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História Love Me If You Can - Você me lembra uma amiga...


Escrita por: Dark_Girl01

Notas do Autor


Demorei, né? "Qual a desculpa dessa vez?"O universo não conspira ao meu favor, "Como assim?" No dia seguinte que eu postei o outro capítulo eu iria postar essa, só que o meu pc quebruo, eu tive que esperar minha mãe voltar de viagem (ela e professora em outra cidade) para usar o notebook dela, só que eu não estava conseguindo enviar, toda vez que eu clicava para enviar simplesmente voltava para a pagina inicial, e hoje quando eu fui postar, eu fui revisar o capítulo e quando fui salvar agora de noite, já que eu ia jantar depois postava, eu acabei excluindo o capítulo, ou seja, tive que reescrever tudo de novo agora, eu terminei agora. ;-;

Esse capítulo e um rascunho, "Como assim? Você vai mudar alguma coisa?" Não, mas toda vez que eu for escrever um capítulo tarde, e for postar sem revisão eu vou colocar [RASCUNHO], assim vocês sabem que não está revisa, e no outro dia quando eu estiver mais descansada eu reviso, okay?
Enrolei pra caralho de novo, foi mal, precisava desabafar pq o universo me odeia! ;-;

Boa Leitura ^^
(Desculpem qualquer erro)

Capítulo 27 - Você me lembra uma amiga...


Fanfic / Fanfiction Love Me If You Can - Você me lembra uma amiga...

A noite foi bem cansativa, depois da sessão de perguntas eu ainda passei mais duas horas assinando o livro dos fãs, eu adorava aquele carinho que todos tinham por mim, alguns até choravam quando me viam é isso me dava mais ânimo para fazer o meu melhor.

Quando finalmente eu acabei, o lugar já estava mais vazio, tinha poucas pessoas os seguranças e um casal que se pegava no canto da sala era o que restava. Aproveitei que o casalzinho estava tão concentrado em se comer e me aproximei silenciosamente deles, eles estavam em um lugar mais escuro mais especificamente, no canto da sala. Eu me aproximei passando por trás de algumas cortinas, e cheguei a tempo de ver o Robert apertando a bunda da loira que gemeu vergonhosamente.

- EU TO COM FOME!! – Gritei atrás deles, e o susto do ruivo foi tão grande que ele deu um salto para trás e caiu de bunda no chão, eu gargalhei tão alto que algumas pessoas que passavam ali por perto me encararam como se eu fosse maluca.

- Você vai estar e morta quando eu te pegar! – Lisa me lançou um olhar mortal, mas nem isso me fez parar de rir da cara dela, Robert ainda estava no chão então a namorada tirou um pouco da sua atenção de mim e focou nele, o ajudando a levantar.

- Você deveria pensar em melhores maneiras de chagar nos outros! – Robert comentou, já de pé.

- Não, assim e mais divertido!

- Antes que eu te mate, vamos jantar com os meus pais?

- Sim, Ana me intimou a levar vocês para-la quando acabasse aqui, e a conhecendo ela deve estar surtando com a nossa demora.

- Ela ainda não se acostumou que a “criança” que ela praticamente adotou, mesmo não sabendo de que buraco ela saiu, e agora uma pessoa extremamente famosa e tem que agradar os fãs! – Disse e revirou os olhos.

- Isso e inveja Sicker? – Ergui uma sobrancelha.

- Imagina Bussie. – Ela deu um sorriso de canto.

- Podemos ir logo eu estou com fome!

- Diga uma novidade, Lise. – Lisa revirou os olhos.

- Amor, vamos antes que a Lise nos devore.

- Até você Robert? – Perguntei indignada.

- Isso e um risco bem plausível, se levarmos em conta o quanto você come. – O ruivo argumentou e a minha expressão só ficou pior.

- Vamos logo. – Segui para o lado de fora, ignorando as risadas dos meus amigos idiotas.

Eu abri a porta do lado do motorista e senti alguém me segurar pelo ombro, me virei e dei de cara com o ruivo que fazia cara de cachorro abandonado.

- Não Robert, você não vai dirigir. – Falei firme.

