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História Reputações - A arte do segredo - Jogada


Escrita por: SrSpellman

Notas do Autor


Não sei vocês, mas estou amando e odiando alguns personagens </3
Boa leitura!

Capítulo 10 - Jogada


Uma maca hospitalar carregando Dan Humphrey deslizava por um longo corredor do hospital St. Jude’s com uma equipe de médicos que aparentavam estar apressados com a situação do jovem que estava com traumatismo craniano. Algo óbvio de se suspeitar, uma vez que sua cabeça recebeu mais pancadas que seu próprio corpo.

— Pressão sanguínea em 80, porém, pulso fraco. — falou uma enfermeira, acompanhando a maca pelo corredor.

— Sala quatro. Á direita! — ordenou um dos médicos que estava com a enfermeira.

Finalmente, a maca chegou à sala ordenada pelo doutor. A situação não estava nada agradável. Lá fora do hospital, a mídia encontrava-se presente querendo saber sobre o que aconteceu com o jovem e sobre os responsáveis por aquela barbaridade.

Rufus Humphrey, pai de Dan, tinha chegado ao hospital após saber da notícia. Estava arrasado e infelizmente, não tinha a companhia nem de sua esposa ou filha para confortá-lo naquele momento difícil. Aquela era a hora de negação, onde não acreditava que Nate e muito menos, Serena, tinham feito aquilo.

— Gostaria de ver o meu filho e o mais rápido possível! — exclamou Rufus, na recepção do hospital — É o Daniel Humphrey.

— Infelizmente terá de aguardar senhor Humphrey. O paciente Daniel está em um momento de análise crítica e ir vê-lo nessas circunstâncias pode ser prejudicial. — alertou a recepcionista.

— EU SOU O PAI DELE E TENHO TOTAL DIREITO DE VÊ-LO! — berrou Rufus, indo em direção á entrada dos corredores médicos até ser impedido por seguranças da área — EU QUERO VER O MEU FILHO!

Um homem de cabelos grisalhos, bata branca e olhar receoso, foi até Rufus para tentar tranquiliza-lo devido àquele momento.

— Senhor, Senhor. Se acalme. O seu filho está passando por uma análise crítica que pode o levar á uma cirurgia séria. Não se sabe se o traumatismo dele foi profundo o suficiente para fazer esse processo. Eu espero que não. — afirmou o doutor — O que eu quero dizer é, se você entrar naquela sala irá atrapalhar tudo e seu filho poderá ficar na pior. Prefere ficar calmo e esperar ou vê-lo sofrer de agonia por sua intervenção?

Rufus não soube o que falar. Seus olhos brilhavam como se ele desejasse chorar. No fundo queria, mas suportava a dor.

— Agora, peço que aguarde aqui na recepção. Quando for possível, permitirei a sua visita ao quarto do jovem Daniel. Trarei notícias. — finalizou o doutor, batendo no ombro de Rufus com uma feição tristonha e direcionou-se á sala de Dan.

O dia não estava apenas péssimo para o garoto solitário. Também estava péssimo para Serena e Nate que se encontravam na delegacia da Upper East Side e com problemas na justiça. Ambos em salas diferentes estavam em silêncio, aguardando um advogado, um parente da família ou uma ajuda do céu. Era um momento tenso.

Um detetive entrou na sala em que Serena estava. Assim com boa parte das salas, ela era marrom, com vidros blindados escuros, com uma mesa e duas cadeiras em lados opostos, vigiados por uma câmera.

— Senhorita Van der Woodsen? Sou o detetive Richard Castle e estarei responsável por este caso. — disse o homem, sentado de frente á Serena que permanecia calada — Não precisa ter medo de falar.

— Não pode me interrogar sem a presença de um responsável ou advogado. — informou Serena.

— Não vim interroga-la, senhorita van der Woodsen. Apenas vim conversar.

— E sobre o quê quer conversar? — questionou ela, olhando pro detetive.

— Qual é a sua relação com Daniel Humphrey? — perguntou ele.

— Ele é meu ex-namorado.

— “Ex”? Por que terminaram?

