1. Spirit Fanfics >
  2. Love Me If You Can >
  3. Isso não é um adeus!

História Love Me If You Can - Isso não é um adeus!


Escrita por: Dark_Girl01

Notas do Autor


Voltei \o/ (Sério?)
Eu posso explicar mais um sumiço! Eu estava sem net, eu já tinha terminado esse capítulo também e quando fui na minha avó postar... ela também estava sem net :v
Bom, nesse tempo sem net eu escrevi três capítulos que finalizam a primeira parte (eu disse que seriam dois capítulos para encerrar, mas achei que com mais um ficaria melhor explicado), para compensar a demora hoje vai ter maratona :D Eu postarei o segundo mais tarde e o terceiro a noite, então me amem (ou me odeiem pq eu sempre sumo... e depois desses três capítulos pode ser que vocês me odeiem :/)

Só aviso que prestem bastante atenção nos capítulos pq terão meio que mensagens subliminares u.u

Sem mais enrolação (depois de sempre enrolar muito), Boa Leitura ^^
(Desculpem qualquer erro)

Capítulo 23 - Isso não é um adeus!


Fanfic / Fanfiction Love Me If You Can - Isso não é um adeus!

- Elise a leve daqui. – Adrian ordenou, pegando um robe roxo e o vestindo, logo depois saindo do quarto com a arma em punho.

- Não seja idiota, você não pode fazer nada nesse estado. – Tentei alerta-la, mesmo sabendo que provavelmente ela não mudaria de ideia.

- Tem razão, mas nesse estado eu não posso ajudar a carrega-la, então precisa ser você, e além do mais, eu duvido que você saiba manusear uma arma. – Disse e foi seguindo pelo corredor, O pior e que ela tem razão, eu sou completamente inútil nessas situações! Bufei e peguei a Luna no colo, Pelo menos não sou tão fraca.

Quando cheguei na sala vi o cara que provavelmente tinha atirado em Luna, caído no chão, Nick que estava do outro lado da sala com um pistola em mão nos olhou e sua expressão virou de preocupação ao ver Luna no meu colo.

- Esse desgraçado. – Disse e deu mais um disparo na cabeça do cara, que estourou o lado esquerdo inteiro, uma cena que quase me fez vomitar.

- Gente, eu sei que a adrenalina está a flor da pele, mas eu preciso de algo pra pelo menos estancar o sangue dela! – Avisei, já sentindo o robe que eu usava encharcar.

- Coloque-a sobre a mesa e use os panos para fazer isso, no banheiro tem uma caixinha de primeiros socorros, use, iremos chamar os outros e pensar em alguma coisa! – Adrian falou e seguiu novamente para o corredor, Nick a seguiu logo após ter dado um jeito de colocar uma prateleira em frente a porta, já que ela tinha sido arrombada.

Pensei que isso seria idiotice, já que provavelmente alguém tinha escutado o som dos disparos e chamado a polícia, mas isso não me preocupou muito no momento, minha maior preocupação era a Luna, ela não poderia morrer.

Derrubei tudo que tinha em cima da mesa, com certa dificuldade e a coloquei cuidadosamente deitada de bruços sobre a mesa, rasguei a camisa na parte onde ela foi baleada, eu não saberia tirar uma bala, mas tinha que tentar pelo menos fazer aquele sangramento parar.

Fui até o banheiro e procurei a caixa de primeiros socorros, quando achei voltei correndo para a cozinha, abri a caixa e dentro tinha remédios, algodão, esparadrapo e um rolinho de ataduras, eu não sabia bem o que fazer, mal sabia cuidar dos meus ralados quando era menor quanto mais cuidar de um buraco de bala, Que merda está acontecendo?

- Elise. – Ouvi Adrian chamar, quando me virei ela estava encostada no batente da porta e já com outra roupa – Como ela está?

- Bom, ela está perdendo muito sangue...

- Isso e obvio. – Disse ela, observando a poça que tinha onde ela estava caída, o sangue que tinha sobre a mesa e o meu robe que antes era cinza agora estava vermelho.

