritei já irada
-Ele não queria isso – meu anjinho se levanta recuando quando vou à sua direção
-QUÉM É ELE? – grito e logo ouso todos os vidros do vagão quebrarem
-S/n? – ouso a voz de Yin
Minha visão estava vermelha como sangue... Sangue... Sangue... Sangue.
-Abadona faz alguma coisa- ouso uma voz orgulhosa
-Não sei o que faze
-Eu assumo daqui – ouso uma voz calma
E não sinto mais meu corpo, não estava mais lá mais via o que acontecia como se tivesse uma enorme tv e visse tudo pelos meus olhos, porém esse filme era mudo.
Sento-me para assistir sem questionar e começo a chorar.
-Por que estou chorando? – pergunto a mim mesma entre soluços
Esta ficando escuro e escuro ao poucos.
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