- COME LOGO ISSO ADRIAN!! – Gritei, não aguentando mais a birra da garota a minha frente que se recusava com todas as suas forças - que naquele momento não eram muitas - a comer cenoura.
- Eu não gosto. – Se encolheu mais na cama e fez biquinho, Estou lidando com uma garota de quase dezoito anos aqui, ou com um criança de cinco?
- COME LOGO PORRA. – Eu não estava aguentando mais, ela comeu tudo menos a cenoura, mas ela tinha que comer.
- Come você.
- Serio? Vai ficar fazendo birra mesmo?
- Não estou fazendo birra! Só não quero comer cenoura.
- Adrian você comeu até o espinafre e não consegue comer uma cenoura? – Perguntei incrédula, normalmente não acontece o contrário?
- Eu gosto de espinafre, mas cenoura e horrível... Bem, você sabe, elas são como raízes saem de baixo da terra e isso e nojento.
- Mas você come batata!
- Mas batata e diferente! – Disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
- COME LOGO A BOSTA DA CENOURA! – EU NÃO AGUENTO MAIS.
- Come você, já que insiste tanto para que eu faça isso. – Me olhou como se me desafiasse.
- Se eu comer um pedaço, você come o resto? – Me senti negociando com uma criança.
- Sim.
Eu tinha acabado de dar o almoço para Adrian, já que ela não conseguia mexer muito bem o braço direito graças a um grande e profundo corte que tinha ali, e já que com a mão esquerda ela não conseguia comer sozinha eu estava dando a comida para ela na boca, o problema e que quando ela estava quase acabando um prato que era cheio de legumes e verduras, Adrian simplesmente se negou a comer a cenoura. O prato agora estava quase vazio, restando apenas quatro pedaços de cenoura.
Aceitando a sua proposta, peguei um dos pedaços com o garfo e levei até minha boca, comendo sem dificuldade alguma, Até porque, eu gosto de cenoura.
- Come logo. – Levei o garfo, já com os três pedaços restante, até a frente de sua boca esperando que ela abrisse, desmanchando o bico e a muito contra gosto ela abriu a boca e comeu de uma vez os pedaços de cenoura, claro que não sem antes fazer uma careta enquanto mastigava.
- Muito bem criança, quer balinha agora? – Ri e vi ela revirar os olhos, não podia deixar passar a oportunidade de zoa-la.
- Quando vou poder sair daqui? – Perguntou, ela estava emburrada e de braços cruzados, Nem sabe o quanto ela parece fofa assim.
- Provavelmente amanhã.
- E por que não posso ir logo hoje? Eu já me sinto ótima.
- Adrian você sofreu um acidente grave, você teve uma sorte muito grande, você não tem noção da sua sorte foi enorme mesmo, você nem na UTI está, então por favor, seja paciente. – Disse e fiquei cabisbaixa, mas era impossível não pensar que ela quase morreu, senti meus olhos arderem e quando vi eu chorava silenciosamente, apenas quando um soluço escapou Adrian percebeu que eu chorava, logo ela levantou meu rosto enquanto enxugava minhas lagrimas, seu olhar preocupado sobre mim me fez abaixar a cabeça novamente.
- Hey Ely. – Me chamou carinhosamente me fazendo sorrir – Olhe para mim, pequena. – Pediu e eu prontamente atendi, levantando o rosto e vendo ela sorrir para mim – Eu estou bem... Ehhh, mais ou menos, mas estou viva e acho que dá para o gasto! – Se enrolou um pouco e eu acabei rindo baixinho – E isso que eu quero ver, você tem um sorriso muito bonito para ficar chorando por ai, eu estou bem e estou aqui com você, fazendo birra por causa de uma cenoura e sendo infantil... até demais. – Fez careta e eu ri novamente – Bom isso e meio vergonhoso, mas se eu precisar passar vergonha pra você ri, eu passo sem me importar! – Finalizou suas palavras e me puxou pela nuca, mas antes de colar nossos lábios escutamos um pigarro atrás de nós.
- Owwwn, que fofas. – A ruiva falou, já invadindo o quarto e se jogando na poltrona onde eu me sentava.
- Né, que casalzinho mais gay! – Luna disse, se apoiando na ponta da cama.
- A quanto tempo vocês estão ai? – Perguntei já sentindo meu rosto queimar, abaixei o rosto corado, mas Adrian o levantou me fazendo encara-la, ela sorria e isso me acalmou fazendo-me esquecer a vergonha.
- Deis da briga de vocês por causa da cenoura. – Disse e se sentou onde antes estava apoiada, mas tomando cuidado para não machucar a perna da irmã – E você está de parabéns Lise. – Me encarou – Fazer ela comer isso foi um milagre.
