História Love Me If You Can - Luna Koltin Minster

Hey, acho que vocês já devem estar cheios da Lise, não é? Então vou finalmente mostrar a verdadeira protagonista dessa história, ou seja, eu.

Preciso mesmo me apresentar? Bom, a Rachel se apresentou na vez dela então vamos lá. Eu me chamo Luna Koltin Minster, mas isso vocês já sabem, tenho 16 anos e sim, eu sou a irmã mais nova daquela bad girl idiota, mas só por parte de pai, eu nunca conheci meu pai, pois quando era pequena minha mãe me levou para a Itália, quando completei 6 anos minha mãe me falou que eu tinha uma irmã mais velha, eu fiquei muito empolgada com o fato de ter uma irmã e praticamente supliquei para minha mãe que queria conhecer a minha irmã, ela no início não achou a ideia muito boa, mas depois de muito pedir ela falou com o Franco e ele trouxe Adrian para a Itália.

Quando vi aquela garota loira de belos olhos verdes pela primeira vez, não achei que realmente fosse minha irmã, não tínhamos a mesma cor nem nos olhos nem no cabelo e aquilo para mim era estranho, mas com o tempo eu fui percebendo as nossas semelhanças, mesmo não tendo a mesma cor de cabelo, os nossos eram idênticos, eram ondulados o que era diferente do da minha mãe que era completamente liso, foi ai que percebi que meu cabelo se assemelhava ao da minha irmã, o nariz afilado e as maçãs do rosto proeminentes também eram idênticos, uma característica que nós distinguia era o nosso tom de pele, eu sempre fui um pouco mais clara que Adrian que era um pouquinho mais escura, mas mesmo assim ela continua sendo considerada branca, mas eu comparado a ela sou uma reprodução de papel A4. Diferente de mim que sempre fui muito alegre e animada, Adrian era fechada e raramente brincava principalmente se tivesse outras pessoas ao nosso redor ou outras crianças, mas com o passar do tempo, se estivesse apenas nós duas ela sempre brincava e acabava se soltando, assim eu percebi que aquela minha irmã fria e sem emoções, não era nada disso, ela era sim alegre e divertida, mas parecia que algo sempre a segurava.

Quando tinha 15 anos, fui para Nova York visitar minha irmã e meu “avô”, era véspera de ano novo, ou seja, véspera do aniversário da minha Big Sister, Ela tem ódio quando a chamo assim, quando cheguei quem foi me buscar no aeroporto foi o Nick, um grande amigo da minha irmã que acabou virando meu também. Naquele aniversário minha irmã ganhou um grande presente, Franco a deu uma BMW que acabou virando o xodó dela, mas não foi isso que acabou fazendo aquele aniversário dela tão bom, claro que no momento ela não percebeu, mas futuramente ela perceberia que aquele “encontro” valeria apena. Não entendeu? Vou explicar: Poucos dias depois da Adrian ganhar o carro ela foi desafiada para uma corrida, Franco achou melhor ela fazer uma revisão no carro antes de correr, então ele a levou no David, um velho amigo dele, quando chegamos lá David como sempre sendo simpático com a gente ficou conversando e deixou o carro com uma garota baixinha de lindos olhos mel, Vocês já sabem quem é, não? Nós ficamos conversando na parte de cima que tinha uma janela que dava direto para o galpão onde o carro estava, o que posso dizer é que a Adrian passou o dia todo secando a bunda da garota pela janela, esse não foi o problema até porque minha irmã sempre foi uma tarada, o problema e que ela sempre dá em cima das garotas nessas ocasiões, e ali não, ela parecia estar paralisada pela garota, algumas vezes encarava o rosto da garota e só faltava babar.

Depois desse dia nunca vimos essa garota, até...

“- Ô filha da puta, não fica me ligando de madrugada não. – Reclamei para a minha querida irmãzinha que estava me ligando de QUATRO DA MANHÃ.

- Cala a boca e me escuta!!

- Você já me acordou mesmo, espero que seja muito importante!!

- Desculpa as vezes esqueço do fuso horário. – Disse e pude sentir sinceridade em sua voz.

- Tudo bem, fala logo. – Falei calma, tentando parecer mais receptiva.

- Sabe aquela garota?

- Que garota?

- Aquela.

- FALA LOGO QUAL A GAROTA!!!

- FALA BAIXO CARALHO!

- Adrian, eu não sou advinha então fala qual a garota, nome? Características?

