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História Love is not over (Hiatus) - O nosso dia incrível


Escrita por: MyHopeHurts

Notas do Autor


Relou o/
Quem é vivo sempre aparece, né nom?
Bolinhos, comecei a trabalhar e fiquei com um tempo muito curto, além de ter ficado sem internet...
Por isso essa demora. Sorry, mas temos 5 mil palavras para hoje. Espero que gostem.
Boa leitura :)

Capítulo 13 - O nosso dia incrível


Assim que desci da moto, vi que o sol estava começando a se pôr. Pensando agora, podíamos ter ficado mais tempo no parque, não devia ter aberto minha boca. Podíamos aproveitar o restante da tarde e conversar tanto, aish, muito bem Jeon Jungkook.

– Pronto, Kookie, entregue. Pode dizer ao Jimin que eu não sou o estuprador que ele pensava. - O castanho diz e o olho dando um riso anasalado. Ele, que estava ainda em cima da moto, levantou a viseira do capacete e me encarou. – Acho que eu já vou. - Ele disse ajeitando guidão da moto e começando a sair de onde estava.

– NÃO! - Gritei pelo fato dele ter se afastado um pouco, o mais velho me olhou sem entender e dirigiu sua atenção para minhas mãos. Eu ainda estava com o capacete dele.

– Oops. Eu ía esque-

– Não é isso. Você não quer entrar para ver um filme?

– Sério que você ainda não enjoou de mim? - Ele disse e revirei os olhos, mas não pude deixar de rir.

– É que ainda é cedo, a gente podia ver um filme e depois você ía. - Respondi-lhe e o mesmo ficou me encarando. – Vamos, hyung. - Pedi manhoso.

– Tá, não vou fingir que não quero. Vamos. - Ele disse e, pelo jeito que seus olhinhos fecharam, abriu um sorriso. Sorri também, mostrando meus dentes, e esperei ele deixar a moto no estacionamento para visitantes do prédio.

– Espero que goste de filme de terror. - Disse e o mais velho riu. Fomos até a portaria e acenei para o porteiro, que tinha sua carranca mal humorada diária, mas assim que o velhinho me viu deu um sorriso. Apresento a vocês a bipolaridade em pessoa.

– Eu hein, que mudança de humor foi aquela? - Tae perguntou quando passamos pelo corredor até o elevador que ficava no final dele.

– Não é atoa que chamamos ele de Sr. Bipo. Desde o dia que nos mudamos ele é assim, muda de segundos em segundos seu humor. - Expliquei ao Kim que negou rindo e entramos lado a lado no elevador.

– Bipo? - Ele perguntou se encostando na parede metálica do compartimento.

– Abreviação de Bipolar. - As portas se abriram e o castanho deu uma risada um pouco alta que ecoou pelo corredor. Saímos rindo até o meu apartamento, havia quatro por andar e o meu era o último do corredor.

– O Jimin está aí? - Ele perguntou, dei de ombros e coloquei as chaves na fechadura, girei as mesmas abrindo a porta.

– PARK? - Gritei já dentro do apartamento, porém o mais velho estava do lado de fora estudando o local. – Pode entrar, hyung.

Ele assentiu e segurei a porta para ele, quando o mesmo já tinha entrado fechei.

– Vou dar uma olhada no quarto dele. Fique à vontade, TaeTae. - Disse indo até o quarto de Jimin, já que ele não tinha respondido, e Taehyung ficou na sala.