- O milagre do amor. – Rachel debochou rindo, fazendo todas até Adrian rirem.
- Idiotas. – Revirei os olhos com os comentários super necessários dessas tapadas.
- Quando vai poder ir pra casa, loira? – Rachel perguntou, encarando Adrian.
- Amanhã. – Adrian respondeu emburrada.
- Aquilo não vale, sabia Lise? – Luna falou.
- Aquilo o que?
- “Se eu comer um pedaço, você come o resto?” – Disse, com uma voz fina fazendo uma péssima imitação minha – Você come tudo, nem vale tentar subornar alguém comendo por ela!
- Vai se foder Luna. – Quase gritei, e como tenho amigas ótimas as pragas só servem para rir da minha cara – Isso riam de mim. – Disse revirando os olhos – E você Adrian, pede para sua irmã te alimentar!
- Eu não, mas acho que aquela enfermeira gostosa que fica secando ela, vai ter o maior prazer em fazer isso! – Luna disse, e eu que já estava na porta voltei na mesma hora – Hmmmm, ciúme e uma coisa tão fofa.
- Fofa porque não e com você que ela fica gritando quando alguém te seca. – Adrian comentou baixinho, mas o suficiente para a gente escutar, as meninas caíram na gargalhada e eu só a encarei com os olhos cerrados e ela se encolheu na cama – Desculpa.
- Já tem ataque de ciúmes Lise? – Rachel perguntou.
- Vão se foder. – Me levantei e já ia saindo quando ouvi Adrian perguntar.
- A onde vai?
- Vou comer alguma coisa.
Segui no corredor e chamei o elevador, estava de braços cruzados e com certeza minha expressão não era uma das melhores, quando o elevador chegou ao andar, para a minha sorte de merda, dei de cara com Doutor Thomas que ao me ver abriu um largo sorriso, Ainda bem que não tinha animo nem para retribuir.
- Que bom lhe ver Lise. – Quem lhe deu essa intimidade? Entrei no elevador e percebi que para a minha tristeza Thomas estava indo para o terceiro andar, onde fica a lanchonete, o quarto de Adrian ficava no quarto, então estava torcendo para o médico não puxar assunto, porque se ele puxar provavelmente vai querer conversar se sentando na mesma mesa, e a última coisa que quero agora e companhia.
- Bom ver você também Doutor. – Tentei fazer o meu melhor sorriso falso, mas acho que o máximo que consegui foi uma careta.
- Me chame de Thomas. – Sorriu simpático.
- Okay.
O elevador chegou ao terceiro andar e Thomas saiu na frete, depois de cruzar outro corredor cheguei a lanchonete, Thomas sentou em uma mesa e me encarou como se me chamasse para sentar com ele, mas para o azar dele meu humor não estava dos melhores então apenas o ignorei e passei direto. A lanchonete não estava muito cheia, tinha apenas algumas pessoas que suponho ser os parentes dos pacientes e alguns enfermeiros que deveriam estar no horário de almoço.
Sentei-me em uma mesa mais afastada que ficava ao lado de uma janela, fiquei observando a paisagem e nem me preocupei em ir pedir alguma coisa. Me lembrei da discussão que tive com a loira hoje de manhã por causa da minha preocupação, depois de um dos melhores momentos da minha vida que foi arruinado por uma briga.
“- Adrian eu só não acho que você deveria! – Tentava convencer a loira cabeça dura que estava simplesmente ignorando os fatos.
- Ely eu faço isso deis dos quinze anos, sim eu não tinha nem idade para dirigir, e entenda esse não foi o primeiro acidente que sofri e provavelmente não será o último.
- Até quando você acha que essa sua “sorte” vai durar? Você está esperando o que? Morrer, porque e isso que parece.
- Ely, eu não vou morrer tão cedo.
- Se você parar de correr como uma retardada por uma merda de título, você com certeza vai viver muito ainda.
- Você nem sabe porque faço isso!
- Então porque não me fala o seu motivo. – Encarei fundo os olhos mar, mas esse contato foi cortado quando ela abaixou a cabeça.
- Ely... – Me encarou novamente e vi em seu olhar... medo e até desespero, e engraçado que com o passar do tempo eu percebi que mesmo Adrian, que na maioria das vezes e fria e inexpressiva, e facilmente lida por causa dos seus olhos que são incrivelmente expressivos – E complicado. – Tentou desfazer novamente o contato, mas eu a puxei pelo queixo fazendo-a me encarar.
