1. Spirit Fanfics >
  2. Love Me If You Can >
  3. Uma Luz no Fim do Túnel

História Love Me If You Can - Uma Luz no Fim do Túnel


Escrita por: Dark_Girl01

Notas do Autor


Então vamos prosseguir e ver o que vai dar essa cagada...
Boa leitura ^^

Capítulo 2 - Uma Luz no Fim do Túnel


Fanfic / Fanfiction Love Me If You Can - Uma Luz no Fim do Túnel

            O caminho inteiro ficamos calados, ele em nenhum momento tentou me tocar e fiquei aliviada com isso, mesmo sabendo o que iria acontecer nunca imaginei que minha primeira vez fosse com um velho que mais parece um mafioso. Pensando bem outra questão para ter medo: ele parece um mafioso, e o cara do banco da frente que mais parece um armário de tão forte não para de me encarar.

            Em certo ponto do caminho, me dei conta de que estávamos indo para uma área mais afastada do centro, a área mais rica da cidade. Comecei a admirar as belas construções que começavam a aparecer, as mansões enormes, carros de luxo, essas coisas que nunca pensei que fosse ver alguma vez na minha vida, Mas para chegar aqui tive que me prostituir, claro que não valeu a pena! meu orgulho insistia em dizer, mas acho que por dentro posso estar rindo de tudo isso e até zombando de mim mesma por ser um lixo, LIXO, eu me vejo como lixo! Minha mente não cansava de gritar isso.

            Quando entramos em uma estrada de terra, ainda mais afastada, chegamos no que parecia ser uma trilha no meio do mato, mas que no final se mostrou um caminho para a maior mansão de toda a região, Agora tenho certeza que ele é mafioso, até porque esse lugar tá cheio de seguranças.

            - Venha comigo! – Falou o velho que já saia do carro.

            O segui até dentro da mansão que era mais linda ainda por dentro, em um estilo rustico belíssimo. Fiquei parada na sala enquanto ele seguia até um armário com vários tipos de bebidas diferentes, pegou uma garrafa de vinho, duas taças e voltou para onde eu estava.

            - Sente-se. – Falou, serviu as duas taças e me ofereceu uma.

            - Obrigada. – Agradeci de forma tímida.

            - Agora me responda, por que está aqui? – Ele me encarou sério, não de forma ameaçadora como imaginei, acho que sua expressão mais parecia…. Dúvida.

            - Como assim? Eu vim para trabalhar. – Respondi quase que engolindo a última palavra.

            - Claro que veio mas.... por quê?

            - Bom eu preciso de dinheiro. – Abaixei a cabeça envergonhada.

            - Você não deveria estar fazendo uma faculdade? Você parece ser estudiosa. – Falou e sorriu...... um sorriso acolhedor, Afinal, o que ele quer com tudo isso?

            - Bom, no seu mundo deve ser fácil colocar os jovens na faculdade, mas no meu o dinheiro que para você é fácil conseguir, é quase impossível para mim! –Cuspi as palavras sem me importar em elevar o tom, Eu devo ter enlouquecido de vez, gritando com um mafioso....... Que por mais estranho que pareça não está demonstrando perigo para mim.

            - Entendo. – Disse pensativo – Bom, com o que você usaria o dinheiro que ganharia agora?

            Okay, eu estou oficialmente perdida agora, por que um mafioso quer saber tanto sobre mim? Eu sou só uma sem teto, eu realmente pensei que ou ele ia me comer ou ia me matar, mas o cara tá simplesmente perguntando da minha vida, COMO ASSIM?

            - Compraria comida, obvio. – Com um pouco de coragem que eu tinha perguntei: – Qual seu nome?

            - Franco Menier. – Falou e estendeu a mão a qual eu apartei – E o seu Senhorita B?

            - Elise, Elise B.

            - O que é o B?

            - Eu também sempre quis saber.

            - Você não sabe seu próprio nome? Normalmente é uma coisa básica a se saber. – Falou e deu uma gargalhada de zombaria.

            - Eu também pensei que um cara que mais parece um mafioso italiano, tivesse nome italiano e não francês! – Alfinetei.

            - Tem razão, e você é uma boa observadora.

            - Na realidade é bem obvio até!

