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História Love In The Dark - Chapter 06 - I can't stay this time


Escrita por: takeabow

Notas do Autor


Eu demorei mas não me mamtem, eu prometo que eu me esforço mas a inspiração só vem quando ela quer, ela é uma piranha.

Capítulo 6 - Chapter 06 - I can't stay this time


- Eu estou gravida, o filho é seu – eu hesitei um pouco engasgada. – Não... ainda não é o que eu estava buscando

 

Eu repetia a mesma frase madrugada a dentro. Trilhões de vezes em frente ao espelho, com inúmeras variações, e nada parecia correto. Como eu iria conta-lo... Ou talvez eu não devesse dizer nada.

Não! - Minha mente protestou. - Você está decidida, não vai andar para trás!

E assim eu fui. sem ao menos uns minutos de sono, depois de horas caminhando pela casa, buscando a coragem, lhe avisei que estava de saída e que o encontraria para o almoço. A manhã seria longa. Deveria ser uma consulta rápida, sem prolongações, fazer o exame e esperar pelo resultado. Quanto tempo geralmente demora um exame? Eu não fazia a menor ideia de onde estava me metendo.

Quando cheguei em frente ao consultório, liguei para minha irmã uma última vez para confirmar o local, um prédio branco com seus 8 andares idênticos. Vidros escuros ressaltavam uma janela ou outra. Um prédio que se perdia em meio a tantos ao seu redor. Engoli em seco. Era um médico confiável, auxiliou em ambas as gestações enquanto Ângela pode se cuidar tranquilamente. Ele podia guardar meu segredo. A última coisa que eu precisava nesse momento era mais um escândalo.

Fiz meu caminho até o último andar. Seu consultório enorme tomava conta de todo o espaço. A decoração feita em um branco impecável. Olhava ao meu redor as imagens, gravidas, fetos, crianças, mães e pais... tudo era aterrorizante para mim, eu não me sentia pronta. Me perdi de vez em meu pensamento em frente a uma pintura pendurada logo ao meu lado, uma loira que observava seu ventre com um pequeno pontinho brilhoso e sorria. Olhei para baixo e por um minuto me imaginei em seu lugar. Será que algum dia eu chegaria a esse ponto? Acariciei meu ventre rapidamente. Não. Ainda não era a minha hora.

 

- Katheryn – o susto me trouxe de volta – então você é a grande irmãzinha... Muito prazer, sou um grande fã. – ele sorria carismático. Seus cabelos loiros impecáveis e olhos azuis que me encaravam entusiasmado.

- Doutor – estendi minha mão em educação engolindo em seco

- Pelo que sua irmã tentou me explicar, sua situação é bastante... complicada. – ele hesitou sem tirar o grande sorriso da cara por ao menos um minuto

- Eu estraguei tudo, doutor, eu fui longe demais e agora eu não sei o que eu faço. Eu... Eu nem mesmo sei se quero essa criança.

- Senhorita... mantenha a calma, tudo é uma questão de tempo. Um exame de farmácia pode ter um resultado muito abrangente. Primeiro temos eu ter a certeza para depois nos preocuparmos com o futuro, certo? – sua voz era um calmante, me guiando até uma poltrona, onde me sentei curiosa. – especifiquei para sua irmã que para esse exame, deveria cortar o uso de qualquer medicamento que possa adulterar os resultados por no mínimo 24h.

- Sem medicamentos – eu respirava aflita. Inspira. Expira

- Vamos apenas colher uma amostra do seu sangue. Aqui estamos buscando por um hormônio que é produzido poucos dias após a fecundação. HCG. – ele tentava esclarecer ao máximo a minha situação enquanto caminhava ao meu redor buscando seus materiais. – Vai ser só uma picadinha

 

Eu congelei quando senti o torniquete apertar meu braço. O algodão repleto de álcool fazendo seu caminho pela minha pele. Cada movimento, até mesmo o mais leve e imperceptível, me deixava mais aflita. Uma picadinha. Fechei meus olhos quando o vi erguer a seringa, pronto para o procedimento e então, com todos os meus sentidos aguçados, percebi cada milímetro da agulha, fina como um fio de cabelo, que me perfurava a pele. Inspira. Expira. Abri meus olhos novamente quando o torniquete se afrouxou e eu estava livre. O suor frio escorria em minha testa e minhas mãos úmidas estavam quase dormentes.

 

- Eu vou mandar tudo para o laboratório hoje mesmo e dentro dos próximos 15 dias eles devem liberar os resultados. Eu vou fazer uma análise rápida e então podemos nos preocupar com o futuro.