- Eu estou usando os algodões e os panos para tentar conter o sangue. – Falei enquanto pressionava alguns panos que tinha pego na cozinha, o que não estava funcionando muito bem, porque além dos panos terem ficados encharcados o sangue ainda escorria, aquilo já estava começando a me preocupar, a Luna é branca, mas não nesse tom, os lábios dela já tinham perdido a cor e quando chequei o pulso dela percebi que estava fraco, Droga, eu não sou medica!

- Veja se não tem nenhum remédio que ajude. – Percebi que mesmo tentando parecer seria, Adrian estava bem desesperada é isso era normal, era a irmã dela que estava ferida e se eu não fizesse nada ela morreria ali mesmo.

Fui até a gaveta de talheres e peguei uma grande faca, liguei o fogo e coloquei a faca sobre o fogo deixando-a esquentar, Adrian me olhou confusa quando eu peguei a faca que já estava quente e pressionei sobre a ferida, vendo o sangue estancar na hora, soltei o ar que eu nem tinha percebido que segurava e encarei Adrian, dando um sorriso vitorioso e balançando as sobrancelhas.

- Adrian precisamos sair daqui o mais rápido possível, sabemos que aquele cara era só o primeiro. – Nick avisou, aparecendo na cozinha e atrás dele vinham Martin e Rachel.

Rachel quando viu Luna caída sobre a mesa travou e vi seu olhos marejarem, eu a encarei sorrindo fraco, a mesma coisa que fiz com Adrian, para tentar acalma-la e a vi assentir com a cabeça, como se tivesse entendido que aquele não era o momento para se desesperar.

- Sim. – Concordou com Nick e se virou para encarar a ruiva – Rachel você sabe dirigir?

- Sim, e sabemos manusear armas também. – Sorriu vitoriosa, como se estivesse feliz por ser útil, Isso, joga na cara mesmo que você e útil e eu sou quase descartável!

- Você também sabe Ely? – Adrian me perguntou, sorrindo de lado como se já soubesse a resposta.

- Não, se você não percebeu, eu sou a mecânica da equipe, não sou paga para matar ninguém! – Bufei e cruzei os braços, Eu basicamente me chamei de inútil.

- E a parti de agora... medica também. – Luna falou fraca, ela ainda estava de olhos fechados e não parecia ter forças para se levantar, todos a encaramos com sorrisos esperançosos, Bom, pelo menos ela ainda está viva – Já dá para fazermos... um clã no Warface! – Rimos com seu último comentário, Mesmo a beira da morte ela ainda consegue fazer piadinhas? Por isso ela tem meu respeito!

- Sente muita dor? – Adrian perguntou, finalmente deixando a preocupação dominar.

- Sinceramente... eu não sinto minhas... – A frase morreu quando ela desmaiou novamente.

- Luna. – Adrian ia tentar acorda-la, mas eu a segurei.

- Calma, ela só está fraca, vamos logos sair daqui, ela precisa da ajuda de um médico de verdade! – Falei seria, e ela parece ter acordado novamente para a situação, ela assumiu a sua famosa carranca e foi lentamente até o armário, onde lá ela tirou outras duas pistolas.

- Tem armas em todos os lugares dessa casa? – Perguntei surpresa com aquilo.

- Claro, já percebeu com quem você está andando? Precisamos sempre estar prontos! – Adrian avisou e entregou as armas para Rachel e Martin, e deu também algumas balas.

Ouvimos o celular de Nick tocar, e ele atendeu ficando alguns segundos em uma conversa curta, até desligar e encarar Adrian com um sorriso de lado.

- Está tudo pronto, a chave está com você?

- Claro, Ely já que você e a única que não sabe usar armas, você carrega a Luna.

- Okay... mas antes eu posso... é. – Apontei para o meu robe ensanguentado.

- Claro, mas se troque rápido. – Assenti e corri para o quarto.

Coloquei uma camisa branca, que por eu estar melada de sangue ela acabou manchada, um short simples azul e calcei meus chinelos. Voltei para a sala e vi todos já na porta me esperando, fui até a cozinha e antes de eu pegar a Luna no colo, passei rapidamente álcool por cima da ferida e uma pomada, depois fiz um curativo usando as ataduras e os esparadrapo para segurar.