 - Bom, eu não sei o nome... mas e aquela garota que vimos quando fomos fazer a primeira revisão no My Baby.

- Huummm, aqueeeeeeeeeela garota. – Falei debochada.

- Vai se foder Luna.

- Eu bem que queria, mas achar alguém as quatro da manhã, só se for puta! – Ri e posso jurar que ela deve estar revirando os olhos.

- Idiota.

- O que tem a garota? Você reencontrou depois de alguns anos o seu primeiro amor e não resistiu e agarrou ela?

- Se você ficar falando merda eu vou desligar! – Bufei.

- Ei, quem me acordou aqui foi você, então aguenta! – Escutei ela ri baixinho.

- Eu vi ela em uma praça, parece que ela está vivendo como uma sem teto.

- Wou, então o que vai fazer? Pegar ela e cuidar como seu bichinho de estimação?

- Claro que não idiota, e só que quando eu a vi, eu... travei fiquei encarando seus olhos por longos segundos, ela não e mais aquela garota de quase dois anos atrás, ela agora tem traços mais maduros, não que ela esteja velha... não e isso... ela está – Acabei rindo com o enrolamento da minha querida irmã apaixonada – Do que está rindo, idiota?

- De você, viu a primeira paixão e já está toda enrolada com as palavras, e olha que você nem falou com ela ainda. – Ri – Mas eu entendo, ela deve estar realmente com traços mais maduros, ela deve ter dezoito anos agora.

- Como sabe?

- Lembra que David comentou que ela morava em um orfanato? – Ela confirmou com um som nasal – Se ela realmente está na rua, ela deve ter sido expulsa ao completar os dezoito anos, e como imagino que ela não tem para onde ir, ela está em uma praça.

- Entendo. – Ela falou meio triste.

- O que vai fazer?

- Nada.

- Não vai fazer nada? – Perguntei incrédula, como minha irmã tinha atitude para certas coisas fúteis é quando e realmente importante ela simplesmente não faz nada.

- O que quer que eu faça? Chegue na garota e diga: Hey, eu te vi a quase dois anos e me apaixonei por você, vamos para a minha casa, vou cuidar de você.

- Exato.

- Eu vou parecer uma idiota! – Disse como se fosse obvio e eu revirei os olhos.

- Claro que não, você só vai estar salvando a garota que você ama.

- Eu não a amo!

- Me engana que eu gosto... ou melhor, se engana que você adora, sua iludida – Ri e ouvi ela grunhi – Me responde uma coisa, a última antes de eu desligar essa merda e dormi até as três da tarde.

 - Não sei como a tia Kalin te aguenta. – Resmungou e eu ri, Kalin e o nome da minha mãe, é deis de que nos encontramos pela primeira vez, Adrian se apegou muito a ela já que nunca teve uma mãe a minha acabou se tornando a dela também, em alguns momentos Adrian até a chamou de mãe sem perceber é e claro que a dona Kalin nunca se importou com isso, ela na verdade considera Adrian como uma filha também.

- Ela me ama vadia.

- Pergunta logo. – Mandou impaciente.

- A garota.

- O que é que tem?

- Ela tá mais gostosa? A bunda dela está maior?

- LUNA VAI SE FODER. – Gritou e desligou.

Vou levar isso como um sim.”

Podemos dizer que no primeiro contato delas a Lise não fazia ideia de quem era aquela loira azeda, mas a loira se lembrava bem quem era a garota dos inesquecíveis olhos mel, Já perceberam que nós nos identificamos muito pela cor dos olhos? Será que eles são tão marcantes assim ou e só a gente que e idiota mesmo? Eu pensei que depois daquele primeiro contato a Adrian ficaria apenas stalkeando a menina... me enganei.

“- FILHA DA MÃE, PARA DE ME LIGAR DE MADRUGADA!! – POR QUE ELA SÓ ME LIGA DE MADRUGADA? ELA NUNCA LEMBRA DO FUSO HORÁRIO?

- Desculpa é que... – A interrompi.

- Já sei, você se esqueceu do fuso horário. – Repeti o que ela sempre fala quando me liga... sempre de madrugada.

- Desculpa. – Disse baixinho.

- Fala logo loira, o que você quer?

- Lembra daquela garo... – A interrompi de novo.

- Sei a garota dos olhos mel que você não sabe nem o nome.

- Elise.

- O quê?

- O nome dela e Elise.

- Como você sabe? Huuummm, deixou de ser cú doce e foi pegar a garota?

- LUNA. – Gritou indignada.

