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História Love Me If You Can - Lisandra Mikaela Sicker II


Escrita por: Dark_Girl01

Notas do Autor


Hey, Mafiosos :3

Esse é finalmente o POV da Lisa, YEEEEEEE... Mas, ele será diferente dos outros porque inicialmente será narrado por mim e depois por ela, e ela será passado de ano em ano na vida dela.
Durante o capítulo vocês iram ver trechos da música If Today Was Your Last Day, mas vocês não precisam escuta-la, apenas se quiserem mas ai fica a critério de vocês, porque eu ainda vou pedir pra vocês escuta-la, só que em um capítulo mais pra frente!

Boa Leitura ^-^
(Desculpem qualquer erro)

Capítulo 56 - Lisandra Mikaela Sicker II


Fanfic / Fanfiction Love Me If You Can - Lisandra Mikaela Sicker II

P.O.V Autora

My best friend gave me the best advice

He said each day's a gift and not a given right

(Meu melhor amigo me deu o melhor conselho

Ele disse: cada dia é um presente, e não um direito adquirido)

1996

- Dislexia?! Minha filha não tem isso! – Anastácia negava veemente as palavras da professora.

- Ana, não tem como negar, ela tem e ponto! – Alex tentava acalmar a mulher que ainda não acreditava no problema da filha, que até dias atrás, jurava de pés juntos ser perfeita. E cá entre nós, por que ela tinha deixado de ser?

- E não se preocupe Senhora, nos já constatamos que o nível dela é baixo e com o tratamento certo ela será uma criança como qualquer uma! – A professora que já tinha certa idade, tentava explicar toda a situação calmamente – Eu mesma já trabalhei com outras crianças assim e sei como lidar com a Lisa. – Acalmou-a.

Ana virou a cabeça e encarou a pequena garota de cachos dourados e olhos tão azuis e intensos quanto os do seu progenitor. A pequena brincava distraída com alguns bonecos, mal sabia a conversa séria que os pais tinham com a professora, E assim era melhor!

Ana sempre prezou pela educação da filha, então desde cedo ela ia para a escolinha, mas para a surpresa da mãe em mais um dia normal de semana, ela recebeu um telefonema da professora da filha pedindo para que ela e o marido fossem depois da aula; para a tristeza – apenas dela, já que o pai já tinha reparado que tinha algo de errado com a pequena – ela tinha recebido uma noticia que não esperava.

Seu mais precioso tesouro tinha dislexia.

- E como eu já disse, nossa escola tem toda a estrutura para receber sua filha, poderemos até fazer o acompanhamento com ela. – Sorriu.

- Não sei, acho que vou leva-la em um médico antes para confirmar isso e...

- Não existe um diagnostico especifico para isso, na verdade, quem me relatou o problema foi a própria Lisa. – A professora tentou persuadi-la – Lisa não é uma doente ou tem um problema gravíssimo, ela apenas tem suas limitações como qualquer pessoa tem e com o acompanhamento necessário ela será como qualquer outra criança.

- Ela te disse? – Ana ficou atordoada por um momento, mas logo sua expressão se tornou séria – Lisandra Mikaela Sicker II – Chamou a filha, que gelou ao ouvir o tom frio da mãe.

A garotinha levantou a cabeça e encarou o pai como se pedisse socorro; o pai, como resposta, abriu um sorriso carinhoso para acalmar a filha.

- Sim, mamãe? – A garota se aproximou de cabeça baixa.

- Que história é essa que você está tendo problemas e foi falar primeiro com a professora? – Fuzilou a garota com o olhar, o que a deixou ainda mais assustada.

- Eu falei primeiro com o papai e ele mandou eu falar com ela, porque ela saberia me ajudar! – Ela respondeu baixinho.

- “Me mandou”, querida. – O pai corrigiu calmo e a garota sorriu acenando com a cabeça.

- Alex? – A mulher encarou o marido – Por que não a mandou falar comigo? – Perguntou furiosa.

- Você ignoraria, pra você ela é perfeita e você não aceitaria nada de errado com ela, por isso mandei-a falar com alguém que identificaria o problema e lidaria com ele! – Alex começou a alterar a voz, assustando a mulher que se acalmou um pouco – E sinceramente, ela não deixou de ser perfeita para mim, como a Clara falou, ela só tem suas limitações como qualquer outra pessoa!

