Finalmente chegou minha vez?! Serio? Achei que tinha esquecido que também sou protagonista! Depois do time skip de sete anos, eu ouvi um amém?
Olá, agora que finalmente lembraram-se de mim... Depois de 35 capítulos eu preciso mesmo me apresentar? Sou a personagem mais foda dessa história... Que a Ely não escute. Bom, como todo mundo se apresentou, tenho que seguir a tradição.
Hey, me chamo Adrian Minster, tenho vinte e quatro anos e atualmente sou umas das pessoas mais procuradas do mundo. Cheguei a esse ponto por uma pessoa, pode parecer exagero fazer tudo que faço só por uma pessoa, mas acredite, se tivesse a chance de conhecer Elise Bussie você também faria... Ou não.
Deis de pequena eu já sabia o porquê de ter me tornado o braço direito do Franco, proteção da sua filha? Também, mas com a Elise está preso muito mais do que só sangue de um Menier, e Franco foi um grande filho da puta quando mentiu para a filha sobre o motivo dela ter a cabeça a prêmio, Sim meus amigos, vingança é um cacete. Elise é caçada por outro motivo e é por isso que eu dedico os meus dias a protege-la, Mesmo que em várias circunstancias ela não necessite tanto.
Acho que antes de explicar grande parte da história eu preciso começar contando a minha própria. Eu nasci em Toronto no Canada, sou filha de Gray Minster e eu não faço a mínima ideia de quem seja a minha mãe, eu mal sei quem é meu pai! As únicas lembranças que tenho do meu pai são bem dolorosas, ele era um viciado em drogas e em jogos. Quando era uma recém nascida ele me deixava com nossa vizinha e saia no mundo, voltando uma ou duas semanas depois. Esses meus primeiros anos de vida são todos contados pelo Franco, que conhecia o meu pai já que meu pai era um jogar assíduo de um dos seus cassinos. As mentiras de Franco já começam em com que idade minha o meu pai morreu, eu não tinha cinco anos quando ele morreu, eu tinha sete, então sim eu me lembro bem do meu pai, mas acreditem quando digo que minhas lembranças não são nada boas.
Quando completei quatro anos, meu pai começou a me deixar sozinha em casa enquanto ia alimentar seu vício, por muitas noites o vi chegar drogado e com uma puta a tira colo com ele. Por muitas vezes ele me bateu com a desculpa de que não tínhamos comida, e isso era por minha culpa já que ele gastava todo seu dinheiro comigo, Só estando drogado para falar isso. Ele sabia muito bem com o que gastava o dinheiro, mas ele precisava de algo que servisse para ele descontar a sua raiva, e o que melhor do que sua filha pequena de quatro anos? Aos meus quatro anos em minha plena inocência, pensava que a pior coisa que me ocorria eram as agressões, mas se tivesse só ficado nisso teria sido muito melhor.
Quando eu tinha acabado de completar sete anos, em mais um dia normal para mim em que eu não tinha nada para comer – isso era normal, já que eu dependia de doações dos vizinhos – meu pai chegou em casa mais descontrolado e mais raivoso, ele parecia nessa noite ter abusado de todos os seus limites tanto em álcool como em drogas. Ele simplesmente arrombou a porta do meu quarto – que eu trancava todas as noites, por medo dele me encontrar e começar a me bater – e começou a me espancar com o seu sinto, aquela foi a pior surra que já levei na vida, mas não foi o mais doloroso.
“Sabe quando você se sente o maior lixo do mundo? É assim que me sinto todos os dias, e o pior de tudo isso é que quem faz com que me sinta assim é o meu próprio pai. Eu queria ter uma infância normal como a das outras crianças que só brincam e estudam, infelizmente meu pai não deixa com que faça isso. Será que deveria mesmo o chamar de pai? Porque pelo que meus colegas me contam de como seus pais são, eu não posso chamar o que eu tenho de pai, carrasco, merda, prepotente, arrogante, idiota e um grande filho da puta, eu posso chama-lo de tudo isso, menos de pai. Pode parecer um pouco estranho uma criança de sete anos saber de todas essas palavras, mas a única coisa que tenho para fazer o dia inteiro e ler alguns livros que tem jogados pela casa, e se sua dúvida for como é que eu sei ler, é bem simples, eu aprendi sozinha.
