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História Love Me If You Can - Minha querida Elise


Escrita por: Dark_Girl01

Notas do Autor


Voltei \o/
Quase 5 da manhã, mas como eu ainda não dormi ainda e ontem u.u
Eu pensei que esse capítulo estava finalizado, mas quando vim postar percebi que estava pela metade, então passei a noite terminando ele, então provavelmente ele vai estar cheio de erros :/
Esse capítulo tem música no finalzinho, só para terminar de destruir o coração de vocês :v (brinks gente, amo vocês:3) a música é Alex & Sierra - Broken Frame (link notas finais... como sempre)

Sem mais enrolação, Boa Leitura ^^
(Só lembrando que terminei ele agora, e não revisei, então desculpem se estiver cheio de erros, tô com sono)

Capítulo 25 - Minha querida Elise


Fanfic / Fanfiction Love Me If You Can - Minha querida Elise

“Minha querida, Elise

Pode parecer que tudo que está acontecendo não faça o mínimo sentido para você, realmente não faço ideia do que está se passando em sua cabeça nesse momento, mas estou disposto a lhe dar as explicações que você tanto merece saber, mas para você entender bem tudo que vou lhe falar preciso começar explicando do começo.

Me chamo Franco Menier - isso você já sabe - eu nunca recebi o sobrenome da minha mãe, pois eu simplesmente nunca tive uma, eu nunca soube o nome da minha mãe, pois meu pai apenas a chamava de Rosa, você pode pensar que Rosa e um apelido bonito pois as rosas são belíssimas, mas para o meu pai esse nome tem outro significado, já que apesar da beleza das rosas elas são cheias de espinhos e dependendo da forma como você a pega pode acabar se cortando, é foi exatamente isso que aconteceu com o meu pai, ele acabou se encantando pela beleza daquela rosa, mas foi cortado da pior forma possível. Dias depois de eu nascer minha mãe simplesmente fugiu com um bandido, me deixando para o meu pai criar, eu nunca reclamei ou senti falta de ter uma mãe, até porque meu pai fazia de tudo para que eu tivesse do bom e do melhor mesmo sendo pobres, sempre tínhamos o que comer.

Bom, como você já deve imaginar eu não sou americano, sou italiano, nasci em Veneza e o motivo pelo qual você achou curioso meu nome ser francês é porque meu pai era francês, já Rosa era italiana, então eu tenho descendência das duas nacionalidades. Mesmo sendo italiano eu sempre amei a cultura francesa e meu sonho sempre foi visitar a França, mas quando pequeno esse sonho parecia tão distante, sabe? - Acho que você me entende bem nessa situação - Eu cresci em uma área mais afastada, meu pai tinha uma plantação onde ele tirava algum sustento para nós, mas ele sempre estava fazendo bicos pela cidade, é assim se passou meus primeiros oito anos de vida.”

- Onde merda ele quer chegar com isso? – Pensei alto – Parece até que ele quer que eu o entenda melhor...

“Meu aniversário de nove anos se aproximava e o que eu mais queria era uma bicicleta, eu morava longe da escola, então tinha que acordar muito cedo para não perde as aulas, deis de pequeno eu queria largar os estudos para ajudar meu pai no trabalho, mas ele sempre insistiu para que eu continuasse, segundo ele o único legado que ele poderia me deixar era a educação, - sabia não acha? - então eu continuei a estudar mesmo com a distância da escola acordar antes do galo cantar se tornou um costume para mim, porém quanto mais meu aniversário se aproximava, mais meu pai sumia de casa, eu comecei a ficar assustado pensando que talvez meu pai fosse me abandonar como minha mãe, eu comecei a chorar todas as noites com essa possibilidade, eu comecei a me sentir um objeto descartável, talvez meu pai tenha cansado de me sustentar, talvez ele tivesse cansado de mais uma responsabilidade, esses eram os meus pensamentos que me corroíam por dentro.

Depois de várias noites onde eu chorava por não saber onde meu pai estava, o dia do meu aniversário chegou e com ele uma das maiores alegrias da minha vida, aquele foi mais um dia exaustivo para mim, onde eu acordava muito cedo, estudava o dia todo e voltava para casa no final da tarde, quando cheguei na minha pequena casa senti um cheiro diferente, parecia ser... bolo, quando eu identifiquei o cheiro eu corri para dentro da casa encontrando o meu pai com um belíssimo bolo - que na verdade era um bolo simples, mas para mim era muito especial - em cima da mesa, no bolo havia uma única vela simples, meu pai todo animado cantou parabéns para mim e mandou eu fazer um pedido, eu como uma criança inocente, apenas pedi para sempre ter aquele homem ao meu lado, eu queria meu pai sempre comigo aquele foi o meu desejo a os nove anos.