- E como eu disse, o grau de dislexia dela é baixo, por isso com o acompanhamento certo, ela conseguira se desenvolver e garanto que ela terá um futuro brilhante! – A convicção na voz da professora era incrível, parecia até que estava falando da sua própria filha.

- Sim, ela terá. – Alex concordou.

Com certeza terá!

1998

Leave your fears behind

And try to take the path less travelled by

That first step you take is the longest stride

(Deixe seus medos pra trás

E tente ir pelo caminho menos viajado

O primeiro passo que você dá é o mais longo deles)

- Vovó, por que eu tenho que dormir com você? – Lisa perguntou pela decima vez naquela noite.

A garota – que agora já tinha seus oito anos – tinha passado a noite tristinha, pois seu pai tinha prometido leva-la ao circo, só que ele tinha se esquecido de que aquele era o dia do seu aniversário de casamento, e claro que a Lisa não pode ir.

Normalmente a pequena ficaria com seus avós maternos, pois, esses por serem mais novos conseguiam lidar melhor com ela, mas esses tinham viajado para Paris na noite anterior o que deixou como única opção – já que os tios da pequena trabalhavam até tarde – a avó paterna, que vivia sozinha em um apartamento no centro de Dublin, e a mesma que foi homenageada pelo filho, quando teve a neta batizada com o seu nome.

A garotinha – que agora tinha seus cabelos mais curtos, na altura dos ombros – admirava a bela vista da cidade pela janela do grande apartamento.

- Oh, Cachinhos, achei que gostasse de ficar comigo. – A senhora brincou com a neta, que sorriu ao ouvir o apelido que só sua avó usava. E talvez não houvesse apelido que melhor se encaixasse na garota de cachos dourados, como a garotinha da história.

- Eu gosto vovó, mas o papai tinha me prometido! – Fez biquinho e cruzou os braços como uma bela criança birrenta.

- Mas você sabe que o seu pai é um esquecido. –  Lisandra riu do descuido do filho – Ele já tinha prometido antes um jantar a sua mãe.

- Mas o circo vai embora amanhã e o papai está sempre trabalhando no hospital, nunca tem tempo para mim. – A pequena suspirou – Quando eu crescer, não serei um adulto chato assim, estarei sempre sorrindo e darei atenção ao outros. – A menina que parecia sempre estar brincando, falou com uma seriedade que surpreendeu a avó, era como se ela estivesse fazendo uma promessa a si mesma.

Aquilo fez com que a avó risse, afinal, Lisa era só uma criança inocente, o que sabia da vida? Talvez mais do que muitos imaginassem, e Lisandra no fundo, já imaginava isso.

- Tenho certeza que não será difícil para você estar sempre sorrindo. – A mais velha riu, mas do nada ficou séria – Cachinhos lembre-se sempre que você nunca deve chorar a não ser que seja de alegria.

- Nem por aquelas pessoas que viram estrelas? – A mais nova encarou a avó confusa.

- Não, por essas você pode chorar, e mesmo assim você chora com as lembranças boas da pessoa e pelo fato de que não vai poder vive-las novamente, mas a cima de tudo sorri-a, sorri-a por tudo que aquela pessoa especial te fez passar e sentir; você não deve guardar lembranças ruins de alguém importante, porque de onde quer que ele esteja, ele vai estar torcendo por você e te protegendo!

Lisa olhou confusa para a avó sem entender o porquê de ela estar falando tudo aquilo, mas mesmo assim ela prestou bastante atenção e guardou as palavras sábias da mais velha. Talvez um dia ela chegasse a precisar.

Lisa fez uma cara pensativa e a avó respeitou aquele tempo da neta. Mesmo para uma criança com suas “limitações”, Lisa era muito inteligente e encontraria um jeito de entender as palavras da mais velha, mas a sua maneira.

Encerrando o assunto e esquecendo o motivo do por que estava irritada, ela foi assistir a um filme infantil com a avó no quarto da mais velha. Não demorou muito para que a pequena pegasse no sono nos braços da avó, que sorriu ao ver o modo desleixado que ela estava deitada com a cabeça em seu ombro e as pernas jogadas pela cama. A mais velha desligou a televisão e puxou a coberta por cima das duas.

Naquela madrugada, Lisa acordou com vontade de ir ao banheiro e estranhou o fato de que a avó estava muito fria. Ela levantou-se rapidamente e começou a sacudir o ombro da avó.

