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História Love Me If You Can - Green Eyes


Escrita por: Dark_Girl01

Notas do Autor


As partes em negrito são as partes que deveriam estar em itálico (pensamentos, ligações e sussurros). O app do Spirit e bugado e deixa tudo que deveria ser itálico em negrito :/

Capítulo 28 - Green Eyes


Fanfic / Fanfiction Love Me If You Can - Green Eyes

- WHITE, DEVOLVE A MINHA MEIA!! – Eu gritava com o cachorro, enquanto corríamos pela casa. Eu já estava toda arrumada para sair e encontrar com a Lisa, mas quando eu ia colocar o meu Vans branco, Sim gente, eu comprei outro tênis, a Lisa quase chorou quando me viu sem meus tênis clássicos e surrados, White resolveu que era um ótimo momento para brincarmos.

Falando em brincar com o White, fazia uma semana que eu havia encontrado aquela garotinha, eu até voltei ao parque nos outros dias da semana, mas não a vi.

Enquanto ainda corria pela casa atrás do cachorro, meu celular começa a tocar e quando eu vejo e a Lisa me ligando.

- White, se eu morrer hoje, lembre-se que a culpa foi sua! – Encarei o cachorro que aproveitou que eu tinha parado de correr e parou também, ele estava a alguns passos de mim, sentado enquanto balançava o rabo esperando para a nossa brincadeira recomeçar – Alô.

- FILHA DA MÃE, EU JÁ ESTOU TE ESPERANDO FAZ VINTE MINUTOS, ONDE MERDA VOCÊ ESTÁ?! – Naquele momento eu estava rezando para todos os santos para que eu não tenha ficado surda.

- Desculpe a demora, e que o White resolveu brincar com a minha meia e eu estou correndo pela casa atrás desse retardado. – Falei paciente, e ainda observando o cachorro que me esperava para “brincar”.

- Você por um acaso só tem um par de meias?

- Não. – Respondi confusa.

- Então porque merda você não pega outro e deixa esse daí pro cachorro brincar?

- Eu comprei essas meias semana passada. – Minha voz saiu manhosa.

- Foda-se, eu quero você aqui em vinte minutos! – Antes que eu pudesse responder ela desligou.

Voltei para o quarto e vasculhei minhas gavetas atrás de outro par de meias, quando achei um par de meias cinzas e sentei na cama para calçar o tênis, White se sentou ao meu lado e largou a meia.

- Você só pode estar de sacanagem com a minha cara! – Falei, e o desgraçado como se tivesse entendido o que eu tinha falado, latiu para mim e ficou abanando o rabo.

Quando terminei de colocar o tênis, peguei a chave do meu carro, verifiquei se tinha água para o White e depois de confirmar que ele ainda tinha água e comida, desci para o estacionamento e entrei na minha Lamborghini. Sai cantando pneu é tenho certeza que levaria algumas multas, sei disso depois que passei pelo terceiro sinal vermelho, Eu vou presa, mas não irrito a Lisa!

Quando já estava quase chegando ao shopping, onde iria me encontrar com a Lisa, Animals do Maroon 5 começou a tocar indicando que eu estava recebendo uma ligação. Aproveitei que eu parei em um sinal e atendi o celular.

- Lisa eu já estou chegando, quando chegar eu te encontro na praça de alimentação, tchau. – Falei tão rápido que perdi o folego, e desliguei sem dar chance dela falar qualquer coisa.

Mais sete minutos se passaram até eu chegar, praticamente sai correndo pelo shopping, até na escada rolante eu corri, mas o universo me odiando como sempre me fez sentir vontade de ir ao banheiro. Universo, só queria te dizer que mesmo você me odiando, eu te amo.

Entrei no banheiro e ainda recebi mais três ligações da Lisa, as quais ignorei, eu já estava orando para todos os deuses e santos pela minha vida. Aquela garota podia ser baixinha, mas a voadora era potente... Tomara que ela não me escute. Quando sai ainda dei uma olhada no espelho, vendo meu cabelo bagunçado e rosto suado, tentei arrumar o meu cabelo da melhor forma possível e depois coloquei a toca preta novamente. Acho que não falei o que eu estava vestindo naquela tarde de outono, eu usava uma calça jeans escura, camisa branca que tinha o desenho de um lobo, por cima dela eu usava uma camisa xadrez roxa, e para disfarçar um pouco a bagunça que estava meus cabelos que por causa da úmida estavam “armados” eu usava um toca preta. Como eu só iria sair com a Lisa mesmo, eu usava meu óculos já que a lente eu só usava quando tinha algum evento importante.