Tínhamos terminado de comer algumas fatias de bolo e eu o questionei sobre onde ele estava naqueles vários dias que ele passou fora de casa, lagrimas já queriam descer só de imaginar qual seria a resposta, ele vendo que eu iria chorar apenas me puxou para um abraço e falou que tinha trabalhado muito esses últimos dias, não só para me dar aquele bolo e sim para me dar realmente um presente de aniversário, eu estava confuso, o que aquele homem poderia me dar de mais especial? Ele foi até o seu quarto de lá ele tirou uma bicicleta, as lagrimas que eu estava segurando caíram na hora, eu corri para abraçar o meu pai eu o agradeci milhares de vezes, eu encarei aquelas duas esferas verdes que também estavam marejadas, eu falei para ele dos meus medos de que ele iria me abandonar como minha mãe fez, mas ele apenas me abraçou mais forte e me disse que nunca faria aquilo, ele me amava demais e eu era a única coisa que ele tinha na vida.

Eu fisionomicamente não me parecia muito com o meu pai, ele tinha olhos verdes esmeralda, cabelos ondulados e ele era meio gordinho, já eu era magricelo, tinha olhos dourados e cabelos lisos, o que nos assemelhava era a cor do cabelo já que tínhamos cabelos negros, meu nariz e boca também eram as do meu pai. Uma coisa que nos diferenciávamos muito era a personalidade, eu até que tinha uma personalidade parecida com a do meu pai, mas era muito fácil eu explodir e começar a me sentir superior a todos, ele dizia que esse parte da minha personalidade eu havia herdado da Rosa é era nessas horas que eu me perguntava o porquê do meu pai ter se apaixonado por uma mulher tão controladora e possessiva, além de que ele me falava que ela também era incrivelmente fútil.

Os dias, ou melhor, meses foram se passando e eu como sempre me sentia uma criança muito feliz, mesmo em minhas condições eu era uma criança que adorava minha vida, claro que eu queria dar uma condição melhor para o meu pai um dia, mas naquele momento eu fazia o que eu podia, ou seja, eu estudava muito, eu sempre tirei as melhores notas da minha classe e sempre fui o mais esforçado, meu pai sempre dizia que tinha orgulho de mim porque depois de algum tempo eu comecei a acordar mais cedo do que ele, pegava a minha bicicleta e ia até a escola, se a aula não tivesse começado eu ficava na biblioteca lendo. Um dia quando eu voltava para casa pedalando rapidamente já que tinha ganhado alguns pães de uma grande amiga minha, eu tive a maior tristeza da minha vida, eu larguei minha bicicleta na porta da minha casa e entrei empolgado, mas quase vomitei ao sentir um cheiro podre vindo do quarto do meu pai, eu comecei a ficar nervoso, larguei a sacola que carregava, em cima da mesa e quando abri a porta do quarto do meu pai eu vomitei na hora, meu pai estava completamente mutilado e também estava decapitado, quando eu ia sair correndo do quarto eu percebi a presença de uma terceira pessoa a pessoa com os olhos dourados idênticos aos meus, Rosa.

A minha “mãe” me olhou e sorriu sarcástica, perguntou como eu estava, como foi o meu dia, como se aquilo fosse a coisa mais normal a se perguntar naquele momento, dane-se se o meu pai estivesse todo mutilado, depois de nove anos ela volta faz isso e ainda fala comigo como se nada tivesse acontecido.

Eu já estava pronto para sair correndo daquela casa, mas quando ia correr ela me agarrou e me abraçou, falando que sentiu minha falta e que aquele traste que eu chamava de pai nunca faria diferença nas nossas vidas, eu estava do lado da cama e ela continuou a me abraçar e a falar aquelas coisas como se eu fosse acreditar, ver meu pai ali daquele jeito, minha “mãe” coberta de sangue enquanto me abraçava e me sujava também, eu surtei e aquela faca que foi usada para matar meu pai foi a mesma que eu usai para matar a minha mãe, eu puxei a faca sem que Rosa percebesse e a finquei nas costas dela vendo ela sangrar até a morte, observei aqueles olhos agora opacos e qual não foi a minha surpresa ao me olhar no espelho e ver que estavam idênticos aos da minha querida “mãe”. O mais irônico naquele dia foi o fato de estar chovendo, eu me senti naqueles filmes de terror, coberto de sangue e correndo na chuva.”