- Por favor Lise, só dessa vez.

- Amor, desiste que essa daí não vai deixar você tocar no brinquedinho dela. – Lisa falou, enquanto entrava pelo lado do passageiro.

- Eu deveria dirigir. – Entrou emburrado atrás.

- Se você quer tanto dirigir, compra um.

- Você fala como se eu também fosse um rico fotografo, escritor.

- Você falando assim parece até que e pobre! – Falei, enquanto acelerava mais o carro.

- Você acelerando assim até parece que não tem amor à vida! – Lisa comentou, e se segurou mais ao banco.

- Essa fala e da sua avó.

- Vai se ferrar.

- Amor, e melhor você não mandar ela ir se ferrar não, lembre-se que ela e quem está dirigindo, vai que ela leva isso em conta e se ferra só que com a gente.

- Se foder Robert.

- Também te amo, Lise.

[...]

Chegamos a casa e a primeira coisa que senti quando abri a porta foi o agradável cheiro de lasanha à bolonhesa, eu sabia disso porque sempre que havia uma comemoração em minha homenagem, Ana sempre fazia o meu prato favorito, Ela e uma mãe para mim.

- CHEGUEI FAMILIA. – Gritei quando entrei na cozinha, Ana quase derrubou os pratos que carregava e Alex se engasgou com a água que tomava, gargalhei com o susto deles e nem a Lisa conseguiu se segurar dessa vez.

- Primeiro: – Ana disse ao se recuperar – Não ouse fazer isso novamente – Me lançou um olhar mortal – Segundo: Que lhe deu intimidade para nos chamar de família? – Lisa me olhou como quem diz: “Toma essa otaria”.

- Primeiro: espere até a próxima visita, e segundo: os nossos sete anos de convivência me deram intimidade suficiente para isso! – Respondi e peguei os pratos que estavam em suas mãos, os levando para mesa, não sem antes ver o olhar de Lisa direcionado a mãe de quem diz “turn down for what”.

Ajeitei os pratos em cima da mesa e Alex trouxe a lasanha, logo todos estavam em seus lugares.

- Por que demoraram tanto? – Ana perguntou.

- Depois da sessão de perguntas ainda tive que assinar os livros. – Expliquei tudo calmamente, pois sabia que isso não importava para Ana, ela só queria todos presentes NA HORA do jantar.

- E para isso tinham que demorar tanto?

- Você sabe, a fila fica enorme, eram centenas de fãs, alguns puxavam para tirar foto, outros simplesmente queriam ter um diálogo rápido com seu ídolo.

- Como sabe que você e o ídolo deles? – Lisa perguntou e eu a olhei com cara de “comassim?”

- Eles compram os meus livros, quase se batem para tirar uma foto comigo, um diálogo ou simplesmente a minha assinatura no livro deles, então eu acho que sim, eu sou a ídolo deles! – Respondi confiante.

- Exibida.

- Sinto cheiro de inveja? – Perguntei divertida.

- Sinto cheiro da sua morte? – Dessa vez foi ela quem me olhou divertida.

- Ain, me ame menos Sicker.

- Eu não te amo... talvez eu ame a sua bunda, você em si não. – Disse e Robert a olhou indignado.

- Você ama o quê? – Robert perguntou.

- Amor, você já viu a bunda dela? Temos que admitir que ela e enorme.

- Tem razão. – Ana concordou.

- Até você? – A olhei incrédula – Só conheço tarado?

- Não fale como se fosse santa! – Lisa falou – Até parece que não fica encarando o corpo das garotas quando saímos!

- Eu não faço isso. – Talvez as vezes.

- Okay, essa pessoa pode ser eu? Sim, quem faz isso sou eu, mas não quer dizer que você também não faça. – Ficou pensativa e depois gargalhou – Lembra daquela vez que uma mulher te deu um tapa na cara porque você tava secando a bunda dela?

- Essa são minhas garotas... AI! – Alex falou orgulhoso, mas logo gritou de dor quando sentiu o tapa que Ana deu em seu braço.

