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História Love Me If You Can - Prólogo


Escrita por: Dark_Girl01

Notas do Autor


Bom essa e minha primeira história e espero sinceramente que agrade ^^
Não e meu primeiro projeto (só o primeiro postado), eu amo ler mas pensei que escrever também seria uma ótima experiência, e realmente tem sido, eu me empolguei muito com essa história e estou torcendo para que ela não seja ignorada :v

Apenas uma observação: as partes em itálico são os pensamentos da nossa melancólica protagonista.

Pequeno aviso do meu eu 5 anos no futuro: nos primeiros capítulos vocês vão ver vários erros gramaticais. Eu admito que no início eu não tinha lá muito conhecimento sobre regras gramaticais e ortográficas (e reconheço que continuo não tendo muito), mas lá pra frente vocês poderão perceber que a escrita melhora em 100%. Garanto que não se arrependerão se continuarem lendo :)

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Love Me If You Can - Prólogo

Aconcheguei-me mais em meu casaco naquela gélida tarde de outono. Avistei de longe a fachada do lugar que eu sempre chamei de casa, mas que a parti de hoje não será mais.

Passei pelo grande portão que já demonstrava seus muitos anos de uso, cheio de ferrugem e um som ensurdecedor podia ser escutado ao empurra-lo. Adentrei mais observando as crianças que corriam pelos resquícios do que deveria ser um gramado verdinho, mas que pelo seu estado deplorável só aumentava a ideia que eu tinha de estar no meio de um filme de terror. Subi os 3 degraus que levavam até a porta, segurei a maçaneta, mas antes de abrir fiquei observando aquele prédio acabado com cascas de tinta velha nas paredes do que antes era uma tinta de cor alegre e que agora estava tão mal acabado que parecia que o prédio estava simplesmente abandonado, Isso e um orfanato oras, o prédio está abandonado como também estamos. Entrei e vi alguns jovens de 15 anos sentados no canto da escada, o cheiro da maconha que eles fumavam já se espalhava pela grande sala.

- Vocês se esqueceram de que convivem com crianças pequenas? – Perguntei me aproximando e demonstrando toda a minha irritação em meu tom de voz.

O loiro que estava no meio do trio se levantou e veio me abraçar, o que me deixou com certa agonia por conta do forte cheiro de droga que ele fumava.

- Só porque virou maior acha que pode mandar em todos? Eita, e mesmo eu esqueci de dizer..... PARABÉNS SISTER.

- Por favor, não grite, não quero ficar surda como presente, já basta o que vai acontecer. – Falei em tom frio, mas tentando segurar todas as lagrimas que queriam escorrer agora, Eu não posso chorar!!! - E eu não sou sua irmã Martin.

- Fica fria Elise, você sabe que pode contar com a gente, né? – Se manifestou a garota de cabelos tingidos de vermelho sangue e olhos negros que a essa altura já estavam incrivelmente vermelhos.

- Fala isso Rachel, por que não e você que terá que ir morar na rua! – Falei mantendo o tom frio.

- Hey, só estamos tentando te animar! Hoje e seu aniversario não se esqueça, é triste? Sim é, porque você vai se foder na rua, mas pelo menos vamos comemorar com o resto de tempo que te resta aqui! – Falou Anna, uma loira de estatura baixa com olhos âmbar que pela sua aparência lembrava um pouco os europeus.

- E lembres-se, você mexe em carros como ninguém, tenho certeza que algum "piloto" vai fazer bom proveito das suas habilidades. – Falou Martin.

- Eu sei, mas lembre-se que os caras não gostam muito de mulheres mexendo nos seus carros!

- Esses viados, você é melhor que qualquer um deles! – Disse Rachel passando o braço pelo meu ombro esquerdo. Estou cercada de drogados, argh.

- EU JÁ MANDEI VOCÊS NÃO FUMAREM AQUI! – Gritou uma senhora que entrou na sala, Eles podem fumar.... mas não aqui..... okay então.

- Calma velha, estamos apenas nos despedindo de Elise. – Falou Anna.