Ele não estava, a cama bagunçada com as roupas que ele tinha ido para o colégio denunciavam que o alaranjado tinha passado em lá depois do colégio, o que achei estranho, porque normalmente ele aproveitaria o apartamento vazio, pois eu estava com o Kim a tarde toda. Voltei para a sala e Tae estava em pé, inclinado e olhava para as fotos nos porta retratos que ficavam no hack, me aproximei ficando ao seu lado. Ele estava olhando uma foto minha com o Jimin, JB, Jin, e um outro amigo nosso, o Yugyeom. Ela havia sido tirada alguns dias antes do mais velho de nós ir para Londres, juntamente com o Yugyeom, ambos são grandes amigos. Um já foi até mais que amigo, sim o Yug já foi meu namorado, porém não deu certo. Eu percebi que não podia ter sentimentos mais fortes que o “gostar” com ele, não podia seguir em frente com algo forçado. Graças ao universo, ele me entendeu, além de ter o fato dele ir embora, relacionamentos a distância são complicados demais e podia acabar de uma forma tão ruim que nós não teríamos a amizade de hoje. Por isso, deixamos as coisas esclarecidas naquele dia, conversamos sobre o que nosso relacionamento já vinha sofrendo, sobre como não dava para continuar, porque nós não conseguíamos agir mais como namorados. Conversa vai, conversa vem, e “colocamos os pingos nos i’s”, foi como se um caminhão de trezentas toneladas tivesse saído das nossas costas e levado com ele toda a tensão que tinha antes da gente conversar. Foi tranquilo demais para um término, porém foi bom dessa forma. E essa foto, apesar de me lembrar que eu nós terminamos, me lembra também que eu ganhei um ótimo amigo. Na verdade, eu já havia ganhado ele antes, mas só me dei conta que não era para passar disso tarde demais. 

Afinal de contas, amigos que são quase irmãos são para sempre, não importa se tiveram algo no meio do caminho, amizades verdadeiras não acabam por causa de um namorico. Não tenho arrependimentos, e acredito eu que ele também não, já que o mesmo fala comigo constantemente e nunca nos estranhamos por conta do passado.

– Quem é esse? - O Kim perguntou me tirando dos pensamentos.

– Yugyeom. - Respondi olhando para onde seu dedo indicava. Na foto, eu estava em cima das costas do Yug com minhas pernas na sua cintura, e o Jimin nos braços do Jin, parecendo um bebê. Bons tempos. Acabei dando um suspiro.

– Nunca o vi no colégio. - Ele disse e me encarou ajeitando a postura. Eu ainda olhava nostálgico para o porta retrato e acabei me perdendo em novos pensamentos. – Ele err…

– Ele foi com o Jin para Londres. - Saí do transe e o olhei.

– Ahh. Vocês parecem muito próximos aí. - Ele fez um gesto com a cabeça para a foto. – Namorado? - Ele perguntou de repente, ele parece saber mais da minha vida do que eu. G-Deus, que menino é esse?

– Ex… - Disse por fim. – Terminamos nesse dia. - Falei e o mais velho balançou a cabeça.

– Nada a ver eu ficar te perguntando essas coisas, não é? Desculpa. - Ele deu um estalo com a língua e coçou a cabeça sem graça.

– Nah. Está tudo bem, viramos amigos depois, não precisa se desculpar. - Toquei seu braço para relaxá-lo e o mesmo sorriu.

– Que bom. Mas, para ressaltar, só amigos, né? - Ele disse e rir da sua pergunta.

– Sim, hyung, por que? - Perguntei cruzando os braços e erguendo as sobrancelhas.

– Ótimo. Porque assim eu não preciso me concentrar em tirá-lo do caminho  - Ele disse e se aproximou mais de mim, colocou uma mão na minha cintura e lambeu os lábios. Seus olhos castanhos, como o cabelo, fitavam minha boca, à medida que ele se aproximava meu corpo esquentava de uma forma incomum, minhas palmas estavam suando e tenho certeza que eu parecia um cosplay de morango de tão vermelho que devia estar. Ele acariciou minha bochecha e sorriu ao olhar meu estado.

