Maya
Sinto cócegas em minha bochecha e abro os olhos vendo Robert me acariciando.
__ O que está fazendo? Como entrou? – ligo o abajur e olho no relógio vendo que já se passa das três da manhã.
__ Peguei a chave na portaria. Por que não a deixou no tapete? – pergunta entredentes e segura o meu braço.
__ Robert! – digo assustada com o seu ato e ele me solta murmurando um pedido de desculpa quase inaudível.
Afasto-me dele e me sento na cama.
__ Como descobriu quem eu sou? Pesquisou na internet?
__ Você não queria que eu soubesse? – sussurro.
__ Não! Você é tão boa que fiquei com medo de te afastar de mim.
__ E se eu quiser me afastar?
__ Porra nenhuma que vou permitir isso! – ele passa a mão no cabelo – Se você não me quiser eu te quero por nós dois.
__ Eu não quero me afastar de você.
__ Bom! – me puxa para o seu colo e eu estremeço.
__ Robert... – ele me interrompe encostando os seus lábios nos meus. Coloco minhas mãos em sua nuca e o escuto suspirar. Sua língua contorna a minha boca pedindo permissão e eu cedo. Como não sei o que fazer, eu somente acompanho os seus movimentos. Ficamos um tempo assim até que sinto falta de ar. Afasto-me lentamente e Robert desce seus lábios para o meu pescoço. O que causa arrepio na minha pele. Uma ardência se faz presente e eu reclamo.
__ Quieta! – ele diz apertando minha coxa. Sua atenção volta para os meus lábios e desta vez o beijo é mais intenso. Ele me deita na cama me puxando pra cima do seu corpo. Suas mãos vão para a minha bunda onde deixa um leve aperto. Tento tirá-las, mas seu aperto é tão forte que desisto. Ele vai parando o beijo aos poucos e deposita um beijo na minha testa. Saio de cima dele, mas sou puxada de volta – Fica aqui – dou uma risadinha e concordo. Ele passa seus braços ao meu redor me abraçando apertado.
__ Está muito forte.
__ Desculpa – ele sorri e eu paraliso por um momento só o admirando. É a primeira vez que o vejo sorrir.
__ Você deveria sorrir mais – murmuro
__ Prometo que sim! – me dá um selinho – Por você minha linda, eu faço tudo - me aperta – Qualquer coisa! – sussurra – Você sabe que sim? – apenas balanço a cabeça. Não sei ao certo o que devo dizer. Ficamos um tempo em silêncio até que Robert o quebra – Minha linda? – o olho – Você sente algo por mim?
__ Sinto! – ele abre o sorriso mais lindo do mundo.
__ Então por que não se entrega á mim? – sinto minhas bochechas esquentarem e fico sem graça - Não Maya, porra! Não digo neste sentido. Eu te respeito muito – alisa meu cabelo – Acha que eu vou te causar algum mal?
__ Eu só tenho medo. Sei que você é mais velho que eu e experiente. O que estou sentindo por você é tão intenso que temo o tamanho do tombo.
__ Gosto da sua sinceridade. Seja sempre sincera comigo? – assinto – Eu realmente quero ficar com você. Nunca senti nada além de ódio e raiva em toda a minha vida. Até você aparecer e me fazer sentir o que dizem ser amor. Vai além... – acaricia a minha bochecha – Eu sei que vai. Sou obcecado por você, Maya! – sinto um sentimento estranho com as suas palavras.
__ Não acha que estamos indo rápido demais?
__ Nenhum de nós se envolveu em um relacionamento antes, não é? – assinto, mas eu o olho curiosa ao saber que ele nunca namorou – Não sei qual é o tempo certo para essas coisas, mas juntos vamos conseguir – beija o meu pescoço e eu me encolho toda – Linda! – sussurra e me beija. Desta vez ele me deita na cama e fica por cima de mim, com minhas mãos trêmulas acaricio seu cabelo e nuca. Robert coloca sua mão em minha blusa e a levanta até os meus seios. Tento abaixá-la e sou impedida – Fica calma – sussurra – Confia em mim? – assinto e o deixo continuar. Ele aperta o meu seio e eu mordo o lábio inferior – Te quero tanto! – cheira o meu pescoço – Tanto que chega doer – me morde e eu me arrepio. Seus lábios vão de encontro aos meus e seu beijo é agressivo. Suas mãos apertam minha cintura com tanta força que parece que vai me quebrar. Aperto os meus olhos e me remexo incomodada – Desculpa - sussurra e me abraça. Meu celular toca e eu apenas estico o braço para pegá-lo, já que o mesmo está na cômoda ao lado da cama. Robert se senta e me puxa para o seu colo.
__ Alô? – atendo.
__ Amiga! – escuto a voz de Bea que provavelmente está bêbada – Você não sabe o que está perdendo! – ela gargalha – Eu não quero transar com ele – ela começa a chorar – Ele tem pênis pequeno – funga – Eu vi quando fui fazer um... – a interrompo.
__ Eu acho melhor você ir pra casa. Por favor, você não está bem! – Robert pergunta o que está acontecendo e pede pra colocar no viva voz e eu coloco.
__ Eu estou bem – Bea diz de um modo enrolado.
__ Loirinha, tá ligando pra aquela sua amiga? – escuto uma voz masculina ao fundo.
__ Sim – ela ri – Quer falar com ela?
__ O que caralhos essa vadia tá falando? Desliga essa porra! – Robert tenta pegar o celular da minha mão, mas eu o impeço.
__ Morena gostosa, vem aqui nos fazer companhia. Não sei se sua amiga sozinha vai aguentar – ele gargalha – Sempre quis meter numa brasileira – Robert pega o celular da minha mão e encerra a ligação.
__ Robert! – grito assim que ele soca a mesinha de madeira.
__ Da onde você conhece esse filho da puta? – ele se aproxima e eu me afasto assustada.
__ Eu não o conheço – sussurro.
__ Como diabos ele sabe quem é você?! – ele grita e eu seguro as lágrimas – Você o conhece? – diminui o tom de voz e me lança um olhar de arrependimento segurando o meu rosto.
__ Sai daqui! – fecho os olhos.
__ Não! Não, minha linda? – ele me abraça e eu me debato – Me perdoa? – ele olha em meus olhos e eu nego – Maya, por favor. Eu prometo que... – o interrompo.
__ Pare! – balanço a cabeça – Só me deixe sozinha.
__ Maya? – ele tenta se aproximar e faço sinal para parar – Eu não quis dizer e nem fazer aquilo. Droga, eu fiquei morrendo de ciúmes e...
__ Tudo bem – ele abre um sorriso e me abraça.
__ Você me perdoa mesmo? – seu sorriso se alarga e eu não o respondo – Não vai me deixar? – aperta minha cintura e faço uma careta de dor. Ele tenta me beijar, mas eu viro o rosto.
__ Está tarde, melhor você ir – vou até a porta de entrada e a abro.
__ Não se afaste mim! – suplica e vejo os seus olhos brilharem.
__ Boa noite, Robert! – fecho a porta quando ele passa por ela e mais uma vez estou sem saber o que fazer.
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