— Ele tinha um blog de fofocas que expusera os segredos de todos. Porém, quando ele se revelou, eu tive uma crise e voltei pro internato. Com isso, acarretou em nossa separação.

— “Voltei pro internato”? — perguntou Richard, confuso.

— Tive uma fase ruim com amigos, familiares, namorado, etc. Eu estava me expondo de um modo ridículo. Internei-me para ter mais controle do meu emocional. Sabe... Vida de adolescente.

— O que você fazia ás oito horas da noite, em uma biblioteca fechada com o senhor Nathaniel Archibald? — questionou.

— Eu e Nate havíamos falado mais cedo com o Dan, para sabermos de uma coisa. O Dan não achou viável falarmos naquela hora exata com tanta gente na biblioteca e pediu que nos encontrássemos com ele quando o local fechasse. — respondeu.

— O que seria essa “coisa”?

— Sobre... Eu ter transado com o Nate na noite de Halloween de 2013. — falou Serena, mentindo, mas agindo de forma convincente.

— Então alega que já tem laços com o senhor Nathaniel há muito tempo? E muito mais íntimo? Hum...

— Tivemos no passado. Antes de eu me internar. Não vamos confundir as coisas. — retrucou Serena.

— Mas parece ter sido pega em flagrante com ele. Se isso não é criar intimidade, então me diga o que é? — interrogou o detetive.

— Peço abstenção de suas perguntas, senhor Castle. — falou Serena, revirando os olhos e encostando-se na cadeira.

O homem riu. Levantou-se da cadeira e andou até a porta da sala de interrogação. Antes de sair, disse:

— A vida de Dan Humphrey está em jogo, senhorita Van der Woodsen. Segredos não vão protegê-lo de um possível futuro trágico.

Ao dizer, saiu. Seguidamente, Lily van der Woodsen, entrou na sala para falar com sua filha e demonstrava uma atitude de desespero com a situação de sua filha. O detetive fechou a porta da sala em que a loura estava e foi para a outra em que Nathaniel encontrava-se presente.

— Olá senhor Archibald. Sou o detetive Richard Castle e estou cuidando deste caso. — apresentou-se, sentando-se de frente á Nate — Gostaria de conversar um pouco? Está calado desde que chegou.

Nate não falou nada. Seus olhos estavam vermelhos, pois havia chorado muito pela situação de Dan. Soluçava algumas vezes.

— Não vim para julgar-lhe. Vim apenas para conversar. — afirmou — A sua amiga, Serena, conversou comigo. Por que não desabafa um pouco?

— Eu sou inocente... — falou Nate bem baixinho.

— Por que acha que é inocente? — perguntou Richard, escutando.

— O Dan é meu amigo. Eu nunca tive nada contra ele. — falou Nate.

— Então por que você foi apanhado na cena do crime, segurando a arma do crime? Suas digitais estão no bastão de lacrosse.

— Enganaram a mim e a Serena. Alguém fez tudo isso. Alguém que não gosta de nós. — falou determinado — Fomos procurar o Dan na biblioteca, mas ele não queria falar de um assunto indelicado no meio de tantas pessoas e então, pediu para que fôssemos á noite procura-lo.

— E como Dan Humphrey tem acesso até tarde na biblioteca?

— Ele é um auxiliar de organização da biblioteca. Não sei bem. — respondeu — Quando eu e Serena fomos de noite se encontrar com Dan, a biblioteca estava escura. No início, pensávamos que ele tinha ido embora, até Serena receber uma mensagem com pedido de socorro de Dan.

— Pedido de socorro? A senhorita Van der Woodsen recebeu uma mensagem assim? Tem certeza? — perguntou o detetive, confuso.

— Sim. Então eu e a Serena nos unimos e tentamos achar uma entrada para ir ajudar o Dan. Derrubamos a porta de funcionários e começamos a procurar pelo Dan. Eu fui por um lado e Serena por outro. — disse — Procurei por algumas salas que continha arquivos, até que achei o corpo do Dan, jogado no chão. Então, vi o meu bastão de lacrosse no chão e peguei-lhe, não sabendo como havia parado ali. A Serena chegou e tentou ajudar o Dan, até a polícia chegar.