Cheguei na praça de alimentação e não foi difícil achar um pontinho loira, já que não estava muito lotado, o rosto dela estava tão vermelho que eu fiquei com medo de me aproximar e ela explodir.

- Hey, Sisteeeeer. – Chamei calma, mas meu nervosismo era visível para qualquer um que passasse.

- Hey, mortaaaaa. – Lisa se levantou e me encarou com os olhos cerrados – Qual sua desculpa?

- Eu... hmmm.... Fui no banco... e vou comprar aquele colar de diamante que você tanta baba! – Eu falei a primeira coisa que me veio na cabeça, mas logo me bati mentalmente ao me lembrar o preço do colar... Uma pequena fortuna, eu vou comprar minha vida por uma fortuna.

- Wow, serio? – Me olhou esperançosa, O que eu não faço quando essas duas safiras me olham assim.

- Ehhh, claro. – Sorri fraco e ela pulou nos meus braços, o que me surpreendeu foi que quando eu a olhei percebi que seus olhos estavam marejados – Ei, Lisa eu vou lhe dar, porque está...

- Casa comigo? – Se ajoelhou no meio do shopping e segurou a minha mão.

- Lisa, levanta e deixa de brincadeira. – Tentei levanta-la e vi que várias pessoas nos olhavam curiosas.

- Você vai se negar a casar comigo? – Sua voz saiu chorosa, Ela estava levando isso a sério?

- Okay Lisa. – Bufei – Eu aceito me casar com você. – Ela pulou nos meus braços e me beijou, Sim, a doida me beijou, na verdade foi só um selinho demorado, mas ela me beijou! Escutei aplausos das pessoas que observavam a cena, alguns davam os parabéns e outros até xingavam baixinho, mas eu não me importava até porque aquilo tudo era uma mentira mesmo.

- Eu te amo. – Disse logo depois de me largar.

- Você é doida! – Revirei os olhos e fui a puxando pela mão e pegando algumas sacolas de coisas que ela já tinha comprado, Isso diminui o meu trabalho de ficar rodando com ela no shopping, se bem que agora meu bolso será furado mesmo.

- Eu sou doida por você. – Brincou e enlaçou nossos braços – E sério mesmo?

- O quê? – Perguntei desinteressada, já seguindo para a joalheria.

- Você vai mesmo comprar o colar?

- Vou, eu já não falei. – A puxei para entramos na joalheria.

- Não precisa. – Tentou me puxar para fora da loja, mas eu a arrastei para dentro – Sério Lise, e caro demais!

- Não se preocupe.

- Eu posso comprar, lembra que eu sou uma grande empresária?!

- Será o meu presente, okay? – Sorri – Lembre-se que eu sou uma grande escritora e posso comprar para você!

- Já falei que te amo, hoje?

- Já, e se não tivesse falado eu não aceitaria me casar com você.

- Vai se casar mesmo comigo? – Perguntou surpresa.

- Claro, eu já vou te comprar algo caríssimo, você já me pediu em casamento e eu já aceitei, ou seja, daqui a três meses a gente casa. – Disse divertida.

- Três meses, tão rápido?

- Claro querida, três meses e o tempo suficiente para eu espalhar para a imprensa a notícia do casamento da grande empresária Lisa Sicker e a escritora, fotografa e investigadora nas horas vagas, Elise Bussie.

- Como serão nossos filhos? – Lisa perguntou sonhadora.

- Hmmm, um filho de uma francesa e uma irlandesa...

-Meu Deus...

- O que foi?

- Meu filho vai ser leite de tão branco!– Gargalhei.

- Eu não sou tão branca! – Não no nível Luna, mas eu estou atualmente mais branca que a Adrian.

- Sim, você e branca sim, e eu também. – Fez uma expressão pensativa – Vou me casar com o Robert mesmo, pelo menos ele tem a pele morena.

- Está terminando o nosso noivado? – Fingi indignação.

- Estou. – Disse fria.

- Nossa, esse nosso noivado foi rápido, menos de dez minutos. – Rimos.

- Talvez o seu com a Adrian dure mais! – Sussurrou.

- O que disse?

- Nada, vai comprar mesmo?