Cuidadosamente eu a peguei no colo e segui os outros, quando íamos para o elevador Adrian me puxou usando o braço esquerdo - o braço bom - e me levou até as escadas, Martin ia na frente junto com a Rachel com armas em punho e atentos, Nick ia atrás e dava suporto a Adrian que subia devagar, por causa da perna ruim ela subia com as muletas e eu ia no meio, tomando cuidado com a “quase” loira. Depois de subir mais sete lances de escada, chegamos até a cobertura, Nick que estava indo atrás dando apoio a Adrian foi até a porta e a destrancou, quando ele abriu podemos ver um helicóptero.

- Vamos de helicóptero...? – Martin perguntou.

- Claro, você quer ir de carro para sermos mortos na estrada? – Adrian perguntou e ergueu uma sobrancelha.

- Quem vai pilotar? – Foi minha vez de perguntar.

- Eu e claro, já que a Adrian não está em condições. – Nick disse, e quando a olhei surpresa ele piscou para mim.

- Vocês sabem pilotar? – Eu a Rachel e o Martin perguntamos surpresos.

- Claro, somos preparados para tudo. – Adrian avisou e pediu ajuda ao Nick para subir.

- Não e só a Adrian que tem envolvimento com essas coisas? – Martin perguntou.

- Claro, mas como best friend – Falou forçando a voz para deixa-la afetada – Eu estou envolvido nisso tudo.

- Podemos deixar a conversa para depois, vamos logo, estou surpresa que não apareceu mais ninguém para tentar nos matar. – Adrian avisou e o Martin me ajudou, segurando a Luna para que eu subisse e depois eu a peguei novamente a posicionando no meu colo de uma forma que não a machucasse.

Nick foi o último a subir, Adrian estava do lado dele e atrás estávamos Martin, Rachel e eu respectivamente, Luna estava no meu colo e com a cabeça no ombro da Rachel que fazia cafuné nela. A sensação de voar foi estranha, mesmo que eu já tenha andando de avião aquela sensação era nova para mim e bem agradável... tirando é claro o fato de que minha amiga estava baleada no meu colo.

- Para onde vamos? – Perguntei usando um microfone que Nick tinha me entregado.

- Aeroporto. – Nick respondeu.

- Mas não é na outra direção? – Perguntei confusa.

- Vamos para o MEU aeroporto. – Adrian disse, dando ênfase ao “meu”.

- Ser rico é outro nível. – Rachel brincou.

- E contra lei também. – Sussurrei baixinho só para mim mesma.

Eu nunca havia pensado por esse lado, mas essa situação toda me incomoda muito, o que eu sempre sonhei em ter foi uma casa, um estudo normal e pais... Sim, deis de pequena mesmo eu parecendo não dar a mínima para a situação - até porque já tinha crianças menores para ajudar - eu sempre quis ter pais, na escola era incomodo o fato de que todos os meus colegas de classe tinham alguém tanto para busca-los, ou nas festas de dia dos pais e dia das mães, mesmo que alguns não tivessem mão ou pai, eles sempre tinham algum parente que cuidava deles, tanto avôs ou tios, eles tinham figuras paternas e maternas, o que eu nunca tive, o máximo que cheguei a ter foi uma carcereira, pode parecer exagero, mas era exatamente isso que Daniela era. Eu já não posso falar isso do Martin, Rachel e Anna, porque mesmo que eles também não tenham tido - tirando a Rachel, mas acho que foi pior para ela, porque teve que se adaptar a perda e nós não, porque simplesmente nunca tivemos - eu servia como a figura amorosa e cuidadosa para eles, então eles tiveram sim uma figura materna e eu era essa pessoa, eu não queria que eles sentissem o que eu senti, nenhum dos três foi abandonado, nenhum dos motivos pelos quais os levaram até a nossa “casa” foi proposital, e eu? Eu fui só uma garota que de tão indesejada foi abandonada ainda bem pequena, nunca tive um sobrenome, sabe o quanto era solitário? Todos tiveram alguém como referência - que no caso deles era eu - e eu sempre sozinha, a única coisa que me fazia feliz era no dia das mães, O quê? E curioso o fato de eu não ter mãe, mas gostar dessa data? Realmente para mim era um dia em que não significava muito, afinal, quem eu presentearia? Eu não tinha ninguém a quem prestar homenagem ou simplesmente dar um abraço e agradecer por cuidar de mim, mas eles tinham, e como eu havia falado era eu, eu recebia cartinhas de dia das mães, e toda vez que eles faziam presente era eu quem os recebia, mesmo que eles nunca tivessem me chamado de mãe eles sempre me consideraram assim, Quem vocês acham que aconselhavam, defendiam, e cuidava deles quando estavam doentes? Era eu, eu sempre tive minhas feridas, mas nunca deixei que eles vissem, até porque eu já tinha que ajuda-los e superar a deles.

