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História Love Me If You Can - Glad You Came


Escrita por: Dark_Girl01

Notas do Autor


Voltei
Desculpem ter sumido, meus pais não estão deixando eu usar o pc e estão me botando pra estudar, então foi mal..
Essa e só a primeira parte do capítulo, então ele promete U.U
O capítulo tem música, link no final... a música e Glad You Came

Boa Leitura ^-^
(Desculpem qualquer erro) :/

Capítulo 30 - Glad You Came


Fanfic / Fanfiction Love Me If You Can - Glad You Came

- Adrian Mister, nascida em Toronto, Canada... Pai Gray Minster, mãe desconhecida, uma única irmã que também está envolvida em tudo, ela se chama Luna Koltin Minster... Hmmm... Adrian e uma grande corredora, mas também sabe pilotar helicópteros e muito provavelmente aviões, mestre dos disfarces e da camuflagem, entra sem levantar suspeitas, pega o que quer e vai embora sem grandes problemas... Procurada pela polícia de cinco países, Interpol, FBI e CIA estão na cola dela fazem quase três anos e até agora não conseguiram muitas informações sobre ela... – Pierre revisava o meu relatório sobre a Adrian.

Ontem eu passei a noite na minha “sala secreta” onde eu juntava as informações necessárias e fazia as pesquisas a minha maneira. Hoje decidi abrir logo o jogo com o Pierre, Robert e Mark, dando as informações – que eu sabia – sobre todos, mas certas informações eu consegui com Robert que me revelou sobre a Interpol, CIA e FBI... Se a Adrian queria se foder legal... Ela conseguiu, mas pelo menos conseguiu em alto estilo!

- Como sabe tudo isso deles? Nem a Interpol conseguiu essas informações sobre a Adrian. – Pierre me perguntava intrigado.

- Sou boa no que faço! – Pisquei.

- Isso pode nos ajudar muito, mas você deu a fixa de seis deles é pelo que nos foi relatado nas poucas vezes em que foram vistos, são no mínimo dez. – Um mauricinho do FBI, o qual eu nem sequer sabia o nome, falou com desdém.

Deis de que as investigações começaram, todos nos unimos para conseguir prender a Adrian, o problema e que eu odeio esse cara, ele se acha o fodão... Sim, já dá para perceber que eu não vou com a cara dele... Mas qual é, eu sou muito mais foda!

- Amanhã repassaremos as informações que o Agente infiltrado da CIA conseguiu. – Pierre comentou, e eu que estava viajando finalmente me foquei na conversa.

- Amanhã à tarde? – Perguntei me lembrando do compromisso que eu tinha amanhã.

- Sim, por quê? Precisamos de você aqui.

- Eu sei Pierre, mas amanhã e meu aniversário, a Lisa vai arrancar o meu fígado se eu não a ajudar a terminar com os preparativos. – Me encolhi ao lembrar das ameaças da pequena loira.

- Eu não acho que posso mudar alguma coisa, mas em respeito à você falarei com a Agente e perguntarei se ele pode vim de manhã. – Sorriu simpático.

- Fico muito grata.

- Bom, os relatórios que você nos entregou vão ser muito uteis! Como já vimos o necessário por hoje, vocês estão dispensados.

- Finalmente. – Mark comemorou, mas se encolheu na cadeira quando viu o olhar reprovador do Pierre.

Fui a primeira a me retirar da sala, eu ainda não suporto reuniões e essas coisas, mesmo eu sabendo da importância de tudo isso eu sou uma pessoa que gosta mais da ação. Eu sou incrivelmente analítica e gosto de pensar, o problema é que esses caras são muito chatos, o único que eu consigo suportar e o Pierre, mas é porque eu já me acostumei com a chatice dele.

- Vai se encontrar com a Lisa? – Robert perguntou, assim que nos encontramos fora da sala de reuniões.

- Tenho opção? – Foi uma pergunta retorica, até porque eu sei que se eu não for encontrar aquela doida, ela vem me caçar e me mata com a minha arma.

- Claro que não! – Riu da minha cara de quem estava super animada para resolver mais problemas.

- Acho completamente desnecessário essa festa!