Está é mais uma daquelas noites em que eu me tranco no quarto e torço para que meu “pai” esqueça da minha existência, nas outras noites eu até que estou tendo êxito, mas nessa parece que não consegui. Meu pai está parado na porta, com o rosto vermelho, fedendo a todo tipo de substancia ilícitas que você possa imaginar e com um sorriso demoníaco no rosto.
- Garotinha, eu já não mandei que não trancasse a porta do quarto antes de dormi?! – Ele perguntou, enquanto me encarava de uma maneira que fez todos os pelos do meu corpo se arrepiarem – RESPONDA!!
- S..im. – Minha fala saiu travada pelo medo gritante que eu sentia, e isso pareceu dar mais gás para aquele homem doentio.
- Sim o quê? – Perguntou rindo e começou a se aproximar lentamente enquanto tirava o seu sinto, eu já tremia e meus olhos já estavam cheios de lagrimas.
- Sim papai, eu não deveria... trancar a porta antes de dormi.
- E por que você trancou? – Ele já estava a minha frente com o sinto em mãos – Responda! – O primeiro golpe foi doloroso, ele acertou meu braço com a parte de ferro do sinto o que fez com que minha pele rasgasse.
- Eu.... – Minha frase morria por causa dos meus soluços – Eu estava... com medo!
- De quê? – Outro golpe, mas dessa vez na barriga.
- De você. – Eu estava deitada em posição fetal, com as mãos em minha barriga, chorando descontroladamente.
- Você não deveria ter medo de mim! Isso – Um golpe em minha perna – é para você aprender – Um em minhas costas – a não me desobedecer. – Um golpe em minha cocha.
Eu já tinha vários cortes e hematomas espalhados pelo meu corpo, e quando ele finalmente parou eu estava torcendo com todas as minhas forças para que ele saísse do meu quarto, ou melhor, saísse da minha vida. Mas para minha decepção não foi isso que aconteceu.
- Maldita garotinha, vim para casa com tanta vontade de te ver que nem lembrei de me aliviar! – Falou debochado e começou a abaixar o zíper de sua calça – Será que você aliviaria o papai? – Tirou a calça e abaixou a cueca, expondo assim seu membro que estava ereto – Responde! – Ele acertou um tapa em minha cara e me fez ficar deitada de barriga para cima.
- Não papai... Por favor, não. – Eu implorava enquanto via ele subir em cima de mim, o sorriso doentio dele só fazia crescer ao ver o meu desespero e assim que ele tirou meu short do pijama, eu sabia que tinha que sair dali. Por eu já estar muito machucada, não tive forças para me debater – Não pai... NÃO!! – Gritei quando me senti sendo penetrada por ele, a dor surreal percorreu meu ventre, me fazendo gritar e chorar muito mais.