— Você viu uma vítima de espancamento e um bastão de lacrosse ensanguentado. Mas por que pegou na arma do crime? Creio que qualquer civil saberia que não se deve pegar na arma do crime para que as digitais anteriores não saiam e nem fiquem as atuais nela.

— Desculpe se eu não pensei na hora! Eu vi o corpo do meu amigo no chão e um objeto que me pertence naquele local e você esperava que eu fizesse o quê? Agisse de modo alegre?

— Certo. Obrigado por sua atenção, senhor Archibald. — falou Richard, levantando-se da cadeira e indo em direção á saída da sala de interrogação.

Blair Waldorf não acreditava nas notícias em que estava vendo e ouvindo na televisão. Estava de pé, em seu quarto, indignada e em uma ligação com Chuck. Andava algumas vezes pelo cômodo, preocupada.

— Você não acredita que o Nate e a Serena fizeram isso, né? — perguntou Blair á Chuck pelo celular.

— Não sei. Aqueles dois são cheios de segredos. — respondeu Chuck.

— Você acredita mesmo? Isso te faz idiota. O Humphrey está no hospital, enquanto a S e o N estão enfrentando a justiça na delegacia. E nós dois? Transamos e falhamos na busca pela louca da Georgina! — berrou Blair pelo aparelho.

— Não se preocupe. Já consegui contratar dois advogados para o Nate e a Serena. Entrei em contato com a Lily e a Anne. — falou.

— Ótimo. Agora nós temos de... — antes de completar a frase, a chamada cessou — Perfeito. Humpft.

Blair caminhou até seu closet e procurou por um sobretudo preto que combinasse com sua roupa atual. Vestiu um que achou e direcionou-se até a saída do seu quarto, até receber uma mensagem.

Dizem que o poder de uma escolha pode fazer uma enorme diferença. Que tal testarmos essa teoria? Opção A: Visitar S e N ou Opção B: Visitar o garoto solitário.

Não se esqueça Queen B: Uma escolha pode fazer um ENORME diferencial.

— sua melhor amiga, Gossip Girl

Ao ler a mensagem, sentiu um nó na própria garganta. Era mais um truque da garota do blog? Blair respirou fundo e bloqueou o celular. Ficou parada de frente ao espelho por um tempinho, pensando. Enrijeceu a postura e saiu dali, decidida. De frente ao prédio em que vivia, fez um sinal, pedindo por um táxi até que um parou em sua frente. Ela abriu a porta do veículo, sentou-se no banco e disse:

— Hospital St. Jude’s. Rápido. — ordenou Blair, olhando para fora e partindo dali.

Rufus não estava sozinho no hospital. Estava acompanhando de Eric. Ambos estavam na recepção aguardando alguma notícia de Dan. Finalmente, o mesmo doutor que havia conversado com Rufus anteriormente, voltou e logo os dois se levantaram para receber as notícias.

— Doutor, como tá meu filho? — perguntou Rufus, preocupado.

— O senhor Daniel está em observação. Já foi feita a análise e tivemos a causa do problema dele. — respondeu.

— E qual é doutor? — questionou Eric.

— Infelizmente, traumatismo cranioencefálico. Já suspeitávamos que fosse isso, porém, tínhamos esperanças de que não fosse.

Rufus passou as mãos na cabeça, agoniado. Não suportava a dor de ver o filho sofrer.

— Fale mais. — ordenou.

— Ele foi classificado com traumatismo cranioencefálico primário, onde ocorre no momento do trauma e corresponde principalmente à contusão cerebral e à lesão axonal difusa. — continuou — A classificação do trauma dele é fechado, ou seja, ocorrem mais em agressões, acidentes automobilísticos, etc.

— E qual é o nível de gravidade? — perguntou Rufus.

— TCE moderado. — respondeu.

— E o que significa? — perguntou Eric.

— Os pacientes que passam por isso, geralmente apresentam perda de consciência e alterações neurológicas reversíveis. Ele vai ficar de coma por um tempinho e pode não se lembrar do que aconteceu com ele. Terá de passar por um processo de fisioterapia todos os dias.

— Fisioterapia? — indagou Rufus.