- Eu já falei que sim, não se preocupe, hoje em dia somos ricas! – Fiz uma pose ridícula me encostando na vitrine de vidro, e uma vendedora me repreendeu com o olhar, o que fez a Lisa rir.

- Sim somos...

- No que posso ajuda-las? – Uma vendedora veio até nos, ela me olhou com uma expressão estranha como se estivesse me reprovando, Talvez porque eu esteja me vestindo como adolescente... Foda-se. Quando ela olhou para a Lisa ela abriu um sorriso discreto, talvez porque a Lisa estivesse se vestindo com uma roupa mais aceitável para o padrão luxuoso da loja.

Lisa usava uma camisa social preta, que se destacava em meio à os seus cachos dourados, ela também vestia uma saia branca e um sapato salto alto fino, da mesma cor. No rosto ela usava uma maquiagem um pouco pesada que dava destaque as duas safiras que eram seus olhos. Resumindo: a Lisa comparada a mim, parece a minha mãe. Ela só está vestida assim, porque acabou de sair da empresa, porque senão ela estaria pior do que eu, com seus shortinhos e blusas curtas que a faziam parecer também uma adolescente.

- Queremos aquele colar ali. – Apontei para o colar que estava na vitrine, e a mulher me olhou novamente com aquele expressão estranha como se fosse nojo.

Sem questionar, ela foi até a vitrine e pegou o colar que era de prata e tinha um pingente com uma pedrinha de diamante no centro.

- Tem certeza que e esse aqui?! – A mulher perguntou me encarando, mas logo sorriu ao encarar Lisa que tinha um sorriso divertido.

- Claro.

A mulher trouxe a máquina de cartão e fez a clássica pergunta: crédito ou débito. Eu já querendo esfregar a cara da vadia no asfalto, coloquei no débito. Lisa me olhou com os olhos arregalados, e a mulher me olhou surpresa já que ela estava esperando a resposta de Lisa.

- Pode digitar a senha. – Entregou a máquina para Lisa que deu um sorriso de lado e me entregou. Eu digitei e quando a transação foi aceita ela me entregou o cartão e o colar que estava dentro de uma caixinha – Obrigada Senhorita... – Deixou no ar, já que eu não tinha falado o meu nome.

- Bussie, Elise Bussie. – Sorri vitoriosa quando vi o rosto surpreso da mulher.

- Elise, você não e aquele escritora que acabou de lançar um livro, que também e fotografa? – Perguntou ainda sem acreditar.

- Sim, e essa e minha noiva, Lisa Sicker. – A mulher entrou em choque.

- Ahhh.... a dona da...

- Sim, eu mesma. – Lisa apertou a mão da mulher, fomos até a porta e quando eu ia abri-la a mulher passou na frente e abriu para nos.

- Voltem sempre. – Disse forçando um sorriso.

- Sinceramente, se você continuar com esse tratamento com os clientes apenas pelas suas roupas, pode ter certeza que eu não volto. – Disse seca e dei as costas, depois de já estarmos em outro corredor, começamos a rir como duas retardadas.

- Você viu a cara dela, tava tipo: “que merda eu fiz”. – Lisa dizia ainda tentando conter o riso, o que não funcionava muito, já que um pouco da maquiagem dela estava até borrada das lagrimas que caiam dos seus olhos.

Nos sentamos em um dos bancos ali e tentamos conter as nossas risadas, entreguei um lenço a Lisa que enxugou as lagrimas e usando um espelhinho que tinha na bolsa, tentou ajeitar a maquiagem. Agora eu parecia uma adolescente e ela uma secretária de um lugar decadente, as pessoas que passavam nos olhavam como se fossemos duas alienígenas.

- Estamos ridículas. – Ela comentou.

- É quem se importa?

- Ninguém. – Ela me encarou seria e depois sorriu.

- Então foda-se. – Rimos – Estou com fome.

- Então vamos comer alguma coisa.

- Não, vamos logo em uma loja que eu preciso comprar uma roupa social. – Revirei os olhos.

- Para quê? Você nunca usa roupas sociais. – Ela debochou.

- Eu uso sim, mas só quando tenho reuniões. Lembra aquele restaurante que vai abrir no centro? – Perguntei, e a puxei pela mão para que fossemos até a loja.

- Sim, a mídia vem falando dele a semanas. – Enlaçou nossos braços novamente.

