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História Love Next Door (Satzu) - Fifth Month


Escrita por: WisteriaHill

Notas do Autor


Oioi galero
Me desculpem por não ter postado ontem, eu tive alguns contratempos :(
Espero que estejam gostando da história.
Eu revisei o capítulo mas pode ser que algum erro tenha passado, desculpem por isso.
Boa leitura ;)

Capítulo 6 - Fifth Month


Mais um mês se passou e eu e minha vizinha nos aproximamos ainda mais. Saímos todos os fins de semana, cozinhávamos (ela tentava me ensinar mas eu só conseguia fazer omeletes) e jantávamos todos os dias juntas, sempre conversando sobre qualquer coisa que viesse à mente. Toda noite, antes de dormirmos, Sana me dava um selinho e, às vezes, acordávamos abraçadas.

"Tzu? Tzu, você está me ouvindo?" Vejo dedos se estalando em minha frente me trazendo de volta à realidade, é Chaeyoung. "Ah, que bom que voltou, eu estava prestes a jogar um copo de água em você para ver se voltava para a Terra." Ela cruza seus braços e me encara séria. "Podemos conversar em particular?" Chae dá ênfase na última parte, claramente querendo que Sana não viesse conosco. Olho para minha vizinha que acena com a cabeça e logo vou para uma sala com minha amiga.

"O que foi?" Pergunto e fecho a porta atrás de mim.

"Quando vai ser o casamento?" Ela me pergunta sorrindo, desfazendo sua cara de durona de poucos minutos atrás.

"Como assim? Que casamento Chae?"

"Ah, não se faça de desentendida Tzu, eu te conheço há muito tempo." Ela para como se esperasse eu dizer algo, mas eu não tenho o que dizer agora. "Você está apaixonada pela Sana! E ela por você!"

"Chaeyoung, de onde você tirou que eu estou apaixonada pela Sana? Nós não temos nada."

"Me poupe Chou, acha que não percebo os olhares que vocês ficam lançando uma para a outra? Acha que não sei que faltou aquele dia para sair com Sana? Eu sou sua melhor amiga, eu sei dessas coisas. Até três minutos atrás você estava em transe olhando fixamente para ela, acha que não percebi?" Ela vem e me dá um peteleco na testa. Chae tem um sorriso sacana em seu rosto, como se tivesse acabado de dar Xeque-mate em mim. Penso bastante sobre isso e a puxo para se sentar no chão, de frente para mim.

"Você não pode contar isso para ninguém ok? Muito menos para Sana." Respiro fundo. "No último mês nós nos aproximamos bastante, e já faz 5 meses desde que descobri da gravidez. Nós dormimos na minha cama e às vezes acordamos abraçadas, e você sabe que eu durmo pouco. Quando eu acordo e os braços dela estão ao meu redor...eu me sinto estranha. Eu só quero ficar ali o dia inteiro, abraçada com ela. Antes de irmos deitar, ela me dá um selinho, e às vezes eu espero o dia inteiro para chegar essa hora. Eu não sei Chae, só quero proteger Sana e ver ela feliz, como se precisasse disso. Quando ela sorri...ah, eu não consigo não sorrir também. E quando penso que podemos nos separar depois que a criança nascer, sinto um aperto no peito e tento afastar esse pensamento o mais rápido possível." Abaixo minha cabeça e brinco com um de meus anéis. "Tudo isso começou depois do nosso beijo no telhado, aquele que eu te contei por mensagem. Eu não conseguia tirar ele e Sana da minha cabeça, todos os meus pensamentos acabavam nela. E então ela se declarou cantando e tivemos nosso momento na roda-gigante..."