Eu já tinha lido duas páginas e não sabia a onde tudo aquilo iria me levar, mas eu senti muita pena do Franco, eu tinha tudo para dizer que aquilo era uma mentira, mas por que ele mentiria? Isso seria muito mais confuso do que a própria história, eu sempre me senti triste por não ter pais e levando em consideração a experiência do Franco eu acho que eu teria um dos dois tipos, ou muito carinhosos ou odiosos, mas afinal por que a mãe dele fez aquilo? Termine de ler sua idiota é descubra! Minha mente avisava.

“Eu corri o máximo que consegui, me esqueci completamente da bicicleta, a visão do meu pai sempre voltava é isso doía tanto, eu não lembro bem o que aconteceu depois, eu parei ao lado da casa de uma amiga - a que me deu os pães mais cedo - e comecei a jogar pedrinhas na janela dela até que ela acordasse, ao ver o meu corpo coberto de sangue ela abriu a janela e me mandou entrar, os pais dela dormiam e ela pegou uma roupa do irmão para que eu usasse após o banho, eu tremia muito e chorava também, o tempo todo ela perguntava o que eu tinha, mas eu não conseguia responder. Após o banho eu falei que só queria dormi então ela ajeitou alguns lençóis ao lado de sua cama para que eu dormisse, meu peito doía, meus olhos ardiam e eu não sabia o que fazer para que aquela dor passasse.

No outro dia de manhã, minha amiga Daniela Blints uma garota de cabelos castanho claro ondulados, olhos cinza, ela tinha o corpo magrinho e era um mais baixa que eu, veio me acordar dizendo que um homem estava me procurando, eu gelei com medo de que fosse algum amigo de Rosa, mas mesmo assim eu me levantei segurando a vontade de chorar é fui até a sala, encontrando um homem alto, loiro e de olhos azuis, que eu descobri que seria o meu responsável pelos próximos anos da minha vida.

Sim, aquele era o homem com quem Rosa fugiu anos atrás, e sendo meu padrasto ganhou minha guarda legal. Os anos que se seguiram foram os piores da minha vida, aquele homem me tratava como escravo, eu não podia mais ir ao colégio, nem sair de casa, na maioria do tempo eu ficava trancado no meu quarto, aprendi a manusear armas com ele, tirando isso ele só me ensinou como ser uma pessoa mais fria e arrogante.

Quando completei vinte anos ele finalmente me contou o porquê de tudo isso, eu não tinha nenhuma ligação sanguínea com ele então não tinha porque ele “cuidar” de mim, a explicação era simples, minha mãe sempre foi uma grande ladra e quando engravidou ela me considerou como uma maldição para si, ela só queria brincar com o meu pai, mas parece que a brincadeira foi longe demais. Sabe como eu me senti sabendo que eu era odiado por minha mãe? Acho que dá mesma forma que você se sente por nunca ter sido querida por seus pais, mas acredite que eles sempre te amaram muito!”

Terminei de ler aquela parte completamente confusa, como assim? O Franco conhecia os meus pais? Se me lembro bem, antes de eu vim para o aeroporto o Martin ia falar algo como “filha”, será que o Franco conheceu os meus pais? Isso explicaria muita coisa, ou talvez não...

“Depois daquele choque inicial eu comecei a não me importar mais com aquilo tudo, a única pessoa que me amou de verdade tinha sido morto apenas por capricho, bom, pelo menos eu consegui fazer algo de útil por ele, será que ele teria orgulho de mim? Não, claro que não, meu pai era honesto demais para se sentir orgulho de mim por ter matado alguém, por outro lado eu me sentia bem sabendo que o vinguei, mas eu sabia que aquilo era errado é mesmo assim não me importava... Eu definitivamente era a cópia da minha mãe é isso me dava raiva, mas ao mesmo tempo me dava um certo animo, até porque, se ela era tão bem sucedida em seus crimes, talvez eu pudesse ser melhor, mas para fazer isso tinha que passar por cima da pessoa que eu mais odiava naquele momento: meu padrasto. Aquele idiota me fazia seu capacho, sempre que alguém precisava sem eliminado, era eu quem tinha que ir lá e matar, mas pela primeira vez eu me dei um alvo, e para o azar do meu “chefe” era ele mesmo.