- Lise, amanhã você faz vinte e cinco anos, a Lisa ainda tem raiva de você porque você não quis comemorar o seu aniversário de vinte, e além do mais, quando foi a última vez que você foi a uma festa? Se não me engano seus últimos meses se resumiram ao lançamento do livro e quando não é isso, você está por ai investigando casos. Qual é, eu te conheci super animada e agora você só sabe trabalhar e trabalhar, aproveite o dia de amanhã, aproveite o seu dia! – Deu ênfase na última parte e piscou para mim, Infelizmente ele tem razão, droga – E nem venha me xingar mentalmente só porque está errada!

- Vocês leem minha mente, por um acaso? – Perguntei intrigada.

- Não Ely, você só é muito transparente, conseguimos te ler só pela sua expressão.

- Ata... Você vai comigo? – Fiz carinha de cachorro sem dono.

- Nem vem com essa carinha fofa, eu não vou não. – Ele ficou negando com a cabeça – Eu conheço muito bem a minha mulher, até porque no meu aniversário rodamos tanto que no dia da festa eu estava exausto! Eu até já disse a ela que eu tenho um compromisso para ela não me chamar hoje.

- Que tipo de namorado é você?

- Do tipo que presa pela sanidade mental! – Caminhamos pelo pátio da polícia até chegarmos finalmente ao estacionamento – Quer carona? – Perguntou, desbloqueando a porta do Volvo XC60 Branco 2015.

- Não obrigada, eu vim de moto. – Mostrei o capacete que eu segurava, que tinha pego na minha sala antes de ter sido arrastada para uma reunião.

- Okay... Te desejo boa sorte... Sério, você vai precisar.

- Fala como se eu não convivesse com ela a mais tempo do que você, eu já estou com ela faz sete anos... Eu nunca imaginei que em um hospital eu fosse fazer uma grande amiga.

- A sua história é muito louca! Tipo, você é filha de um mafioso, a “neta” – Fez sinal de aspas com os dedos – Vira o seu grande amor, depois de um monte de merda acontecer vocês se distanciam, sua vida finalmente está ótima e do nada ela ressurge das cinzas para te enfrentar... E ainda te deixou encharcada com um olhar.

- Você tem que parar de escutar as merdas que a sua mulher fala! – Revirei os olhos – Mas realmente, quando minha vida finalmente está ótima, eu tendo um ótimo emprego...

- Você e a única pessoa que eu conheço que e fotografa e investigadora nas horas vagas, não deveria ser ao contrário?

- Lembre-se sempre que a culpa e sua, eu nunca quis ser investigadora da polícia londrina, mas você tinha que me arrastar.

- Fala como se odiasse o que faz. – Debochou – Como eu ia imaginar que aquela fotografa que e a melhor amiga da minha namorada, na realidade e filha de um mafioso e sei lá, tem isso no sangue, sabendo assim, reconhecer uma mente criminosa como ninguém!

- Aqui não e o Criminal Minds. – Referi-me a série de televisão dramática e policial americana, que eu tanto gostava de assistir.

- Você seria uma boa protagonista.

- Eu já sou protagonista de um livro. – Pisquei para ele.

- Não, a protagonista se chama Alexy... – Falou de forma divertida.

- Alexy Vasques, também conhecida na vida real como Elise Bussie...

- Hmmm, se acha demais você, só porque agora tem sobrenome e descobriu ser francesa.

- Você não pode falar nada, você já me conheceu com sobrenome e com nacionalidade francesa. – Disse seria e vi ele se encolher. Senti meu celular vibrar no bolso e vi ser um sms da Lisa.

Espero que já esteja a caminho, foda-se se está em reunião, quero você no café na hora marcada!!! Não ouse se atrasar Bussie >:(

Abraço :3

- Eu vou logo, estou correndo o risco de levar um tiro. – Torci a boca e o ruivo riu.

- Tem razão, melhor ir logo. – Entrou em seu carro que já estava com a porta aberta – Boa sorte e até amanhã.

- Até. – Me despedi dele e fui até a minha moto, ajeitei a jaqueta que eu estava usando, coloquei o capacete e sai o mais rápido que consegui dali.

Cerca de meia hora depois eu cheguei ao café, olhei em meu relógio de pulso e percebi que tinha chegado em cima da hora, Ótimo, um tiro não, mas quem sabe uma facada? Quando entrei vi uma pequena loira distraída em seu celular, sentada em uma mesa perto das janelas o que lhe dava a visão da rua, de vez em quando ela direcionava o olhar para a rua, Com certeza está me procurando.