            - E você não está com medo? – Perguntou com uma cara que deveria me assustar, mas só me fez rir.

            - Eu estava antes, mas não imaginei que você fosse tão simpático, preciso admitir que ainda estou com um certo medo de morrer! – Falei e fiz careta, foi a vez dele rir.

            - Tem razão e eu posso te matar agora mesmo, mas eu te conheço faz muito tempo!

            - Eu nunca te vi antes, e tenha certeza que se tivesse te visto lembraria!

Ele e um mafioso, eu estaria com medo até hoje.

- Não sei se David te contou que ele trabalhava para mim, ou seja, você também.

            - Wow, dessa eu não sabia!

            - Imaginei, mas acho que você também não deve saber que David sempre falou muito bem de você e do seu trabalho.

            - Isso eu sabia.

            - Realmente ele gritava a os quatro ventos isso, não te culparia se você fosse convencida.

            - Ainda bem que não sou…. muito. – Ri do meu comentário e ele me acompanhou.

            - Você obviamente sabe que ele foi preso, e estamos até agora sem um mecânico, e você vai me ajudar nisso ou melhor trabalhar para mim.

            - Não querendo questionar nem nada, mas por que vocês precisam de um mecânico? Mesmo vocês sendo muito possivelmente procurados, não seria fácil para você simplesmente mandar um carro para oficina?

            - Realmente seria, mas você não cuidara de todos, você vai ajudar só a minha neta, ela é uma piloto dessas corridas ilegais.

            - Entendo.

            - Então vai aceitar? Claro que seus serviços não serão de graça, eu quero você com exclusividade e como pagamento vou dar um certo salario a você e você também poderá viver aqui, já que a minha neta vive aqui ficara mais fácil para você, então vai ficar aqui comigo? – Perguntou e eu olhei para tudo ao redor, Eu estou na mansão de um mafioso com segurança de primeira, claro que eu sei dos riscos de aceitar, mas cara eu sou uma órfã sem nada, uma sem teto e eu estou em uma MANSÃO, não tem como recusar.

            - CLARO. – Sim eu gritei isso, e simplesmente me joguei em cima do velho o abraçando e repetindo várias vezes “obrigado”.

            - De nada, e lembre-se, isso aqui e trabalho e eu estou irritado com você, você estragou minha noite!! – Falou isso e simplesmente apalpou minha bunda, eu me soltei dele na hora.

            - Lembre-se você também que eu aceitei ajudar sua neta e não ser puta!!

            - Mas você não quer acabar com o que íamos fazer antes não? – Perguntou com um sorriso malicioso.

            - Não obrigada, vou ficar só com a proposta de emprego mesmo!

            - Só estava brincando com você. – Falou já gargalhando, mas de repente ficou sério e me encarou, Vou admitir que nessa hora eu caguei! – Tome cuidado!

            - Com o que? – Perguntei quase tremendo e já sem respirar.

            - Minha neta e um pouco…. Um pouco...? Não, ela é muito arrogante, então se prepare para levar umas patadas! – Falou e eu consegui soltar todo o ar contido e relaxar um pouco, não vai ser uma mimadinha que vai estragar minha felicidade nesse momento!

            - É só isso? – Perguntei demonstrando um pouco o meu cansaço, eu estava dormindo na rua, não vejo a hora de ver uma cama, ignorei totalmente o assunto da neta dele.

            - Claro, vou te mostrar o seu quarto assim você pode dormi, mas amanhã quero conversar um pouco com você! – Falou ficando serio de novo, Esse velho é bipolar só pode!

            - Tudo bem. – Falei e o segui.

            Fomos para o andar de cima e ele me mostrou uma porta, disse que aquele seria meu quarto e entrou em outro. Eu quase chorei quando entrei no quarto, era em estilo rústico como toda a casa era muito belo, Comparado ao que eu vivia antes... não, acho que não dá nem para comparar.