- Eu vou me encontrar com o dono, ele quer que eu faça a cobertura da inauguração.

- Achei que gostasse do natural. – Disse em tom divertido.

- Eu gosto, mas as vezes e bom se aventurar em outras áreas, mesmo que para mim uma inauguração de restaurante famoso e fichinha, comparada as guerras que eu já fotografei e os tiros que levei... Bons tempos. – Ri com as minhas palavras e ela me olhou incrédula.

- Bons tempos?! Você levou dois tiros.

- Mas não deixou de ser uma sensação nova.

- A viagem?

- Não, os tiros mesmo. – Ri e ela empurrou de leve o meu ombro.

- Você é maluca!

- Maluca por você. – Repeti o que ela falou quando estávamos na joalheria, ela apenas revirou os olhos – Estou em dúvida se compro só uma blusa social mesmo ou um terno.

- Compra uma roupa mais simples, eu até poderia te emprestar uma, mas...

- Ficaria curta demais, já sei... Eu não posso usar as suas, mas você usa as minhas, isso não e justo! – Fiz bico e ela me deu um selinho – O Robert sabe que você fica beijando as amigas?

- Se ele souber não muda nada, até porque você e quase minha irmã, é... até ele adora ver como você fica possessa com as minhas provocações.

- Vocês são ridículos.

- Essa e uma maneira estranha de você falar que nos ama, mas vou aceitar assim mesmo. – Revirei os olhos – E respondendo sua pergunta das roupas, eu uso as suas porque são confortáveis.

- Ficam enormes em você.

- Eu sei, eu ainda uso aquele moletom que você me emprestou, ele e meu pijama.

- Aquele era meu moletom favorito. – A olhei indignada.

- É... Agora e o meu.

- Ele fica quase um vestido em você!

- Por isso e ótimo para dormi, eu coloco um calcinha e ele, fica perfeito.

- Por que você não usa as roupas do seu namorado?

- Vamos deixar esse assunto para lá. – Antes que eu pudesse responder ela me arrastou para uma loja onde ela sempre compra as roupas dela.

Já que a Lisa e uma grande empresária ela sempre está vestida de maneira mais social, Claro que e quando não está comigo, mas como eu geralmente estou ou no meu apartamento escrevendo algo, ou trabalhando como fotografa, eu quase nunca me visto formalmente, a menos e claro nesses eventos mais chiques como o lançamento do livro, que exigem roupas mais apropriadas.

Nós provamos algumas camisas sociais e saias, até um terno preto feminino, que eu nem sei quando vou usar, mas achei bonito e peguei. Compramos também alguns sapatos, eu além dos meus tênis em casa tenho alguns saltos, mas Lisa me convenceu a comprar mais alguns para usar com as roupas novas, Como se eu vivesse de roupa social, como ela vive.

- Agora já podemos ir?! – Perguntei pela vigésima vez, eu já tinha provado mais de vinte roupas diferentes e a Lisa queria que eu continuasse provando.

- Lembre-se que foi você que quis vir. – Ela falou e já tinha mais duas peças em mãos esperando que eu provasse.

- Você sabe que eu só vou a uma reunião, e diferente de você, eu não trabalho em um escritório e não preciso viver com essas roupas... Ainda bem. – Sussurrei a última parte, mas ela ouviu já que me deu um tapa no braço.

- Pare de reclamar, até parece que eu não sei que quando a reunião terminar você vai correndo para casa só para trocar de roupa e colocar sua mais confortável roupa de mendigo é...

- Me jogar no sofá, colocar um filme e comer porcarias o dia todo, porque diferente de você eu não nasci para ficar enfurnada em um escritório. – Completei.

- É diferente de você, eu não nasci para levar tiro!

- Ponto de vista Sicker. É tudo questão de ponto de vista. – Tentei soar sábia, mas é raro eu conseguir.

 - Não tem essa não, você levou dois tiros e acabou.

- Okay, okay, eu levei dois tiros, mas podemos ir comer logo? – Eu estava quase implorando a ela para irmos comer logo, fazer compras para mim sempre e um tédio.

- Tudo bem, deixa só eu pagar essas roupas.

- As roupas são pra mim, você não precisa pagar!

- O colar e pra mim, mas mesmo assim você pagou. – Rebateu – Vai ser um presente para você, vamos ver se você se veste melhor agora. – Piscou.

- Está insinuando que eu me visto mal? – Cruzei meus braços abaixo dos seios e ergui uma sobrancelha.