 

Eu assenti uma última vez agradecendo pela ajuda e sai, rumo a parte mais difícil de todas. Entrei em meu carro ainda pálida, buscando respirar calmamente. Eu iria conta-lo e depois me despedir. Definitivamente. Se tudo isso fosse verdade eu não poderia manter essa palhaçada que eu havia criado em minha mente de “relacionamento perfeito”, essa ilusão de que algum dia fossemos realmente dar certo. Eu tinha que fazer a minha escolha, e eu já tinha feito.

Decidida pisei no acelerador e em meio ao transito cheguei em uma pequena cafeteria, longe de todo o tumulto da cidade, onde muitas vezes costumávamos ir para buscar abrigo de tudo e todos. Olhar aquele lugar me deixou com um nó na garganta, meu coração bateu mais rápido e me fez dar um passo para trás antes e ver seus olhos se iluminarem ao chegarem de encontro aos meus. Como um cavalheiro, ele se levantou e veio até mim, que meio sem graça me sentei à sua frente. O suor voltou a escorrer descendo pela minha espinha enquanto eu buscava novamente as palavras em minha mente para me explicar.

 

- John – eu sorri sem jeito – a gente precisa conversar – Inspira. Expira. – Eu...

- Você está me preocupando, que problema é esse que você mencionou? Você está bem? Katy, não me assuste. – era nítida a preocupação em seus olhos, me examinando de cima a baixo e por fim fixando-se no algodão que ainda protegia o local do exame.

- Eu estou bem, John. Eu estou... gravida.

 

Sua reação foi diferente de toda e qualquer situação que eu criei em minha mente nos últimos dias, antecipando essa conversa. Seu olhar não era de surpresa, era de curiosidade. Seu tom de voz não era de preocupação, era de afeto. Seus olhos pairavam sobre mim com o peso da sua expectativa.

 

- Existem grandes chances de ser nosso, mas ai entra o problema John, eu não posso confirmar nada – eu enterrei meu rosto em minhas mãos, contendo as lagrimas que anunciavam sua chegada – Eu... eu não pude evitar e agora... John. Eu sinto muito.

- Katy, não é sua culpa – ele soava ainda mais acolhedor, compreensivo. A cada palavra que ele me dizia, deixava cada vez mais difícil a minha tarefa no fim das contas - eu sabia onde eu estava me metendo, eu sabia que você tinha um “relacionamento” e que era inevitável mas... e agora? Ele... ele sabe?

- Não, isso nem passa pela cabeça dele. Mas John, esse é o problema... É muito complicado manter tudo isso ainda mais agora e... – eu criei coragem para olha-lo nos olhos, que mantinham a sua esperança – Ah John eu sinto muito.

 

Logo cai em prantos voltando a me afundar em minhas palmas. Pela sua mudança drástica de comportamento eu percebi que o recado estava mais do que recebido. Era notável a raiva no fundo de seus olhos, ele me olhava de uma maneira que eu jamais havia visto. Ele me encarava com repugno, com ódio, com tristeza.

 

- Você tem a coagem de me dizer tudo isso, de me arrastar por meses na esperança de ter de volta tudo o que eu mas quis na minha vida, de ter você de volta, o que me mantinha no chão. Você me traz a esperança de finalmente resolver tudo, a esperança de começar uma vida nova, uma família, e então me diz que vai me deixar. Eu vai construir tudo que já sonhamos juntos com ele? – suas mãos se contorciam contra a mesa e esfregavam seu rosto incrédulo.

- John – eu ajeitei meu tom de voz, buscando até a última gota de coragem que existia dentro de mim. A dor de sentir seu olhar sobre mim com tais sentimentos era imensa, e com o coração despedaçado eu ameacei deixar a mesa com minhas últimas palavras – Eu realmente achei que te amava, John, eu realmente achei que você era meu grande amor, durante todos esses anos eu achei que você seria aquele que eu levaria comigo para sempre, aquele que eu queria levar para sempre e mais além. E então a realidade me bateu. Eu precisei passar por tudo isso para perceber o quão errada eu estava. Eu não te amo, talvez um dia tenha amado, mas isso se perdeu há muito tempo, e dali em diante tudo não passou de uma grande ilusão, que eu fui carregando até passar dos limites.


Notas Finais


AAAA eu não sei nem o que falar pa vocês porque eu não sinto nem um pouco de remorso aaaaa

Manas não esqueçam de comentar eu quero ver muitao a reação de vocês ashuashua vai ser fantastico.

PS: para as jatyinhas, tem um grupo no whatsapp pode dar uma olhadinha viu beijos https://chat.whatsapp.com/FnQm9MIFAWJJvaC4fUXuEr


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