– Tão fofo… - Ele sussurrou e puxou juntando nossos lábios para acabar com aquela curta distância que estava me matando. Era apenas um selinho, mas eu tomei coragem e pedi passagem para iniciar um beijo de verdade. Então, meio hesitante, abri um pouco mais minha boca e pincelei seus lábios com minha língua, ele entendeu e me cedeu passagem. Começamos um beijo calmo, a mão dele que estava em minha bochecha, desceu pela lateral do meu corpo e foi parar na minha cintura, aproveitei e rodeei meus braços no seu pescoço aprofundando mais o beijo. Com suas mãos grandes e possessivas, ele me segurou mais forte colando mais nossos corpos, quase nos fundindo em um só. Porém, com a falta de ar que se fez presente, finalizamos o beijo, só que não esperava uma mordida no meu lábio inferior e um selinho final. Acho que foi o melhor beijo que já dei.

Abri meus olhos lentamente e sorri para ele, que me olhava com um brilho nos olhos sorrindo também.

– Quer pipoca? - O mais velho tombou a cabeça para o lado confuso. – Vai ver o filme sem pipoca?

– Ah, esqueci do filme - deu um riso anasalado. – Sim, quero, Gukkie.

Tirei meus braços do seu pescoço e ele fez o mesmo com suas mãos em minha cintura. Fui acompanhado até a cozinha, peguei o pacote e o coloquei no microondas. Enquanto preparava, Kim observava atenciosamente minha movimentação encostado no balcão.

– Vamos ver qual filme? - Ele perguntou depois de alguns minutos em silêncio.

– Eu pensei em A forca. - Disse citando um dos filmes que mais gostei de ver.

– Mas filme de terror pelo dia não tem graça, Gukkie. - Fez um bico fofo e rir indo em direção ao armário para pegar uma tigela para colocar a pipoca.

– Isso é desculpa para quem tá com medo. E o Sol está se pondo, não vai demorar a escurecer. - Falei me esticando para alcançar a tigela. Mas que coisa, por que Jimin guarda as coisas tão alto sendo que ele é o anão da história?

– Não é não. Você nunca assistiu um filme com o Hobi hyung, não é? Aí você ía ver o que é ser medroso, chega a ser cômico. - Ele disse e soltamos breves risadas. Mas em seguida bufei e resmungei um palavrão chamando a atenção do mais velho, que percebeu minha tentativa de pegar a vasilha, ele veio até mim e olhou até onde estava o objeto. – Quer ajuda? - Assenti, porém ele se abaixou ficando com umoj joelho no chão e outro não.

– Mas o que você está fazendo? - Perguntei confuso e com uma expressão igualmente.

– Eu vou te ajudar, mas do meu jeito. - Ele deu um sorriso batendo na sua coxa erguida. – Sobe aqui.

– Hyung, eu vou cair, não é melhor pegar uma cadeira? - Sugeri, mas o mais velho negou.

– Você está confiando mais em uma cadeira do que em mim? - Acho que o ofendi, ou ele está fingindo. Mas se for a última opção, ele é muito bom ator.

– Não é isso, Tae. É que eu tropeço até no ar, então acho melhor não arriscar. - Disse olhando para baixo em sua direção.

– Eu prometo que vou te segurar, confie em mim. - Suspirei assentindo, ele abriu um sorriso sem dentes e me ajudou a me apoiar em seus ombros. Assim que meus dois pés estavam em sua coxa senti sua mão segurar firmemente minhas pernas, alcancei a tigela azul e desci, porém ele não imaginava o que eu estava fazendo, por isso elevou suas mãos para minhas coxas, quase na minha bunda, e as apertou.

– HYUNG! - Disse/gritei, o fazendo se assustar. – Olha o abuso.

– Desculpa, achei que você fosse cair. - Ele disse comigo já no chão e de pé. Suas bochechas estava vermelhinhas e ele estava todo sem graça. Que fofo!

– Tudo bem, esquece. - Fui até o microondas pegando a pipoca e a colocando na vasilha. – Espera, hyung.

Lembrei dos cupcakes que tinha comprado e fui pegá-los na geladeira, ele estava me olhando curioso e ergueu as pestanas com os olhinhos brilhando quando viu o que eu tinha em mãos.

– Lembrei do seu cabelo quando vi esse daqui. - Mostrei, meio envergonhado, o que tinha cobertura verde mas o bolinho era marrom, o motivo de eu ter lembrado.