- Já ia me esquecendo, parabéns Senhorita B. – Falou a senhora que me abraçou seca e depois me encarou – Agora pode ir embora!

- Calma sua vagabunda, ELA NÃO TEM PARA ONDE IR! – Gritou Martin que só faltou pular no pescoço de Daniela a diretora do orfanato.

- VEJA COMO FALA COMIGO SEU MERDINHA, EU JÁ DEI UM LAR PARA ELA DURANTE 18 ANOS! – E se virando para mim, jogou uma mochila que ela carregava. – Já tive a liberdade de juntar suas coisas, que posso dizer que não passam de trapos velhos que as pessoas não querem mais, COMO VOCÊS!!

- O LIXO AQUI E VOCÊ! – Gritou Rachel.

Daniela apenas deu uma risadinha, se virou e saiu.

- Você ficara aqui até ter um lugar para morar! – Disse Rachel.

- Pra quê? Pra ser expulsa a vassouradas, não obrigada.

- Você não pode ir, é a mais velha, é como se fosse nossa irmã! – Disse Anna com os olhos marejados.

- Pena que eu não sou. – Falei com um sorriso triste e com os olhos também marejados.

- Isso é muito injusto! – Rachel não fez esforço nenhum e simplesmente deixou as lagrimas rolarem.

Todos me abraçaram ao mesmo tempo e começaram a chorar, Mesmo que suas atitudes não sejam mais tão infantis, às vezes me esqueço que são basicamente crianças!

- Assim vocês vão me fazer chorar também. – Disse já com algumas lagrimas insistentes escorrendo pelo meu rosto. – E calma, eu ainda vou poder ver vocês!

- Quem vai botar juízo na nossa cabeça agora? – Perguntou Martin me soltando.

- Daniela vai adorar fazer isso! – Gargalhei de minhas próprias palavras.

- Ele disse juízo, não um cabo de vassoura! – Disse Anna, que fez uma careta e me soltou.

- Os dois servem. – Falei e encarei Rachel que ainda me abraçava. – E não se preocupem, não e como se eu fosse pra longe, eu nem tenho pra onde ir mesmo.

Rachel me soltou e me encarou como todos os outros, coloquei a mochila nas costas e antes de me virar e ir até a porta, pude ver que eles sorriam para mim, um sorriso acolhedor que mostrava que não estava sozinha, mas por mais triste que pudesse ser, todos sabíamos que a parti de agora estava sozinha!

Quando sai observei tudo ali de novo... Pela ultima vez, a ultima vez não por estar sendo expulsa, mas por simplesmente saber que já vivi tempo de mais ali como uma abandonada, a parti de agora meu maior e talvez único objetivo seja sobreviver.

Quando sai senti novamente a brisa fria que anunciava que o inverno se aproximava, Maldito clima esse de Nova York, realmente eu não poderia perder o teto em melhor ocasião, vou dormi com os pinguins na praça!!

Talvez devesse explicar por que fui expulsa da minha "casa". Pois bem vou começar falando de mim, quem eu sou? Sempre quis ter uma resposta para essa pergunta, acho que o certo não seria falar de mim e sim o pouco que sei sobre mim, Melancólica? Não, claro que não. A os dois anos fui abandonada em frente a um lugar decadente que chamavam de orfanato, a única coisa que eu tinha era uma manta e um bilhete, Me sinto naqueles filmes de terror com aqueles órfãos que quando se adota vem com o capeta de brinde... Minha mente ta bem cômica para um dia que deveria ser triste. Continuando, no bilhete apenas tinha escrito:

"Elise B. acho que só precisam saber do nome dessa criança, apenas peço que cuide dela por mim... por nós. F. B”.

Eles investigaram um pouco sobre crianças nascidas há dois anos e claro que não deu em nada, o que resultou em mais uma órfã. Quando era menor sempre tive a curiosidade de saber o que era o B, a única letra que compunha meu sobrenome, quando fiquei maior só queria saber o que a pessoa da carta quis dizer com "Nós", com certeza ele não se referia a mim porque "Nós" deveria cuidar de mim, mas quem era?