- No que tanto pensa? – Adrian perguntou, me tirando dos meus devaneios e todos me encararam.

- Nada, é só que... hmmm, deixa pra lá. – Antes que Rachel perguntasse, Adrian foi mais rápida.

- Tudo bem. – Ela se virou e me encarou, e pelo seu olhar eu já sabia que ainda não tinha acabado a nossa conversa, ela ainda insistiria nesse assunto e não sei se conseguiria fugir das suas perguntas.

Ficamos em silêncio e cerca de uma hora se passou quando finalmente pousamos no meio de uma mata, onde existia uma pista de terra.

- Chegamos. – Nick avisou assim que pousamos, todos déssemos, Nick foi ajudar a Adrian e o Martin me ajudou com a Luna.

Nessa pista não tinha nada, a não ser um galpão que parecia estar abandonado, mas como já havia percebido, nem tudo é como aparenta ser. Nos aproximamos da grande porta que estava trancada, mas na parede tinha o que parecia ser um cadeado eletrônico, Adrian se aproximou e digitou um código o que fez a porta se abrir, revelando o que achei que só tivesse em filmes, Sabe aquelas bases secretas de filme de ação, onde e cheio de computadores e um arsenal de armas enorme? Bom, era basicamente onde eu estava agora, além e claro de alguns carros e motos que tinham ali.

Percebi que uma das cadeiras estava ocupada, um garoto estava mexendo no computador digitando o que parecia serem vários códigos que subiam pelo monitor, é e nesses momentos que eu boio e não entendo merda nenhuma.

-Lyan, como andam as coisas? – Adrian perguntou, se aproximando dele tocando seu ombro, chamando a sua atenção.

- Estamos com problemas, eles descobriram nossa localização, ou seja, precisamos excluir esse lugar do mapa! – Avisou, se virando para nos encarar, sorrindo ao ver todos nos ali, mas sua expressão mudou assim que viu a Luna no meu colo, ela estava com a camisa toda rasgada apenas cobrindo os seios, a barriga estava coberta apenas pelas ataduras ensanguentadas – O que aconteceu?

- Ela foi baleada. – Falei.

- Conseguiram tirar a bala? – Me encarou.

- E eu lá tenho cara de medica? Eu consegui estancar o sangue e foi um milagre eu saber fazer isso. – Disse com certa amargura na voz, coloquei a Luna deitada de bruços em cima de uma mesa e me afastei indo para o lado de fora do galpão, mas antes de sair eu falei baixo achando que apenas eu iria escutar – Eu sou uma inútil!

Me escorei na parede do grande galpão, e fui escorregando até me sentar no chão, enfiei minha cara entre meus joelhos e fiquei pensando em tudo novamente como no helicóptero, só que dessa vez meus pensamentos eram outros, se eu tivesse escutado a Luna mais cedo ela não estaria nessa situação.

-Afinal, até quando vou continuar sendo uma inútil? – Me perguntei.

- Você nunca foi e nunca será inútil para nenhum de nós! – Aquela voz rouca entrou novamente pelos meus ouvidos, eu não levantei a cabeça para encara-la pois já sabia que sua expressão séria de reprovação pelas minhas palavras.

- Então me diga, se eu tivesse escutado a Luna mais cedo ela não estaria assim, se eu tivesse te impedido de correr você não estaria assim, se eu tivesse me afastado da Rachel e do Martin eles não teriam se envolvido em tudo isso e provavelmente não estariam correndo perigo, sim sou tão útil quanto o Franco e santo. – Disse irônica e quando levantei a cabeça para encara-la senti minha cabeça ser empurrada para o lado contrário e minha bochecha arder. – Adrian... – Ela havia me dado um tapa na cara e me olhava incrédula, Eu falei alguma mentira por acaso?