- Não, você está linda assim nesse seu estilo adolescente, mas temos que lembrar que você tem vinte e cinco anos agora, você tem reuniões importantes porque você é uma pessoa importante e precisa se vestir adequadamente. – Sorriu – Mas eu não sou a melhor pessoa para te dar sermões sobre isso. – Rimos.

- Concordo.

Lisa insistiu que queria pagar as roupas e no final eu acabei cedendo com o argumento dela do colar, quando finalmente saímos de dentro da loja com cinco sacolas a mais, e as quatro que a Lisa já carregava. Fomos até a praça de alimentação e optamos por um restaurante mexicano, quando já tínhamos feito o pedido o celular da Lisa começa a tocar.

- Alô... hm... Você não pode resolver? – Ela discutia com alguém e percebi que estava ficando irritada – Okay eu já vou, daqui a uns vinte minutos eu chego ai.

- Problemas?

- Algum animal errou em uma propaganda e agora se eu não resolver logo, posso perder até um milhão.

- Isso e realmente um problema. – Disse e tomei mais um pouco do meu milk shake de chocolate, nós havíamos passado em uma sorveteria antes de vim aqui, e é claro que a Lisa não podia perder a oportunidade de me chamar de “poço sem fundo”.

- É a única coisa que tem para me falar? – Me encarou e torceu a boca.

- O que você quer que eu fale? Eu não entendo dessas coisas, não posso te ajudar. – Ela suspirou – Vai precisar ir embora?

- Claro.

- Veio de táxi?

- Não, vim no meu novo carro. – Sorriu.

- Novo? – A encarei curiosa.

- Sim, minha nova Ferrari.

- Cuidado... Vai que o Robert te abandona e foge com o carro. AI!! – Gritei ao sentir o soco que ela deu no meu ombro – E brincadeira!

- Até mais tarde. – Deu as costas e não deixou nem eu responder.

Fiquei vendo o noticiário na tv que tinha ali, depois de uns dez minutos meu pedido chegou, eu não mandei nem cancelar o pedido da Lisa até porque não seria nenhum problema para mim, comer a parte dela. Eram dois tacos e dois refrigerantes, comeria aquilo facilmente.

- Desculpe. – Uma garota que aparentava ter dezessete anos, loira dos olhos negros, e aparentava estar muito nervosa, falou – Você e Elise Bussie?

- Sim...

- E que nós somos muito fãs suas, nos adorávamos suas fotos tanto das guerras quanto dos lugares que você visitava, e quase surtamos quando soubemos do lançamento do seu segundo livro. – A segunda garota que aparentava ter a mesma idade, falou. Ela tinha cabelos castanhos claro e olhos avelã, pelo sotaque e traços chutaria que ela e latina, e a amiga dela parece escocesa.

- Ah, eu... – Eu ainda não sabia muito bem como lidar com os fãs.

- Nós queríamos ir ao lançamento do livro, mas não conseguimos entrar, então... – A garota loira abaixou a cabeça tímida.

- Querem que eu assine os seus livros? – Perguntei, observando que as duas tinham o meu livro em mãos, o título Love Me If You Can se destacava na capa.

- Você assinaria? – A castanha perguntou animada.

- Claro. – Respondi sorridente e peguei o livro das duas, a loira tinha uma caneta na bolsa e me emprestou para que eu assinasse – Qual o nome de vocês.

- Eu sou a Alexa. – Respondeu a loira – E essa e a Larissa. – Apontou para a outra.

- Okay. – Fiz uma dedicatória para as duas em cada livro e depois as entreguei, quando elas leram elas abriram um grande sorriso. “Para as minhas belas fãs :) P.S.: Espero vocês no próximo lançamento” Foi o que eu escrevi.

- Podemos hm... – Alexa começou, mas como dá primeira vez, abaixou a cabeça por causa da timidez.

- Tirar uma foto? – Completei.

- Sim. – Responderam juntas.

- Claro. – Alexa me abraçou pelos ombros do meu lado esquerdo, e a Larissa me abraçou pela cintura ficando do meu lado direito, as duas encostaram o rosto no meu e tiraram um foto, eu fiz um V com os dedos e dei um grande sorriso, depois que Alexa tirou a foto com o celular dela elas ficaram me encarando – Hmmm, querem sentar?

- Podemos? – Larissa perguntou animada.