- A desculpe, deixa eu concertar: Deixou de sofrer de glicose anal e pegou a garota?

- Vai se foder!

- Olha, de quatro da manhã só se for com puta! – Gargalhei e aposto que do outro lado da linha ela está revirando os olhos.

- Vai me escutar?

- Se você falar logo e parar de enrolar eu te escuto sem nem um problema, até porque você já me acordou mesmo. O que tem a garota?

- Elaestámorandoaqui. – Falou tão rápido que eu não entendi nada, essa garota e fria e na maioria das vezes tá dando o foda-se para tudo, mas quando ela está nervosa - o que raramente acontece - fica até difícil de conversar com ela.

- Adrian fala devagar, por favor, senão eu não entendo

- Desculpe, ela. está. morando. aqui. – Dessa vez ela falou pausadamente.

- Espera, como assim?

- Ela está morando aqui. – Repetiu.

- Sim, isso eu já entendi, mas como ou melhor, por que ela está morando ai... Adrian você não sequestrou a garota, não é?

- Claro que não sua idiota, eu não faria isso!

- Eu não duvido nada. – Ri e ela bufou – Como ela foi parar na mesma casa que você?

- O Franco ontem a noite queria uma puta, mas aquele ele sempre come não podia vir então ela mandou essa garota, quando Franco a viu reconheceu como a assistente de David e a ofereceu o trabalho já que o David foi preso.

- Huuummm, interessante, então quer dizer que o Franco não fodeu ela, mas você vai. – Gargalhei e ouvi ela grunhi do outro lado da linha – Ei calma coalinha, é brincadeira... Bom, ai já depende de você.

- Luna Koltin Minster! – Falou o meu nome completo de forma ameaçadora.

- Adrian Minster! – A imitei – O que vai fazer?

- Como assim?

- Querida irmãzinha, eu sei que você pode ser tudo menos lerda, isso você com certeza não é, e muito menos idiota, então para de enrolar, eu sei que você não me ligou de quatro da manhã só para dar a boa notícia sobre a nova moradora, desembucha!

- Grossa. – Bufou, nem parecia a Adrian de sempre, era só uma criança birrenta – Eu quase pulei nela.

- Wou, Big Sister você e rápida!

- Não nesse sentindo idiota, eu quase pulei para espancar ela.

- Não sabia que era sadomasoquista.

- Luna!

- Parei. – Fiz biquinho, mesmo ela não me vendo eu sei que ela sabe que eu estou fazendo, porque eu também sei quando ela revira os olhos, é o nosso costume de sempre conversarmos mesmo por telefone.

- Diferente de todo mundo, ela não se intimidou de primeira, na verdade ela até ignorou as minhas provocações, além de dar uma belas patadas. – Mesmo que a forma que ela falasse demonstrasse frustração, eu sei que ela deveria estar com um sorriso orgulhoso no rosto, se tem uma coisa que Adrian odeio e mulher fácil, essa adora um desafio e além dessa tal de Elise ser a paixonite dela, ainda tem o temperamento forte, Adrian já pode dizer que a ama!

- Quando será o casamento?

- Luna! – Disse cerrando os dentes.

- Desculpa, mas como vai agir com a sua crush sobre o mesmo teto que você? – Ergui uma sobrancelha, mesmo ela não vendo as minhas expressões ela já deve imaginar.

- Eu não sei, eu só não posso agarra-la!

- Por que não? Minha querida, você esqueceu que e Adrian Minster, e quando você quer você agarra sem se importar, a garota pode ser casada e você não tá nem ai!

- Eu sei, mas ela e diferente.

- Adrian Minster, se você me negar mais uma vez que está apaixonada por essa garota eu pego o primeiro voou para Nova York só para pode lhe dar uma voadora!!

- Ei calma. – Riu – Eu não vou negar. – Disse baixinho.

- O quê? – Eu não havia escutado.

- Nada, desculpa por te acordar de novo, boa noite irmãzinha. – Desligou.

Filha da mãe!”

E assim a primeira garota pela qual minha irmã se apaixonou foi morar com ela, Será que eu deveria ter deixado para a Adrian contar tudo isso no P.O.V dela? A foda-se, já contei e todos já sabem que Adrian Minster e só uma boba apaixonada... tomara que ela não descubra!

Assim os dias foram se seguindo, com uma tentando matar a outra e ao mesmo tempo uma querendo foder a outro, Sim no sentindo sexual da palavra mesmo, mas claro que elas sofriam de uma coisa muito grande chamada: Glicose anal.