- Vovó, você está com frio? – Perguntou preocupada, mas começou a se desesperar quando a mais velha não esboçou qualquer reação – Vovó, você não tem mais idade para ficar me dando susto... Não que eu esteja te chamando de velha... – Ela começou a engasgar - Mas a senhora já é... Vó? Vovó? – Ela desistiu de tentar acorda-la, ela havia entendido, não adiantava.

Ela já tinha ido.

E diferente de qualquer reação que as pessoas teriam nos próximos dias de ficarem em prantos, muitas vezes derramando lágrimas falsas por uma pessoa que mal conheciam; Lisa foi totalmente diferente o que chocou todos.

Lisa chorou, mas entre as lágrimas ela sempre tinha um sorriso de agradecimento aberto. Mesmo uma criança de oito anos entendeu muito bem as palavras sábias da mais velha e as levou para a vida toda.

“Sorri-a por tudo que aquela pessoa especial te fez passar e sentir”

Sorria!

2008

And tomorrow was too late

Could you say goodbye to yesterday?

Would you live each moment like your last?

Leave old pictures in the past?

(Se amanhã fosse tarde demais

Você poderia dizer adeus para o ontem?

Você viveria cada momento como se fosse o seu último?

Deixaria velhas fotos no passado?)

“Viva como se hoje fosse seu último dia”

Essa foi a frase que ficou gravada na mente da menina... Quer dizer, agora ela era uma quase adulta, mas nunca perdeu aquela essência infantil e todos sabiam que ela não perderia.

Lisa que agora tinha dezoito anos, estava morando em New York e fazia faculdade de medicina como seu pai tanto queria... entretanto não era bem o que ELA queria. Ela sempre sonhou em fazer publicidade, mas claro que seu pai não permitiria.

Com o passar dos anos uma coisa curiosa aconteceu, o pai que geralmente era bem mais compreensivo e cuidadoso, ficou bem mais teimoso e mente fechada, e a mãe que era teimosa e mente fechada, ficou mente aberta e mais compreensiva. Mas é claro que o pai nunca perdeu aquele jeito babão com a filha, então nada que um bom biquinho não resolvesse.

Trabalhar em uma cafeteria de um hospital é uma tarefa bem tediosa, mas ela precisava do dinheiro então não reclamava tanto só ficava tentando puxar conversa com as pessoas, o problema é que as pessoas estavam atoladas de mais com seus problemas, chorando e presos em sua melancolia, e para Lisa aquilo era inútil. Devemos sorrir pela vida, não ficar chorando pela morte!

Um dia antes do Ano Novo, uma garota entrou na cafeteira e chamou a atenção da loira, não só pela sua beleza e olhos incríveis, mas porque ela tinha uma expressão diferente das outras; ela não estava triste ou chorando, estava apenas pensativa e só isso.

- Olá. – Lisa cumprimentou-a sorrindo, Pelo menos um sorriso no meio desse lugar deprimente. A loirinha parou e analisou-a como estava fazendo anteriormente – Deixe-me adivinhar, quer um café para aguentar outra maratona nesse hospital? – Ergueu uma sobrancelha.

- Quase, na verdade também pediria um café, mas logo depois de comer algo que mate minha fome, que acredite não está pequena. – Ela riu – Mas me fale, você pergunta isso a todas? – Perguntou divertida.

- Na verdade, sim. – Rimos – Na maioria das vezes, todos estão na mesma situação que você, alguns melhores, outros nem tanto, mas no final das contas só querem algo que os mantenham de pé. Mudando de assunto e acompanhante de alguém ou apenas visitante?

- Acompanhante.

- Agora tudo ficou mais interessante. – Lisa abriu um sorriso sugestivo – Deixe-me adivinhar, pai, mãe?

- Me responde, você fica tão entediada nessa lanchonete que fica brincando de adivinhar as coisas? – A loira riu.

- Sim, então não estrague minha diversão e me responda.

- Claro, mas antes me diga seu nome.

- Me chamo Lisa Sicker, e como se chama bela dos olhos dourados? – Lisa falou em um tom galanteador.

- Elise B, e meus olhos são mel.

- Na luz eles ficam dourados.

- Ehhh quase.

- Eu os achei lindos, são expressivos e o fato deles mudarem de cor dependendo da situação os deixam mais lindos ainda. – Lisa observou.