- Hey, pequena do meu coração. – A cumprimentei animada ao me aproximar, ela me olhou seria, mas quando percebeu a minha expressão nervosa sorriu carinhosa.

- Dessa vez vou deixar passar o seu pequeno atraso, mas e só pela reunião hein!

- Pode deixar, Capitã. – Bati continência e ela riu pela minha bobeira.

- Você é uma idiota. – Riu.

- Sou sua amada idiota. – Comentei e folheei o cardápio procurando algo doce, de preferência algo com chocolate.

- Você não é minha amada não! – Rolei os olhos – Prefiro as ruivas...

- Vai que eu fui ruiva em outras vidas!

- Lise você foi até albina, mas duvido você ter sido ruiva!

- Eu seria legal albina.

- Vai parecer uma velha, mas você loira acho que ficaria legal... – Ficou me analisando como se tentasse imaginar, mas acabou fazendo só uma careta engraçada – Não, não ficaria, nem tente descolorir o cabelo.

- Pode deixar, eu gosto do meu avelã. – Fiquei brincando com as pontas do meu cabelo, quando eu finalmente ia levantar a mão para chamar o garçom, Lisa me impediu dando um tapa na minha mão.

- Você demorou, então paramos em um fast food no caminho e você compra algo. – Falou e já foi se levantando pegando a sua bolsa e um... capacete?

- Por que você tem um capacete?

- Eu vim de taxi, se levarmos em consideração que você fez a besteira de trocar seu carro por uma moto, se eu quiser andar com você agora eu preciso ter um, certo? Eu aproveitei que ao lado do prédio da empresa tem uma loja de motos e comprei.

- Hmmm, pensei que tivesse frescura com motos como seu namorado. – Comentei e comecei a acompanha-la para fora do café.

- Não tenho essas viadagens e você sabe.

- Que bom, pelo menos tenho uma companheira. – Ri e a abracei pelos ombros – Onde vamos agora?

- Vamos ao local da festa, amanhã também iremos, mas eu quero resolver algumas pendencias hoje e amanhã vamos só para checar o local antes da festa, hoje ainda vamos no...

Blá, blá, blá, alguém me dá forças para aguentar esses dois dias...

[...]

- Estou morta. – Falei para o meu fiel companheiro White, que está sentado ao lado do sofá que e exatamente onde eu estou jogada nesse momento – Por que a Lisa tinha que inventar de fazer uma festa mesmo sem eu querer? Foda-se se é vinte e cinco anos, isso é só mais um ano acrescentado em minha vida. – Como se estivesse realmente entendendo o que eu falava, o White continuava sentadinho ao meu lado me encarando calmamente como se quisesse me transmitir essa calma – Por isso que gosto de conversar com você, você e um ótimo ouvinte. – E como se tivesse entendido, ele latiu em resposta e começou a abanar o rabo. Fiz um carinho na cabeça dele, me levantei e segui para a cozinha.

Eu estava com muita fome, tinha acabado de chegar do meu longo dia com a Lisa, acabou que a única refeição que fiz deis de que me encontrei com a Lisa de duas e meia foi um sanduiche da Subway e um refrigerante. Agora são exatas dez e vinte e cinco e eu estou quase desmaiando, mas não sei se e pelo cansaço ou pela fome, Com certeza e pelos dois.

- Sem paciência para cozinhar... Vai um miojo mesmo. – Coloquei água para ferver e me encostei na bancada enquanto dava uma olhada nas notícias pelo celular.

Distraidamente lia algumas matérias de coisas que tinham acontecido pelo mundo, quando me deparo com “Assalto a um dos maiores bancos da França, sem pistas a polícia corre em círculos para achar qualquer coisa. Uma das coisas que chocam nesse crime e a agilidade de todos os envolvidos e a capacidade de entrar e sair sem levantar suspeitas, a única prova que foi deixada no lugar foi uma grande pichação deixada na área do cofre, Green Eyes era o que estava escrito e isso nos leva a crer que os envolvidos nesse crime sejam os mesmo do assalto à o Novo Banco em Londres”.

- Puta que pariu, White será que tem como a Adrian ser mais filha da puta?