A dor de ter sido rompida tão brutalmente por meu próprio pai era descomunal, era insano vê-lo se movimentando dentro de mim e sua expressão de prazer enquanto eu só conseguia chorar e gritar. Depois de algum tempo repetindo os mesmo movimentos enquanto imobilizava os meus braços, senti o aperto nos mesmo se afrouxar e ele cair por cima de mim. Um liquido estranho tinha sido depositado dentro de mim e quando abaixei minha cabeça, vi além do sangue das minhas feridas, o sangue que saia da minha vagina. Gray depois de tentar normalizar a respiração, jogou seu corpo pro lado me deixando assim livre. Me levantei com certa dificuldade pois as dores das feridas eram horríveis e pior ainda era aquela dor no meio das minhas pernas que não me deixava andar direito, mas com toda a força que ainda me restava eu caminhei até perto da porta que era onde meu pai tinha jogado o sinto e voltei para a cama, percebi que meu pai ainda dormia e uma ideia insana passou pela minha cabeça. Aproveitei o efeito de todas as drogas e o álcool em seu organismo e amarrei o sinto em seu pescoço e fiz outro nó na prateleira de livros que tinha em cima da cama. Aproveitei o fato da cama ser um pouco alta e sem pensar duas vezes o empurrei dali. Pode parecer doentio, mas depois de tudo o que me ocorreu, ver meu pai se debatendo no chão enquanto buscava pelo ar foi uma sensação muito boa. Chegou um ponto depois dele muito se debater, que ele simplesmente ficou quieto e eu não conseguia mais ouvir sua respiração, quando finalmente percebi o que havia feito eu corri, mesmo com as pernas doloridas eu vesti meu short e corri dali, mesmo com toda a dor que eu estava sentido e o fato de tudo o que me ocorreu eu tinha um sorriso e posso apostar que o sorriso que eu carregava era igual ao do meu pai naquela noite.
Pode parecer estranho para onde eu corri, mas eu corri para onde eu por muitas noites vi o meu pai ir... Eu corri para a residência de Franco Menier.”
Sabe, por mais estranho que tenha sido, Franco me recebeu quando descobriu de quem eu era filha, cuidou das minhas feridas e escutou minha história. Sim, eu contei para o Franco tudo o que me aconteceu naquela noite e em todas as outras. Depois de escutar tudo silenciosamente, Franco se pronunciou e fez uma das perguntas mais estranhas que já ouvi em minha vida, “o que você sentiu ao matar o seu pai?”. Para um criança – ou qualquer outra pessoa – aquela era uma pergunta realmente estranha e sombria, mas eu entendi perfeitamente o que ele queria saber, o que ele queria dizer era mais ou menos “o que você sentiu ao matar o cara que te maltratou, espancou e estuprou?”. E como resposta eu apenas sorri e respondi um simples “alivio”, com a minha resposta Franco apenas sorriu e me estendeu a mão, a qual eu mesmo sem entender, apertei selando assim um acordo, meu pai tinha dívidas de mais com Franco, então eu simplesmente aceitei ser o pagamento de todas elas.
Sei que o pensamento que passa na cabeça de qualquer um é: você aceitou ser considerada o pagamento de alguém? Ele te usou como objeto? Na verdade o Franco nunca me usou como objeto, Okay, em algumas missões ele usou sim, ele até agia como pai as vezes e era até engraçado ver Franco Menier o chefe da máfia discutindo com uma criança de personalidade forte.
Dois anos depois que o Franco tinha me levado para os Estados Unidos, ele me deu a notícia que meu pai teve outra filha e que essa filha queria me conhecer. Eu não me senti muito empolgada com esse noticia, mas preciso admitir que quando conheci minha irmãzinha eu fiquei realmente muito feliz. Aquele ser totalmente o oposto do que eu era, era uma graça. Por termos personalidades opostas sempre acabávamos brigando, mas Luna sempre vinha chorando até mim dizendo que não conseguia ficar brigada comigo, e eu como uma boa irmã babona – mesmo que nunca admitindo – a perdoava, Até a próxima briga.
Acho que a Luna já contou o dia em que eu vi a Elise pela primeira vez, mas acho que vocês já perceberam que essa história e cheia de ramificações e segredos. A primeira vez que eu vi a garota encantadora de olhos cor de mel, eu tinha dez anos.
“- Coala, vamos tomar sorvete! – Luna enchia o saco deis do momento em que chegamos ao Central Park.
Eu tive a brilhante ideia de aceitar o pedido de minha irmã e pedi para que o motorista que Franco deixava a minha disposição, nos trouxesse aqui, o que obviamente foi uma péssima ideia já que mal saímos do carro e Luna já está pedindo sorvete.