A véspera de natal finalmente chegou e com isso a minha viagem para os Estados Unidos também, agora já sem a dona Kalin para me acompanhar, sim porque minha mãe morreu a alguns meses atrás por causa de um infarto fulminante, ela sempre disse para eu não fumar e não beber e ela realmente não bebia, mas fumar, ela era pior que uma Caipora, Eu tinha vários livros do folclore brasileiro e adorava todos, então posso falar que ela fumava mais que uma Caipora! Ela sempre me falava aquele velho ditado: Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. Eu fiquei muito triste quando ela morreu e a Adrian teve que vim para a Itália para ficar comigo, eu não comia, não saia eu estava basicamente no automático, Adrian teve que me dar um choque de realidade para eu ver que estava me matando a os poucos como minha mãe fez só que de uma maneira diferente.

E por isso que eu não considero Adrian a minha heroína, não longe disso, ela não tem porte de heroína, mas ela e com certeza a minha anti-heroína favorita, deis de pequena eu a chamava assim e ela sempre acabava gargalhando, mas sempre acabava me agradecendo.

Quando cheguei a casa e encontrei com a Lise pela “segunda” vez, vi porque a minha irmã estava caidinha por ela a garota estava realmente linda e vê toda a interação dela com a Adrian foi hilário, era sempre uma sem perder a oportunidade de dar patada na outra e assim se seguiu o almoço inteiro, até o momento de ciúme da Adrian quando a Elise comentou sobre o beijo que Nick roubou dela, Não perde uma chance de fazer ciúme na Adrian, meu garoto.

O dia se seguiu agradável até o momento em que fomos todas nos arrumar para a ceia, quando já estava quase pronta percebi que tinha me esquecido de levar minhas botas, fui até o quarto da Adrian para pegar emprestado as dela, mas quando passei pela frente da porta do quarto da Lise ouvi alguns gemidos baixos que pareciam ser tanto da Lise quanto da Adrian, dei um sorriso safado e sai da frente da porta antes que elas me pegassem. O cú doce acabou!

Depois que eu soube do pega que elas deram, me senti melhor, finalmente minha irmã estava com a garota que ela sempre foi apaixonada... mas nem tudo são flores, e naquele momento realmente não era. Depois da ceia quando Franco deu aquela ordem para Adrian sinceramente achei que tudo fosse se repetir, Adrian deis de pequena sofre com o Transtorno Explosivo Intermitente, já foi esclarecido que ela não se irrita por ter matado alguém, o problema e que ela odeio seguir as ordens de Franco e isso lhe causa raiva, eu tenho uma cicatriz nas costas de um dos surtos dela que foi horrível, mas não faço a mínima ideia do que a Lise fez, mas santo remédio milagroso esse hein.

No natal não foi só esses acontecimentos que marcaram, eu conheci uma das garotas mais bonitas que já vi em toda a minha vida, ela parecia ter a mesma personalidade safada e impulsiva que eu tinha... grande engano, toda vez que eu dei em cima da Rachel vi ela corar bruscamente e aquilo me pareceu muito fofo, nos falamos algumas vezes, mas percebi que ela ainda estava muito machucada pela Anna e sinceramente se ela soubesse o quanto eu quero ajudar ela a fechar essas feridas, não só por causa da Anna, eu sei que tem coisas que ela não contou e que sinceramente eu quero saber muito, aquela garota a os meus olhos e uma verdadeira princesa, mas parece que ela não se vê assim, mas com certeza eu vou faze-la sentir como uma.

Bom, nos últimos dias não posso negar o comportamento estranho do Franco, ele está sempre distante e sempre parece estar atento a alguma coisa, essa viajem adiantada mesmo com a Adrian hospitalizada foi a gota d’água, algo muito sério está acontecendo e o pior e que ele não fala nem para mim, não sei se a Adrian sabe, mas se ela soubesse acho que eu também já estaria sabendo... ou não? Adrian sempre me contou as coisas e isso está bem estranho, pois quando ela está com a Elise ela sempre parece estar atenta como o Franco também está... E seguindo esse pensamento chegamos a outro ponto: Elise, mas que merda essa garota tem para fazer até um chefe de máfia grudar nela e protege-la? Salvar uma sem teto, abrigar e dar mesada, porque o Franco pode dizer que aquilo e o salário dela, mas fala sério, quem caralhos recebe o salário sem nem sequer trabalhar antes? Aquilo estava muito estranho, mas eu não comentei com a Lise, acho que ela já está confusa o suficiente e preocupada também com a tapada da minha irmã, correr tendo uma nevasca? A Adrian já foi mais inteligente! Tudo nesse momento está me deixando confusa, a burrice da minha irmã, o comportamento estranho dela e do Franco e esses “riscos” que corremos, que eu já imagino o que são, somos de uma máfia, ou seja, sempre teremos rivais e nesse momento que eles souberam que uma das chefes se feriu gravemente, Sim, você não leu errado, Adrian Minster já é uma das chefes, o que me faz pensar que se a Elise está se relacionando com ela... ELA TAMBÉM E UM ALVO!! PUTA QUE PARIU.