Comecei a procurar em outros sites sobre mais informações do assalto, o que me deixou muito aliviada foi saber que não teve mortes, ou seja, Adrian ainda tinha algum tipo de juízo. Pesquisei mais sobre alguns outros crimes que ela cometeu, e geralmente todas as ações dela acabam sem civis sendo mortos, no máximo policiais e isso só acontece quando ela não tem mais opção. Eu estava tão concentrada em ler sobre a Adrian que nem percebi que a água que eu havia colocado em uma panelinha para ferver, já tinha evaporado e agora o fundo da panela queimava, só fui perceber quando o White começou a latir o que me assustou e me fez ver a fumaça preta que saia da panela.

- Droga. – Peguei a panela queimada e joguei na pia, ligando a torneira e vendo toda aquela fumaça subir – Até quando ela não está aqui, eu faço merda...

Deixei a panela na pia e peguei outra, fiz o mesmo processo de colocar a água para ferver só que dessa vez sem fazer a cagada de queimar a panela. Fechei o site em que eu lia a notícia e entrei no facebook, eu tinha várias notificações, principalmente de curtidas nas fotos que tirei no lançamento do livro. Quando a água começou a ferver, coloquei um miojo e esperei os três minutos até estar pronto, escorri o excesso de água, Já que gosto do macarrão sequinho, e joguei o temperinho sabor carne por último.

Lisa é tão implicante que até o fato de eu jogar o tempero por último já e motivo para ela ficar enchendo o saco, falando que o modo certo e jogar na água quando ainda está no fogo... Se eu comprei está merda, eu como ele até cru se eu quiser.

 Eu deixei o miojo na panela mesmo e fui até a sala ver se passava algo de interessante na TV, não foi muita surpresa para mim ver que a maioria dos noticiários falava sobre a Green Eyes. Mesmo que eu quisesse me focar só no fato de que Adrian havia se tornado uma criminosa procurada internacionalmente, eu não conseguia esquecer os nossos bons momentos, Qual é, a garota foi meu primeiro amor e eu não consigo esquecer isso!

E pensar que amanhã e a data que marca o começo de tudo, tanto as coisas boas como as ruins, começaram a partir dessa data... Eu espero que como a quase sete anos atrás, aconteçam coisas inesperadas novamente, mas mais ao meu favor... Sim, eu estou precisando muito que a sorte esteja ao meu lado.

- WHITE!! – Passei tanto tempo divagando em pensamentos, que nem percebi que segurava a panela meio de lado, o que acabou deixando todo o seu conteúdo exposto para o cachorro esperto ao meu lado – Vou ter que preparar outro miojo. – Bufei.

[...]

Acordei no outro dia com os latidos altos de White ao meu lado. Eu tinha dormido no sofá, e ao me levantar senti uma dor forte em minhas costas.

- Que horas são? – Isso idiota, pergunte como se o cachorro fosse te responder.

Peguei meu celular e percebi que já eram dez e meia... Eu tinha algo a fazer, mas o que era.....?

- DROGA, a reunião.

Sai em disparada para o meu quarto, pela hora não daria tempo de eu tomar um banho e me ajeitar muito. Ontem à noite, Pierre me mandou uma mensagem avisando que a reunião começaria as dez, ou seja, estava meia hora atrasada.

Troquei rapidamente de roupa, colocando uma camisa polo que seguia um degrade de baixo para cima de rosa claro a roxo, uma calça jeans escura e um All Star cano médio preto. Os cabelos eu acabei só fazendo um rabo de cavalo frouxo, peguei as chaves da moto e o capacete e corri para pegar o elevador, por sorte ele já estava descendo o que facilitou um pouco a minha vida. Quando cheguei ao estacionamento resolvi dar uma checada no Whats App, já que o Robert com certeza estaria surtando... E como eu imaginei, ele estava.

[09:43] Robert: Espero que não se atrase hoje!!

[09:58] Robert: Lise, a reunião já vai começar, onde você está?

[10:07] Robert: Não podemos começar a reunião sem você, onde merda você está?

[10:14] Robert: ELISE BUSSIE, ONDE CARALHOS VOCÊ ESTÁ?

[10:18] Robert: Pierre está surtando, ONDE VOCÊ ESTÁ???????

[10:27] Robert: ELISE BUSSIE, ESPERO QUE VOCÊ NÃO ESTEJA DORMINDO....

[10:31] Robert: EU VOU TE MATAR!!!

Eu tô ferrada! Nem preciso dizer que eu só não fui presa hoje por pura cagada, porque o monte de leis que eu infligi já dá para pegar alguns anos na prisão.