- Estou disposta a ouvir.
- Mas eu não estou disposta a falar! – Bufei.
- Afinal de contas, pelo que você compete?
- Eu já falei que é complicado, por favor não insista, vo... – A interrompi.
- O Franco te obriga?
- Ely não seja ridícula, eu sou bem grandinha já para o Franco ficar me obrigando a fazer as coisas.
- Sim realmente, mas diga a isso para aquele cara que você matou na pista. – Rebati e vi ela engolir em seco.
- Aquilo e diferente, ele era um informante, a situação e totalmente diferente.
- Sim é, porque se alguém falhar agora quem morre e você!
- Eu não vou morrer!
- VOCÊ NÃO MORREU POR POUCO! – Gritei não aguentando mais, será que ela e cega ou e idiota... Ou os dois? – Aquela árvore em que você bateu quase caiu por cima do seu carro, vamos parar de ter só “quases” nessa história, vamos ter uma certeza, algo absoluto e que de preferência você não acabe morrendo por causa disso, é você sabe que isso só acontecera se você parar de agir como uma idiota, porque e isso que você está sendo. – Senti meus olhos arderem, mas não deixei nenhuma lagrima cair, já estava cansada de tudo isso, de toda pressão emocional por causa de uma idiota, mas eu acabei me surpreendendo, pois Adrian tinha os olhos cheios de lagrimas e diferente de mim as deixou cair, foi a primeira vez que vi Adrian Minster demonstrar toda sua insegurança.
- Desculpe Ely. – Falou baixinho, mas o suficiente para que eu escutasse – Eu não posso falar, é pro seu bem, na verdade é para o bem de todos!
- Adrian você não e super herói e isso ta muito frase de filme de ação. – Tentei descontrair e vi ela sorrir.
- Mas se fosse eu com certeza te protegeria!”
Como vai me proteger, se nem consegue proteger a si mesma? Me levantei e fui até a mulher que estava no balcão.
- Olá. – A garota de cabelos loiros com lindos cachos e olhos safira, da minha altura e aparentando ter a mesma idade me cumprimentou sorridente, Pelo menos um sorriso no meio desse lugar deprimente. Ela me encarou e me analisou atentamente – Deixe-me adivinhar, quer um café para aguentar outra maratona nesse hospital? – Ergueu uma sobrancelha.
- Quase, na verdade também pediria um café, mas logo depois de comer algo que mate minha fome, que acredite não está pequena. – Ela riu – Mas me fale, você pergunta isso a todas? – Perguntei divertida.
- Na verdade, sim. – Rimos – Mas na maioria das vezes, todos estão na mesma situação que você, alguns melhores, outros nem tanto, mas no final das contas só querem algo que os mantenham de pé, mas mudando de assunto e acompanhante de alguém ou apenas visitante?
- Acompanhante.
- Agora tudo ficou mais interessante. – Me deu um sorriso sugestivo, Eu só conheço lésbica? – Deixe-me adivinhar, pai, mãe?
- Me responde, você fica tão entediada nessa lanchonete que fica brincando de adivinhar as coisas? – Ela riu.
- Sim, então não estrague minha diversão e me responda.
- Claro, mas antes me diga seu nome.
- Me chamo Lisa Sicker, é como se chama bela dos olhos dourados?
- Elise B, e meus olhos são mel.
- Na luz eles ficam dourados.
- Ehhh quase.
- Eu os achei lindos, são expressivos e o fato deles mudarem de cor dependendo da situação os deixam mais lindos ainda.
- Lindos? Eu achei lindo esse seu azul, serio garota, eu estou quase lhe dando um tapa por ser tão linda! – Disse seria, mas logo rindo da cara assustada da garota.
- Me chamando de linda senhorita B?
- Só esclarecendo os fatos Sicker. – Vi a garota que até agora parecia bem descontraída, se encolhendo um pouco e ficando corada, Tão fofa.
- Okay, mas você ainda não me respondeu, acompanhando quem?
- Minha namorada. – Quase namorada.
- Por um momento fiquei feliz por você gostar da fruta, mas logo fiquei triste por você já ser comprometida, mas se um dia se cansar da sua garota pode vim falar comigo. – Piscou pra mim – Mas se quiser fazer uma a três, também estou disposta. – Só conheço pervertido? Que porra e essa?
- Não obrigada, minha namorada da conta sozinha. – Pisquei e a vi fingir decepção, Que Adrian não me escute, ela já tem um ego alto naturalmente, se escutar isso ela vai ficar insuportável!
- Então ta, mas voltando a o assunto inicial, o que vai querer?
- Um sanduiche de peito de peru e uma Pepsi.