– Eu simplesmente amo cupcakes, ganhou meu kokoro assim, Kookie. - Ele disse e entreguei seu bolinho, mais velho parou de encarar o doce e me deu um beijo carinhoso na bochecha. – Obrigado - Olhou-me nos olhos e disse sincero, fui surpreendido quando ele deixou um selar nos meus lábios.

– Let's vamos. - O castanho disse divertido e foi até a sala. O acompanhei rindo de seu jeito.

– Espera, vou deixar a sala com um clima de cinema. - Disse e larguei a tigela em suas mãos. Fui até as cortinas e fechei as mesmas, como sempre faço quando vou ver algum filme, voltei para o sofá e me acomodei ao lado dele, porém a tigela ficou entre nós.

– Você deixou a sala com um clima sexual, mas ok. - Ele disse rindo e eu revirei os olhos com seu pensamento pervertido. Nem era para tanto, os poucos raios de sol ainda entravam pelas cortinas claras dando uma certa claridade para o ambiente, e em breve a iluminação da rua não nos deixariam imersos em um breu.

– Só assiste, TaeTae. - Com o controle em uma mão selecionei o filme e levei a outra até a pipoca, mas não encontrei a tigela onde eu tinha deixado, no lugar dela havia Kim Taehyung. Eu nem percebi que ele tinha se aproximado, somente quando encostei em sua perna, ergui uma sombrancelha para ele, que comia tranquilamente e olhava para a tela, dando um riso anasalado. Ele me encarou e sorriu.

– O que foi? Acha mesmo que depois da nossa tarde eu vou querer ficar longe de você? - Ele soltou e, novamente, senti o queixo despencar do meu rosto e as libélulas no estômago voltando.

– Q-que? - Ainda gaguejando, Jeon Jungkook?

– Sei lá, Kookie. Eu só queria, na verdade, quero… quer saber, eu nem sei. Vem, vamos só assistir. - Ele se atrapalhou com as palavras e me puxou para perto. Nem tive tempo de tentar entender o que ele tinha tentado dizer, pois assim que me aconchegei em seus braços relaxei por completo. Senti minhas preocupações indo embora, apenas murmurei concordando com ele e tentei ver o filme. Até porque o cheiro dele me tirou toda a atenção, é incrível o efeito que ele tem em mim. Fechei meus olhos e inspirei calmamente, ao voltar a abri-los, o mais velho me puxou mais e senti seu nariz afundando nos meus cabelos. É, parece que tivemos a mesma ideia… um silêncio se instalou, porém um confortável, durante o filme nós comentávamos, fazíamos graça com os personagens e fez ou outra eu tomava um pequeno susto, pois fazia um tempo que eu não assistia e certas cenas não estavam mais em minha mente. Porém o mais velho fazia questão de aconchegar mais e fazer um carinho no meu braço enquanto ria disfarçadamente de mim. A pipoca nem tinha acabado, alguns poucos poucos milhos estourados ainda estavam no fundo da tigela azul esquecida em cima da mesinha de centro, eu senti meus olhos pesados e o sono me dominando, e com motivo, afinal ainda estava afundado nos braços do Tae, a iluminação fraca da rua, que entrava pelas frestas da cortina, me causava sono e o carinho que ele fazia no meu braço era bom para caralho. Sua mão subiu para meus cabelos iniciando um cafuné, não sei, mas estou com medo de tudo isso ser um sonho. Quando eu iria imaginar que Kim Taehyung estaria desse jeito comigo? G-Deus, obrigado.

– Pode dormir… você deve estar cansado. - Sua voz soou calma em meus ouvidos e assenti para ele. Nem percebi que caí no sono.

Kim Taehyung P.O.V

Como alguém pode ser assim? Tão fodidamente lindo, fofo, inteligente, tão… Ele. Jeon Jungkook é simplesmente muito mais do que eu imaginava. Nunca me senti tão bem em toda minha vida, eu queria que nunca mais tivéssemos que sair daqui, da nossa bolha que involuntariamente criamos.