- Não apoie esse ato delas. – Falou seria, depois nos encarou da mesma forma – E vocês suas idiotas taradas... Como e que vocês vão ficar olhando pro corpo das pessoas e nem são discretas, e por isso que acabam apanhando! – Eu e Lisa nos encaramos surpresas pela “bronca” que levamos, enquanto os outros apenas riam da nossa cara.

- Você fica olhando para o corpo dos homens, quando saímos? – Alex perguntou indignado.

- Não... Não só dos homens, das mulheres também, ou você acha que e só você que pode? – Ana falou e piscou para o marido que a olhava de boca aberta.

- Eu só conheço gay e bi? – Sussurrei baixinho para mim mesma, mas parece que todos ouviram.

- É se reclamar eu te apresento um trans também.

Continuamos o jantar com conversas variadas e muitas brincadeiras, Que geralmente eram direcionadas a mim, e zoações, Que também eram direcionadas a mim. A conversa estava agradável até que parou no Robert.

- Como andam as investigações daquele grupo? – Alex perguntou.

- Ainda não temos tantas pistas que nos levam até os gangsters dessa vez.

- A Elise vai ajudar vocês dessa vez? – Alex perguntou.

Sabe, eu passei alguns meses sendo investigadora, é claro que eu não entrei por meios convencionais. Um dia eu fui visitar a Lisa e quando entrei em seu apartamento, por acidente escutei uma conversa do Robert com o seu chefe e eles falavam sobre um estuprador que já tinha feito mais de sete vítimas, eles já tinham algumas pistas e discutiam sobre elas por telefone, eu acabei me intrometendo no meio da conversa e dando alguns palpites de quem poderiam ser futuras vítimas do cara. Acabou que eu fui chamada pelo próprio chefe do Robert e acabamos conversando muito, dias depois seguindo um dos meus conselhos eles acabaram não só pegando o estuprador, como ainda tendo a prova concreta, já que acabaram o pegando no flagra. Depois desse dia eu fui indicada para entrar, é claro que eu preferia ser fotografa, então raramente o chefe me chamava lá para ajudar com algum caso, mas parece que eu vou ter que voltar.

- Eu não sei, o Pierre – Nosso chefe – ainda não falou comigo sobre o caso, mas estou pensando em viajar novamente.

- Não sabe aquietar não? – Lisa perguntou.

- Não, não suporto ficar em um lugar por muito tempo, acho que sua avó tem razão ao dizer que eu tenho espirito livre.

- Desculpe Lise, mas acho que dessa vez vamos realmente precisar da sua ajuda.

- Qual o casa dessa vez? Ainda e sobre os gangster que explodiram o banco em Miami semana passada?

- Sim.

- Mas estamos em Londres, porque raios a polícia daqui está interessada no que ocorreu lá?

- As pistas que eles deixaram lá são suficientes para temermos que o próximo alvo deles vai ser aqui, e a única pista que temos e um nome.

- E qual é? – Perguntei desinteressada, aquilo realmente não me importava muito.

- Minster. – Eu gelei no momento que o ouvi pronunciar aquele nome, Minster, a quanto tempo eu não escutava esse nome. Encarei Lisa que me observava como querendo saber qual seria minha reação, e o pior e que nem eu sabia.

- Minster? Quem e Minster?

- Achamos que seja a ou o chefe da equipe, eles são especialista em invadir, pegam o que querem e fogem sem deixar pista. – Aquilo me preocupou muito, eles tinham se tornado criminosos – não que eles não fossem antes – daquele nível?

- Eles matam? – Perguntei como se quisesse apenas confirmar o que eu já sabia, mas negava-me a aceitar. Robert me olhou como se eu fosse retardada.

- Mais e claro! Se sua pergunta for: civis, eles também matam se estiverem na frente.

Eles viraram assassinos, ladrões e mestres dos disfarces, o que me incomodava e que dessa vez parece que não tinha mais o meu pai os mandando fazer isso, eles faziam porque queriam, mas por quê? Essas perguntas se acumulavam na minha cabeça, e o fato de que todos ficaram em silêncio não ajudava em nada, eles me encaravam como se esperassem a minha resposta para a pergunta anterior.