— Sim. O traumatismo cranioencefálico costuma impactar a condução motora do corpo humano, isto é, ele terá de se desenvolver melhor em questão físico. Claro que não atingiu-lhe totalmente.

— Quando poderei ver meu filho?

— Apesar de ele ter saído da zona de risco, está em coma. Não sabemos o tempo em que ficará assim, mas, você será avisado com urgência. — garantiu o doutor.

— Obrigado doutor. — falou Rufus, grato e mais aliviado.

— Disponha. — disse ele, voltando ao serviço.

Minutos depois, Blair chegou ao hospital. Ao entrar na recepção, procurou por Rufus e Eric, já que tinha sido informada antes que eles estavam lá. Ao localizá-los, foi em sua direção.

— Como tá o Hump... Dan? — questionou Blair, corrigindo a própria fala, pois sabia que não era a hora adequada para ser insensível.

— Está em coma e fora de risco. Obrigado por vir. — disse Rufus — Vou ir tomar um café.

— De nada, senhor Humphrey. — disse Blair com um sorrisinho e observando Rufus sair.

— Já pode tirar esse sorriso de Satã do rosto, Blair. — falou Eric, curto e grosso — O que faz aqui?

— Vim apenas visitar o Dan. Assim como você. — respondeu.

— Não me lembro de você ser amiga do Dan. Creio que está aqui por algo á mais.

— Eu e o Dan não podemos ser amigos, mas o bem estar dele afeta todos, mini Van der Woodsen. — retrucou ela, sentando-se ao lado dele, cruzando as pernas.

Após a situação no hospital se tranquilizar mais, a situação na delegacia apenas pegava fogo. Serena e Nate ainda estavam em salas diferentes de interrogatórios. A sala do detetive Richard Castle estava lotada de pessoas como Lily van der Woodsen, Anne Archibald e Howard Archibald.

— Não pode mantê-los aqui presos, senhor detetive. Não há provas contra eles que os indicie á prisão! — exclamou Lily, impaciente.

— Nathaniel Archibald estava segurando a arma do crime, enquanto Serena van der Woodsen estava ao lado do corpo da vítima. Quer mais provas, senhora? — retrucou Richard.

— Isso é ridículo! Eles nunca fariam isso! Tanto a Serena como o Nate, sempre foram jovens exemplares e não se envolveriam nessas barbaridades! — falou Howard.

— Então por que Serena van der Woodsen se internou por três anos e Nathaniel Archibald já foi flagrado comprando maconha? — questionou o detetive.

— Você está explorando o passado desses jovens, detetive. — protestou Anne.

— Exato! A Serena se internou por três anos para tentar controlar as próprias ações e parar de fazer coisas erradas. — disse Lily.

— Nessa época, o Nate não estava comprando maconha pra ele. Estava comprando pra mim. Tanto que sou o único fichado aqui. — falou Howard.

— E se a senhorita Serena estiver fazendo coisas erradas de novo, senhora Lily? Creio que três anos apenas não tiveram sido suficientes para controla-la. — retrucou o detetive — Alguns problemas são passados de forma hereditária, senhor Howard. Talvez a sua necessidade por maconha tenha passado para o Nathaniel.

— Escute aqui seu... — começou Howard, até ser interrompido por sua esposa, Anne.

— Afinal de contas, senhor detetive... O que estamos esperando? — questionou.

— A liminar. Vejamos qual é a decisão judicial. — respondeu.

Era a hora de aguardar o veredito. Fora da sala do detetive, Chuck conversava com os advogados de Nate e Serena, questionando algumas coisas. De repente, Kyle Spencer apareceria ali, preocupado.

— Hey Bass. — chamou Kyle que foi atendido por ele.

— O que você quer Spencer? — perguntou.

— O que vai acontecer com a Serena? — indagou com os olhos arregalados.

— Não se preocupe com ela. Ficará bem. Apenas fique na sua. — respondeu, andando pela delegacia, deixando o rapaz pra trás.

— Ficar na minha? E se tudo isso for obra da garota do blog? — questionou, acompanhando Chuck.

— Claro que é obra dela.