"Ora ora, parece que Chou Tzuyu está apaixonada." Seu sorriso sacana está de volta e eu apenas sorrio fraco. "Vai fundo, em todos os sentidos." Olho para ela e seu sorriso é malicioso, então a empurro fazendo a mesma deitar no chão rindo que nem louca. "Falando sério agora Tzu, Sana é uma ótima pessoa. Eu gosto dela, não que isso faça alguma diferença, mas vocês são um casal ótimo, lindo, maravilhoso. Sabe, ela realmente gosta de você, desde antes de tudo isso. Se não gostasse, não teria ficado e nem feito o que fez por você."

"É, acho que tem razão."

"Eu tenho um bom pressentimento sobre isso. Mudando de assunto, eu comecei a adiar algumas propostas para você por causa da barriga, mas ainda tem algumas que..."

Meu celular toca e o número que aparece na tela mostra que é minha mãe. Chae faz sinal para que eu atenda e passo algum tempo conversando com ela enquanto minha amiga pacientemente esperava. Me despeço com um beijo para ela e para meu pai.

"Sobre o que era?" Chaeyoung me pergunta curiosa.

"Ela quer que eu vá para lá, fazer as pazes comigo por causa da última vez. Disse que vai me apoiar em tudo o que eu precisar."

"E você vai levar Sana?"

"Claro que vou, ela não vai sair do meu lado, lembra?"

"Bom, é melhor vocês irem mesmo, já não temos muito o que fazer por causa da sua barriga." Ela passa a mão sobre a mesma. "Falando nisso, quando você vai me falar o sexo do bebê hein? Eu que marquei a consulta para você e nem sei ainda." Ela faz um biquinho, como uma criança emburrada.

"A única coisa que eu te digo por agora é que eu e Sana já decidimos o nome, então você vai ser poupada dessa horrível tarefa."

"Vocês não fizeram isso! Tzu, você sabe que eu queria opinar também!" Ok, ela realmente parece uma criança agora, o que apenas me faz rir.

Conversamos mais um pouco sobre algumas coisa, como por exemplo o fato de Momo estar meio distante de nós. Talvez ela esteja se preparando para uma apresentação. Quando isso acontece, praticar é a única coisa que nossa amiga consegue fazer, mesmo que eu e Chae não aprovamos e tentamos fazê-la descansar um pouco. Sinto falta de nós três saindo juntas, como na nossa adolescência.

Contei para Sana sobre ir para a casa de minha mãe no jantar, depois de ela ter tentado me ensinar a fazer uma lasanha. Disse que, segundo o telefonema, era para fazermos as pazes, mas acho que meu padrasto a convenceu disso. Minha vizinha concordou e consegui comprar uma passagem de avião para o dia seguinte. A casa deles não fica longe daqui, me mudei porque queria sair da pequena cidade. Chae e Momo vieram comigo, elas acreditavam que aqui tinha mais oportunidades para nós três.

Já que a viagem era curta, não conseguimos assistir um filme completo. Sana não conseguiu dormir, e eu também não, então apenas ficamos conversando ou ouvindo músicas juntas. Alugamos um carro assim que chegamos, já que ainda havia uma distância considerável entre o aeroporto e a casa de meus pais. Eu podia sentir o quão ansiosa e nervosa minha vizinha estava, mesmo que ela negasse e isso me fazia abrir um sorriso. Ela não parava quieta, sempre de movendo no banco do passageiro, mudando de música, conversando comigo, me perguntando se estávamos chegando. Sana parecia aquelas crianças viajando, era fofo.

Meus pais estavam me esperando em frente à simples casa que têm, a que passei grande parte da minha infância e minha adolescência. Ainda conhecia aquela cidade muito bem, lembrando de todos os lugares em que eu costumava ir. Ficaram surpresos quando viram mais uma pessoa sair do carro, mas não me perguntaram naquele momento. Os abracei e introduzi Sana que só sabia sorrir, depois meu pai e eu fomos pegar nossas malas no carro.

"Você pode ficar no seu quarto e sua amiga no de hóspedes." Minha mãe diz assim que entramos na casa. "Senti falta da minha pequena." Se aproxima e arruma uma mecha de cabelo que estava em meu rosto.