- Luna eu já mandei não me chamar assim! – A olhei seria e ela deu aquele sorriso de lado que era uma característica que descobri compartilharmos.
- Mas você é minha Coalinha. – Apertou minhas bochechas e começou a rir da minha cara emburrada – Okay, se você não gosta desse apelido, eu paro de te chamar...
- Aleluia.
- Se...
- Merda. – Resmunguei e ela riu.
- Você me comprar um sorvete! – Sorriu divertida e eu revirei os olhos.
- Que sabor?
- Napolitano.
- Okay, fica ali com aquelas crianças. – Apontei para três crianças que pareciam brincar de tica – Que eu vou comprar seu sorvete.
- Pode deixar Coalinha. – Riu e correu até as crianças.
Fui até a barraquinha que tinha ali e comprei um pote de dois litros de sorvete napolitano, já que eu iria comer com a Luna, sabia que aquele pote não duraria muito. Voltei até onde as três crianças corriam e percebi que havia uma quarta, era uma garota sentada na sombra de uma árvore, que parecia ter a minha idade mais ou menos, ela tinha cabelos cor avelã e era magrinha, mas o que mais me encantou foi que quando ela me encarou com um olhar curioso eu percebi seus lindos olhos mel, por algum motivo senti minhas mãos soarem e senti como se tivesse uma escola de samba em minha barriga.
- Finalmente você chegou, eu vou dividir esse sorvete com eles. – Luna que brotou do nada, pegou o pote de sorvete da minha mão e correu para onde as crianças estavam. Em qualquer outra situação eu ficaria irritada, mas naquele momento estava paralisada pelas esferas mel.
- Desculpe por isso. – A voz calma da garota soou baixa, mas o suficiente para que eu com a minha proximidade conseguisse ouvir.
- Por que está se desculpando? – Minha pergunta saiu um pouco débil, o que fez a garota dar uma risadinha baixa.
- Aqueles garotos estão comigo e estão comendo o seu sorvete, então me desculpe. – Ela me encarou mais uma vez, mas fez um movimento com a cabeça indicando que queria que eu sentasse ao seu lado, o que eu não tardei em fazer.
- Não se preocupe, minha irmã quis dividir com eles então não tem problema.
- Luna é sua irmã?
- Sim, ela é bem irritante mais é uma graça.
- Seus olhos também. – Disse baixinho.
- Meus olhos? – Perguntei confusa.
- Sim, eles são uma graça, lindos. – Deu um sorriso tímido, naquele momento eu tinha certeza que o baterista da escola de samba que estava em minha barriga, decidiu que seria uma boa hora tocar tambor em meu coração.
- As pessoas dizem que são verde esmeralda.
- Não. – Ela me encarou profundamente – Não são tão brilhantes quanto o verde de uma esmeralda, mas tenho certeza que são tão vivos quanto o verde de um mar!
- Nossa. – Fiquei abobada com a forma que ela descreveu meus olhos – Essa foi a forma mais profunda que alguém já descreveu meus olhos.
- Porque eles são profundos. – Sorriu tímida, suas bochechas estavam coradas e isso só a deixou mais fofa.
- Obriga... – Fui interrompida por uma garota loira baixinha.
- Lise temos que voltar!
- Me desculpe, mas preciso ir. – Levantou deu tapinhas em sua roupa para tirar a sujeira – Foi bom falar com você... Green Eyes. – Me deu um beijo na bochecha antes de sair correndo com as outras crianças, eu fiquei tão avoada que nem percebi minha irmã que estava toda suja de sorvete se sentar ao meu lado, agarrada com o pote.
- Apaixonou? – Perguntou divertida, mas ficou surpresa com a minha resposta.
- Acho que sim.”
Eu nunca imaginei que aquela garota tímida que encontrei um dia qualquer no parque, se tornaria um dia o amor da minha vida, Isso ficou bem gay, muito menos a minha protegida.