- Você e inútil? Você escuta as merdas que fala? Se não fosse por você, a Luna nem estaria viva agora, já teria morrido pela perda de sangue, Rachel e Martin sem você não seriam nada, eles só aprenderam essas coisas manuseio de armas, dirigir, para poder te proteger!

- Eu sou tão inútil que preciso de seguranças agora? É afinal, proteger de que? – Perguntei sem entender, do que merda todos me protegiam?

- Não e isso que importa... – A interrompi.

- É claro que importa, e sobre mim droga! – Me levantei e olhei no fundo daquele mar verde, mesmo que tivéssemos uma diferença de altura considerável, naquele momento eu parecia ser mais alta e ela apenas uma criancinha medrosa – Do que merda vocês me protegem, ou melhor, por que vocês me protegem?

- Ely. – Ela bufou – Quem tem que te explicar isso e o Franco, afinal, isso é sobre você e ele!

- Qual minha ligação com um mafioso? – Insisti.

- Ele quem tem que te contar! – Ela me encarou divertida – Agora dá para você me contar onde aprendeu a fazer aquilo com a faca?

- O quê? Esquenta-la?

- É.

- Eu acho que foi em um programa, ou em um filme de terror, não lembro muito bem!

- Em um filme de terror? – Me olhou incrédula.

- Sim, eu não me lembro o nome do filme, mas lembro que tinha uma planta que infectava as pessoas, e o cara estava com a perna infectada, ai eles tiveram que amputar a perna dela, mas para impedir que ele perdesse muito sangue eles esquentaram uma faca e colocaram sobre a perna do cara... Acho que foi assim.

- Então você pensou que essa ideia genial fosse funcionar com a minha irmã?

- Sim, é no final não acabou dando?! – Perguntei, sorrindo vitoriosa.

- Okay. – Levantou a mão - mais ou menos boa - em rendição – Você conseguiu, agora toda vez que você quiser assistir um filme toda esparramada no sofá da sala, eu vou deixar, porque vai que você acaba salvando outras vidas! – Rimos e eu dei um tapa nela vendo ela fazer bico.

- Você e ridícula! – A abracei.

- E você é incrível! – Me beijou, mas antes que pudéssemos aprofundar o beijo escutamos uma tosse forçada, atrás de nós.

- Desculpe atrapalhar o casalzinho gay do ano, mas o Lyan está chamando as duas. – Rachel avisou, voltando para dentro do galpão se juntando a os outros, eu encarei a Adrian e começamos a rir da frase da minha melhor amiga.

- Estamos mesmo um casalzinho bem gay! – Adrian comentou enquanto voltávamos a nos juntar com os outros.

- Concordo. – Todos falaram em uníssono e riram da nossa expressão indignada.

- Chatos. – Falei.

- Você está muito ofensiva hoje! – Nick brincou.

- Você tá um cú hoje! – Rebati e vi ele fazer uma careta.

- Okay, antes que todos comecem a discutir vamos logo ao que eu descobri.

- O que você descobriu? – Martin perguntou.

- Se você deixar eu terminar de falar eu explico!

- Desculpa.

- Tudo bem. – Ele encarou o monitor – Bem, será melhor se eu falar: o que eu e meu pai descobrimos.

- Para de enrolar e fala logo! – Essa foi a Adrian, como sempre delicada.

- Desculpe... Quando estávamos ainda em Nova York, descobrimos que eles já sabiam a muito tempo onde vocês moravam. – Eles quem?

- Isso não faz sentido, por que ela não atacou antes? – Ela quem?

- Na verdade Adrian, faz todo sentido, pense bem eles poderiam até atacar, mas quem garante que a garota que vocês protegiam era realmente a que eles buscavam. – Essa garota seria eu?

- E como depois de quase dois meses foi que eles chegaram à conclusão de que era sim?

- Eles perceberam o obvio, Franco Menier nunca protegeria alguém que não fosse de suma importância para ele! – Por que eu sou tão importante para ele?