- Mais provas? – Perguntei ainda relutante com tudo aquilo.

- Não, por isso vamos precisar de você, vai nos ajudar a colocar esses bandidos atrás das grades? – Me perguntou e eu não sabia o que responder, virar um inimigo mortal de quem um dia eu já considerei a pessoa que eu mais amava. Encarei Lisa que esperava minha decisão final, mas sua expressão era suave como se quisesse apoiar qualquer decisão que eu tomaria. Assassinos, eu estou me negando a prender assassinos?! Se e isso que eles se tornaram, os trataria como qualquer assassino que eu já ajudei a prender.

- É claro que vou ajudar. – Apertei sua mão que ele havia estendido, era como se estivéssemos selando um pacto, mas eu não me importava. Eu prenderia Adrian Minster!

Continuamos uma conversa agradável, mas eles continuaram a me zoar e só o que me prendia na mesa naquele momento era a comida mesmo. Quando todos terminamos, eu ajudei Ana a tirar a mesa e o resto foi para a sala de televisão.

- Agora me diga, quem e essa Minster? – Ana perguntou, assim que eu terminei de ajudá-la a lavar a louça.

- Como assim quem e Minster? Vamos investigar para descobrir. – Tentei me fazer de desentendida.

- Lise, se você não percebeu, a parte da burrice da minha filha ela puxou do pai, então não adianta me enrolar.

- Por que você suspeita que eu conheço a Minster?

- Primeiro: eu nunca vi você ficar tão nervosa ao ouvir o nome de alguém, segundo: no rascunho que você me deu do seu livro, algumas vezes você trocava o nome da Alexy por Elise e o nome da Elisa Menster por Adrian Minster... É se quer minha opinião, você e péssima para dar nome as pessoas e a animais também, veja o nome do seu cachorro, White, que falta de criatividade!

- Minster, esse nome seria o antigo, é... – Me interrompeu.

- Pare de achar que eu sou idiota, aquela história que a Lisa me contou nunca me pareceu real, mas eu esperei todos esses anos para que você confiasse em mim e contasse... Esse dia nunca chegou. – Falou a última parte em um sussurro, se eu não estivesse tão perto eu com certeza não teria escutado.

- Eu confio em você!

- Não parece. – É impressão minha, ou aquela cena de anos atrás está se repetindo...

- Sim Ana, Alexy sou eu...

Contei tudo a ela, assim como contei para a sua filha, mas agora foi mais rápido porque tive o livro para usar como base.

- Deixa eu ver se entendi, você e filha do Max... quer dizer, do Franco que e um mafioso, mas ele te abandonou quando você era um bebê, e anos depois ele brota do nada e te salva? É isso?

- Basicamente, sim.

-Você também foi covarde o suficiente para abandonar os seus amigos e o amor da sua vida, por egoísmo? – Perguntou incrédula.

- Sim. – Respondi calma, já esperando a bronca que não demorou a chegar.

- VOCÊ E ESTUPIDA? – Gritou e eu agradeci pela programação na tv que parecia estar ótima, já que ninguém veio até a cozinha para ver o motivo do berro.

- Por favor, se poupe de fazer um discurso que não vai mudar nada e que sua filha já fez anos atrás.

- Lisa sabia?

- Sim, algum tempo depois de ter chegado na Irlanda eu contei para ela, mas assim como você ela também teve que me colocar contra a parede.

- LISA!!! – Gritou Ana mais uma vez, O mulher escandalosa, chamando, quase invocando a filha na cozinha.

- O que foi? – Lisa apareceu na porta da cozinha e se escorou no batente da porta de braços cruzados.

- É por que não me falou nada sobre a vida dela? – Perguntou seria, encarando a filha.

- Ela e minha melhor amiga, quase uma irmã, então acho que só quem tinha o direito de contar era ela própria, e veja só depois de sete anos ela contou. – Ela falou e sorriu para mim, É por isso que eu amo a Lisa.

- É claro que você tinha que em contar, eu abriguei a filha de um mafioso sem saber. – Cuspi a água que eu bebia, ao escutar aquelas palavras que por um momento foram tão dolorosas, Se ela soubesse de quem eu era filha ela não me ajudaria? – E antes que você venha pensar merda, eu te ajudaria sim, mesmo sabendo de quem você era filha. – Sorriu o que me acalmou.