- LUNA!! – Ouvi a ruiva gritar do quarto a o lado.

Fui até lá e me deparei com a ruiva de costas, tentando fechar o zíper do vestido branco que ela usava, o vestido era bem colado e... bem curto também, na frente ele era estilo envelope e tinha alguns detalhes em dourado na costura.

- Dá para você fechar aqui? – Perguntou ela já impaciente.

- Claro. – Disse ainda meio débil por causa da visão belíssima da ruiva –  Já disse que as ruivas são as mais bonitas? – Perguntei sem perceber, quando já tinha fechado o zíper do vestido.

- Como? – Ela perguntou corada me encarando pelo espelho.

- Nada. – Eu também já estava ficando meio corada.

Quando ia sair do quarto, me veio uma coragem sei lá de onde e eu me virei novamente analisando o corpo da ruiva descaradamente e vendo ela corar mais ainda, Fofa.

- O que foi Luna? – Perguntou quando me viu aproximando lentamente.

- Você já ouviu falar na tradição de ano novo? – Falei com a voz rouca e arrastada, Santo sangue esse que compartilho com a Adrian, hein.

- Nã..não.

- Quando der meia noite você tem que beijar alguém na boca.

- E dai? – Perguntou, deixando a vergonha de lado passou os braços sobre os meus ombros e me encarou.

- Esteja ao meu lado quando der meia noite! – Disse e sai do quarto, deixando a ruiva parada com cara de bunda.

Quando ia voltar para o meu quarto percebi Franco e Adrian saindo do apartamento, por algum motivo senti que aquilo não era boa coisa então decidi segui-los. Eles pegaram o elevador e foram para o térreo, depois de algum tempo, pois esperei o elevador subir novamente, os procurei e vi que eles já haviam saído do hotel e estavam indo para a praia, os segui tentando sempre passar despercebida e os vi parar e sentar em um dos bancos que tem no calçadão enquanto conversavam observando a praia.

Fiquei a uma distancia considerável enquanto os observava e escutava a conversa deles.

- Eu já estou a protegendo e você sabe disse. – Adrian disse desesperada.

- Sei, mas obviamente não está sendo o suficiente, ela corre mais perigo que você e você sabe disso!! – Falou Franco que mesmo tentando manter a voz baixa, dava para perceber toda a raiva que tinha no seu tom.

- Eu sei Franco e eu nunca vou me perdoar se algo acontecer a ela.

- Precisamos tirar ela daqui.

- Eu sei. – Adrian disse cabisbaixa.

- Adrian você sabe que isso e necessário, temos que protege-la, temos que proteger minha filha. – OH MY GOD, FILHA?

- A Elise vai ficar segura. – Adrian disse mais como se estivesse fazendo uma promessa para si mesma.

- Como assim? A Elise e sua filha? – Perguntei sem acreditar – Não e possível, a Elise e órfã, não é?

- Não Luna, ela nunca foi. – Franco disse sem me encarar.

- E você – Disse apontando para a Adrian – Sempre soube e não falou para a garota que ela tem um pai.

- Luna e mais do que isso, eu não poderia contar.

- Você está com ela por que a ama, ou por que tem que protege-la?

- Não seja idiota, é claro que eu amo ela, mas temos que proteger ela agora, você não entende!!

- Sinceramente Adrian, eu não quero entender! – Disse e dei as costas para eles voltando para o hotel, tentando conter minha indignação.

A Elise e filha de um mafioso e viveu a vida toda como uma órfã, é a Adrian sempre soube, aquilo foi tão cruel largar a garota em um orfanato e negar amor e carinho a ela, e a Adrian sempre soube.

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Se eu soubesse que aquele era só o inicio do caos, com certeza teria evitado grandes desastres futuros!