Eu admito que fiquei chateado quando o moreno pediu para virmos embora, mas o cosplay de coelho parece saber o que se passa na minha cabeça, quem sabe isso até possa ser algo significativo. Porém não vou divagar mais, até por muita coisa aconteceu hoje para eu ficar pensando se eu é telepático ou não. Durante nosso agradável almoço, não se passou, em momento algum, pela minha cabeça que eu sentiria o toque dos seus lábios. E… wow. Acabo suspirando só de lembrar de como foi beijá-lo, tão hesitante e tímido no começo, tão ágil e curioso durante, tão calmo e relutante no fim. Eu quase não me afasto dele mas, infelizmente, nós precisamos de oxigênio, o que me impede de ficar beijando Jeon para sempre. É Kim Taehyung, você é um bobo apaixonado. Será mesmo? Se minha consciência está falando, que sou eu para discordar Hehe.

Ao voltarmos do parque, que com toda certeza virou um dos meus lugares favoritos, viemos ver um filme. Acabei por conhecê-lo mais, ele teve um namorado, o que me deixou apreensivo. Não é comum você ter fotos com o ex, detalhe que bem próximos, na sala; mesmo eles sendo amigos agora, somente amigos, como o Kookie deixou claro, acho que você continuar lembrando que vocês terminaram não faz bem, você lembra de tudo e pode acabar querendo voltar atrás. Mas isso não é assunto meu, se eu quiser que o Jungkook seja algo a mais para mim vou ter que me esforçar. E eu quero. O que ele fez comigo, meu G-Dragon?

Agora, olhando para ele de tão perto, bem diferente de quando eu o observava discretamente no colégio, ele é tão mais precioso, tão mais radiante, sem falar que é inteligente. Muito. Eu sou um dos melhores na minha turma, mas ele deve ser um dos melhores do colégio, o tempo todo, durante nossas conversas, ele falava algo surpreendente e bastante acima do conhecimento de pessoas da sua idade. Quem ver esse anjo calmo dormindo em meus braços não imagina o turbilhão de coisas que ele pode causar em sua mente, no seu coração, no seu corpo… ele é o causador de tudo de que se está passando em mim agora, mas eu adoro isso.

Ele se aconchega mais em mim enquanto eu continuo com o cafuné. O filme? Esqueci faz tempo, só estou esperando os créditos finais para chamá-lo, pois eu tenho que ir para casa. Ouço um barulho na porta, como um chaveiro e em seguida o pedaço de madeira se move revelando Jimin com uma roupa bem despojada para ele, uma calça de moletom, uma blusa branca com um casaco aberto por cima e um par de tênis pretos com vermelho nós pés. Ele não tinha olhado para o sofá ainda, por isso, deu um berro:

– JUNGKOOK! - Ele usou o pé para fechar a porta que bateu com força, pois ele tinha uma sacola na mão e em outra uma pizza. O a barulheira do alaranjado, Jeon se assuntou, acordando rápido e quando levantou seu corpo acabou caindo pra trás.

– Kookie! - Ele foi de encontro ao chão e acabou batendo o cotovelo na mesinha centro.

– AAÍ! - Seu rostinho inchado por causa do sono se contorceu em uma careta de dor. Levantei e o ajudei a ficar de pé, Jimin estava parado, claramente confuso e com as sobrancelhas arqueadas e a boca entreaberta. – Porra, Jimin.

Ele disse bravo, fazendo o alaranjado sair do transe.

– Olha a boca, pivete. - Repreendeu.

– Oh, me perdoe, deixa eu concertar… esperma, Jimin. - Ele respondeu sarcástico e levemente irritado, o alaranjado revirou os olhos e me encarou, pois eu estava contendo um riso.

– Idiota. Tae? O que faz aqui? - Ele perguntou rindo safado, e foi minha fez de revirar os olhos, olhei para Kookie que analisava seu cotovelo.

