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História Love is not over (Hiatus) - O garoto de olhos amendoados


Escrita por: MyHopeHurts

Notas do Autor


Hi! Hoje temos nosso TaeTae narrando.
Espero que gostem, boa leitura :)

Capítulo 5 - O garoto de olhos amendoados


Taehyung P.O.V

– Jimin, quem aquele menino? - pergunto olhando curioso para o garoto de cabelos negros e olhos inocentes mas que possuíam o poder de sugar sua alma, ou pelo menos a minha.

– Amigo meu, nós moramos juntos.

– Qual o nome dele?

Ele desvia a atenção do celular com uma sobrancelha levantada e me olha com um sorriso de canto.

– Jeon Jungkook. Ficou interessado foi?

– Não. Mas vocês sempre estão juntos e às vezes você me abandona, por isso eu perguntei. Eu já entendi que não dá para disputar atenção com seu namorado.

– Aigoo, ele não é meu namorado. - ele ri e não posso deixar de sorrir com essa informação. Jeon Jungkook, você conseguiu despertar meus demônios.

Essa memória não vai sair nunca dos meus pensamentos, mesmo que tenha levado um ano desde essa conversa com Jimin até eu conseguir falar com o menino dos olhos amendoados. Mas eu falei e peguei seu número. Eu tentei provar para mim mesmo que não avançaria tanto, até o Hobi me ajudou (mesmo não sendo diretamente), mas depois de ter ficado com ele na saída do colégio e depois ter encontrado Jungkook na pizzaria e não resisti, vi que naquele momento era minha chance e eu fui. Mas o que Taehyung faz? Ele pede ajuda para jogar um balde de purpurina na cabeça de alguém. Mas para a minha surpresa funcionou, só que ele deve estar achando que eu sou um louco, um sádico ou quem sabe um psicopata, porque começar uma conversa como aquela no banheiro não é nada normal. Mas se tratando de mim, não esperem normalidades. Não tive muito tempo para pensar na minha conversa com o Kookie, que apelido gostoso meu Jesus (literalmente), depois de sair da pizzaria mal dei atenção para o Hobi e fui logo embora da casa do mesmo, pelo menos ele não estranhou minha mudança de comportamento, ao chegar em casa tiver que sair quase que na mesma hora, meu Tio me mandou ir comprar cervejas e eu não posso discutir com ele, primeiro, porque minha avó não gosta quando brigamos e segundo, porque eu não quero um olho roxo, por isso fui. Moro na casa de minha avó materna, é onde minha mãe cresceu junto com seu irmão, a diferença entre eles é que ela teve sucesso e amor na vida, tem um casamento lindo e invejável, meus pais transbordam amor e são os melhores, não os trocaria por nada. Juntos construíram e desenvolveram uma empresa de contabilidade e expandiram para o Japão quando eu tinha 8 anos, nunca foram pais ausentes, sempre dão um jeito de me visitar e mantemos contato por mensagens, ligações e vídeo chamada, quando possível. Eles não sabem dos ataques de meu Tio e não quero preocupá-los. Com meu Tio aconteceu tudo ao contrário, em toda sua vida nunca teve um emprego fixo, até na empresa de meus pais ele tentou, nunca se comprometeu com ninguém, muito menos se apaixonou, suas namoradas sempre vão embora com medo dele e não dão sinal de vida. Hoje em dia é um bêbado, desempregado e agressivo que mora comigo e a mãe, que recebe uma aposentadoria baixa demais para nos sustentar.

Nossa sorte é que meus pais depositam dinheiro para mim e uso boa parte para ajudar minha avó com despesas que eu causo, mas não dou um tostão para meu Tio e o mesmo não sabe da existência dessa minha conta. Desde a morte de meu avô ele passou a beber muito mais, no início ele bebia fora de casa e voltava de madrugada, gritando e xingava tudo e todos, principalmente eu, mas eu não ligava mais, só quando ele ofendia minha avó eu não me segurava, eu gritava e mandava ele fechar a boca imunda dele. Ele não tinha direito de falar aquelas coisas absurdas, minha avó cuidou, e cuida, dele, deu todo amor do mundo, ela é uma mulher incrível, a pessoa mais forte que conheço (acho que puxei esse lado dela) e sempre o apoiou. Ele já deixou claro que não gosta de mim, acha que eu roubei seu lugar de filho mais novo, e faz questão de mostrar isso. Não ligo se ele gosta ou não, eu me preocupo com minha avó que tem que passar por tudo isso com uma idade avançada. Nas nossas piores brigas ele sai de casa e eu fico com minha avó tendo um ataque, suando frio e chorando horrores enquanto ela se preocupa em cuidar dos meus machucados. Sou agradecido por ela ser forte e ficar comigo, pois não sei o que faria se a perdesse, ela é minha base e quero protegê-la de tudo e de todos, principalmente dele. Ela é a mulher mais importante para mim, sim ela vem na frente da minha mãe, até porque eu consigo falar e ser com ela coisas que na frente da minha mãe eu não conseguiria, ou seja, ela sabe tudo sobre mim, e me apoiou quando eu contei que era gay.