- Okay, pode esperar na sua mesa que quando estiver pronto eu levo.
Voltei para mesa, peguei meu celular, os fones e fiquei escutando música enquanto esperava, deixei tocando no aleatória até que caiu em uma música que eu adorava, Maroon 5 - Payphone - ft. Wiz Khalifa.
I'm at a pay phone trying to call home
All of my change I spent on you
Where have the times gone, baby, it's all wrong
Where are the plans we made for two?
(Estou em um telefone público tentando ligar para casa
Todo o meu dinheiro gastei com você
Para onde foram os momentos, baby? Está tudo errado
Onde estão os planos que fizemos para nós dois?)
Yeah, I, I know it's hard to remember
The people we used to be
It's even harder to picture
That you're not here next to me
You said it's too late to make it
But is it too late to try?
And in our time that you wasted
All of our bridges burnt down
(Sim, eu, eu sei que é difícil recordar
As pessoas que éramos
É ainda mais difícil imaginar
Que você não está aqui ao meu lado
Você disse que é tarde demais para conseguir
Mas será tarde demais para tentar?
E no nosso tempo que você desperdiçou
Todas as nossas relações foram rompidas)
I've wasted my nights
You turned out the lights
Now I'm paralyzed
Still stuck in that time when we called it love
But even the sun sets in Paradise
(Desperdicei minhas noites
Você apagou as luzes
Agora estou paralisado
Ainda preso naquele tempo em que chamávamos isso de amor
Mas até mesmo o sol se põe no paraíso)
I'm at a pay phone trying to call home
All of my change I spent on you
Where have the times gone, baby, it's all wrong
Where are the plans we made for two?
(Estou em um telefone público tentando ligar para casa
Todo o meu dinheiro gastei com você
Para onde foram os momentos, baby? Está tudo errado
Onde estão os planos que fizemos para nós dois?)
If happy ever after did exist
I would still be holding you like this
All those fairy tales are full of shit
One more fucking love song, I'll be sick
(Se o "felizes para sempre" existisse
Eu ainda estaria segurando você assim
E todos esses contos de fadas são cheios de besteiras
Mais uma canção maldita de amor e estarei de saco cheio)
You turned your back on tomorrow
‘Cause you forgot yesterday
I gave you my love to borrow
But you just gave it away
You can't expect me to be fine
I don't expect you to care
I know I've said it before
But all of our bridges burnt down
(Você virou as costas para o amanhã
Porque você se esqueceu de ontem
Eu investi o meu amor em você
Mas você o desperdiçou
Você não pode esperar que eu esteja bem
Eu não espero que você se importe
Sei que o disse antes,
Mas todas as nossas relações foram rompidas)
I've wasted my nights
You turned out the lights
Now I'm paralyzed
Still stuck in that time when we called it love
But even the sun sets in Paradise
(Desperdicei minhas noites
Você apagou as luzes
Agora estou paralisado
Ainda preso naquela tempo em que chamávamos isso de amor
Mas até mesmo o sol se põe no paraíso)
I'm at a pay phone trying to call home
All of my change I spent on you
Where have the times gone, baby, it's all wrong
Where are the plans we made for two?
(Estou em um telefone público tentando ligar para casa
Todo o meu dinheiro gastei com você
Para onde foram os momentos, baby? Está tudo errado
Onde estão os planos que fizemos para nós dois?)
If happy ever after did exist
I would still be holding you like this
All those fairy tales are full of shit
One more fucking love song, I'll be sick
Now I'm at a pay phone
(Se o "felizes para sempre" existisse
Eu ainda estaria segurando você assim
E todos esses contos de fadas são cheios de besteiras
Mais uma canção maldita de amor e estarei de saco cheio
Agora estou em um telefone público...)