- Como sabia no que eu estava pensando?

- Lise, foram sete anos de convivência... Okay, quatro deles você passou em outro país, mas mesmo assim sempre estávamos nos falando, eu basicamente te adotei e eu conheço bem as minhas filhas! – Piscou para mim e sorriu para a Lisa – Me fale, como vai a Adrian?

- Eu bem que queria saber, como diz no livro eu fui embora, e você sabe para onde eu fui.

- Depois disso sete anos se passaram.

- Exato.

- E depois de sete anos sem notícias, o seu passado volta para te atormentar e você ainda decidi bater de frente com ele? – Lisa perguntava pensativa.

- Sim, você ouviu o Robert, tudo indica que eles sejam gangster, mas dessa vez eles não estão sobre as ordens do meu pai.

- Como vai acha-los? – Ana perguntou.

- Dona Anastacia, essa garota que você adotou e cheia de talentos, fotografa, escritora, quase jornalista e investigadora, e se pensarmos pelas suas façanhas antigas ela também é mecânica e medica de sobrevivência, ela seria bem útil na selva! – Apontei o dedo do meio para ela e ela fingiu surpresa – Mamãe vamos devolver essa criança, ela e muito mal educada!

- Respondendo sua pergunta Ana, vou acha-los como achei todos os outros: investigando.

Era oficial, eu prenderia Adrian Minster!

[...]

Acordei no outro dia com o sol que entrava pela janela, Que ótimo, mais um dia que eu esqueço de fechar a cortina. Me levantei com certa dificuldade por ainda estar meio grogue com pelo sono e fui até o banheiro, encarando aquele ser humano horrível de rosto todo amassado.

Tomei um banho rápido e quando sai enrolada na toalha, peguei meu celular e percebi que ainda eram sete da manhã, Hora da minha corrida matinal. Coloquei uma calça e uma camisa de moletom cinza, tênis de corrida branco e amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo.

Quando sai do quarto, White meu cachorro pulou em minhas pernas, ele era um cachorro de porte médio, pelos obviamente brancos, rabo comprido e enrolado, orelhas pequenas e focinho fino típico de vira lata. Eu o havia adotado em um abrigo de animais a alguns meses atrás, fui procurar por um cachorro já que me sentia meio solitária em meu apartamento. Quando o adotei o veterinário em que o levei me mostrou que sua língua era roxa e que ele tinha traços de Sharpei, com certeza ele tinha sido fruto de donos de um cachorro de raça que foi colocado para cruzar, mas um dos dois lados não era puro e acabou resultando nesse pequeno vira lata, ele me falou que poderia encontrar facilmente um Sharpei de raça se quisesse, mas eu preferi ficar com meu pequeno White mesmo. Fui até a sala onde ficava as suas vasilhas de água e ração e enchi as duas, depois recolhi o coco e limpei o xixi dele, quando terminei tudo fui até a cozinha e comi algumas torradas, algumas frutas e um copo de iogurte de morango, quando terminei guardei tudo e joguei a louça suja na pia, lavaria quando voltasse.

Coloquei a coleira no White e fomos até o elevador, esse foi um dos poucos apartamentos que achei que permitia o porte de animais domésticos, Será que animais exóticos pode, já que a proibição e contra os domésticos? As vezes minha mente pensa umas coisas nada a ver!

Quando saímos do prédio seguimos caminhando tranquilamente, aquela era uma área residencial e o meu prédio era o único que tinha na rua. Cumprimentei alguns vizinhos e algumas crianças que brincavam por ali, aproveitando a manhã daquele belo sábado de clima agradável.

Caminhamos por meio quilometro até eu começar a correr de verdade, White sempre me acompanhando fielmente, mesmo que ele estivesse com a coleira eu não tinha dúvidas que se eu o soltasse ele me acompanharia, eu só usava mesmo porque algumas pessoas se assustariam se vissem o cachorro solto na rua.