- Okay, então eles perceberam o obvio e simplesmente começaram a atacar?! – Rachel perguntou, Espera ai, até eles sabem o que está acontecendo e eu não?

- E por que eles perderiam tempo?! – Martin perguntou o obvio, Que para mim não era obvio, eu estou me sentindo no filme O Naufrago de tanto que boio aqui!

- Tem razão, mas isso não muda totalmente os planos? – Rachel perguntou.

- Sim, por isso estamos aqui, precisamos tirar a Ely daqui! – Adrian falou seria – Mas temos que pensar em um jeito de fazer isso, sem que ela corra perigo! Eu sinceramente achei que ela nos deixaria em paz se eu corresse, percebi que perdi tempo.

- Como faremos isso? Temos que pensar na possibilidade de que talvez eles já tenham descoberto a nossa localização atual é já tenham começado a nos caçar novamente! – Nick alertou.

- E temos que lembrar que temos uma pessoa baleada e outra toda quebrada. – Lyan interviu e recebeu um olhar fulminante da Adrian.

- Vamos deixar isso com o Franco. – Nick disse enquanto olhava para o seu celular – Ele está vindo para cá.

- E como organizaremos tudo? – Rachel perguntou.

- Eu, você, Martin, Nick e Lyan, vamos tentar despista-los, enquanto Franco tira a Luna e a Ely daqui, conhecendo-o bem tenho certeza que ele deve estar vindo com vários seguranças.

- Como você vai fazer isso nesse estado? – Finalmente me manifestei, só que demonstrando preocupação.

- Não se preocupe. – Acariciou minha bochecha com a mão esquerda, já que ela havia se escorado em uma mesa e tinha soltado a muleta – Eu já estive em condições horríveis e lutei em batalhas piores!

- Não fale como se estivesse indo para a guerra!

- Talvez estejamos indo afinal. – Divagou.

Depois de alguns minutos e um silêncio ter tomado conta, escutamos um carro se aproximando, ou melhor, vários carros.

- Ele chegou. – Lyan avisou, olhando um monitor onde havia imagens de várias câmera que devem estar espalhados pelo galpão e arredores.

Um Nissan Altima 3.5SL preto estacionou bem na porta do galpão e dentro dele saiu o velho de cabelos grisalhos, mas que ainda dava para se perceber que um dia aquele cabelo foi negro como a noite, olhos frios bem diferentes do que eu tinha visto na primeira vez que o encontrei, aquele dourado que se assemelhava ao meu dependendo da situação estava petrificado. Ele veio caminhando em nossa direção em passos pesados e observando cada um de nós, até que seus olhos pararam em mim e ao ver a minha camisa cheia de sangue, eu vi sua expressão passar de gélida para preocupada.

- O que aconteceu com você? – Perguntou, tentando esconder a preocupação, mas era obvio em seu tom tremulo que ele havia se abalado.

- Bom, comigo não aconteceu nada, deveria se preocupar com a Luna, ela levou um tiro nas costas. – Apontei para a Luna que estava deitada de bruços sobre uma mesa e com as costas enfaixadas.

- Conseguiram tirar a bala?

- E você acha que tem algum medico aqui?! – Adrian perguntou áspera.

- Você deveria saber, mas pelo que percebi você não sabe cuidar nem de si mesma sua idiota.

- Hey, veja como fala com quem está protegendo sua fi... – Quando Martin ia completar a frase, Rachel deu um tapa na cabeça dele, É impressão minha ou ele ia falar filha?

- SERÁ QUE DÁ PARA VOCÊS PARAREM DE DISCUTIR? Se você não perceberam a Luna ainda está desacordada e além do mais ELA ESTÁ COM UMA BALA NAS COSTAS!! – Eu explodi, foda-se o que estava acontecendo no momento, eu só sabia que precisávamos sair dali imediatamente.

- Ela tem razão, Elise pegue a Luna e entre no carro, eu vou indo logo atrás. – Franco ordenou e eu nem me preocupei em questionar, só queria sair logo dali.