- Lindos? Eu achei lindo esse seu azul, sério garota, eu estou quase lhe dando um tapa por ser tão linda! – Disse seria, mas logo rindo da cara assustada da loira.

- Me chamando de linda senhorita B?

- Só esclarecendo os fatos Sicker. – Lisa que até agora estava confiante e estava sempre sorrindo, encolheu um pouco ficando tímida e corando.

- Okay, mas você ainda não me respondeu, acompanhando quem?

- Minha namorada. – A morena sorriu quando viu a cara de decepção da loira.

- Por um momento fiquei feliz por você gostar da fruta, mas logo fiquei triste por você já ser comprometida, contudo se um dia se cansar da sua garota pode vim falar comigo. – Piscou um olho – E se quiser fazer uma a três, também estou disposta.

- Não obrigada, minha namorada da conta sozinha. – Piscou e sorriu marota.

- Então tá, mas voltando a o assunto inicial, o que vai querer?

- Um sanduiche de peito de peru e uma Pepsi.

- Okay, pode esperar na sua mesa que quando estiver pronto eu levo. – A morena sorriu e foi até uma mesa que estava vazia, colocou os fones e pareceu se concentrar em uma música.

Lisa sempre observando aquela garota que tanto a chamou atenção, ela tinha uma aura diferente das outras o que aguçou a curiosidade da loira. Em menos de quatro minutos ela já tinha tudo preparado e estava atrás da morena que não percebeu a presença da menor que a cutucou para chamar sua atenção.

- Desculpe, não te vi chegando.

- Percebi. – A loira falou divertida – Mas tudo bem, você parecia bem distraída, escutando música? – Elise assentiu – Qual música? – Lisa perguntou e se sentou na cadeira ficando de frente para a morena.

- Payphone.

- Maroon 5 hmmm, adoro essa música.

- Eu também adoro... Você não tem que trabalhar? – Perguntou vendo que a garota parecia ter largado o trabalho para conversar.

- Estou no meu horário de almoço. – Ergueu o prato para mostrar a outra seu sanduiche de atum.

- E quem lhe deu liberdade para sentar na minha mesa com tantas disponíveis.

- Você conversou comigo por um bom tempo e ainda respondeu todas as minhas perguntas, você automaticamente me deu liberdade! – Lisa sorriu divertida.

- Tenho que parar de ser simpática. – Elise disse e ficou pensativa.

- Não, não precisa, você foi uma das únicas pessoas que foi simpática comigo, a maioria das pessoas estão mais preocupadas com a sua própria dor.

- Mas não podemos nos esquecer do próximo. – Elise sem perceber, tinha acabado de cativar a loira.

- Queria que todos pensassem como você! – Lisa sorriu.

Elas continuaram a conversar, até que Elise recebeu uma mensagem de uma amiga, mandando-a ir para o quarto ver a namorada. Lisa na mesma hora observou o relógio que tinha na parede e viu que também já tinha chegado sua hora.

- Desculpe Lise, preciso voltar, meu horário de almoço acabou. – Disse um pouco triste.

- Não, tudo bem, eu também vou voltar para o quarto, minha namorada está sozinha e se a conheço bem ela deve estar morrendo de tédio já que o celular dela está comigo e não tem nada para fazer.

- Então vá, mas lembre-se que não se deve abusar de pessoas indefesas. – Lisa disse com seu clássico tom zombeteiro.

- Eu nunca faria isso. – Fingiu indignação – Mas se fosse o contrário eu não duvidaria que ela o fizesse. – Rimos – Mais tarde eu volto.

- Pode ser que quando você vier, eu já tenha ido embora, mas antes de sair eu passo lá no quarto dela, aproveito e conheço a sortuda da sua namorada e te dou um abraço... e com seu consentimento até um beijo.

- Quem sabe. – Elise brincou.

Elise abraçou a loirinha e praticamente saiu correndo da cafeteria, sem saber que tinha deixado para trás quem futuramente se tornaria uma grande amiga e como elas mesmas dizem: irmãs.

2012

Would you find that one your dreaming of?

Swear up and down to God above

That you'll finally fall in love?

(Você encontraria aquele com que você está sonhando?

Jurando de pés juntos ao Deus lá de cima

Que você vai finalmente se apaixonar?)

- Você está atrasada para o seu primeiro dia na sua própria empresa? Mais tu é cagada, hein. – Elise debochou da amiga do outro lado da linha.