Man, fuck that shit
I'll be out spending all this money while you sitting round
Wondering why wasn't you who came up from nothing
Made it from the bottom
Now when you see me I'm strutting
And all of my cars start with a push of a button
Telling me the chances I blew up
Or whatever you call it
Switched the number to my phone
So you never could call it
Don't need my name on my show
You can tell it I'm ballin'
(Cara, que se dane isso
Estarei gastando este dinheiro enquanto você fica sentada
Pensando por que não foi você que apareceu do nada
E conseguiu as coisas do zero
Agora, quando você me vê andar com pompa
E todos meus carros ligam apertando um botão
Falando-me sobre as chances de eu ter fracassado
Ou qualquer coisa
Mudei o número do meu telefone
Para que você nunca possa me ligar
Não precisa do meu nome no meu show
Você pode dizer, eu estou arrasando)
Swish, what a shame, could have got picked
Had a really good game, but you missed your last shot
(Que pena, podia ter sido escolhida
Fazia um jogo muito bom, mas perdeu sua última chance)
So you talk about who you see at the top
Or what you could have saw
But, sad to say, it's over for
Phantom pulled valet open doors
Wiz, like go away got what you was looking for
Now it's me who they want
So you can go and take that little piece of shit with you
(Então você fala sobre o que viu no topo
Ou o que poderia ter visto no topo
Mas, é triste dizer, acabou para você
Chega o Phantom, o manobrista abre as portas
"Wiz" gostaria de ir embora, consegui o que procurava
Agora sou eu quem eles querem
Então você pode ir e levar aquela porcaria com você)
I'm at a pay phone trying to call home
All of my change I spent on you
Where have the times gone, baby, it's all wrong
(Estou em um telefone público tentando ligar para casa
Todo o meu dinheiro gastei com você
Para onde foram os momentos, baby? Está tudo errado)
Where are the plans we made for two?
If happy ever after did exist
I would still be holding you like this
All these fairy tales are full of shit
One more fucking love song, I'll be sick
Now I'm at a pay phone
(Onde estão os planos que fizemos para nós dois?
Se o "felizes para sempre" existisse
Eu ainda estaria segurando você assim
E todos esses contos de fadas são cheios de besteiras
Mais uma canção maldita de amor e estarei de saco cheio
Agora estou em um telefone público...)
Quando a música terminou senti alguém cutucar meu ombro e quando me virei vi Lisa com o meu pedido.
- Desculpe, não te vi chegando.
- Percebi. – Falou divertida – Mas tudo bem, você parecia bem distraída, escutando música? – Assenti – Qual música? – Perguntou e se sentou na cadeira ficando de frente pra mim.
- Payphone.
- Maroon 5 hmmm, adoro essa música.
- Sim ela eu também adoro, mas você não tem que trabalhar? – Perguntei vendo que a garota parece ter largado o trabalho para conversar comigo.
- Estou no meu horário de almoço. – Ergueu o prato, que eu não tinha percebido antes, que tinha um sanduiche de atum.
- E quem lhe deu liberdade para sentar na minha mesa com tantas disponíveis.
- Você conversou comigo por um bom tempo e ainda respondeu todas as minhas perguntas, você automaticamente me deu liberdade! – Disse divertida.
- Tenho que parar de ser simpática. – Disse e fiquei pensativa.
- Não, não precisa, você foi uma das únicas pessoas que foi simpática comigo, a maioria das pessoas estão mais preocupadas com a sua própria dor.
- Mas não podemos nos esquecer do próximo.
- Queria que todos pensassem como você!
Continuamos conversando por mais um tempo, até que sinto meu celular vibrar, quando olho vejo que Luna me mandou uma mensagem.
[12:57] Luna: Já saímos, recomendo falar com a ferinha loira, ela estava emburrada sem você no quarto.
[12:57] Eu: Aposto que ela estava emburrada por vocês estarem enchendo o saco e.e
[12:57] Luna: Como ousa afirmar uma coisa dessas? :o
[12:58] Luna: Estávamos conversando como pessoas civilizadas!
[12:58] Eu: Vou fingir que acredito e.e
[12:58] Eu: Tchau
Nem vi se ela respondeu, encarei Lisa que já se levantava.
- Desculpe Lise, preciso voltar, meu horário de almoço acabou. – Disse um pouco triste.
- Não, tudo bem, eu também vou voltar para o quarto, minha namorada está sozinha e se a conheço bem ela deve estar morrendo de tedio já que o celular dela está comigo e não tem nada para fazer.
- Então vá, mas lembre-se que não se deve abusar de pessoas indefesas.
- Eu nunca faria isso. – Fingi indignação – Mas se fosse o contrário eu não duvidaria que ela faria – Rimos – Mais tarde eu volto.
- Pode ser que quando você vier eu já tenha ido embora, mas antes de sair eu passo lá no quarto dela, conheço a sortuda da sua namorada e te dou um abraço... e com seu consentimento até um beijo.
- Quem sabe. – Resolvi brincar.
Voltei para o quarto, E dessa vez sem nenhum intrometido, quando sai do elevador vi Franco entrando no quarto da Adrian, fiquei feliz porque finalmente ele deu as caras e talvez ele fosse colocar um pouco de juízo na cabeça dela, mas minha felicidade morreu quando cheguei a porta e escutei a voz de Franco.
- Adrian, a brincadeira acabou, vamos adiantar a viagem, corremos perigo aqui!
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