Acho que deve ser um dos quartos de hospedes mas só de finalmente ter um quarto só meu foi o suficiente para encher meu olhos de lagrimas. Eu passei minha vida toda em um orfanato dividia o quarto com seis crianças, as beliches eram velhas os colchões maltratados e os quartos fediam por serem mal cuidados e raramente ter uma limpeza, mesmo com supervisão o orfanato era uma instituição criada por um cara riquinho que só queria ganhar fama como um salvador de crianças, ele simplesmente comprou um prédio velho pintou o lado de fora e encheu de crianças sem teto. O que me dá mais raiva é que eles simplesmente não se importam com a formação que as crianças terão, simplesmente jogam as crianças lá dentro até elas terem dezoito anos e depois as expulsão para receber outras crianças, é um ciclo de pura enganação que eles fazem você pensar que tem uma casa, que você é bem cuidado, mas você sabe que tudo isso e mentira.

Quando qualquer emissora de televisão vai lá, você se sente na obrigação de dizer que está sendo bem cuidado simplesmente porque os diretores colocam na sua cabeça que você só está vivo hoje porque eles te deram um teto, você fala que está bem, diz que está tendo ótimo tratamento, mas o que você mais quer é pegar aquela microfone e gritar, pedir ajuda, dizer que aquela não e sua casa que você não está sendo bem cuidado que está só sendo tratado como um animal pronto pro abate, e um sentimento de desespero enorme que só quem passou pela mesma experiência pode entender, mas que agora eu estou entendo que precisa ser superado, eu posso estar correndo risco de vida por ter me juntando a quem não devia mas agora já é tarde, e antes de começar a me preocupar com isso vou simplesmente tentar me livrar dessa sensação de desespero.

            Depois de muito refletir... e derramar umas lagrimas, resolvi tomar um banho... E nossa, passar dois dias na rua sem um banho me deixou podre e pior porque tinha aqueles drogados perto, eu estou fedendo a maconha sem nem mesmo usar, Vou queimar essas roupas depois.

            Depois de passar praticamente 1 hora na banheira, Cara eu nunca nem tinha visto uma banheira na vida!! Eu coloquei um pijama que era praticamente a roupa mais nova que eu tinha, uma camisa branca com mangas pretas e na frete o rosto de um panda desenhado, e uma calça preta. Da para imaginar que quando eu vi a cama eu só faltei me fundi com ela, finalmente um colchão confortável, dormi em pouco tempo tamanho era meu cansaço de duas noites mal dormidas.

            Abri os olhos e ainda era de noite, ouvi a porta sendo aberta e vejo apenas um vulto adentrando o quarto, muito mais bela sobre a luz da lua que entrava a loira sem pronunciar uma única palavra subiu na cama e veio engatinhando de quatro até ficar em cima de mim.

Ver aquele verde profundo iluminado pela lua foi incrível, mas mais que isso foi sentir seus lábios sobre os meus. Ela começou como um beijo calmo só um encostar de lábios, mas logo depois se tornou um beijo sensual, urgente, nossas línguas travavam um confronto para decidir a supremacia. Gemi quando senti uma das mãos dela apalpando meu seio e automaticamente fiquei vermelha quando senti minha camisa sendo arrancada, lentamente ela foi descendo seus lábios pelo meu pescoço distribuindo vários beijos e chupões, “Céus, isso com certeza vai deixar marcas”, pensei, mas aquilo parou de me preocupar quando senti seus lábios cobrindo um dos meus seios, ela chupava um seio enquanto sua mão apalpava outro. Ela ficou alternando entre os dois. Ela de repente mordeu meu mamilo e senti sua mão acariciar meu sexo por cima da calça, seu lábios começaram a deslizar pela minha barriga e senti minha calça foi sendo arrancada junto com a minha calcinha, senti seus dedos acariciando meu clitóris e tive que me segurar para não gritar, ela se ajoelhou e começou a me encarar com um sorriso safado no lábios, lentamente ela foi baixando o corpo sem desviar os olhos de mim, quando finalmente seus lábios iam chegar no meu sexo....

            Batidas na porta, SERA QUE EXISTE ALGO MAIS CLICHÊ QUE SONHO ERÓTICO QUE ACABA NA MELHOR PARTE? Minha mente gritava descontroladamente. Que sonho estranho... estranho também e que eu fiquei extremamente molhada com um sonho, Só o que me faltava agora. As batidas na porta continuaram insistentes, me levantei quase que em um pulo e fui abrir a porta.

            - Estava dormindo? – Perguntou o senhor Franco do outro lado da porta.