Passou-se quatro anos desde o encontro de Elise Bussie e Lisandra Mikaela Sicker II, e como eu falei, elas praticamente se tornaram irmãs.

Nesse momento, Lisa – como preferia ser chamada e ninguém, nem mesmo Elise, sabiam que seu na verdade era Lisandra – corria pelo centro de Londres atrasada para o seu primeiro dia em sua própria empresa.

Depois da sua formatura, Lisa com a ajuda do seu pai e de Elise compraram boa parte das ações de uma empresa que estava indo para o buraco. Isso com certeza seria levado como idiotice para qualquer pessoa, porém, para o olhar “diferente” da Lisa, aquilo seria só mais um desafio que ela teria que vencer.

Lisa não era só uma idiota como todos pensavam, ela tinha uma visão diferente da vida, e porque não dizer, mais belo.

- Cala a boca, Bussie, se meu carro não tivesse quebrado eu não estaria nessa situação! – Lisa revirou os olhos e tomou mais um gole do seu café.

- Se fodeu, trouxa. – A mais nova riu do outro lado da linha – Como estão suas novas roupinhas de executiva, Sicker?

- Até que eu estou bonita, entretanto estou me sentindo uma chefe de filme pornô! – Riram.

- Está com seus óculos?

- Ainda não, você sabe que só os coloco quando vou ler. – Tomou mais um gole do seu – Eu pareço uma secretária de filme pornô quando os coloco, mas você fica linda com eles, que inveja, bixa!

- Eu sou diva, querida e... – A fala da morena foi interrompida quando Lisa se chocou com outra pessoa, que vinha em sua direção sem prestar atenção.

- Filho da puta! – Lisa xingou quando viu sua blusa social e seu terninho ficaram encharcados com o café.

- Desculpa moça, eu estou com muita pressa. – O homem que se chocou com ela tentou se desculpar, mas como dizia Elise: “ninguém pode com a anã explosiva”.

- Eu também estou com pressa e nem por isso saio atropelando as pessoas! – E quando ela ia xinga-lo novamente, como no mais clichê romance, as safiras dela se encontraram com os castanhos dele e imediatamente ela se desarmou – Oi. – Ela disse abobada.

- Ah, oi. – O ruivo sorriu – Eu te compro outra camisa agora se quiser. – Foi simpático – Me chamo Robert Mustang. – Estendeu a mão para ela.

- Lisa, Lisa Sicker. – Ela apertou a mão do ruivo e desligou o celular sem ao menos se despedir com a amiga. Depois elas se falavam, até porque, agora elas tinham muito a conversar.

- Prazer Lisa.

- O prazer, com certeza é todo meu!

 

P.O.V Lisa

2013

If today was your last day

Would you make it up by mending a broken heart

You know it's never too late

To shoot for the stars

Regardless of who you are

So do whatever it takes

'Cause you can't rewind

A moment in this life

(Se hoje fosse seu último dia

Você deixaria sua marca finalizando um coração partido

Você sabe que nunca é tarde demais

Para pedir para as estrelas

Esquecendo quem você é

Fazer o que for preciso

Porque você não pode rebobinar

Um momento nessa vida)

Um ano se passou e indo contra a maré da economia, consegui salvar uma empresa da falência e não só isso, também a fiz crescer. Lisa Sicker virou um nome conhecido no meio empresarial e para o meu desespero, Elise Bussie estava se tornando um nome conhecido no meio fotográfico e literário, não que eu não quisesse o sucesso da minha amiga, mas era da forma que Elise se arriscava que me deixava preocupada.

Elise simplesmente achou que seria uma boa ideia escrever um livro sobre os problemas que as pessoas que vivem no Oriente Médio passam, mas esse não é o real problema, a ideia dela é linda, entretanto, por que merda ela tinha que ir pra lá e fotografar todo o caos... do meio do caos?

- Senhora Sicker, uma mulher está em seu escritório, eu tentei impedi-la, mas ela insistiu em entrar e te esperar. – Minha secretária avisou quando eu sai do elevador, chegando ao meu andar.

- Qual o nome dela? – Perguntei confusa, eu não tinha horário marcado com ninguém.

- Adrian, foi só o que ela disse.

Imediatamente entrei em alerta, O que ela queria comigo?

- O que faz aqui? – Perguntei quando entrei na sala, mal a encarando.

- Olá Lisandra, prazer em te conhecer. – Adrian debochou.