— Então por que não falamos ao detetive, não mostramos as mensagens e resolvemos tudo isso? — sugeriu K.

— Você enlouqueceu mesmo? Viu o que a garota do blog fez ao Dan e só Deus sabe mais o que ela ou ele poderá fazer com o resto de nós. — protestou Chuck.

— Você está com medo da garota do blog? É sério?

— Não é medo. É apenas raciocínio. Deveria experimentar ter um pouco.

— Então continuaremos no jogo da garota do blog? É isso? Como você mesmo disse, “só Deus sabe mais o que ela ou ele poderá fazer com o resto de nós”. Estamos nas mãos dela. Quem será o próximo? Hein Bass?

— EU NÃO SEI! — gritou Chuck e olhou ao redor, vendo que a atenção estava em ambos — A garota do blog já ameaçou a Blair e mesmo indignado, tive de fazer um acordo com o diabo pra conseguir livrar a Blair de tudo isso!

— A Blair foi ameaçada? Ela sabe disso? — questionou Kyle.

— Não. Não sabe. E sugiro que continue assim. — respondeu Chuck.

— Espera! Como assim você fez um acordo com a garota do blog? — indagou.

Chuck não falou nada. Apenas continuou em silêncio e deu as costas pra Kyle e voltou a continuar o seu caminho pela delegacia. Segundos depois, uma mensagem de texto chegou ao celular de Kyle que dizia:

Quem você acha que ligou pra polícia em troca de proteção da “namoradinha”? Você pode me entregar e se arriscar ou pode destronar a vida de Chuck Bass. Lembre-se: Uma escolha fará um enorme diferencial. É hora de deixar de ser apenas um figurante nessa história.

— de sua amiga, Gossip Girl

Leu a mensagem e não pareceu muito surpreso. Encaixou os pontos e então chegou á uma conclusão: Serena e Nate estavam presos por causa de Chuck. Precisava tomar uma atitude em relação àquilo.

A liminar tinha chegado. Lacrada e com um símbolo do tribunal de justiça dos Estados Unidos. O juiz louco é que havia proclamado a decisão e estava tudo escrito e assinado. Richard Castle, detetive, leu tudo na mente e na frente de todos e por fim, dobrou o papel.

— Bem... Ocorreu uma decisão judicial que não pode ser contestada. Qualquer um aqui que intervenha correrá o risco de ser processado. — falou.

— E qual é o veredito? — indagou Lily.

— Em relação á Serena van der Woodsen, a justiça concedeu liberdade para a acusada, porém, ainda terá de responder á algumas perguntas e não poderá sair da cidade durante um mês. Ela está livre de todas as acusações e foi citada como “pessoa que esteve na hora errada e no lugar errado”. — avisou.

Lily ficou tranquilizada pela decisão á sua filha. Um peso caiu de suas costas ao saber da notícia pela boca de Richard.

— Já em relação á Nathaniel Archibald, a justiça considerou o oposto. Ele está sendo acusado de tentativa de homicídio doloso á Daniel Humphrey e terá de responder no tribunal pela acusação. Será transferido para um regime presidiário está noite e terá o direito de ter um advogado. — falou Richard.

— O quê? Meu filho não! — gritou Howard, desesperado.

— Não podem fazer isso! — berrou Lily — Ele é um garoto bom e inocente!

— O Nathaniel não merece esse tipo de justiça. Eu imploro que revoguem esse veredito! — gritou Anne, chorando. A dor de ver um filho naquela situação era péssima.

— Como eu disse... Quaisquer tipos de intervenção terá o risco de processo. — relembrou o detetive que fez um sinal para os policiais.

Um grupo de policiais saiu daquela área e foram até as salas em que Serena e Nate estavam separados. Foram retirados ao mesmo tempo e por um minuto, ambos trocaram olhares e sorriram um para o outro, até que o inevitável aconteceu. Nate estava sendo algemado pelos policiais que lhe buscaram, enquanto Serena, não. A garota começou a berrar e protestar com o que estava vendo acontecer com seu amigo.