Depois de dois quilômetros e de eu já estar bastante ofegante e suada, paramos em uma praça já que eu resolvi comprar uma água. Fui em uma barraquinha onde eu comprei uma garrafinha d’água, me sentei em um banquinho de madeira que tinha ali e soltei o White que foi até algumas crianças brincar.

De longe eu consegui notar uma garota ruiva que aparentava ter uns três anos, ela usava um vestido rodadinho branco, todo florido – rosas vermelhas – de alcinhas finas, seus cabelos lisos ruivos estavam em uma perfeita trança que era presa na pronta por um laço cor vinho. O que me chamou mais atenção naquela garota e que quando ela virou e me encarou ela tinha olhos... cinzas, não eram tão intensos quanto os daquela velha amiga de anos atrás, mas aposto que dependendo do humor dela os seus olhos deveriam puxar para o... negro.

Aquilo me deixou extremamente confusa, como uma simples garotinha conseguia me trazer tantas lembranças? Fui tirada dos meus pensamentos por White abanando o rabo em minha frente como se me chamasse para brincar.

- Desculpa garotão, diferente de você eu estou exausta. – Fiz um carinho em sua cabeça e ele como se tivesse entendido o que eu tinha dito, voltou a correr com as crianças. Quando levantei minha cabeça, dei de cara com aquelas duas esferas cinzas como a nuvem da pior tempestade, mas os dela me pareciam tão calmos – Ahn... Olá.

- Oi. – Respondeu e continuou me encarando... curiosa?

- Qual o seu nome garotinha? – Perguntei calma, mas mesmo assim confusa.

- Lily.

- Lily... Quantos anos você tem?

- Assim. – Se enrolou um pouco, mas no final ela fez um três com os dedos.

- Três anos, uau... Onde estão seus pais? – Perguntei olhando em volta e notando apenas os pais das crianças que brincavam com o White.

- Não sei. – Deu de ombros.

- Está sozinha?

- Não, vim com minha babá.

- E onde ela está? – Perguntei ainda olhando em volta, procurando ao redor qualquer vestígio de uma babá incompetente.

- Ela foi comprar sorvete. – Abriu um grande sorriso.

- E te deixou sozinha?

- Sim, mas ela já volta... – Voltou a me encarar seria – Qual o seu nome?

- Elise...

- Elise... igual o meu. – Sorriu de lado.

- O seu o quê? – Perguntei confusa.

- O meu nome.

- Mas o seu nome não e Lily?

- Não, Lily e o apilidu que a mamãe me deu. – Sorri com a forma que ela pronuncia o apelido, algumas palavras mais complicadas ela pronunciava com facilidade, mas uma tão simples ela não sabia.

- Então seu nome e Elise? – Perguntei e ela assentiu com a cabeça – Então por que a sua mãe não te chama de Lise ou Ely?

- Ela disse que minha titia se chamava Elise e que esses apilidus já eram dela. – Sorriu de lado... Esse sorriso eu só vi no rosto de duas pessoas... Não pode ser! Eu continuei encarando a garota com a curiosidade a flor da pele – O que tanto olha?

- Você... – Sorri de lado – Me lembra uma amiga, ou melhor, duas.

-Lily, Lily, onde você está? – Uma senhora que já aparentava certa idade apareceu gritando pelo parque enquanto em suas mãos ela carregava dois potinhos de sorvete.

- Aqui Emy. – Lily gritou, atraindo a atenção da senhora para ela.

- Eu já não te falei para não falar com estranhos? – E deixar a criança sozinha era mais correto? – Desculpe, e que ela adora conversar. – A senhora pediu e saiu arrastando a garotinha pelo parque, eu fiquei sentada no banco encarando um ponto fixo em uma árvore, enquanto pensava na jovem garotinha.

 Ela me lembrava velhas amigas...


Notas Finais


Elise está decidida a prender a Adrian :o
Eu acho que está meio obvio certo? Mas se seu forninho está quase caindo nesse, o segure e só o deixei cair no próximo... Só uma dica, o titulo do próximo capítulo será Green Eyes... E se o universo me permitir, eu postarei hoje :)

Até o próximo, Bye :3


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