Cheguei e mal parei, já sai correndo para a sala de reuniões. Nem preciso dizer que quando entrei fui fuzilada com olhares mortais de Robert, Mark e Pierre, mas é claro que aquele filho da mãe do FBI tinha um sorrisinho debochado no rosto.

- Vejo que fazer com que tivéssemos que mudar a hora da reunião não foi o suficiente para você, você ainda tem que chegar atrasada? – Filho. Da. Puta. Juro que tive vontade de pegar a minha pistola e dar um tiro no meio da testa desse animal.

- Desculpem o atraso, eu tive alguns problemas em casa. – Robert me lançou um olhar de “já sei bem quais são seus problemas”.

- Tudo bem, o importante e que você chegou. – Um moreno alto, que eu nem havia percebido que estava na sala, falou. Eu o encarei em dúvida e ele logo tratou de se apresentar – Sou Steve Kolin, vim ajuda-los com as investigações.

- O cara da CIA? – Revirei os olhos, mas diferente do que eu imaginava ele riu da minha “empolgação” em conhece-lo.

- Sim, Senhorita Bussie. – Falou amigável – Ouvi falar muito bem de você, você está se tornando bem conhecida.

- Infelizmente não era atenção o que eu queria, mas...

- Vamos começar essa reunião ou não? Além de chegar atrasada ainda fica enrolando. – Eu. Ainda. Mato. Esse. Cara!

- Dá para você ficar quieto? Já vamos começar.

- Você não tem o direito de falar isso, eu sou um...

- Foda-se o que você é, estamos em Londres e sua autoridade aqui não vale de nada, então pode baixar a bola! – Mark e Steve se seguravam para não rir, Pierre estava em dúvida se me aplaudia ou se me punia, o agentezinho de merda estava com cara de bunda sem saber o que falar e o Robert como um ótimo amigo estava com cara de “turn down for what”.

- Olha a boca, Bussie. – Pierre me deu um tapa nuca e eu me contorci na cadeira – Agora vamos logo começar isso antes que vocês se matem.

- Ahhhhhh. – Mark fez cara de decepção – O show estava ótimo, vamos continuar e esquecer isso.

- Nem fodendo Sperk, eu acordei cedo então vamos trabalhar agora! – Robert disse e cruzou os braços – O que você tem para a gente Agente Steve?

- Adrian Minster... Bom, vocês já sabem o nome da maioria deles, idade e essas coisas, graças a investigação da Bussie, que aliás, para você ter conseguido essas informações sem se aproximar dele, você deve ser muito boa. – Pisquei o olho para ele, mas quase pulei no pescoço do Robert que ria maroto, Não fala nada filho da puta – Mas prosseguindo, eu consegui me infiltrar por dois meses, depois desse tempo eles começaram a desconfiar e eu já tinha conseguido boas informações então dei prioridade a minha vida naquele momento.

- E fez bem. – Concordei com o ato dele, até porque, conhecendo bem a Adrian tenho certeza que ela não hesitaria em mata-lo.

- Tudo que sabemos sobre eles e a ponta do iceberg, na verdade eu ainda tenho minhas dúvidas sobre o que eles me falaram chego perto de ser pelo menos a metade.

- Como assim? – Pierre perguntou confuso.

- Eles não confiam em ninguém, na verdade isso era o esperado principalmente do jeito que eles são caçados. Eu só consegui chegar até eles porque ajudei um deles...

- Desculpe interromper, mas quem você ajudou e quem você conheceu?

- Vejo que está com pressa Bussie. – Ele falou divertido e eu corei – Mas só porque hoje e seu aniversário eu vou acelerar um pouco.

- Como você sabe? – Ergui um sobrancelha.

- Esses dois – Apontou para Mark e Robert – Não param de falar o quanto estão animados para a festa hoje... Aliás, meus parabéns. – Ele estendeu a mão e eu a apertei.

- Obrigada de verdade... Pelo menos você não e puxa saco como certas pessoas do FBI. – Encarei Scott que grunhiu com meu comentário.

- Quando você estiver com uma bala no meio da testa não venha reclamar...

- Parem com isso, parecem duas crianças se provocando. – Pierre nos repreendeu.