— NÃO! NATE! ELE É INOCENTE! NÃO FAÇAM ISSO! — gritou Serena, tentando ir ao encontro de Nate, mas sendo impedida pelos policiais e arrastada por eles em uma direção oposta do rapaz — NATE, EU JURO QUE VOU TE TIRAR DAQUI! NÓS VAMOS TE AJUDAR!

O garoto permaneceu calado. A esperança tinha acabado para ele. Como de repente, Nathaniel Archibald estaria numa situação como aquela? Os policiais levaram Nate até a sala do detetive, onde se encontravam todos. Naquele segundo, ele era o centro das atenções, pois todos os olhares estavam nele.

— Sua filha foi levada pela porta dos fundos, senhora van der Woodsen. Pode ir. — falou o detetive.

— Obrigada por nada. — falou Lily, revoltada e foi até Anne, abraçando-a — Sinto muito. Tudo vai ficar bem. Conte comigo.

Anne não soube o que falar para sua amiga, mas Lily sabia o que ela estava sentindo. Eram mães e compartilhavam dos mesmos sentimentos por seus filhos. Lily saiu da sala, indo ao encontro de sua filha.

— Nate, faremos de tudo para te tirar da prisão. Eu prometo. — disse Howard que olhava para o filho de cabeça baixo e inexpressivo.

— Já que se despediram, o levem pra cela. Amanhã será transferido para um regime penitenciário fechado. — ordenou Richard.

— ESPERA! — berrou Kyle, no fundo da sala. Todos olharam para ele, principalmente Chuck.

— A consequência da intervenção foi avisada, senhor Spencer. O que quer falar? — questionou.

Kyle mordeu os lábios, nervoso. Pensou por alguns e segundos e então, soube que era a hora de falar.

— Por que não interrogaram o Chuck Bass? — perguntou Kyle.

— Por que interrogaríamos uma pessoa que não tem nada a ver com o crime?

— Pois foi ele quem ligou para a polícia e denunciou sobre a Serena e o Nate. Foi ele quem fez a ligação anônima. — falou Kyle, deixando todos ali surpresos.

— Isso é verdade, senhor Bass? — perguntou o detetive Richard.

— Absolutamente não, detetive. O Kyle tem uma espécie de marcação comigo e minha família. Não sei de nada sobre o que ele está falando. — disse fingindo estar tranquilo.

— Confira o celular dele, detetive. Rastreie para ter certeza. Veja o IP, se for necessário. Ele que fez a denuncia, mas o motivo é: Por quê? E como ele sabia do que estava acontecendo lá dentro? — falou Kyle.

— Como teve essa informação senhor Spencer? — questionou o detetive.

— Ele falou pra mim. Por isso que nos desentendemos alguns minutos atrás. Ele deve ser interrogado. — falou Kyle.

O detetive andou em direção á Chuck e analisou a sua expressão facial. De fato, ele era um ótimo ator, mas não o suficiente para esconder alguns traços suspeitos.

— Está tranquilo, mas aparenta estar nervoso por dentro. O suor fala por si mesmo. — falou — O seu celular senhor Bass, por favor.

Chuck olhou para Kyle com expressão de desprezo. Iria ter vingança naquele momento.

— Não pode me confiscar sem a presença de meu advogado. Isso é crime. — falou.

— Quem deve não teme, senhor Bass. Além disso, não estamos lhe confiscando. Você dará por puro prazer. — falou — Me dará ou não?

Chuck revirou os olhos e ignorou o pedido do oficial. Richard bufou e fez um sinal para o secretário da delegacia. Discretamente, Chuck apalpou com a mão direita o seu bolso, com o intuito de fazer algo. Kyle percebeu e foi em direção ao rapaz, efetuando um soco em seu rosto, antes que pudesse se livrar da prova. Chuck caiu no chão, nocauteado.

— VOCÊ NÃO VAI FAZER ISSO! ELE ESTÁ TENTANDO EXCLUIR! — berrou Kyle, sendo contido por uma escolta de policiais.

— Obrigado pela ajuda, senhor Spencer. Mas... Vá pra fora. — ordenou Kyle que estava com um olhar de revoltado em seus olhos.