Encontrar a Elise no David alguns anos depois foi estranho, mas o que me doeu foi que mais alguns anos à frente eu a encontraria novamente, só que em uma praça sem ter a onde morar, depois daquele dia em que eu a vi naquele lugar, eu sempre voltava para ver como ela estava, mas teve um momento em que eu simplesmente não aguentei mais vê-la naquela situação, então eu tive uma ideia meio idiota que deu certo no final, eu descobri que o Franco ia pegar aquela mulher que ele sempre leva lá pra casa.
“Parei o carro um pouco distante da praça e comecei a caminhar até ela, sempre tomando cuidado para que a Elise não me visse. Percebi que ela estava deitada no banco em que ela sempre dorme e me deu um aperto no coração.
De longe avistei a puta já com uma de suas roupas curtas e apertadas, sentada esperando quem eu imaginava ser o Franco. Me aproximei e me sentei ao seu lado.
- Tenho uma proposta para você. – Falei seca sem encara-la. Ela me olhou de cima da abaixo e deu um sorriso debochado.
- Pensei que com esse seu estilo você fosse daquele tipo que pega qualquer uma fácil, parece que me enganei já que está tão desesperada que veio atrás de uma prostituta. – Riu e eu revirei os olhos.
- Apenas entre no meu carro e eu te pago.
- Desculpe querida, mas eu já estou esperando... – A cortei.
- Eu lhe dou o triplo do que ele vai te pagar. – Ela me olhou surpresa e depois que se recuperou do choque gargalhou.
- Isso tudo é desespero? – Perguntou e abriu um sorrisinho sacana.
- Isso importa? – Retribui o sorriso.
- Não. – Quando ela ia se levantar o seu celular toca e ela levanta para atender, pelos berros ela parece estar falando com o Franco, quando se acalma ela encara a Elise e vai até ela, fala alguma coisa que não dá para entender e depois volta a se aproximar – Pronto gata, podemos ir agora.
- Claro. – Caminhamos até o carro e entramos, mas eu espero um pouco parada e esse foi o tempo suficiente para eu ver o carro de Franco estacionando e a Elise entrando nele – Plano bem sucedido.
- O quê? – A mulher me olhou confusa.
- Nada. – Bom, agora que parei para pensar, tem uma garota de programa no meu carro, eu vou ter que paga-la de qualquer forma, então porque não aproveitar já que as minhas próximas transas provavelmente serão com a garota dos olhos mel.”
Você saber que aquela garota a qual você teve apenas três encontros e a filha de quem você considera um pai e um pouco estranho, primeiro porque o Franco deveria estar tratando ela como filha e não a mim, segundo porque eu não sabia o porquê de eu ter que protege-la.
Sinceramente eu não sei o que foi pior, não saber o motivo ou saber o motivo, porque todos dois me dão agonia.
Elise ser filha do Franco já é um problema, mas saber que tem gente que sabe que ela é filha do Franco e um problema pior ainda. No dia de natal o Franco me chamou em seu escritório, e eu me apavorei, não por achar que ele ia falar alguma coisa sobre a ordem que ele me deu ontem à noite, mas sim porque achei que ele havia descoberto que eu tinha tirado a pureza da filha dele, Se é que vocês me entendem.
“Dei três batidas na porta e ouvi um “entre” abafado. Abri a porta lentamente e vi Franco sentado em sua grande cadeira com um copo de Vodka na mão.
- Sente-se Adrian. – Ele falou seco, e me apavorei um pouco mais, mas uma coisa que sempre amei em mim é nunca transparecer o que eu sinto, nem mesmo o Franco sabe quando estou com medo.
- Olha Franco, você sabe que o que aconteceu ontem é normal, até porque a Elise já tem dezoito anos é faria isso algum dia, mas... – Eu comecei a tentar me explicar e vi sua expressão ficar confusa e ele me interrompeu.