- Elise, respondendo a sua pergunta, eu ajudei Nick, ele quem me ajudou a chegar em todos. – Não vou mentir, até porque não tem como, eu estava ansiosa para saber mais sobre todos – Os que agem dentro dos bancos são Rachel, Adrian e Caleb.

- Caleb? – Perguntei, Esse eu não conheço.

- Caleb Stenffield, ele que cuida de “exterminar” – Fez aspas com os dedos – qualquer pessoa que possa atrapalhar a ação deles, mas ele quase nunca precisa agir já que eles são extremamente analistas e planejam cada passo.

- E o resto? – Perguntei. De todos ali eu era a que estava mais focada no assunto, eu estava arqueada sobre a mesa, minhas mãos estavam cruzadas e meu rosto estava apoiado nelas.

- Nick era o piloto de fuga, ele esperava os outros a alguns quarteirões de distância, Rachel e a apoio, Martin e Angelo ficam no prédio, geralmente misturados no meio dos civis, eles dão cobertura para os outros. – Ele suspirou – Eles são ótimos, eles até tentaram me colocar para ajuda-los em um roubo, mas eu atrapalhava a “formação” deles.

- Então para pega-los só precisamos quebrar essa “formação” deles? – Scott perguntou – Não é tão difícil prende-los no final das contas.

- É ai que você se engana, mesmo que isso pareça ser simples, não se engane pois não é. Temos uma gênia ao nosso lado – Me encarou e eu dei um sorriso meio envergonhado – Mas eles também tem.

- Adrian Minster? – Perguntei.

- Sim, mas não e com Adrian que devemos nos preocupar.

- Como assim? – Eu estava confusa, mas ai lembrei que faltava uma pessoa ser citada.

- Luna Koltin Minster, e com essa que temos que nos preocupar.

- Mas pelo que vimos ela não entra na “formação” deles. – Pierre disse, ele também estava bem atento a toda a conversa.

- Luna entra sim, na verdade, ela não e a peça mais importante do nosso jogo de xadrez, mas e muito habilidosa!

- A Rainha? – Perguntei.

- Não. – Eu parei para pensar um pouco, todos ficaram me encarando esperando que eu falasse algo já que eu estava com uma expressão bem pensativa.

- Adrian e o Rei, Luna eu chuto que seja o Bispo, Rachel e Caleb são os Cavalos, Martin e Angelo as Torres... Se seguirmos por esse raciocínio, quem e a Rainha e quem são os Peões?

- A Rainha Adrian sempre fez questão de me falar que ainda não está com eles, mas que logo ela faria com que se juntasse... Pela forma que ela falava eu chuto dizer que era uma pessoa bem importante... – Ficou pensativo, como se lembrasse das reações de Adrian ao falar da tal Rainha.

- E os Peões? – Robert perguntou.

- Os civis.

- Como assim? – Perguntei, eu ainda não havia chegado a um ponto onde os civis entrassem.

- Pense bem Elise, os Peões são as peças que o Rei pode mover como bem entender para sua defesa e... – O interrompi.

- Adrian usa o medo sobre os reféns como defesa, enquanto a polícia está preocupada em resgatar os reféns Adrian tem tempo o suficiente para fugir do lugar.

- O que eles nunca me falaram e como fogem. – Steve disse meio decepcionado.

- Robert. – Chamei o ruivo que me encarou curioso – Temos acesso a planta dos bancos?

- Não, temos que lembrar que não foi só aqui que eles roubaram, posso tentar conseguir a do Novo Banco já que é aqui em Londres, mas o resto temos que deixar com os outros Agentes.

- Não precisa se preocupar, a do Novo Banco vai ser suficiente para tirar minha dúvida.

- Qual sua dúvida, Bussie? – Steve perguntou.

- Você pode achar que eu estou assistindo filmes de mais, mas se pensarmos bem esse e a única maneira.

- Qual? – Scott perguntou impaciente.

- Esgoto, quando estávamos no Novo Banco o elevador estava parado no último andar, o que me leva a crê que eles fogem por baixo, ou seja...

- Esgoto. – Mark completou.

- Agora que você tocou nesse ponto, você confirmou mesmo se fomos hackeados? – Pierre se lembrou do meu comentário sobre o elevador e perguntou.

- Sim, nos eles acreditam que o sistema foi mesmo hackeado, mas foi realmente alguém ótimo para poder invadir aquele sistema de segurança.