Sabe Elise, você lendo essa carta pode estar me achando um monstro ou até tendo pena de mim, mas a única coisa na minha vida que eu me arrependo e de não ter protegido as duas coisas mais preciosas para mim!

Depois de planejar como faria todo o meu plano dar certo, eu percebi que estava mirabolante demais e que precisava simplifica-lo um pouco, a oportunidade perfeita chegou quando ele me falou que iriamos a uma viagem de “negócios”, a partir daí se tornou tudo mais simples, viajamos eu o matei no meio do nada e assim eu fiquei livre... Era o que eu imaginava”

Sinceramente Franco, não sei o que pensar. É meio difícil de acreditar que a pessoa que me salvou e protegeu seja alguém tão frio, mata para conseguir o que quer e ainda por cima nunca teve uma gota de arrependimento, Afinal, qual e o único arrependimento dele?

“Tudo se tornou bem mais difícil depois disso, depois do assassinato do meu padrasto eu descobri que ele estava envolvido com algo muito maior - você já deve imaginar o que é, não? - sim o meu padrasto era um chefe da máfia, e eu descobri que estava sendo treinado para ser seu sucessor, quando eu pensei que finalmente teria minha liberdade, eu cai mais fundo ainda e dessa vez não teria plano que me libertaria.

Depois de um tempo - e de nunca ter me acostumado com a ideia - comecei a me informar sobre tudo, eu já tinha noção de como agir, pois tive bastante tempo para observar o meu padrasto. Em pouco tempo me tornei o que sou hoje, um ser frio, egoísta e que os meus interesses estão sempre em primeiro lugar.

Eu tenho certeza que você está confusa, por que eu estou lhe contando a história da minha vida? Simples, porque você faz parte da minha vida. Elise Bussie esse e o seu nome, você ganhou apenas o sobrenome de sua mãe, uma das melhores pessoas que já conheci... é amei - finalmente estamos chegando ao ponto em que envolve diretamente você."

Eu tenho um sobrenome... Essa informação se repetia várias vezes em minha mente, Bussie, soa como francês, eu acho, como será que era a minha mãe? Será que eu puxei alguma característica dela? Acho que o Franco poderia me responder.

“Depois de vários anos, me tornei alguém bem conhecido nesse meu “submundo”, fiquei milionário, tive várias propriedades ao redor do mundo, um patrimônio gigantesco... e não tinha ninguém para deixar, eu sei que nas minhas condições, ter um filho não seria uma boa ideia, eu teria um ponto fraco direto essa criança correria sérios riscos é sinceramente para mim já bastava o que eu vivi na infância. Mas como os mais sábios falam: o destino e a coisa mais filha da puta que existe!

Em meu aniversário de trinta e três anos decidi viajar para Paris, estava cansado é na noite anterior eu tive que resolver vários assuntos, mesmo que parece irônico para você já que eu tenho uma mansão e vários carros, eu nunca gostei de coisas muito luxuosas, acho que mesmo com o meu padrasto tentando me fazer sempre alguém fútil, essa foi a única caraterística que não consegui puxar da minha mãe, eu sempre me lembrava do meu pai e como tínhamos uma vida simples - e feliz - vivendo de pouco. Eu me hospedei em uma pousada simples, próximo ao centro daquela cidade maravilhosa, foi ai que o destino decidiu me dar um pingo de felicidade na vida, quando cheguei ao hotel eu fui recebido por uma senhora simpática que me atendeu muito bem, ela era muito simpática, mas bastante reservada, depois de falar com ela sobre minha reserva e essas coisas ela falou que sua filha levaria minha mala para o andar de cima, eu neguei e disse que poderia muito bem leva-la sozinho, já que não estava muito pesada, mas a senhora insistiu e chamou sua filha que desceu as escadas rapidamente e quando ela me encarou eu fiquei hipnotizado por aqueles dois olhos... mel, idênticos aos seus Elise, eu posso falar que você e uma cópia fiel de sua mãe, olhos mel, cabelos avelã só que os dela eram cacheados - você puxou os cabelos lisos de seu pai - ficavam na altura dos seios, que aliais, eram medianos, ela era magra é por deus, tinha uma bunda enorme, a sua fisionomia também era muito parecida com a sua, o nariz levemente empinado, os grandes olhos sempre curiosos, o seu queixo proeminente e a única característica que você puxou do seu pai.