- Do que raios está falando?
- Você não me chamou aqui pra me dar uma bronca por tirar a pureza da sua filha? – Perguntei confusa e depois percebi a merda que eu falei.
- Você fez o quê? – Ele me olhou furioso, "Fo-deu" – Adrian você transou com a minha filha?
- Não, eu só, hmmm... nos só nos beijamos. – Falei com a maior cara de pau do mundo e o Franco começou a me analisar.
- E por que isso seria tirar a pureza dela sua anta? – "Se vira nos trinta agora".
- Hmmm... você sabe, eu tirei o BVL dela. – "Isso Adrian, enrola".
- Que merda e essa?
- Boca Virgem de Língua.
- Estava com medo de falar comigo só porque beijou minha filha e usou a língua? – Ergueu uma sobrancelha, "Eu vou dar um manual de sexo lésbico para o Franco para ele ver que nem sempre o beijo de língua e na boca!"
- Sim. – Dei meu sorriso mais convincente e ele suspirou aliviado, "Cara eu sou muito filha da puta" – Mas se não era isso que queria conversar comigo, sobre o que era?
- Você sabe que tem que proteger a Elise, mas não sabe o porquê e acho que você merece saber.
- Não é só porque ela é sua filha?
- Sim e justamente por isso, mas você sabe o que a tia dela ganharia a matando?
- Pera ai... Matando, eu pensei que ela só quisesse sequestra-la ou algo assim.
- Não Adrian, entenda, se eu morrer quem ganharia mais com isso?
- A Elise como sua descendente direta.
- Exato, se eu morrer e a Elise não estiver aqui fica muito mais fácil para ela dar um jeito de conseguir tudo o que e meu.
- Então não é por vingança.
-Claro que também e por vingança, mas tem dinheiro envolvido, muito dinheiro!”
[Play Música]
E ai você pensa como a tia de alguém pode ser tão filha da puta a colocar a cabeça da sobrinha a prémio. Eu já passei por muita coisa ao longo da minha vida, fui estuprada pelo meu próprio pai, matei meu próprio pai, me juntei a uma máfia, virei segurança da minha garota, sofri um grave acidente, mesmo fodida eu estava defendendo a minha garota, me separei dela, criei minha própria equipe, tive que roubar os maiores bancos do mundo para sustentar tudo que faço e como um grande desafio depois de sete anos eu tenho que reconquistar a garota que eu amo, Eu só me fodo mesmo!
Girl, tell me how you feel
What your fantasy
I see us on a beach down in Mexico
You can put your feet up
Be my señorita
We ain't gotta rush
Just take it slow
(Garota, diz-me como te sentes
Qual é a tua fantasia?
Eu vejo-nos numa praia no México
Podes pôr os pés para o alto
Ser a minha "senõrita"
Não precisamos de apressar
Só ir com calma)
You'll be in the high life
Soaking up the sunlight
Anything you want is yours
I'll have you living life like you should
Just say you never had it so good
(Você vai estar no auge da vida
Absorvendo a luz do sol
Qualquer coisa que você quiser é seu
Eu tinha você vivendo a vida como deveria
Você diz que nunca esteve tão bom)
- Adrian você vai sair? – Martin me perguntou, assim que viu que eu me aproximava da minha Ferrari vermelha que estava estacionada na grande garagem.
- Sim eu vou dar uma volta.
- Mas você mal chegou!
- Por isso mesmo. – Entrei no carro e abaixei a janela – Eu já passei tempo de mais aqui com vocês, minha presença maravilhosa não aguenta mais.
- Se foder Adrian. – Ele se afastou do carro, mas antes de sair eu ainda gritei.
- Você sabe bem quem eu queria estar fodendo agora. – E o desgraçado riu.