- Luna. – Steve comentou de repente.

- O que tem ela? – Scott perguntou.

- Ela e responsável por faze-los entrarem e saírem em segurança.

- Por isso e com ela que temos que nos preocupar. – Pensei alto e Steve assentiu com a cabeça.

- Ela e trazida para os roubos deles?

- Não, ela comanda tudo de Miami.

- Miami?

- Sim, e onde eles vivem, mas por algum motivo ultimamente eles estão mais interessados em agir em Londres. – Robert nesse momento me olhou com cara de “Por que será?”, Eu só queria dar uma voadora nele, e pedir demais?

- Temos que descobrir o motivo deles, mas enquanto isso vamos só manter nossa atenção aqui já que está sendo o foco dos ataques deles. – Pierre falou decidido.

- Steve. – Chamei baixinho, mas ele escutou. Eu precisava perguntar algo a ele mais tinha medo – Você via a Luna?

- Não, eu nunca via a Luna. – Ele ficou pensativo como se lembrasse de algo – Ela geralmente estava sempre dentro do seu quarto, só a quem fazia ela dar algumas voltas pela casa era a filha. – Gelei nesse momento, Filha? Robert me olhou impressionado como se me perguntasse “Como assim?”, como resposta eu só dei as costas já que não sabia disso.

- Tem uma criança com eles? – Pierre perguntou espantado.

- Sim, mas a casa deles tem muita segurança, eu não sei a localização porque sempre que entrava ou saia eles me vendavam e me deixavam sempre em lugares aleatórios pela cidade.

- O pai dessa criança e algum dos homens do grupo? – Pela primeira vez na vida eu fiquei com uma puta vontade de dar um beijo no Scott, ele perguntou o que eu não tinha coragem... TE AMO MIGO.

- Não, na verdade é, só que é uma mulher. – Steve riu da cara de espanto do Scott.

- Elas são lésbicas? – Scott fez uma cara de nojo... Era brincadeira, eu te odeio migo!

- Obviamente, e aparentemente Adrian também é.

- Mas quem e a outra mãe? – Perguntei.

- Rachel, elas pagaram para participar de um projeto experimental que transforma medula óssea em esperma...  Claro que esse e um jeito bem resumido de dizer.

- Então a filha biologicamente e das duas? – Perguntei e senti um forte beliscão no meu braço, quando olhei para o lado Robert me olhava com uma expressão repreendedora, talvez seja porque a minha pergunta saiu mais animada do que devia.

- Sim, se eu não me engano a garota se chama Elise, coincidência né? – Perguntou sorridente e eu me senti gelar, Não pode ser... Era ela mesmo...

- Sim, muita. – Forcei um sorriso e Robert parece ter percebido.

- Okay okay, já estamos divagando muito no assunto, já discutimos bastante coisa, será que podemos ir? Eu prometi que levaria minha esposa para almoçar e ainda daríamos uma volta por Londres. – Scott cortou o assunto, e nem esperou a resposta e já foi levantando.

- Claro tem razão. – Pierre também foi se levantando e cumprimentando a todos com um aperto de mão, mas quando chegou minha vez ele me puxou para um abraço – Parabéns pequena, você merece tudo que conquistou e sei que ainda conquistara muito mais. – Ele falava tudo sorridente.

- Obrigado Pierre, você é um ótimo chefe... E é melhor ainda como amigo. – Retribui o abraço apertado, quando nos afastamos ele se despediu e saiu da sala.

Sai da sala e fui acompanhada por Mark e Robert até o estacionamento.

- Só esquecemos de perguntar o porquê de eles usarem máscaras de animais. – Robert deu um tapa na própria testa.

- Deve ser só para esconder o rosto mesmo cara, perguntamos na próxima. – Mark tentou aliviar o nervosismo do amigo.

- E Robert, perguntamos na próxima. – Tentei amenizar o nervosismo do ruivo – E lembre-se, se fosse realmente importante Steve teria tocado no assunto, ele não deixaria esse detalhe passar se fosse realmente importante!

- Tem razão. – A expressão dele mudou de repente de nervosismo para divertimento – Como se sente sendo uma velhinha agora? Já sente o cheiro da morte?

- Idiota, eu sou mais nova que você!

- Só três. – Ele fez bico.

- Três meses? – Mark perguntou.