Aquela simpática garota, que poderia ser irritante de tão tagarela que era as vezes, me conquistou sem eu perceber. Eu durante a viagem não queria ter um guia turístico, queria conhecer a cidade por mim mesmo, se eu me perdesse? Não haveria problema, eu me encontraria novamente, esse sempre foi meu pensamento, mas sua mãe... - ah já ia me esquecendo Lorena Bussie era o nome da sua bela mãe - continuando, ela se ofereceu para me apresentar a cidade e indo contra a minha tradição eu aceitei, acabou que minha estadia de três dias se estendeu para uma semana e depois para um mês, o tempo passava rápido quando estava com ela e a necessidade de estar sempre com ela era algo avassalador, mas eu só me descobri realmente apaixonado por ela, quando pela primeira vez em minha vida eu fiz cena de ciúmes quando um garoto deu em cima dela, eu praticamente a alto declarei minha, ela ficou sem entender toda aquela cena - vemos de onde você tirou sua lerdice - foi quando eu decidi que precisa saber o que eu estava sentindo, então eu a beijei, inicialmente ela não reagiu, mas logo ela retribuiu meu beijo a altura. Quando finalizamos aquele ato, sua mãe disse que estava completamente apaixonada por mim, eu sorri para ela, mas nunca falei para ela o que sentia.

Meu último dia em Paris chegou, e com ele uma das melhores noites da minha vida, naquela noite sua mãe e mais alguns amigos que tinha feito na cidade me levaram a um bar, onde bebemos bastante, eu não bebi tanto e sua mãe também não, mas mesmo assim acabamos ficando meio altos, quando chegamos ao hotel sua mãe me implorou para que não fosse embora, mas eu tinha que ir, seria perigoso demais se eu ficasse ali, principalmente para ela.

Naquela noite eu tirei a virgindade daquela jovem a pedido da mesma... sim, sua mãe era virgem, na verdade ela tinha apenas dezessete anos na época. No outro dia eu acordei antes mesmo dela, fiz minhas malas e voltei para a Itália... Sabe Elise, eu me arrependo tanto de não ter ficado, eu me arrependo tanto de não ter feito nada por ela, eu me arrependo tanto de não ter feito nada por você... minha filha”

Sabe quando você sente que tudo que você acreditava, tudo que você achava que era real, no final das contas não era? Era exatamente assim que eu me sentia, em uma mentira... E ao mesmo tempo em algo que agora me parecia tão obvio... Claro, o Franco me salvando e protegendo, me dando presentes sem motivo e o Martin realmente ia falar “sua filha” se referindo a mim, eu sou filha de Franco Menier... eu sempre tive um pai e mesmo assim...

Deixei as folhas em cima de outra poltrona, me levantei e fiquei andando de um lado para o outro, era informação de mais para mim, Franco e o meu pai, B de Bussie... e Adrian me protegendo...

- Será que ela ficou comigo só porque... Não, não é possível, ela me ama certo? Será que ela sabia? Sim, ela poderia não saber de nada e me proteger apenas por eu ter me envolvido com tudo isso. – Eu divagava enquanto caminhava em passos pesados de um lado para o outro, até que vi Mauro sair da cabine do piloto e vir até mim.

- Então, já sabe para onde vamos? – Perguntou simpático.

- Ainda não, mas aqui tem alguma bebida? – Perguntei.

- Sim, tem alguma preferência?

- Café. – Respondi rápido, eu preciso de algo para me manter consciente, estou a ponto de desmaiar.

- Só um momento. – Falou e foi para o outro lado, minutos depois voltando com uma xícara fumegante em mãos – Aqui está.

- Obrigada. – Agradeci e me sentei novamente.

- Quando decidi e só me chamar. – Falou e voltou para sua cabine.

Okay, eu preciso enfrentar meus medos e continuar lendo, só assim tirarei minhas dúvidas... e torço para que o meu palpite sobre a Adrian esteja certo.