Swagger like Caesar, I'll get you a visa
We can go to Italy, and maybe see the Coliseum
I'll be Da Vinci if you'll be my Mona Lisa
Now smile, and pack your bags real good baby
Cause you'll be gone for a while
("Estiloso" como o Ceaser, eu vou te dar um visto
Podemos ir para a Itália e, talvez, ver o Coliseu
Serei o Da Vinci se você for ser a minha Mona Lisa
Então sorria, e arrume bem as suas malas, gata
Porque você vai ficar fora um pouco)
Por algum motivo me deu vontade de sair, ficar trancada na minha sala olhando as fotos da Ely não e algo bom para a minha sanidade, já que eu fico com vontade de pegar o primeiro voou para Londres, só que isso estragaria os meus planos.
Nessa noite fresca aqui em Miami eu estou vestindo uma calça preta apertada com alguns rasgos nas coxas e pernas, uma camisa branca com o desenho de uma guitarra, minha jaqueta de couro preta e meus coturnos. Meus cabelos soltos como sempre e uma maquiagem um pouco pesada, destacando os meus olhos.
No caminho para a balada, eu fui pensando que naquele momento a Elise já deveria ter recebido a mensagem e conhecendo bem ela, ela rapidamente vai saber decifrar o que eu quis dizer. A ideia de falar sobre Alfas não surgiu do nada, se ela tiver uma boa memória vai saber que ela própria me chamou assim um dia, E ela vai chamar de novo, com certeza.
Chegando a balada, eu dei as chaves ao manobrista e entrei indo direto para o bar, “Mas você está dirigindo Adrian!” Com certeza essa não será a primeira nem a última lei de transito que eu infrinjo!
- Boa noite, Tom. – Cumprimentei o dono do lugar, que como sempre estava circulando pelo lugar para ver se estava tudo okay.
- Olha quem resolveu dar as caras, quer dizer que a Minster já voltou da sua visitinha a sua amada. – Sim, Tom é um grande amigo e ele sabe sobre mim e a Elise e boa parte da história.
- Sim. – Respondi sorridente.
- E como foi lá? Pegou a garota de jeito?
- E como, hein. – Pisquei e ele sorriu maroto.
- Finalmente as coisas estão começando a andar para você. – Me abraçou de lado, já que eu havia me sentado em um dos bancos altos que tinha ali no bar.
- Finalmente. – Suspirei.
- E o seu plano... – Foi interrompido pelo meu celular, ele estava no silencioso já que se ele tocasse eu não escutaria pelo som na balada, mas se ficar só para vibrar eu sentiria no meu bolso.
- Alô.
- Ela mordeu a isca. – A voz tão conhecida por mim, falou do outro lado da linha.
- Eu sabia que ela morderia. – Disse convencida.
- Ninguém duvidou, você melhor que ninguém sabe que ela é um gênio.
- Sim eu sei muito bem. – Sorri orgulhosa – Você sabe que quando ela ver que você está do nosso lado ela vai surtar, né? – Perguntei e ouvi a pessoa do outro lado da linha, bufar.
- Sei, mas acho que ela vai entender.
- Mas ela vai ficar chateada, afinal, você sempre mentiu para ela.
- Eu sei Adrian, mas eu me viro com ela.
- Se você diz. – Um silêncio chato se fez presente, o que só era quebrado pelo som alto do lugar.
- O que vai fazer agora?
- Vou capturar minha presa.
- Sabe que não será fácil.
- Sei, mas deixe que com ela eu me viro, agora se me der licença, eu preciso beber antes de embarcar direto para a Grécia.
- Nick e os rapazes já estão lá.
- Sim eu sei, essa vai ser uma ótima missão.
- Concordo, agora preciso me ajeitar, nos encontramos lá.
- Okay, boa viagem.
- Igualmente. – E desligou.
- Vai viajar? – Tom perguntou curioso e eu sorri vitoriosa.
- Sim, tenho que trazer a minha garota de volta para os meus braços, e eu vou conseguir!
Ou não me chamo Adrian Minster.
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