Quando fui ficando maior fui matriculada em uma escola junto com os outros jovens, onde deveria ser um local de aprendizado e só servia para destruir os jovens de vez, Aquele lugar devia ter mais traficante que professor!  Minhas notas sempre foram baixas e posso dizer que eu sempre tentei tirar notas melhores, mas em um lugar onde você não sabe quem está mais drogado o professor ou o aluno, fica difícil melhorar! Você deve estar se perguntando em que inferno eu vivo, bom isso pode ser respondido como o inferno suburbano dos confins de Nova York. Exagero? Já percebeu que eu não exagero...

Terminei o colégio esse ano, mas fazer faculdade nunca passou pela minha cabeça, com que dinheiro faria? E acho que pensar em bolsa de estudos também seria bem complicado. Bem eu poderia ser uma inútil completa se eu não fosse ótima com carros.

Quando eu era menor, sempre que conseguia dar uma fugida do orfanato, eu ia para uma pequena oficina que tinha a alguns quarteirões, o dono da oficina simpatizou muito comigo e sempre me ensinava algo novo. Com o tempo comecei a ficar ótima nisso e até o ajudava, mas um dia (há dois anos) quando ia chegando à oficina vi varias viaturas da policia paradas, parei e fiquei observando de longe, depois de um tempo vi alguns policias saindo e o Senhor David (dono da oficina) algemado sendo levado pra viatura. Quando David me viu fez um sinal discreto com a cabeça pra que eu me afastasse, o que eu fiz, dei meia volta e corri para minha "casa". Teria sido completamente discreta aquele dia, se não fosse pelo fato de ter caído uma cachoeira de lagrimas dos meus olhos assim que cheguei. Aquele foi um dia bem triste para mim, levaram o homem que mais tinha me ajudado (talvez o único) na vida. Mas por que ele foi preso? Simples, David era um dos maiores desmontadores de carros da cidade, carros roubados ele comprava, desmontava e vendia as peças, mas não era só isso ele também era bem conhecido no meio dos corredores clandestinos, muitos mecânicos da cidade se recusavam a atender esses "corredores", Os Frescos como David chamava, eles se recusavam por ter medo da policia, mas David nunca se intimidou com isso ele sempre dava uma turbinada nos carros e fazia modificações – quando o corredor é procurado, é sempre bom ele usar outros carros ou modificar o seu.

Depois da prisão do meu "professor" muitos "pilotos" me procuraram, pois me conheciam e sabiam que eu trabalhava muito bem, David fazia questão de sempre falar que eu o ajudava ou quando estava muito ocupado e eu acabava fazendo um trabalho sozinha ele fazia questão de me da os créditos. Com o tempo os "corredores" pararam de me procurar, alguns achavam que aquilo não era trabalho de mulher e que eu só iria estragar seus carros.

As lembranças do meu velho amigo fizeram meus olhos marejarem, Estava falando a pouco tempo da choradeira das crianças e agora sou eu que não paro. Percebi que minha viajada em minhas lembranças e minha caminhada sem rumo avinham me levado a uma praça não muito frequentada por causa dos drogados e das prostitutas, Ótimo, vou dormi literalmente na praça em uma noite fria de outono, se tivesse dinheiro me drogaria agora e acabaria de vez com a minha patética vida.

Sentei-me em um banco e fiquei observando o céu estrelado amaldiçoando e xingando com todos os palavrões existentes, a pessoa que me abandonou, por que esse filho da puta tinha que me abandonar? Por conta dele estou agora sem casa, sem nada, onde será que o homem que tem meu ódio eterno está? Com certeza se estiver vivo, deve estar em uma casa confortável enquanto eu...

Usei a mochila como almofada e me deitei no banco, mas ficando com meus pés um pouco para fora, Sorte eu nunca ter sido a mais alta. No orfanato mesmo eu sendo uma das mais velhas eu nunca fui a mais alta, Bom já que pensei nisso vou dar um descrição minha, eu tenho 1,70 de altura, Ai você diz: “1,70 e uma altura boa para uma mulher”, isso porque você não viu os gigantes do orfanato, acho que ao invés de comida davam bomba para as crianças!! Continuando, meus cabelos são de cor castanho avelã e vão até a cintura, tenho olhos cor de mel, sou magra mas com belas curvas, não sou do tipo que se destaca na multidão mas nem por isso sou menos bela.

