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História Reputações - A arte do segredo - Victory or defeat


Escrita por: SrSpellman

Notas do Autor


Demorei pra postar e finalmente estou de férias!
Terei curso nas duas primeiras semanas de dezembro, mas dá pra desenrolar os capítulos.
Boa leitura!

Capítulo 15 - Victory or defeat


TRÊS DIAS ANTES DA FESTA DO PIJAMA

Interview

Bom dia, galera do Upper East Side. Garota do blog na área, sua primeira e única fonte por dentro da vida escandalosa da elite de Manhattan. O ponto alto do meu blog? O septeto Gossip que acaba de se reunir novamente.

Parece que a organização para a festa do pijama da B está a todo vapor! Boatos de que vai ter gogoboy na festa. Será? Não acredito em boatos, mas uma boa mentira é ótima para compensar uma verdade ilusória.

— com amor, Garota do Blog.

Se há uma coisa que Blair Waldorf é conhecida em fazer de melhor são os seus eventos em que ela mesma organiza. A festa do pijama de Blair era a festa mais prometida por ela e seria a primeira que reuniria um quantitativo de garotas acima do esperado. Apesar de ser um evento fechado e apenas para meninas e amigas mais íntimas, todos se questionavam: O que vai acontecer? Quem será que ela vai chamar?

Durante a semana toda, Blair vem sido bajulada por muitas das meninas da Constance que queriam ser indicadas pra festa dela. Para onde andava garotas lhe faziam perguntas, lhe ofereciam algo ou lhe babavam para tentar se encaixar como convidadas.

Tinha pessoas que a perseguiam na escola.

— B, meu pai é dono de uma coleção rara da era antiga chinesa e há alguns tapetes que ficariam lindos na sua festa, o que acha? — perguntou uma garota chinesa que andava próxima de Blair.

— Creio que eu seja capaz de conseguir esses tipos de tapetes só por influência de minha mãe como estilista. — falou Blair.

— Meu tio é dono de uma indústria em fabricação de vinho. Eles produzem a sua própria safra. Você vai precisar de bebida na festa e nada melhor que o vinho do meu tio pra dar gosto. — falou uma outra garota que parecia ser do intercâmbio brasileiro.

— Vai oferecer pão também? É uma festa do pijama e não uma missa. — falou e continuou andando pelo corredor, acompanhada das suas minions.

— Ah B e que tal... — começou uma garota até ser interrompida por Blair.

— Meninas, vou agradecer se vocês pararem de serem oferecidas e apenas aguardarem a super valorização de Blair Waldorf em convidar vocês pra festa. — falou B, sorrindo e dando as costas para as garotas que a perseguiam, caminhando com sua armada.

Pessoas que a perseguiam nos lugares.

— Bendel’s me aguarda hihi. — disse Blair, saindo de uma grife até ser parada por um grupo de garotas.

— Blair! Você precisa de ajuda com a elaboração de convites? — pergunto uma garota morena.

— Precisa de uma secretária pessoal? — questionou uma garota loira.

— Ou de alguém pra bater? — questionou uma garota ruiva.

Blair olhou para o amontoado de garotas, revirou os olhos, respirou fundo e se controlou. Até que finalmente, atacou.

— Sabe do que preciso? É de paciência. — respondeu — Não se preocupem. Enviarei o convite pra todas. — sorriu falsamente.

— Obrigada B! Você é a melhor! — exclamou a loira.

— Eu sei. — forçou mais o sorriso falso.

— Que Deus te abençoe, rainha B. — desejou a ruiva.

— Amém, querida. — disse — Agora vão. Que Deus elimine todas vocês.

— O que disse? — questionou a morena.

— Ilumine. — disse e acenou com o sorriso forçado no rosto, observando o grupo ir embora.

Blair era mesmo até perseguida em casa.

— Senhorita Blair! — exclamou Dorota, entrando no quarto de Blair com urgência.

— Agora não, Dorota. — disse — Estou revendo a Victoria’s Secret de 2015. — comentou e olhou para a modelo loira e de corpo esbelto — Como eu queria ter o corpinho da Candice.

— Mas senhorita Blair... — continuou Dorota.

— Xiu Dorota! A Candice tá desfilando! — ordenou Blair.

Dorota se calou e fez uma careta de raiva. Caminhou que nem um soldado até a janela e abriu as cortinas e berrou:

— SENHORITA BLAIR! HÁ UM GRUPO DE VÁRIAS GAROTAS DE FRENTE AO PRÉDIO, QUASE ACAMPADAS E COM DIVERSOS CARTAZES SOBRE A FESTA DO PIJAMA!