"Mãe, eu não sou mais pequena, na verdade nunca fui." Ela sorri e eu também. "Não se preocupe, eu e Sana dormimos no mesmo quarto." Vejo seu sorriso morrer na hora e ela apenas concordar com a cabeça e ir para a cozinha. O que fiz de errado?

Meu pai, Sana e eu vamos para meu antigo quarto e deixamos toda a bagagem ali. Logo apenas eu e minha vizinha permanecemos no cômodo, com ela olhando tudo com um olhar admirado. Ah, esse lugar me traz lembranças, como a vez em que Chae veio para cá no meio da noite e subiu até minha janela, me assustando e quase acordando a casa inteira. Ou a vez em que Momo foi aprender a abrir uma lata de refrigerante mas cortou o dedo e percebeu só depois de ter marcado quase tudo em meu quarto com seu sangue. Todas as manchas no carpete e nas paredes roxas eram especiais para mim porque continham uma memória diferente. 

Me deito em minha antiga cama e espero Sana terminar de olhar tudo.

"Eu não sabia que Chou Tzuyu gostava de ler." Ela diz se referindo à minha estante de livros.

"Bom, a Chou Tzuyu adolescente gostava, essa aqui lê bem pouco na verdade." Fixo meu olhar nela e a vejo pegar uma fotografia minha com Chae e Momo na neve. "Eu lembro desse dia. Estava nevando e eu queria sair na neve com elas, mas as duas se recusaram porque estava muito frio. Depois de insistir muito, consegui que viessem comigo. Então tirei essa foto."

"Vocês são um grupo todo visual não é?" Rio do seu comentário e logo ela vem e se deita comigo. "Obrigada por ter me trazido pra cá, mesmo depois do que aconteceu entre você e sua mãe." Ela me encara e percebo que está sendo sincera.

"Não se preocupe, estamos bem."

Passei o resto da tarde contando algumas histórias que se passaram ali no meu quarto e logo minha mãe me chama para jantar. Enquanto comemos, reparo que ela e meu padrastos parecem incomodados com alguma coisa, então resolvo quebrar o silêncio da mesa.

"Então...quais são as novidades?" Pergunto e os dois me encaram.

"Nada muito interessante aconteceu por aqui, quais as suas novidades?" Minha mãe pergunta e alterna o olhar entre eu e Sana, como se quisesse perguntar o por quê de ela estar aqui conosco.

"Bom, Sana começou a morar comigo, Chae e eu adiamos algumas propostas por causa da barriga, e eu já fiz o ultrassom para saber o sexo da criança." Falo e como mais um pouco da comida.

"Há quanto tempo vocês...moram juntas?" Meu pai pergunta e eu cutuco minha vizinha para que ela responda.

"4 meses agora, senhor." Rio de como ela se referiu ao meu pai, claramente nervosa.

"Vocês moram juntas desde o começo da gravidez?"

"Praticamente. Depois que eu voltei daqui, começamos a morar juntas. Sana é minha vizinha."

"Ou era." Ela comenta e nós duas sorrimos, mas meus pais não, o que faz aquele clima morrer ali.

"O sexo do bebê..." Minha mãe comenta após um tempo, mas não faz contato visual comigo.

"Menino, eu e Sana já decidimos o nome." Posso vê-la abrir um sorriso fraco quando digo que nós duas fizemos juntas, mas minha mãe apenas fecha os olhos por um momento, o que me deixa confusa.

"Qual é?" Meu pai pergunta.

"Taeyang, senhor." Sana responde, e eu novamente rio da forma que ela usa para se referir ao meu pai. 

O resto do jantar foi silencioso e após terminarmos de comer, peguei alguns álbuns de fotos antigos e sentei no sofá com Sana aninhada a mim, como ficamos quando assistimos algum filme. Eu contava o que sabia sobre as fotografias para ela que não parava de sorrir. Minha mãe não quis ajuda na cozinha, mesmo depois de até Sana ter insistido e logo ouço sua voz vindo da cozinha.