Fui até a mesa e peguei a Luna cuidadosamente no colo, caminhei até o carro onde a porta de trás já havia sido aberta pelo motorista e me sentei, fazendo a Luna ficar sentada ao meu lado, mas com a cabeça escorada no meu peito, ela parecia uma bonequinha de pano naquele momento.

Eu observei o Franco falar por longos minutos, em nenhum momento ele foi questionado pelos outros sobre o que falava, até o momento em que eu vi que ele falou algo que deixou todos chocados, Adrian e Rachel até pareciam meio tristes, Adrian ia falar alguma coisa, mas desistiu, quando o Franco deu as costas a eles vi Adrian caminhar até o carro mais precisamente até a minha janela que estava levantada, quando ela se encostou no carro eu abaixei a janela e a vi sorrir fraco.

- Não importa quanto tempo passe, lembre-se que eu nunca te abandonei! – Disse e me deu um beijo rápido – Isso não é um adeus!

- Como assim? – Perguntei confusa.

- Eu te amo Ely, nunca se esqueça de mim!

- Okay, acabou a melação, precisamos ir agora. – Franco avisou, entrando no carro e o motorista apertou um botão que fez a minha janela começar a subir.

- Ei espera, o que ela quis dizer? – Perguntei para o Franco, quando o carro já havia saído dali, agora seguíamos por uma estrada de terra com pelo menos outros três carros nos seguindo.

- Você logo entendera. – Deu um sorriso macabro, Lembram que no início da história eu sempre dizia que ele era bipolar? Bom, isso nunca mudou!

- Para onde vamos levar a Luna? – Perguntei.

- Vou leva-la até um médico amigo meu, mas antes vou te deixar em um lugar, depois de deixar vocês duas vou resolver um problema antigo!

- A onde vai me levar?

- Você vai ver.

Longas horas se passaram e ai eu pude perceber que o lugar onde estávamos era muito afastado, por isso tivemos que vir de helicóptero, quando chegamos a cidade já era noite e eu logo reconheci o caminho que estávamos fazendo, o reconheci porque no dia anterior eu também fiz o mesmo percurso só que na direção contraria.

- Por que está me levando para o aeroporto?

- Não é obvio? Você vai sair daqui.

- Para onde vou?

- Ai você que decidi.

- Como assim?

- Vou deixar a sua disposição o meu jatinho, decida para onde vai e ele te levara, mas lembrasse que será só dessa vez, é... – Abriu o porta luvas e tirou dois envelopes – Se quer esclarecer suas dúvidas, todas as respostas estão ai. – O assunto se encerrou ali.

Mais alguns minutos se passaram até que chegarmos ao aeroporto, não passamos por toda aquela área principal, depois de se identificar - com o que parecia ser um nome falso - o motorista seguiu direto para a pista parando perto de um jatinho. Franco desceu do carro e falou com quem parecia ser o motorista, depois de algumas palavras trocadas Franco fez sinal para que eu fosse até ele, olhei para a Luna que ainda estava desacordada e dei um beijo em sua testa, depois tentei acomoda-la da melhor maneira possível no banco e sai.

- Elise, esse e Mauro e ele estará a sua disposição hoje. – Apresentou e Mauro me cumprimentou com a cabeça, depois acenou para Franco e entrar no jatinho – Elise, me desculpe.

- Pelo que está se desculpando? – Perguntei confusa e vi ele sorrir.

- Você vai entender, é... Adeus! – Me deu um beijo na testa e voltou para o carro, logo o motorista deu a volta com o carro e eles seguiram para a entrada novamente.

Entrei no jatinho e vi Mauro me encarando como se me perguntasse para onde iriamos.

- Me deixe pensar um pouco, daqui a pouco lhe aviso. – Ele assentiu e foi até a sua cabine.

Me sentei em uma das poltronas e observei os dois envelopes, na verdade um envelope e uma carta, o envelope estava assinado como sendo de Franco e a pequena carta era de Adrian, olhei para os dois como se decidindo qual leria primeiro e optei pelo envelope do Franco, o abri e percebi que nele havia pelo menos 13 páginas todas escritas a mão, na primeira página a primeira frase já me surpreendeu pela forma carinhosa como foi escrita.

“Minha querida, Elise”


Notas Finais


Até daqui a pouco o/
1/3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...