Quando finalmente fico com sono, Me chamem de doida, mas vou dormi aqui mesmo, mesmo com esses drogados e essas putas, o que pode acontecer? Levar um tiro? Escuto o barulho estridente de motores, me levanto em um pulo e começo a observar dois carros que pararam um do lado do outro, der repente uma garota sai de um dos carros, e bom, posso dizer que se fosse morrer agora não seria por droga e sim pela parada cardíaca que eu ia ter agora, Exagero? Imagina. A garota era uns dois centímetros mais alta que eu, tinha cabelos loiros com californiana azul e assim como os meus cabelos os dela iam até a cintura, ela era magra, mas tinha um corpo bem atlético, e o que mais me encantou nela: os olhos, olhos de um verde mar intenso e brilhante, que por um momento me encaram e em seu rosto uma expressão indefinida, até que se vira para o homem que está no carro ao lado pega algum dinheiro que o cara oferecia, entra no carro e vai embora.

Fico mais algum tempo tentando sair do transe, Ela era..... linda. Me acomodo no banco novamente e acabo dormindo com esse pensamento.

[...]

Dois dias se passam e eu continuo na mesma sem casa, sem comida, sem nada. Pelo menos não levei um tiro ainda. Comia o que conseguia comprar com um pouco das economias que tinha juntado de alguns salários de David ou de algum "piloto" que ajudei.

Comia uns biscoitos que consegui comprar enquanto observava o céu, A única coisa que tem pra fazer mesmo, quando escuto uma das putas que geralmente ficam por ali a os berros no celular.

- VOCÊ NÃO PODE VIR AGORA............ NÃO ME IMPORTA SE VOCÊ E O DE SEMPRE, EU TENHO UM CLIENTE QUE JÁ ESTA VINDO ME PEGAR........ COMO VOU CONSEGUIR ALGUÉM AGO... – Parou de gritar e der repente me encarou, Isso vai dar merda. – Espera só um momento. – Falou e começou a se aproximar. – Você quer dinheiro?

- Como assim? – Perguntei me fazendo de desentendida, mas já sabendo aonde a conversa iria levar.

- Não se faça de idiota garota, você passa suas noites dormindo nesse banco, claro que não tem nada, vai querer ou não?

- Eu não sei, tem certeza que o seu cliente vai gostar dessa troca? – Perguntei mesmo sabendo que vou me arrepender do rumo que isso vai levar.

- Mas é claro que vai, você é muito gostosa tenho certeza que ele não ira se importar e além do mais é só por essa noite, nem pense em roubar meu cliente!!

Vou me arrepender!!! Vou me arrepender!!!

- Tudo bem, vou te ajudar dessa vez.

- Não se esqueça de que quem está te ajudando sou eu! – Falou e começou a conversar com a pessoa no celular de novo, quando um carro preto parou em frente à praça. – Boa sorte. – Falou e entrou em outro carro que tinha parado.

Levantei-me e fui em direção ao carro preto, o vidro do banco de trás foi aberto.

- Você e a Senhorita B? – Perguntou um homem que aparentava estar em seus cinquenta, com cabelos grisalhos e muito bem vestido.

- Sim.

- Entre. – Falou abrindo a porta e indo para o outro lado me dando espaço para sentar.

Eu poderia ter dito que não, mas em meio ao desespero fazemos coisas que talvez não gostaríamos, estou indo fazer algo que nunca imaginei fazer em toda a minha vida..... Vamos chamar essa sensação que se apoderou de mim de... Desespero.


Notas Finais


Playlist da fic: https://www.youtube.com/playlist?list=PLTyLsyB4P2Z6QagP122A-7mDDGC2fRJ4J

É isso.... espero que tenham gostado, acho que o próximo não vai demorar a sair, espero que acompanhem e deem sua opinião ^^

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