"Tzu, posso conversar com você um minuto?" Sana me deixa levantar e a deixo olhando um álbum. Sigo minha mãe até a cozinha. "O que você e essa Sana tem?" Ela me pergunta direta e séria.

"Como assim? Éramos vizinhas e agora moramos juntas, mas por que?"

"Vocês...namoram?" Sua voz falha um pouco ao dizer a última palavra, acho que estou entendendo onde ela quer chegar.

"Não, mas se namorássemos, teria algum problema?" Cruzo meus braços e espero pela sua resposta.

"Claro que sim Tzuyu, ela é uma menina! E meninas não podem namorar outras meninas!" Ela diz aumentando seu tom de voz. Sinto o meu sangue ferver.

"Então, supondo que eu e ele nos amássemos, não poderíamos ficar juntas porque somos do mesmo sexo?" Rebato.

"Mas é claro que não! Não foi isso que seu pai e eu te ensinamos?!"

"Você e meu pai me ensinaram a amar qualquer um, e não só homens!" Nosso tom de voz começa a aumentar. "Quer dizer que o amor que sinto por Sana é menos amor do que eu posso sentir por um homem?! Que não sou capaz de amar ela tanto quanto um homem?! Que ela não é capaz de me amar como um homem me amaria?! Mãe, olha onde meu último relacionamento com um homem acabou!"

"Quer dizer que você está apaixonada por ela?! Você está apaixonada por uma menina, ainda por cima japonesa?! Onde a educação que eu e seu pai demos a você?!"

"Você não conhece ela, não sabe o quão gentil ela é com todo mundo mãe! Você não sabe o quanto ela me ajudou até quando meus próprios pais não quiseram! Você não sabe como ela me ajuda todos os dias, não sabe o real motivo de ela morar comigo! Mãe, ela cuida de mim! O mínimo que posso e preciso fazer é cuidar dela também, independente se ela é menina! Você não vê como ela sorri e como o dia se ilumina quando ela faz isso. Você não sabe o quão doce a voz dela é quando canta e nem como a comida que ela faz é boa. Você não a conhece mãe!"

"Vocês não vão dormir juntas, quero ela fora dessa casa! Ela é má influência para você, está mexendo com sua mente e transformando nossa garotinha em uma lésbica!"

"Eu não sou mais a garotinha de vocês! E daí se ela é lésbica?! E daí se eu sou lésbica?! Tenho 23 anos e posso decidir como seguir minha vida, não preciso que vocês tomem decisões por mim!"

"Chega! Não a quero mais aqui e fim de discussão!"

"Então você não vai me ter aqui também." Me viro e saio da cozinha, pisando firme e andando rápido. Bato a porta da frente assim que saio e caminho para o único lugar que pode me acalmar agora. Logo chego em uma praça com um parquinho, o balanço ainda está intacto, do mesmo jeito que eu me lembrava. Me sento ali e olho para o céu mas fecho meus olhos pouco depois, logo sentindo as lágrimas virem, então as deixo cair livremente. Sinto uma mão ser posicionada sobre a minha e sei que é de Sana. Ela não fala nada, apenas ficamos balançando fraco ali.

"Eu odeio esse lugar. Deus, como eu odeio esse lugar sem Chae e Momo. Costumávamos nos encontrar nesse parquinho quando uma de nós estava triste, tudo parece tão distante agora. Você ouviu a discussão?" Pergunto sem olhá-la.

"Sim, ouvi. Sua mãe não gosta muito de mim não é?" Solto uma risada e ela também.

"Bom, não é ela que precisa gostar de você, a não ser que esteja apaixonada por ela."

"Não, meu coração já é de outra pessoa, que inclusive está do meu lado."