“Nove meses após eu ter voltado para a Itália, recebi uma ligação da pousada, estranhei pois Lorena não havia entrado em contato comigo uma vez sequer - o que eu agradeci, pois provavelmente se ela tivesse implorado mais uma vez eu, com certeza, voltaria correndo para Paris - mas não era Lorena, era sua mãe... anunciando sua morte.

Ela me falou pouco por telefone, só fui saber da situação quando voltei correndo a Paris, Lorena deis da minha partida nunca se alimentou corretamente, não saia e não fazia nada, o que acabou a deixando fraca, principalmente para sustentar sua gravides que se tornou de risco, ela tentou lutar pelo menos por você, mas não conseguiu, no seu parto - que foi prematuro - ela acabou não resistindo e morreu por complicações.

Essa notícia foi como um tiro certeiro em meu peito, por minha culpa a única mulher que amei morreu, mas com toda aquela tristeza veio a única coisa que me restou de felicidade, o que eu batizei de Elise Bussie, não coloquei o meu nome pois seria perigoso para você carregar o sobrenome de alguém como eu, quando eu te vi pela primeira vez aquele olhos mel igual os da sua mãe, cabelos também da mesma cor, porém eles eram lisos como os meus, aquela nossa combinação perfeita em uma única pessoa me fez derramar várias lagrimas de felicidade, felicidade pura que a muito tempo eu não sentia, mas como eu já havia falado, o destino e um filho da puta, eu não poderia ficar com você seria perigoso demais para minha pequena filha.

Mesmo indo contra meus princípios eu fiquei com você pelos seus primeiros dois anos de vida, você era uma criança adorável, que adorava brincar, um dos momentos mais emocionantes para mim foi quando você me chamou de Papa pela primeira vez, eu chorei muito aquele dia, por sua causa eu descobri que meu coração não era de gelo, ele ainda batia, ele ainda era muito quente.

Tudo na minha vida eram flores, até que eu recebi uma notícia que mudou completamente o curso da nossa história, o meu padrasto tinha uma filha, e repetindo: o destino e um filho da puta, essa filha dele e filha também da dona da pousada, ou seja, irmã de Lorena. Ela soube da morte da irmã, mas diferente do que eu pensei, ela não me culpou, ela culpou você pela morte da querida irmã, a única que não tem culpa de nada. Então Elise, eu nunca quis te abandonar, você nunca foi menos amada que qualquer um, eu só queria te proteger, por isso te deixei no orfanato, eu confiei em minha antiga amiga Daniela para cuidar de você, mas parece que quando éramos pequenos ela gostava de mim, é te ver todos os dias lembrava ela do que ela nunca conseguiu: o meu amor. Eu te mandei para o mais longe possível, no caso, Estados Unidos.

Os anos se passaram, mas eu nunca esqueci de você, da minha pequena, eu já tinha Adrian em minha guarda e ela se tornou uma boa companhia mesmo sendo uma criança, quando eu menos percebi estava de volta aos Estados Unidos e ansiava te ver novamente, ver como a minha pequena estava, e pela segunda vez o destino resolveu me ajudar, quando eu iria imaginar que em uma noite que eu queria apenas me divertir daria de cara com a minha filha? Eu te reconheci antes mesmo de você falar seu nome, como? Os olhos de Lorena... os seus olhos é como eu falei, você e uma cópia da sua mãe. Percebi que minha pequena tinha se tornado uma mulher é não consegui negar para mim mesmo o desejo de conviver com minha filha e principalmente, não poderia te deixar desamparada.

Te resgatando da rua eu fiz ressurgir um novo problema: a irmã de Lorena e sua vingança sem sentido, eu precisava de alguém para te proteger é quando percebi que você e Adrian estavam se envolvendo eu tive a ideia de fazer de Adrian sua segurança, contei tudo para ela e ela logo me jugou por eu ter te abandonado - não a culpo - mas aceitou te proteger, ela também teve a ideia de contar tudo para a Rachel e o Martin que resolveram te proteger - e mais futuramente Luna acabou descobrindo -... é bem, chegamos ao ponto atual, onde você não deve ficar mais com a gente, afaste-se minha filha e vá viver como eu sempre desejei viver e nunca pude: com liberdade. De todas as merdas que fiz na minha vida e que nunca me arrependi, a única que eu irei me culpar a te a morte e de não ter me deixado viver o amor com sua mãe e futuramente a alegria de ter você como filha, o meu maior orgulho e que sei que vai continuar me orgulhando. Existe uma coisa que eu deveria ter falado para sua mãe e que deveria ter falado a você também:

Eu te amo

P.S.: Naquele dia no hospital lembra que eu amoleci? Você percebeu que dependendo do seu humor seus olhos ficam idênticos a os meus? Aquilo me amoleceu, você com raiva fica idêntica à sua mãe, aquela posição de birra e sempre engraçada.