Blair despertou-se. Ao ouvir o que Dorota falou, levantou-se da cama e foi até a janela. Olhou para o grupo de meninas que estavam de frente ao prédio que ao perceber Blair na janela, começaram a gritar e erguer os cartazes, um deles dizia “Só estou esperando o convite da festa do pijama e começar a preparar a minha cama!”.

— Essas garotas estão me deixando loucas! — exclamou Blair — Pelo menos estou me sentindo uma Katy Perry e uma Lady Gaga da vida de tanto ser aclamada pelo público.

— Mas senhorita Blair, você deveria já começar o envio dos convites á festa do pijama, não acha? — sugeriu Dorota.

— Tem razão Dorota. — disse — Mas antes... Vou acabar de ver o desfile.

Dorota saiu do quarto e deixou Blair aproveitar o desfile que estava assistindo na televisão. Segundos depois, o celular dela tocou e vibrou, notificando uma nova mensagem. Pegou o iphone, desbloqueou-lhe e viu a notificação.

Sabe para quem deveria enviar o primeiro convite? Para Jenny Humphrey. Soube que ela adora desafios. Principalmente os piores.

— de sua amiga, Garota do Blog

ATUALMENTE

 Apesar da ocupação que Blair passava no momento, outros também estavam ocupados. Serena, Nate e Dan tinham planos contra a garota do blog, enquanto ela estava distraída com a festa do pijama.

Os três estavam na casa de Nate, o lugar mais improvável da garota do blog espioná-los.

— Ainda precisamos falar com o Eric, o Kyle e a Blair. — disse Nate.

— E com o Chuck. — informou Dan.

Serena e Nate reviraram os olhos ao mesmo tempo, ao ouvirem o nome de Chuck.

— Não vamos falar com o Chuck. Ele não é mais confiável. — afirmou Serena.

— Concordo com a Serena. — falou Nate.

— Claro que precisamos falar com o Chuck também. Ele faz parte do grupo, gostem ou não. — disse — Além do mais, ele fez o que fez com motivos.

— É e quase nos ferrou. — complementou Nate.

— Olha... Sei que não querem olhar pra cara do Chuck, mas devem dar esse desconto á ele. Vocês dois transaram e foram perdoados. Por que o Chuck também não pode ser?

— Porque ele quase assinou a nossa “sentença de morte”, Dan. — falou Serena.

— Eu entendo que você seja humanitário Dan, mas tem coisas que simplesmente são diferentes de outras, como no caso de eu e a Serena termos transado não é a mesma coisa que o Chuck quase ter nos colocado na cadeia. — explicou Nate.

— Não irei cooperar com o plano sem o auxílio de TODOS, inclusive do Chuck. — avisou Dan — Eu e ele não podemos gostar um do outro, mas... Justo é justo.

Serena e Nate se olharam, novamente. Desta vez, pareciam estar conversando pelos olhos. Passaram-se alguns minutos de silêncio, até que Serena manifestou sua resposta.

— Tudo bem! A gente aceita o Chuck de volta. Mas isso não significa que vamos perdoar ele.

— Concordo, novamente. — disse Nate.

— Portanto que aceitem a cooperação dele. — afirmou Dan.

— O que vamos fazer? — indagou Nate.

— Você e a Serena vão ao QG da Georgina, enquanto eu vou ir á festa da Blair. — sugeriu Dan.

— QG da Georgina? — questionou Nate — Você não disse que a Georgina tinha um QG durante a fase dela como garota do blog.

— Enquanto ela teve a senha da garota do blog, ela criou um QG. A Serena também teve um, a diferença é que foi no quarto dela, enquanto o da Georgina, em um lugar mais sério.

— O que vai fazer na festa da Blair? — perguntou Serena.

— Vou distrair a garota do blog e tentar fazer a atenção da festa ser em nós dois. — disse.

— Cara... Como vai entrar numa festa que é só para meninas? — interrogou Nate.

— Não viu o que a garota do blog postou? Vai ter “gogoboys”. Eu consegui já a fantasia.

— Que hilário. Sério. — comentou Nate, gargalhando.

— Vai ser uma ótima cena de se ver. — falou S — “Dan Humphrey vestido de Gogoboy”. — disse, gargalhando ao mesmo tempo em que Nate.