            - Sim estava, espero não ter dormido de mais. – Falei e me virei observando o relógio em cima da mesinha de cabeceira que marcava 13:42 – Desculpe, acho que dormi de mais.

            - Não tem problema, pode ficar à vontade, sei que deve estar cansada das noites na rua, só vim te chamar mesmo para almoçar e avisar que vou sair, tenho dois motoristas, sempre que precisar sair pode pedir ao motorista para te levar, peço que não saia sozinha, bom essa e uma área bem afastada da cidade, mas não demora muito para chegar lá, só aviso que não saia sozinha mato afora, é perigoso!! – Avisou ele, Por que ele é tão cuidadoso comigo? Ele é um mafioso, ele deveria ser mal com desconhecidos, se bem que ele diz que me conhece.

            - Okay, e eu agradeço por tudo que está fazendo por mim.

            - Não precisa agradecer, você me dará gratidão em forma de trabalho, se fizer isso poderá ter uma vida muito boa. – Falou ele já dando as costas.

            Entrei novamente no quarto e tomei um banho rápido, agora que ele falou em almoço percebi estar morta de fome.

            Coloquei uma roupa um pouco mais leve porque mesmo com o outono que já trazia indícios do inverno que estava próximo, a casa tinha um sistema de aquecimento que me permitia usar roupas mais leves. Coloquei uma camisa amarela sem mangas, e uma shortinho verde.

            Desci e percebi que não tinha ninguém dentro da casa, percebi ontem que Franco mantinha sua intimidade não convidando ninguém para sua casa, os seguranças ficavam só na parte de fora, na parte de dentro deve ficar só ele, E a neta dele.

            Senti um cheiro delicioso vindo da cozinha resolvi matar a fera faminta que estava no meu estomago, Estou com a fome de mil mendigos.... Ou talvez de uma só. Quando fui até a cozinha pude perceber que atrás da bancada de madeira que separa a sala da cozinha tinha alguém, e qual não foi meu susto ao ver a loira do carro…. E do meu sonho, parada bem ali me encarando com seus belos olhos, gelei na hora. Ficamos nos encarando ali durante algum tempo, olhos nos olhos, hipnotizadas uma pela presença da outra.

            - Quem é você? – Foi ela quem quebrou o transe em que estávamos.

            - Elise, qual seu nome. – Perguntei já imaginando quem era essa.... Deusa.

            - Ah sim, foi você quem o velho contratou pra ser minha burrinha de carga. – Falou abusando do seu tom debochado e ignorando totalmente a minha pergunta, o que me irritou muito, Quem essa filhinha de papai pensa que é?

            - Não ele me contratou para cuidar de uma carroça que com certeza é puxada por uma vaca! – Quando falei isso é como se um gongo tivesse soado na hora, vi a cara dela ficar vermelha de raiva enquanto no meu rosto surgia um sorrisinho de desafio.

            - QUEM VOCÊ PENSA QUE E SUA MENDIGAZINHA? – Gritou em quanto se aproximava como uma locomotiva desgovernada.

            - Alguém que com certeza não tem medo de você! – Falei mantendo o tom calmo, não sou muito de brigar sabe, só não suporto que me irritem e me destratem – Se me der licença, eu estou morrendo de fome e gostaria muito de almoçar!

            - Você sabe que está aqui só porque o velho teve pena de você. – Falou tentando me atingir de qualquer maneira, O velho tinha razão, essa garota é bem chatinha!

            - Não, eu estou aqui a trabalho e se você não percebeu eu estou aqui para te ajudar. – Disse enquanto me servia e sentava em um banco que tinha atrás da bancada, permaneci calma e apenas a ignorei, logo sorrindo com o resultado, vi ela bufar e sair em direção a porta, mas antes de sair ainda pude ouvir ela responder minha primeira pergunta. Seu nome.

            - Adrian.


Notas Finais


Parece que a Elise não está tão fodida na vida... será? :v

P.S: sem querer ser fresca, mas já sendo, a pronúncia que imaginei para o nome “Adrian” é “Eidrian”. É um nome grafado em inglês, o que lhe dá essa pronúncia.

Até a próxima amiguinhos (u.u)/


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...