Seguro sua mão no espaço entre o balaço que estou e o dela, o céu está estrelado hoje. Respiro fundo, preciso falar com ela.

"Shiba, tem algo que eu quero falar com você, algo sério. Eu não sei nem por onde começar." Sorrio. "Você me faz sentir tão bem, me passa confiança. Quando eu estou com você...me sinto segura e feliz. Quando te vejo sorrir é como se o sol saísse em um dia nublado, é como ver as flores de cerejeira desabrocharem. Quando assistimos filmes todas as noites ou às vezes que acordamos abraçadas uma à outra, tudo o que eu queria era que o tempo parasse para eu continuar me sentindo daquele jeito e te admirando. Eu não consigo achar uma falha em você. Seu sotaque, sua voz, simplesmente tudo em você é perfeito. A melhor parte do meu dia é quando você me beija a noite. Ah, como eu queria te beijar mais. Acho fofo quando tenta me ensinar a cozinhar mesmo que eu tenha falhado na maioria das vezes e amo como você não desistiu de mim nenhuma vez nesses 4 meses. Como você tenta me ensinar japonês e aprender mandarim, mesmo confundindo um pouco. Minatozaki Sana..." Viro meu olhar para ela que tem o seu fixado em mim. "...acho que estou me apaixonando por você."

Quando digo isso consigo ver seus olhos brilharem, então ela se levanta e fica em minha frente, o que me faz levantar também. Começamos a nos aproximar até que damos início a um beijo calma que vai ganhando intensidade, mas como tudo que é bom dura pouco somos obrigadas a nos separar pela falta de ar, mas mantemos nossas testas coladas.

"Chou Tzuyu, eu sou apaixonada por você. Eu...eu não sei nem o que dizer agora."

"Não precisa dizer nada, apenas um sim."

"Sim? Mas você não me fez nenhuma pergunta." Posso ver sua expressão de confusão de perto e sei que o que vou dizer a seguir é uma decisão da qual não vou me arrepender.

"Minatozaki Sana, você seria minha namorada?"

 

 

Consigo comprar uma passagem de volta para daqui dois dias, então eu e Sana teríamos de ficar naquela cidade durante aquele tempo. Saímos da casa de meus pais e decidimos ficar em um hotel, por mais que minha namorada tenha insistido em eu conversar com eles sobre isso e tentar fazer as pazes, mas a convenci de que eles estavam errados e que quem deveria se desculpar eram eles já que eu vim para essa cidade infernal para fazer as malditas pazes e só briguei ainda mais, a única parte boa disso tudo foi que finalmente pedi Sana em namoro. Chaeyoung me manda mensagem em um desses dois dias me avisando de um jantar que Momo vai fazer para nos contar algo e, felizmente, vai ser um dia depois de eu Sana chegarmos de viagem.

Durante os dois dias, levei minha ex vizinha para conhecer os lugares em que eu frequentava com Chae e Momo, tudo a pedido dela que sempre prestava atenção quando eu começava a contar uma das histórias. Às vezes acontecia de nos encontrarmos meus pais, mas Sana sempre me puxava para nós tirar dali ou me beijava como forma de provocá-los e, honestamente, eu adorava o fato de ela estar contra eles assim como eu. O voo de volta foi como o primeiro e Chaeyoung estava nos esperando assim que chegamos.

"Eu perdi alguma coisa nesses três dias?" Ela pergunta do banco da frente enquanto nos leva para casa, enquanto Sana estava aninhada a mim no banco de trás, olhando a paisagem que passava pela janela.

"Você fica sabendo amanhã no jantar da Momo." Posso ouvi-la bufar irritada.

 

 

 

 

 

"Quem é vivo sempre aparece não é?" Momo diz assim que abre a porta para mim e Sana. "Chaeyoung já chegou, estávamos só esperando vocês duas. Prazer, sou Hirai Momo, mas acho que a Tzu já falou de mim pra você." Ela estende a mão para Sana que logo a aperta e sorri.