– Aish, hyung, a gente estava vendo um filme. - Ele falou respirando fundo.

– E para que esse susto todo? - Ele disse desconfiado, eu não me pronunciava, já que era divertido de assistir mas ao mesmo tempo desconfortável.

– Susto? Não, é que minha bunda estava com saudades do chão, você entendeu errado. - E o moreno foi sarcástico mais uma vez. Eu ri anasalado e eles encararam começando a gargalharem.

– Ok, vou deixar para lá, porque você está de TPM hoje. - O moreno riu mas mandou o dedo do meio para o mais velho.

– Eu estou é com fome… - Ele disse com os olhinhos brilhando em direção à pizza e começou a subir e descer as sobrancelhas.

– Hm… err… acho que eu já vou. - Disse coçando a nuca, e olhando para o relógio.

– Qual é, Tae, só porque eu cheguei. - Jimin fez bico enquanto Jeon me olhava chateado. – Come com a gente, é a sua favorita. - Ele disse, agora já próximo a mim, empurrando a pizza no meu nariz. E, puta que pariu, estava cheirosa para caralho.

– Caraca, mano, assim eu não resisto. - Disse por fim, ele sabe que pizza é um ponto fraco meu, e fazer isso é sacanagem.

– Então fica para comer, hyung. - O moreno disse sorrindo.

– Eu fico. - Sorri para eles e Jeon ajudou Park com as sacolas, que ele disse que eram algumas guloseimas, eles deixaram a pizza na mesinha de centro e enquanto os esperava conferi algumas mensagens no meu celular. Algumas do Yoongi me xingando, outras do Hobi falando sobre amanhã, do Namjoon dizendo que tinha feito um acordo com o DJ para a festa. Porém uma foi mais interessante.

Hyung princesa:

Adivinha?
Estou no aeroporto.
Logo chego aí.

Um sorriso enorme surgiu e comemorei internamente, com certeza eu darei o melhor presente para o Namjoon.

– Como quando na infância, não é? - Jimin disse e desviei o olhar do aparelho.

– Se essa pizza for se pepperone, aí sim será. - Falei divertido e me sentei com eles em volta da mesinha.

– E se não for o Jimin perde os dedos. - Jeon disse e rimos.

– Como eu disse, é a favorita dele, que também bem é a sua, ou seja, é pepperone sim. Mas a outra metade é de frango, porque eu não sou obrigado. - E eu e Kookie nos olhamos rindo, e começamos a devorar aquela maravilha.

– Ficaram a tarde toda aqui? - O de cabelos laranja perguntou colocando um fio de queijo na boca. Jeon maneiou negativamente com a cabeça, pois de boca cheia.

– A gente foi comprar umas coisas para a festa do Nam e depois fomos para o parque. - Expliquei e continuei comendo.

– E você passou o dia onde, Jimin hyung? - O moreno questionou.

– Fui fazer as compras e quando voltei Hobi me chamou para ir lá na casa dele, aí na volta comprei a pizza e os doces. - Ele disse e mordeu mais um pedaço da pizza de frango. – Se eu continuar com esses hábitos saudáveis vou virar uma versão do TOP pré-debut. - Disse e rimos.

– Cuidado, Park, senão vai tudo para as bochechas. - Adverti brincando com ele.

– Me deixa, magrelo. - Mostrei a língua para ele e começamos a rir.

– Eu não sou magrelo, sou gostoso… - Defendi-me

– E modesto, não esqueça acrescentar. - Jeon disse irônico e lancei um olhar zangado para ele, mas riu e dei de ombros rindo também.

– Ah! - Exclamei de repente. – O Jin hyung me mandou uma mensagem dizendo que já está vindo para cá.

– Como assim? Quando ele decidiu isso? - Jimin perguntou espantado, acho que esqueci de contar para ele. Jeon tinha os olhos arregalados, já que ainda mastigava sua fatia.

– Desculpa, ChimChim, era para eu ter te contado. Eu planejei isso assim que soube que o Jin estava interessado no Nam, por isso convenci ele a vir para conhecê-lo.