P.S.2: Eu me apaixonei pela bunda da sua mãe... e a Adrian pela sua :v”

[Play Música]

Quando terminei de ler a carta eu não sabia como reagir, fiquei olhando para o nada por longos minutos sem que um pensamento passasse pela minha cabeça, estava travada, estava em choque.

Adrian, Luna, Martin e Rachel... eu não sei o que pensar, eles mentiram para mim esse tempo todo, eu me sinto tão... traída.

A morte da minha mãe foi minha culpa?! Ótimo, até quando era um recém nascida já acabava com vidas, tem como ser mais inútil? Daniela era amiga do Franco, aquela desgraçada me culpava o tempo todo por uma época em que eu nem era nascida ainda, eu passei a vida toda sofrendo em suas mãos por isso?

Peguei a xicara de café que ainda estava quente e virei de uma vez, queimando a minha garganta e sentindo-a doer muito, mas nem aquela dor amenizou a outra que eu sentia... a dor no peito, a dor da traição.

Peguei a carta da Adrian que ainda estava lacrada e a abri, vendo apenas um pequeno bilhete nele.

“Desculpa”

Era a única coisa que estava escrita nele, mas aquela simples palavra foi o suficiente para fazer toda a dor pesar, eu desabei, desabei em lagrimas, eu chorei alto e vi o bilhete que eu segurava ficar encharcado, eu o amacei e joguei no lixo enquanto senti meus olhos arderem, meu estado devia estar deplorável, mas eu precisava chorar porque aquilo estava doendo muito, era profundo, era forte e eu estava fraca.

The light at the tunnel

Is a runaway train

The stars that we wish on

Are only airplanes

(A luz no fim do túnel

É um trem em fuga

As estrelas cadentes que ouviam nossos desejos

São apenas aviões)

The love that we're chasing

Is a heartbreak away

'Cause we're picture perfect in a broken frame

(O amor que perseguimos

Não suportará mais de um coração partido

Pois somos a imagem perfeita em uma moldura quebrada)

Depois de chorar muito em posição fetal na poltrona que era reclinável, eu fui até o banheiro e vi meus olhos vermelhos e inchados, cabelos bagunçados e nariz que escorria um pouco, lavei o meu rosto e vi meu olhos ficarem iguais a os do Franco, os olhos do meu pai, eles estavam levemente dourados e opacos, sem vida, Ótimo, virei uma réplica do meu pai.

Voltei a me sentar na poltrona e me lembrei de uma conversa que tive com Lisa por mensagens.

“Eu não nasci aqui, sou Irlandesa, quando quiser esbanjar todo esse seu dinheiro na Irlanda e não quiser ficar em hotel para ter companhia, pode ir a minha casa, meus pais são bem receptivos com meus amigos”

Peguei o meu celular e selecionei o contato da Lisa para fazer um ligação, depois de cinco toques ela atendeu.

- Alô.

- Lisa você poderia me dar o endereço dos seus pais?

- Por quê? Está indo para a Irlanda agora? – Perguntou interessada – Eu estou viajando amanhã já que e o aniversário do meu pai, você pode ficar conosco, será bem recebida como visita. – Falou empolgada.

- Não serei visita.

- Como assim?

- Eu vou para ficar!

.

.

.

7 Anos depois.


Notas Finais


Música: https://www.youtube.com/watch?v=Btw-9Di5d-I

Então entenderam agora o que eu quis dizer com terminar a "primeira" parte, pq vamos entrar na segunda onde tudo será revelado e onde tudo acontecera, eu sei que falta explicar sobre a Adrian e o pessoal, mas isso sera esclarecido, okay? Boa noite, vou desmaiar na minha cama agora.

Até o próximo, Bye :3
(Finish Him! Fatality! no coração de vocês... foi mal, não me matem) :v


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