"Minatozaki Sana, você é japonesa?" 

"Sou, você também é não?" Minha namorada acena que sim com a cabeça e logo elas começam a conversar em japonês, então não entendo praticamente nada.

"Bom te ver também Momo, sua mãe não te ensinou que você deve convidar as pessoas para entrar na sua casa?" Digo e as duas param a conversa em japonês.

"A sua não te ensinou que é feio interromper a conversa dos outros? Entrem logo que a comida vai esfriar." Seguimos a loira até a sala de seu apartamento, onde Chaeyoung e uma outra garota estão sentadas no sofá.

"Mina?" Sana diz e sai em direção à garota que agora está de pé e com um sorriso surpreso no rosto. "O que você tá fazendo aqui? Eu não sabia que você conhecia a Momo." Elas se abraçam e eu sinto uma pontada de ciúmes, mas ignoro.

"Yah, Sana! Você vai entender logo, mas e você? Depois daquele dia na balada eu não te vi mais, nem no grupo você estava conversando. As meninas ficaram preocupadas e eu também."

"Ah, aconteceram algumas coisas mas já passou, não se preocupe. Eu vim com a Tzuyu."

"Vocês se conhecem??" Momo pergunta quebrando a conversa entre as duas que apenas concordam com a cabeça e dizem serem amigas por um bom tempo. "Ok, isso é uma coincidência bem grande, mas já que estão todas aqui vou acabar com isso logo porque estou com fome." Reviro os olhos, isso é típico da Momo. "Essa é Myoui Mina e ela é minha namorada. A mulher, agora identificada como Mina, apenas sorri e nos cumprimenta. A japonesa loira apresenta todos na sala e logo vamos para a mesa comer.

"Quando você vai dar a notícia?" Sana sussurra em meu ouvido enquanto pegamos a comida.

"Você quer falar?" Pergunto.

"Acho melhor você, já é conhecida pelo menos." 

"Vocês vão ficar de fofoca aí ou vão contar pra todo mundo o que é logo?" Chaeyoung diz. Espero todas sentarem até que só sobre eu de pé, então respiro fundo.

"Eu e Sana temos duas coisas pra contar. A primeira é que..." Ela segura em minha mão e eu a olho, o que a faz abrir um sorriso para mim. "...nós estamos namorando."

"Tá agora pode contar a novidade." Momo olha para Chae e as duas começam a rir.

"Tzu, até eu que não falei com você por um bom tempo senti isso no momento que vocês chegaram aqui." Momo diz pegando mais um pouco de comida.

"Continuando...eu e Sana vimos o resultado do ultrassom que vê o sexo do bebê."

"Então..." Chae diz com expectativa e Momo presta atenção em mim.

"É um menino e o nome dele vai ser Taeyang." Sana diz empolgada antes que eu pudesse anunciar, ela realmente não conseguia conter o sorriso em seu rosto.

Quando minha namorada termina a frase, Chaeng e Momo começam a gritar e logo elas vem me abraçar, enquanto Mina apenas fica sentada sem entender nada. Todas estão sorrindo, felizes, e isso me faz sentir muito bem. 

"Meus parabéns! Mas se vocês deram a notícia de que estão namorando agora..." Por um momento todos esquecem de Mina até que ela nos diz isso, o que faz Momo ir até ela e a abraçar por trás.

"Eu te explico depois Minari, hoje é uma noite pra celebrar e não para lembrar de coisas ruins."

Enquanto comemos fomos colocando as novidades em dia, afinal fazia um bom tempo que eu e Chae não conversávamos com Momo. Depois Sana e Mina foram lavar a louça, mesmo que todas insistíssemos que não, então só sobraram o velho trio na sala.

"Tzu, a Chaengie disse você tinha ido para a casa de seus pais. Achei que ficaria mais tempo, já estava até pensando em remarcar esse jantar." Momo diz sentada no sofá e passando a mão em meus cabelos, já que estou no chão.