– Não sabia que você falava com o Jin. Poxa, nem para me incluir nisso, a amizade acabou. - Ele fez drama e Jungkook riu.

– Uaí, sim, eu falo com ele e, outra coisa, eu tenho o Gukkie, não preciso de você, anão. - Cheguei mais perto do moreno e o abracei de lado, o alaranjado riu e o menor se encolheu me empurrando de leve.

– Querido TaeTae, você não quer a amizade do Jeon, eu sei muito bem. Além do mais, você não quer perder a amizade do melhor anão que já encontrou. - Ri e me afastei do Jeon, pois aquilo dito por Jimin me deixou um pouco desconfortável, porém fingi que não liguei. Mas o outro não gostou e mandou um olhar repreendendo o mais velho.

– Err… o importante é que agora você sabe, hyung, e acredito que tenha ficado feliz com a notícia. - O mais novo disse quebrando o silêncio que se instalou repentinamente.

– Sim, sim. Claro que fiquei, eu tenho saudades da minha segunda Omma. - Ele riu soprado sendo acompanhado por mim e Jungkook. – Como vocês se conhecerem, Tae?

– Logo quando eu cheguei em Seul, o hyung viu um desenho do Mario na minha mochila e se animou, começou a falar comigo e me chamou para jogar com ele. Daí eu passei a ir sempre, jogava ou assistia filmes com ele, mas ele foi ficando mais velho e teve que ir seguir a vida dele. - Disse meio cabisbaixo, pois o Jin foi quem mais cuidou de mim quando me mudei, ele me apresentou o lugar, alguns amigos dele, me deixou familiarizado com tudo e todos. Sou muito grato a ele, por isso ele vir para Seul é algo importante.

– Pelo visto, Jin é a Omma é muita gente. Ele ajudou você, o Jiminnie e eu. Aish, agora fiquei com mais saudades dele. - Jeon falou pensativo e no fim fez um biquinho triste, eu tive que me segurar para não desfazê-lo como fiz mais cedo. Então me contive apenas em passar a mão nos seus cabelos para confortá-lo.

– Disso eu não sabia, Tae, por isso você já era famosinho quando eu cheguei aqui. - O alaranjado disse.

– Besta, não é para tanto. Eu só conhecia muita gente. - Me defendi e rindo, seguimos falando sobre assuntos aleatórios e acabamos com toda a pizza. Os ajudei a limpar o lugar em que comemos, mesmo não estando tão sujo, em seguida nós jogamos no sofá. Eu estava no meio deles, Jimin se jogou deitando nas minhas coxas e nas de Jeon.

– Estou morto… - Disse e se espreguiçou.

– Hyung! Vai dormir então. - O mais novo deu um tapinha na testa do outro.

– É, saí que eu tenho que ir para casa. - Falei o empurrando de leve. O mesmo ergueu o olhar para nós dois, devolvemos olhando para ele com nossas cabeças encostando uma na outra. – O que foi?

– Nada, é vocês ficam bonitinhos juntos. - Ele soltou e senti Jeon tensionar do meu lado, ele abriu a boca mas não falou nada, apenas corou e sacudiu a cabeça como se saísse de um transe.

– J-Jimin, acho melhor você ir dormir. - Por fim algo foi dito por ele.

– Também acho, vai logo, anão. - Tentei aliviar a tensão, o ser deitado nas pernas alheias se virou e foi para o chão, ele levantou em seguida e rumou até, provavelmente, o quarto. Levantei e fui acompanhado pelo moreno, que estava sem graça.

– Bom, agora eu já vou. - Disse pegando minhas coisas. – Vou deixar as coisas da festa com você, já que aqui é mais perto do lugar.

– Tudo bem, sem problema. - Ele sorriu e abriu a porta para mim. – Até amanhã, TaeTae.

Parei de frente para ele e o fitei sorrindo.

– Obrigado pelo dia maravilhoso, Jungkookie. - Ele suspirou.

