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História Love In The Dark - Chapter 04 - Allright


Escrita por: takeabow

Notas do Autor


primeiramente: SINTO MUITISSIMO PELA DEMORA e eu sei que vocês nao ligar para motivos então apenas saibam que eu vou fazer de tudo para que isso não volte a acontecer.

Capítulo 4 - Chapter 04 - Allright


- Como vocês puderam? – ela nos encarou mais uma vez decepcionada.

 

Contei-lhe toda a história, desde a “última noite” até o dia em que decidi que iria levar minha vida por esse rumo.  Ainda um tanto cabisbaixa, entrelacei meus dedos a mão que buscava pela minha. Antes que pudesse me pronunciar mais uma vez, o ouvi ao meu lado se pronunciar.

 

- Ângela. Eu no começo também achei que era loucura. Achei que sua irmã tinha perdido a cabeça de vez. Mas então ela me convenceu, e olhando da sua posição eu sei parece horrível, é errado. – ele suspirou notando a confusão que tomava o olhar de minha irmã. – Você conhece a nossa história... Você estava lá e você sabe como as vezes podemos ser... intensos demais. Essa situação pode ser apenas mais um contratempo que estamos tentando resolver juntos. Eu não espero que você aprove, ou nem mesmo que entenda. Mas por tudo que você já nos viu passar. Nós só precisamos que guarde nosso ‘segredo’

- John. Isso é loucura. – ela hesitou por um momento – tu tens dois meses para resolver isso. Dois meses é tudo que eu posso fazer

 

Eu a abracei e em um impulso me debulhei em lagrimas, as mãos pesadas que se apoiavam em minhas costas me traziam conforto enquanto o ombro amigo de minha irmã me segurava. O seu apoio era tudo que eu precisava para conseguir o que eu buscava.

 

 

Depois daquela noite, o tempo pareceu decolar. O primeiro mês passou logo em um piscar de olho e o segundo já estava a terminar e minha situação não se resolveu em nenhuma circunstância.

Enquanto eu tentava distanciar ao máximo meu relacionamento com o Orlando, tudo parecia tomar direções contrarias. Ele decidira que passar mais tempo ao meu redor era a solução para qualquer problema, o que era sufocante. Quando finalmente conseguia me desfazer de seus laços grudentos, me jogava com tudo nos braços de meu amante.

Era em meio a jantares durante a madrugada e encontros as escondidas que mantínhamos a chama acesa. A luz em uma escuridão de mentiras e coberturas. Mas estávamos sem tempo.

 

- Ela disse dois meses, John – eu repeti mais uma vez, com minha cabeça recostada em seu peito nu – temos pouco menos de duas semanas e não estamos nem perto de resolver absolutamente nada.

 

Seus dedos rústicos percorreram minhas costas me causando arrepios enquanto tentavam me distrair do nosso grande problema. Eu conhecia seus jogos, as vezes mais do que gostaria.

Ergui-me apenas com um retalho de lençol cobrindo o meu corpo e me sentei ao seu lado. Fechei-me os olhos e respirei profundamente buscando me acalmar. “Tudo vai dar certo” eu repetia em minha cabeça inutilmente.

Sem dizer mais nenhuma palavra, beijei-lhe uma última vez e me levantei, buscando minhas roupas descartadas sutilmente sob sua poltrona que há pouco fora o cenário de mais um entre muitos dos nossos pecados. Vesti-me lentamente, sentindo o peso de seu olhar analisando cada movimento meu e o deixei. Em plena madrugada.

Fiz meu caminho em silencio até minha casa, não muito longe dali. Para me deparar com meu pior pesadelo no momento. Seu sedan negro estacionado em minha rua. As piores hipóteses surgiram em minha mente, junto com as desculpas mais mal elaboradas que eu já consegui inventar naquele período de tempo. Com quem eu estava para voltar essa hora da madrugada? Olhei meu relógio que marcava às 3:55. ‘Pensa Katheryn, pensa’. A Ângela seria uma boa desculpa... Ele não iria fazer muitas perguntas e em último caso eu teria seu apoio. Era isso. Eu estava com ela.

Repassei toda uma história em minha cabeça antes de abrir a porta, apenas para me deparar com sua silhueta adormecida no sofá em meio a escuridão da sala. Um nó se formou em minha garganta e a culpa enfraqueceu minhas pernas ao enxergar seu rosto preocupado. Eu não tinha coragem e bravura o suficiente para deixa-lo, por maior que fosse a minha vontade e motivação.

Mas o meu tempo estava acabando.

Caminhei lentamente até o encosto onde ele apoiava sua cabeça e toquei seus cabelos. Em um movimento brusco ele se levantou, olhando ao redor e buscando entender o que estava acontecendo.

 

- O que você está fazendo aqui, meu amor? – eu sussurrei calmamente acariciando seus cabelos. Meus olhos analisavam seu rosto ainda sonolento buscando por sinais – Você podia ter me avisado

- Eu queria te fazer uma surpresa, eu não sabia que ia estar fora – ele bocejou afastando-se e abrindo espaço para que me sentasse ao seu lado.

- Eu... Hm. Eu estava com a minha irmã... Coisas de mulher, foi de última hora – eu balbuciei nervosa. Minhas mãos agora suando frio contra sua pele e o sangue lentamente se esvaindo de meu rosto, me deixando com a aparência pálida.

 

Ele apenas assentiu, piscando seus olhos lentamente. Seu sono estava prestes a derruba-lo novamente. Eu agradeci internamente por isso e o que me restava era esperar que ele não voltasse a pensar nisso na manhã seguinte.

Eu me aconcheguei sob seus braços e me levantei fazer meu caminho junto com ele até o andar superior. Abri a porta do meu quarto com cautela, evitando ao máximo o barulho. Deixei-o em um canto da cama onde ele rapidamente se aconchegou e desabou em um sono profundo. Eu caminhei lentamente até meu banheiro, tentando não acorda-lo.

Meu reflexo estava uma bagunça. Meus cabelos emaranhados e minha maquiagem borrada entregavam meu próprio esgotamento. Meu estomago revirava, provavelmente de fome, e o arrependimento tomava o lugar do álcool que já estava a perder o efeito sob meu corpo. Em um rebate, a ânsia me atingiu em cheio me derrubando de joelhos em frente à pia. Me restara apenas tempo o suficiente para segurar meus cabelos e então tudo que eu havia comido, e mais um pouco, desceu pelo ralo. A ânsia voltava incisivamente de minuto a minuto e chegou a um ponto em que eu podia sentir toda a garrafa de vinho fazer seu caminho de volta para fora de mim. Após longos 10 minutos que passei ali dependurada, a sensação do mármore frio contra o meu rosto me proporcionou algum alivio.

Lavei-me superficialmente, vestindo meus pijamas logo em seguida. Com uma última encarada ao espelho, apaguei as luzes e fiz meu caminho até meu lado da cama, onde me deitei ao seu lado e resmunguei silenciosamente buscando por meu telefone.

 

“Não se preocupe, nós vamos resolver tudo. Vai dar tudo certo, confie em mim. Nós vamos conseguir dar um jeito em tudo.

                                       John, XO”

 

Sorri sentindo o sangue voltar a correr intensamente e preencher minhas bochechas.

Naquela noite eu sonhei com ele. Com nossa vida. Minha mente imaginando como seria se tudo fosse mais fácil. Se não houvesse impedimentos, problemas, brigas e traições. Imaginando um mundo perfeito, que estava longe de se tornar realidade. 


Notas Finais


Eu sei que ficou meio curto mas não se extressem. Tem mais coisa vindo por ai


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