- Claro, minha amiga me abandonou. – Sussurrei a última parte para que elas não escutassem.

- Obrigada, e eu vou postar essa foto em todas as redes sociais, espero que não se importe. – Alexa disse, sorridente.

- Não me importo, se quiser tirar uma foto do autografo e postar também, fique a vontade.

- Não se preocupe, faremos isso. – Dessa vez foi a Larissa que falou.

- Eu sei que você já respondeu essa pergunta em várias entrevistas, mas a Alexy foi realmente inspirada em você? – Alexa perguntou curiosa.

- Sim, a personalidade da Alexy e bem parecida com a minha.

- Então já podemos nos casar. – Alexa disse brincalhona.

- Como assim? – Perguntei confusa.

- Eu sou simplesmente apaixonada pela Alexy, ela e incrível, ela e divertida e fofa, além de não ligar muito para os outros além daqueles que são importantes para ela.

- Geralmente eu encontro pessoas que são apaixonadas pela Elisa, já que ela e a badass, a fodona.

- Sim ela é, mas a Alexy me encanta mais sabe, e esse final em que muitos a acharam egoísta, eu sou totalmente contraria a isso!

- Vocês não acham que a Alexy foi egoísta em abandona-los e passar sete anos longe?

- Talvez em ir embora sozinha sim, mas os sete anos que ela passou longe não foi nada egoísta, já que ela só viveu a vida dela, Elisa que e de uma máfia, para ela seria bem mais fácil encontrar a Alexy, e por que ela não a procurou? Como merda a Alexy iria descobrir onde a Elisa estava? Ela não tinha como, então ela só viveu a vida dela.

- No final do primeiro livro eu só coloquei “sete anos depois”, como você sabe que ela simplesmente viveu a vida dela em paz? – Ergui uma sobrancelha.

- Pela personalidade dela, mesmo a Alexy estando magoada eu duvido que ela tenha parado a vida dela para se preocupar porque a Elisa e companhia não apareceu. – Dessa vez foi a Larissa que respondeu, eu sorri grandemente com isso, finalmente alguém que entende o meu ponto de vista.

- Finalmente alguém que entende a Alexy. – Falei divertida.

- Como eu falei, eu sou apaixonada por ela, essa daí – Apontou para a Larissa – e apaixonada pela Lins – Nome que dei a Luna na história – Ela ficou extremamente preocupada com ela, ela vai ficar de cadeira de rodas?

- Sem spoiler! – Ri da cara de decepção delas. Escutei meu celular tocar novamente e estranhei quando vi ser uma ligação de Robert – Com licença – Disse as garotas que apenas assentiram – Fala ruivo.

- Lise, preciso de você no Novo Banco agora!! – Eu consegui notar nervosismo no seu tom e isso me deixou em alerta.

- O que aconteceu Roby.

- Já mandei não me chamar assim. – Resmungou e eu ri – Minster. – Quase cuspi o refrigerante que eu bebia.

- Vocês acham que ela pode estar assaltando o... – Me interrompeu.

- Temos certeza Lise, e pelas informações que temos ela já chegou ao cofre!

- Chego ai em dez minutos.

- Cinco.

- Já estou indo. – Desliguei e olhei para as garotas que me olhavam preocupadas – Desculpem, mas eu preciso ir, e urgente!

- Tudo bem, foi um prazer te conhecer. – Alexa falou e me deu um abraço.

- Você é incrível. – Larissa me puxou para me abraçar também.

- Vocês que são. – Pisquei para elas e corri para o estacionamento.

Nessas horas e que eu agradeço pela potência do meu carro, em exatos oito minutos eu estava em frente ao banco. A policia já estava espalhada pelo lugar.

- Você não tem permissão para entrar. – Um dos policiais me bloqueou, mas eu peguei o meu distintivo e mostrei a ele.

- Investigadora Bussie, eu tenho permissão para passar. – Assumi minha pose seria.

- Você não tem... – Foi interrompido.

- Deixe-a passar. – Pierre apareceu e me puxou para dentro da barreira – Robert já está lá dentro. – Assenti e corri para dentro.

Tinha policiais por todos os lados, eu não avistei o Robert naquele andar então eu corri pela escada para procura-lo. Quando cheguei ao andar do cofre após driblar vários policiais eu avistei a cabeleira ruiva que tanto procurava, ele estava sozinho em frente a uma porta enorme de aço que estava aberta, ele estava caído e sua perna sangrava muito, Baleado.