– Eu que agradeço. - Ele veio até mim e depositou um beijo na minha bochecha, porém o segurei e o mesmo me olhou meio assustado e confuso. – O que foi?

– Depois da nossa tarde acho que merecemos mais que um beijo na bochecha, não acha? - Falei e o moreno riu abaixando a cabeça mas levantando em seguida. Ele fechou os olhos e afirmou com a cabeça, sorri e selei nossos lábios.

Ele colocou a mão no meu ombro e eu deixei a minha descansar em sua cintura, o beijo se intensificou, impressionante, nossas bocas se encaixavam perfeitamente tínhamos um ritmo delicioso. Para finalizar deixei eu selinho, e depois mais um e para ter certeza que fiz direto, mais um.

– Hyung! - Ele falou rindo e dando empurrões fracos em mim.

– Tchau, Kookie. Tenha uma boa noite. - Falei rindo.

– Você também, TaeTae. - Ele ia fechar a porta mas não deixei, impedi com meu pé e ele me olhou confuso. Dei mais um selinho e saí acenando, pude ver ele rir e finalmente fechar aquele pedaço de madeira. Suspirei e entrei no elevador, me apoiei na parede sorrindo abobalhado, e ess sorriso não saiu nem durante o caminho até em casa.

Assim que entrei encontrei minha avó cochichando no sofá, nem me dei conta da hora e ela geralmente dorme cedo. Deve ter ficado preocupada, mas eu a avisei, mesmo assim ela me esperou. Que bonitinha.

– Vovó? - Sussurrei e balancei de vagar se corpo, numa tentativa de acordá-la, ela resmungou e começou a abrir os olhos.

– Meu filho, que horas são? - Ela olhou para o relógio e ergueu as sobrancelhas.

– A senhora devia estar na cama, eu disse que não precisava me esperar. - Repreendi, afinal eu não quero deixar ela com problemas por estar até agora sentada no sofá, eu não a quero doente ou algo do tipo.

– Não se preocupe, meu bolinho, a vovó não se importa… - Ela acariciou meu rosto e sorri.

– Mas eu sim, a senhora é importante para mim e se eu te deixar mal não vou me perdoar. - Falei sincero e seus olhos castanhos, tão parecidos com os de minha Omma, brilharam e um sorriso surgiu.

– Você cresceu tanto, meu menino. Eu vou ir para a cama no horário agora, certo? - Assenti e ganhei um beijo na testa.

– Muito bem, jantou?

– Sim, mocinho. Você comeu? - Ela se lavantou e a acompanhei até as escadas afirmando para sua pergunta. – Ótimo, durma bem, querido.

Inclinei meu corpo fazendo uma reverência e ela me deu um beijo no topo da cabeça, peguei suas mãos e as beijei.

– Boa noite, vovó, amo a senhora. - Disse sorrindo, nunca me cansaria de falar isso para ela.

– Também te amo, bolinho. Boa noite. - Virei e fui para meu quarto e ela rumou para o dela.

Tomei um banho rápido, coloquei apenas uma boxer e me enfiei debaixo das cobertas. Fiquei pensando, acredite ou não, nas cores e, para não variar, em Jeon Jungkook, em como os significados de algumas poderiam se encaixar em nossos momentos, em nosso dia, em nossas conversas, em seu beijo. Um beijo fodidamente bom, que te faz querer mais. Como uma droga, só que uma muito pior do que as que já existem, uma que só uma pessoa pode oferecer e somente uma pessoa tem o privilégio de ter. E eu daria tudo para ser o único a tê-la. Possessivo demais? Talvez. Mas eu passei muito tempo olhando para Jeon de longe, me arrependo muito de não ter chegado nele antes, mas agora eu cheguei nesse ponto vou correr atrás do que eu quero. Porque toda essa história só está começando.


Notas Finais


Eai? Gostaram ou nem?
Espero não ter decepcionado.
Obrigada por lerem 💕
Contem o que acharam.


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