Eu estava sentado no quarto, minha avó sabia que algo estava errado comigo, minhas mãos suadas, que eu passava constantemente nas calças numa tentativa de secá-las, entregavam meu nervosismo. Ela se sentou ao meu lado na cama e ajeitou minha franja castanha.

– Querido, o que houve? - falou docemente e a olhei nos olhos, os olhos castanhos como os de minha mãe e como os meus, eles transmitiam calma e diziam que tudo iria ficar bem. Mesmo que não soubesse sobre o que era a conversa ela conseguiu me dar coragem para falar, afinal, eu nunca escondo nada dela. E se esconder, ela descobre.

– Vovó, e-eu sou-

– Meu bem, não precisa falar nada. Eu já sei e eu respeito você. Eu te amo e quero sua felicidade, meu filho - ela me cortou e disse com um sorriso nos lábios, essa mulher me conhece melhor do que Deus. Eu estava boquiaberto, mas logo sorri para ela e a abracei forte, deixei uma lágrima cair que sequei com a parte de trás da mão.

– Eu amo a senhora, vovó, obrigado.

– Por nada, meu bolinho. Vou fazer o jantar, tome banho e desça. - ela falou e caminhou em direção a porta

– Sim, senhora - falei batendo continência e arrancando uma gargalhada dela.

Como vocês devem ter idéia, meu Tio é totalmente o oposto, é um homofóbico de primeira e se ele descobre… não quero nem imaginar. Cheguei no bar e comprei as cervejas, o dono não pergunta minha idade pois sabe que sou mandado por meu Tio. Faço o caminho de volta para casa e chego depois de alguns minutos, ao entrar ele está sentado na frente da TV e se levanta assim que me vê.

– Por que demorou tanto, moleque? - ele perguntou tomando a sacola com as bebidas da minha mão e volta para seu lugar.

– O bar estava cheio - dou uma desculpa qualquer, porque eu posso ser o Flash que ele vai sempre dizer que eu demorei. Sinto um cheiro familiar da cozinha, vou praticamente correndo até lá e encontro minha avó terminando de tirar um bolo do forno. UM BOLO DE CENOURA.

– A senhora é a melhor avó do mundo. - Digo e ela se vira para trás me olhando sorrindo.

– Interesseiro, só fala isso por causa do bolo - ponho a mão no peito fazendo uma cara de ofendido e ela ri da minha encenação – Venha aqui, querido, me ajuda a pegar o chocolate em pó.

– Meu deus, não acredito que vai ter calda - falo caminhando em direção a ela e a abraço – Retiro o que disse, a senhora é a melhor avó do universo.

– Obrigada, meu bem. Agora pega logo o chocolate, por favor - faço de conta que não ouvir e começo uma chuva de beijos no seu rosto e a mesma rir.

– Taehyung! - ela dá um tapinha no meu braço e eu me afastei rindo dela me virando para pegar a lata de chocolate em pó, porém estico meu braço até em cima impedindo ela de pegar a lata. Gente eu juro que amo minha vó.

– Ô garoto, me dá isso. - ela fica na ponta dos pés e tenta pegar a lata. Fofinha. Começo a rir e desço o braço finalmente entregando a lata a ela.

– Quer ajuda em alguma coisa, vovó? - pergunto enquanto a observo colocar os ingredientes na panela para fazer a calda. Minha nossa senhora do brigadeiro, estou com água na boca só de ver.

– Não precisa, bolinho.

– Então vou tomar banho - dou um beijo no topo da cabeça dela e subo em direção ao meu santuário, vulgo meu quarto. Pego uma calça moletom com um blusa folgada e vou para o banheiro, que ficava em meu quarto, não demoro muito e logo estou de volta à cozinha. A comida já está na mesa e meu Tio também, minha vó estava terminando de cobrir o bolo. Sento na lateral da mesa perto da ponta, que era lugar de minha vó, a outra ponta era de meu Tio, por isso eu sempre ficava desse lado. Milagrosamente, o jantar prosseguiu calmo e sem comentários estúpidos por parte do meu Tio. Quando terminamos ajudei com a louça e arrumei a mesa, meu Tio voltou a colocar a bunda no sofá e minha vó foi tomar banho. Terminei tudo e fui para o quarto, peguei meu celular e vi que já eram quase 22:30, porém arrisquei e procurei nos meu contatos seu número e lhe enviei uma mensagem.

Você:

Oi, Jeon

É o Taehyung :)

Ele provavelmente está dormindo, mas não vou desistir, vai que só esta longe do celular

Você:

Está acordado?

Kookie ><:

Oi, estou sim :)

Ufa! Ele respondeu. Começo a falar sobre a ideia do balde de purpurina e falo o que cada um vai fazer. No início ele fica mais reservado, mas logo se solta e entramos em uma pequena discussão por causa de G-Dragon, descobri algumas de suas bandas favoritas, o que é bom já que também são as minhas favoritas. As vezes dava uma investida e uma piadinha sem graça para quebrar o gelo e não deixar nenhum dos dois sem graça. Assim que começo a ficar com sono me despeço dele, coloco o celular para carregar e me entrego ao sono com o garoto de olhos amendoados nos pensamentos.


Notas Finais


Espero que tenham gostado.
Qualquer coisa, falem nos comentários.
Obrigadinha por lerem, até a próxima :)


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