- Como sabe o meu nome? – Perguntei surpresa, Nem mesmo Elise sabe disso.

- Você não pode assinar documentos com o seu apelido. – A mais nova levantou alguns documentos que estava lendo, e eu imediatamente os tomei das mãos dela.

- O que você quer Minster? Você não está sendo procurada por meio mundo?!

- Estou, mas Elise também está! – A expressão da de olhos mar, ficou séria do nada.

- Co...como assim? – Meu nervosismo foi visível.

- Elise está sendo caçada, a cabeça dela está a prêmio!

- É sobre a tia dela? – Lembrei-me da vez que Elise tinha comentado comigo sobre o assunto.

- Sim.

- E... o que você quer comigo? – Aquela pergunta me doía um pouco, porque eu sabia que era inútil para qualquer coisa.

- Você quer salva-la? – Adrian me encarou com tanta profundida que eu tinha certeza que ela queria a resposta vinda do fundo da minha alma, Isso foi profundo!

- Claro que quero, ela é minha melhor amiga! – Disse com uma convicção que nem eu mesma sabia que tinha.

- Lembre-se que isso pode custar sua vida, viva como se hoje fosse seu último dia!

- Você está me chamando para proteger a Lise, ou pra iniciativa Vingadores? – Ergui uma sobrancelha e ela riu.

Eu vou protegê-la nem que seja a última coisa que eu faça... Mas eu não morrerei por ela, não, eu viverei para estar ao lado dela!

2015

Tempo Atual...

Let nothing stand in your way

Cause the hands of time are never on your side

(Não deixe nada atrapalhar o seu caminho

Pois as mãos do tempo nunca estão do seu lado)

 - Lisa, seu nome é Lisandra? – Elise perguntou quando entrou na sala.

- Ah, sim eu estou bem Lise, nada aconteceu ontem a noite e como você está? Como foi sua noite de sexo com a Minster? – Zombei e a vi corar – Agora você cora, né, safada! – Gargalhei e vi a mais nova ser empurrada pela Adrian que passou direto por mim e foi para a cozinha.

- Foi ótima se quer saber, mas é sério, seu nome é Lisandra Mikaela Sicker II? – Elise se jogou em cima de mim, já que eu estava deitada no sofá, isso favorecia a posição da gorda em cima de mim.

- Sim é, sua gorda. – Tentei empurra-la, mas ela me abraçou mais forte e escondeu o rosto no meu pescoço – O que foi fazer? Fiquei preocupada! – Usei o tom que eu raramente usava: o sério.

- Resolver uns assuntos, juro que mais tarde eu te conto, mas agora me deixa dormir aqui. – Suspirou e como o seu rosto estava em meu pescoço, eu fiquei arrepiada – Faz tempo que não durmo com você. – Disse manhosa.

- Okay gorda, dorme ai. – Comecei a fazer cafuné nela.

Passou-se um tempo e eu comecei a prestar atenção novamente no filme que passava na TV, cheguei a pensar que ela tinha dormido, mas Lise disse baixinho.

- Eu estou com medo Lisa. – Me abraçou mais forte – Eu queria ter essa sua visão do mundo, você é tão incrível sabe? – Senti que ela sorria.

- Não Elise, eu sou só a Lisa, a garota disléxica que é considerada uma idiota por todos, apenas por ver o mundo de uma forma diferente! – Brinquei.

- Não Lisa, você é incrível e eu te amo!

- O que a Minster te fez para você estar tão carente? – Zombei e ela ignorou – Quer um conselho?

- Necessito.

Em vez de falar, peguei meu celular e abri minha pasta de músicas, selecionei na que eu queria e coloquei no final, bem em cima do trecho que eu queria. Senti ela sorrir ao reconhecer a música.

- Você é incrível, Lisa. – Repetiu.

If today was your last day

And tomorrow was too late

Could you say goodbye to yesterday?

Would you live each moment like your last?

(Se hoje fosse seu último dia

Se amanhã fosse tarde demais

Você poderia dizer adeus para o ontem?

Você viveria cada momento como se fosse o seu último?)


Notas Finais


Lisa disléxica, Lisa viu a avó morrer... Lisa deu um tiro na best.....
A. LISA. É. FODA!!!! :v

Quem quiser entrar no grupo do Whats, deixa o número nos comentários ou manda uma mensagem (e lembrem do DDD). Se juntem a Máfia da Lisa :v

Até o próximo, Bye :3


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