- Robert. – Chamei baixo enquanto me aproximava agachada – Quem está lá dentro? E por que está sozinho?

- Cerca de três pessoas, estou sozinho porque eles derrubaram os outros. – Apontou para os outros policiais que estavam caídos.

- Três pessoas derrubaram todos esses homens e ainda driblaram o sistema de segurança? – Perguntei surpresa e ele assentiu.

Peguei minha arma que estava na minha calça, eu havia pegado ela no meu carro, já que eu sempre deixo uma 9mm no porta luvas. Eu sabia que eu sozinha não iria conseguir fazer nada contra esses homens que pareciam ser de elite, mas se o meu palpite estivesse certo e fosse realmente a Adrian, ela não atiraria em mim.

Juntando toda a coragem que eu havia adquirido em guerras, entrei agachada e fiquei escondida atrás de uma prateleira, dela eu podia ver três pessoas, todos usavam smoking e o curioso e que os três usavam máscaras de animais, o que único homem usava máscara de leão, a ruiva usava máscara de dragão e a mais alta usava máscara de lobo. Não foi difícil eu identificar aqueles olhos verdes por trás da máscara de lobo, e os cabelos loiros que continuavam compridos na altura da cintura, se destacavam na roupa preta. De repente a garota loira deu sinal para que os outros saíssem, o que eles fizeram se questionar.

- Já pode sair daí. – A loira falou – Vamos Ely, já percebi que está ai. – Essa voz rouca, Maldita.

- Adrian Minster, a quanto tempo. – Me levantei com arma em punho e apontei para a cabeça dela.

- Elise Bussie. – Tirou a máscara e eu pude ver seu rosto, Mais bela do que nunca, com traços mais maduros, a cicatriz de anos atrás ainda era visível em sua bochecha, mas aquilo não a deixou feia, pelo contrário ela estava... sexy? – Essas são as piores boas vindas que eu já recebi. – Falou debochada enquanto levantava as mãos.

- Sabe foi uma notícia incrível saber que você se tornou uma grande gangster! – Sorri fraco.

- Anos se passaram Ely, tempo suficiente para eu descobrir a minha vocação.

- Sua vocação e matar pessoas inocentes? – Perguntei e apontei com a cabeça para os corpos dos policiais caídos pelo chão.

- Você por acaso e o Batman? – Riu, Esse tom debochado dela já está irritando.

- Você seria o Coringa? – Rebati e ela sorriu.

- Eu seria sua! – Sorriu marota.

- Você será da sua bela cela e uma prisão de segurança máxima.

- Vai me prender Ely, e os nossos bons momentos? Que aliás foram muito bem descritos no nosso livro... Elisa? Que falta de criatividade! – Riu, Ela sempre foi tão irritante assim?

- Você sempre foi tão irritante?

- Eu sempre gostei de te tirar do sério... Principalmente quando os meus dedos estavam dentro de você! – Sorriu de lado, aquele clássico sorriso. Eu não aguentei e dei um tiro de raspão em seu rosto, o que fez um corte em sua bochecha – Parece que consegui, não é?

- Levanta esses seus braços e deixa eu te prender.

- Okay. – Ela levantou novamente o braço esquerdo, só que a mão direita foi para o bolso da calça que ela usava e quando ela levantou a mão novamente, eu vi que ela tinha uma bomba – Foi um prazer te ver novamente Ely, você está muito mais linda e... – Seus olhos passearam pelo meu corpo – Gostosa. Bye, bye. – Ela jogou a bomba no chão e por reflexo eu me joguei atrás de uma das grandes prateleiras que tinha ali.

O som que escutei era ensurdecedor, mas a explosão que eu esperei não veio, quando abri os olhos só o que vi foi uma fina cortina de fumaça e isso acabou ativando o sistema de segurança e começou a “chover” dentro da sala. Me levantei e procurei novamente a Adrian pela sala, mas não tinha nenhum sinal dela ali, tinha apenas uma pichação na parede.

“Parece que a caçada começou, mas lembre-se que eu sempre fui uma ótima caçadora. Você escolheu o seu lado e para o seu azar não foi o mesmo que o meu, por isso espero que esteja pronta.

ASS.: Green Eyes.

P.S.: Sua bunda está maior ou e impressão minha?"


Notas Finais


Até o próximo, bye :3


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