"Na verdade o plano era eu ficar por duas semanas lá, mas parece que minha mãe sempre tem que brigar comigo por algo. Nada mudou desde o Ensino Médio, nem mesmo aquele parquinho estúpido." Nós três damos uma risada fraca. "Eu percebi que odeio aquele lugar se não tiver vocês comigo."

"Qual o motivo da sua mãe dessa vez?" Chae pergunta e se senta no chão ao meu lado.

"Sana." Digo em um suspiro.

"Sana?" As duas perguntam em uníssono e eu aceno que sim com a cabeça.

"Aparentemente minha mãe não gostou da ideia de eu estar morando com uma garota e nem eu ter me apaixonado por ela, então ela simplesmente expulsou Sana de casa e eu fui junto." 

"Sinto muito Tzu." Momo diz me abraçando por cima.

"É, eu também. Parando para pensar, sua mãe sempre foi um pé no saco, até comigo e com a Momo." Chae me abraça pelo lado. Tirando Sana, elas foram de longe a melhor coisa que já aconteceu comigo, eu nem sei o que faria sem essas idiotas. "Aw, a nossa maknae está chorando Momo!"

"Eu não estou chorando Chaeyoung!" Digo tentando enxugar minhas lágrimas e logo as duas riem. "Venham aqui suas babacas, eu amo vocês." Pulo no sofá em cima delas.

"Assim eu fico com ciúmes." Ouço a voz doce que tanto gosto e logo saio de cima delas. "Você dizendo que ama elas, namore com elas então." Sana estava falando sério?

"Yah, Sana! Não...não é o que você está pensando! Eu..." Ela me dá um selinho e me faz parar de falar.

"Eu sei boba, você deveria ver sua reação." Ela ri.

"Não acredito que fiquei de vela. Da próxima vez eu passo pra pegar o Gucci, pelo menos ele me dá atenção."

"Desde que você não beije o meu cachorro eu até posso trazê-lo."

Todas nós cinco ficamos sentadas na sala, conversando, rindo e logo cantando já que Chae havia trazido um violão consigo, e como eu era a única que sabia, fiquei apenas tocando.

Se eu pudesse parar o tempo e só ficar ali, com certeza eu faria. Ver todas as minhas amigas reunidas, Sana e agora Mina simplesmente me fazia sentir algo indescritível, algo ótimo. Tocar violão e ouvi-las cantando e sorrindo, pedindo para que eu tocasse outras músicas, era algo...que me trazia um certo tipo de felicidade, e Sana fazia parte disso. Parando para pensar, tudo o que minha ex vizinha fez foi melhorar minha vida em todos os aspectos. Eu não sabia que precisava tanto de alguém como Sana até que ela entrou em minha vida, e ela nunca vai saber o quanto eu sou grata por não ter me abandonado, por ter insistido em mim. Eu sinto como se não fosse capaz de retribuí-la por tanta coisa.

"Tzu?" Ouço sua voz doce longe, mas logo vai se aproximando até que saio de meus pensamentos. "Tzu, o que foi?" Sinto seu toque suave em uma de minhas bochechas. Eu não havia percebido, mas parei de tocar o violão e sentia o olhar de todos na sala sobre mim, mas o meu estava sobre minha namorada. Como se fosse a única coisa que eu pudesse fazer, começo a me aproximar e sou início a um beijo calmo em Sana, que sorri entre o mesmo. Sinto almofadas sendo jogadas em nós, mas não nos afastamos ainda.

"Não acredito que estou presa com duas idiotas apaixonadas e as namoradas delas." Ouço Chae resmungar.

"Vou me lembrar disso quando você estiver apaixonada também tá Chae?" Me viro para ela e rio.

"É aquele velho ditado Tzu, Deus me livre." Isso faz todas rirmos.

Sim, aquela noite foi maravilhosa.

Sim, tudo estava maravilhoso.



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