- Três anos. – Mark riu da cara do ruivo, ele tinha uma carinha abatida – No final das contas não só eu a velha, não é vovô?

- Não se atreva!

- Já me atrevi. – Ri marota e ele revirou os olhos. De repente senti meu celular vibrar no meu bolso. Com certeza e a Lisa com seus surtos pré-festa.

[14:24] Lisa: ELISE BUSSIE, foda-se se você está em reunião.

[14:24] Lisa: Vai agora lá pra casa que eu vou te ajeitar, e não quero nem saber de atrasos.

[14:25] Lisa: Arrasta o vagabundo do meu namorado também.

[14:25] Lisa: Visualizou a mensagem, já sei que não está em reunião!!

Eita.

[12:25] Lisa: VOCÊ TEM 15 MINUTOS PARA ESTAR AQUI!!! >:(

- Lisa em seus surtos? – Robert perguntou, ele já conhecia bem a namorada.

- Sim, me ameaçou e mandou eu estar lá em quinze minutos...

- Se ferrou. – Robert debochou.

- E mandou eu arrastar o vagabundo do namorado dela também. – A expressão alegre dele murchou.

- Merda. – Ele balbuciou, se despediu do Mark e praticamente correu para o próprio carro.

- Escravoceta. – Mark ria do desespero do amigo.

- Deixa ele te ouvir falando isso.

- Deus me livre, ele vai me dar um tiro. – Fingiu uma expressão horrorizada.

- Não duvido nada. – Parei em frente à minha moto e me virei para encara-lo – Te vejo mais tarde?

- Claro, acha que eu vou perder a festa do ano?

- Claro que você não ousaria, estarei esperando você e a patroa viu. – Subi na moto e pisquei para ele, coloquei o capacete e antes de sai ainda o ouvi dizer.

- Você não ousaria! – Ri com a bobeira do meu amigo.

Em menos de vinte minutos eu estava em frente da casa dos pais da Lisa, a vagabunda tem minha idade mais vive mais dando trabalho na casa dos pais do que na própria casa... Na verdade se eu pensar bem ela passa mais tempo trabalhando, mas se ela não está trabalhando ela está dando trabalho... Trocadilho merda.

- Finalmente a sapata do meu coração chegou. – Lisa como sempre desagradável.

 - Se foder Sicker.

- Vamos que eu vou te ajeitar...

[...]

[Play Música]

- Você caprichou dessa vez no lugar, né? – Eu perguntei impressionada com a decoração do lugar, porque mesmo eu tendo vindo ontem com a Lisa aqui, e bem diferente ver ele tentar dizer como queria e ver realmente como ela queria.

- É claro baby, eu sempre capricho. – Me abraçou você sabe que eu te amo sapata linda.

- Serio Lisa, obrigada.

- Eu sei que sou demais. – Ela jogou o cabelo para o lado o que acabou fazendo-o bater na minha cara.

Estávamos do lado de fora da grande balada que a Lisa tinha alugado para a festa, E entendam, quando eu digo grande é grande mesmo. Mesmo do lado de fora podíamos ver a grande quantidade de convidados entrando e a música Glad You Came que tocava no momento soava abafado do lado de fora.

- Você ainda não viu nada, baby. – Lisa saiu puxando a minha mão para dentro do lugar e ai sim eu vi muita, MUITA, gente.

- Lisa da onde saiu tanto conhecido?

- Sei lá, eu sai convidando todo mundo que você conhece, que eu conheço... Que eu talvez não conheça, mas isso não importa. – Deu um sorriso de lado e entrou no meio da multidão de pessoas. Ótimo, me abandona filha da mãe.

Caminhei com dificuldade no meio de todas aquelas pessoas até encontrar o Alex sentado no bar, eu ia andando e cumprimentando várias pessoas que vinham me dar parabéns. Tenho que admitir que não me lembrava de quase ninguém.

- A aniversariante finalmente chegou. – Alex me puxou para um abraço apertado – Parabéns querida.

- Obrigada... pai.

- De nada, agora vá aproveitar o seu dia!

Na hora que eu me virei um par de olhos que estava no canto da parede e me encarava profundamente me chamou atenção... Aqueles olhos, os olhos dela.

Adrian... E a noite começou.


Notas Finais


Música: https://www.youtube.com/watch?v=2ggzxInyzVE

Espero que tenham gostado, lembrem que essa e só a primeira parte :v


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