Afastou-se da escolta de policiais e fez o que lhe fora pedido. Ele saiu dali. O detetive se aproximou de Chuck e lhe ajudou a se levantar. O garoto tinha recebido mais um soco e novamente, estava sangrando. O detetive pegou o seu celular e voltou para sua mesa.

— ME DÊ ISSO! É INVASÃO DE PRIVACIDADE! — berrou Chuck.

O celular de Chuck tocou e vibrou, notificando uma nova mensagem no dispositivo eletrônico. Naquela hora exata, ele congelou e achou que o detetive leria o que a garota do blog lhe enviou agora. Richard leu e disse:

— Mandei que o meu secretário rastreasse a sua mensagem, soubesse o número da pessoa que fez a ligação anônima e mandasse uma mensagem para ela, apenas pra conferir. — falou ele, mostrando a mensagem que dizia “Quem é você?” — Senhor Chuck Bass, acho bom arrumar um advogado.

— E como ficará o Nate? — indagou Anne.

— Ficará temporariamente aqui. Iremos ligar para o juiz que fez a liminar e dizer sobre o ocorrido. Por enquanto, voltem para casa e descansem. — falou Richard — Podem levar o senhor Nathaniel para a sua cela e liguem para cancelar a ida dele à penitenciária.

Nate ergueu a cabeça e olhou para Chuck. A sua inexpressividade tinha desaparecido, pois tinha sido ocupada pela raiva que agora tinha mais ainda pelo seu antigo melhor amigo. Foi levado pela escolta policial até a cela, enquanto todos que estavam na delegacia foram dispensados.

Já era madrugada, Rufus permanecia dormindo na recepção aguardando o filho acordar de coma. Eric tinha ido pra casa ao saber da liberdade de Serena. O horário como era tarde, por volta de 2 horas da manhã, não tinha muita circulação pelo hospital, apenas para casos de socorros graves. A movimentação era silenciosa e ao mesmo tempo, não se encontrava ninguém pelos corredores hospitalar.

No quarto doze, Dan encontrava-se deitado numa cama. Um monitor cardíaco estava ao seu lado, assim como soro fisiológico, etc. Repentinamente, seus olhos começaram a piscar fechados e aos poucos, foi abrindo até olhar o local em que se localiza. Inicialmente, parecia confuso com tudo àquilo. Sua visão parecia embaçada ao início e focou sua atenção em uma garota de capa vermelha que estava ali sentada na cadeira de visita e lendo um livro.

— Q-Quem é você? — indagou Dan, rouco.

— Posso nem ficar um tempo fora que você já se mete em problemas. — respondeu uma voz feminina, fechando o livro e sorrindo para o rapaz.

— J-Jenny? Você voltou! — exclamou Dan, animado e fazendo um pequeno esforço que lhe fez fazer uma careta de dor.

— Não faça esforço, Dan. — pediu.

— Onde você estava? Por que fugiu? O que aconteceu? — questionou Dan, preocupado.

— Se eu te contasse, você morreria. Não posso te dizer nada. — respondeu.

— Como não pode? É a garota do blog? Se souber algo, precisa dizer. — falou.

— É muito, além disso, meu irmão. — respondeu sorridente, pegando o copo d’ água e bebendo um gole. Deixou a marca de seu batom no copo descartável que estava repousado numa mesa — Vim te ver, pois estava preocupada. Quando eu soube o que aconteceu com você, não sabia o que fazer.

— Não precisa fugir Jen. Estamos todos resolvendo os problemas, juntos. Fique conosco, por favor.

— Ainda não Dan. Mas prometo que um dia eu voltarei, pois eu te amo. — falou ela, levantando-se da cadeira e indo até ele, beijando sua mão.

— Espera... — disse Dan, olhando para a irmã e com os olhos encharcados de lágrimas — Isso é real ou tudo é apenas da minha cabeça?

— Nunca saberá. — falou sorrindo e deu as costas pro irmão, indo embora dali.

Dan, emocionado, observou a saída da sua irmã e sem uma reação concreta. Não sabia se gritava por ela ou se a deixava ir. Resolveu repousar a cabeça e descansar mais um pouco. O dia seguinte seria perturbador ou esperançoso.


Notas Finais


Em breve mais um capítulo!
Não deixe de ler :3


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