— Vão rindo mesmo. — disse Dan, indignado.

— Por que eu e a Serena não vamos agora? — questionou Nate.

— Pois a garota do blog está de olho em vocês dois. — falou — É melhor que venham comigo até a festa da Blair e entrem comigo.

— Não vou me vestir de gogoboy. — avisou Nate.

— Não precisa. — disse — Só vou me vestir assim para ter mais contato com a Blair. Você pode se vestir de segurança e ficar no lado de fora, esperando a Serena sair pela porta dos fundos.

— Certo. Ao chegarmos ao QG da Georgina o que faremos? — perguntou S.

— Vasculhem tudo, á procura de provas. Tentem não sair de mãos vazias. — falou.

— Certo. — disse S — Vou pra casa, nos encontramos ás 18h, Nate. — alertou Serena.

— Tudo bem. — disse — Até depois.

Serena saiu da casa de Nate, deixando os dois garotos ali. Dan ia ficar mais tempo na casa do amigo, para bolarem mais sobre o plano e não atraírem muita atenção.

Nos sábados, a equipe de lacrosse da St. Jude’s costumam treinar para os campeonatos que há entre as escolas de toda Nova York.  Por incrível que pareça, Kyle estava na arquibancada vendo o time treinando. Chuck Bass chegou ali e foi ao seu encontro.

— Não sabia que tinha um tempo tão livre, Spencer. — disse Chuck, de pé ao lado de Kyle.

— Se veio me aborrecer, Bass, está perdendo seu tempo. — falou.

— Pelo contrário, não vim fazer isso. — comentou, sentando-se ao lado de Kyle — Vim pedir trégua.

Kyle o olhou desconfiado. Por que diabos, Chuck Bass estaria pedindo trégua?

— Não acredito no que quer desde que apunhalou os amigos pelas costas. — comentou, mantendo atenção no time.

— Fiz o que fiz para proteger a Blair. — informou.

— Colocar os amigos quase na prisão não é algo bom. — disse Kyle.

— E muito menos deixar a garota que gosta ser morta por causa dos problemas de um todo, é legal.

— O quê? Como assim? — questionou, olhando para Chuck.

— O que eu fiz foi para proteger a Blair. — falou — Eu e a Blair fomos pra Brighton á procura de Georgina, pois ela tinha informações valiosas sobre a garota do blog. Acabou que eu e a Blair caímos numa armadilha. — disse — Ela foi ameaçada de morte se eu não fizesse o que me fora mandado.

— Foi por isso que agiu contra nossos amigos? — perguntou.

— Sim. Eu e você podemos ter todas as diferenças do mundo, mas nunca deixaríamos perder pessoas importantes. — falou.

— Contou pra Serena e pro Nate sobre isso? — perguntou.

— Não. Eles não querem falar comigo. Só contei a Blair e agora, pra você. — disse.

— A Serena ama a Blair como irmã e o Nate... Ama-a por ser uma grande amiga. Eles vão entender.

— Pode me ajudar com isso? — questionou Chuck, pedindo a ajuda do garoto pela primeira vez.

Kyle avaliou a situação e sabia que apesar do seu rancor por Chuck, ele era do septeto e fazia parte do círculo de problemas, isto é, merecia estar junto aos outros.

— Tudo bem. Trégua temporária.

Chuck lançou um sorriso em direção ao seu mais novo aliado. Ele sabia que Kyle era um ótimo rival e sabia ainda mais que seria um ótimo aliado.

Em campo, era a última etapa do teste para o time de lacrosse que Eric estava passando. Vestia o uniforme do time e atuava como atacante. Anteriormente, tinha feito teste para defensor, mas não se saiu bem. Foi melhor no teste pra goleiro e agora, pra atacante.

Ao final do jogo, Eric tirou o capacete e andou até o banco de reservas, tentando se aliviar do treino em que teve. Julgava se havia passado no teste e em que área do time ficaria. Ethan se aproximou dele, tocou-lhe no ombro e com um sorriso no rosto, iniciou um diálogo.

— Tá tudo bem? — perguntou.

— Estou sim. É só que... É meio cansativo ser do time, sabe? — disse Eric, ofegante.

— Você se acostuma. Relaxa. Já passou por coisa mais difícil que isso. — afirmou Ethan, como se estivesse jogando uma indireta.

E funcionou. No segundo em que disse isso, imagens do sexo com Ethan invadiram a sua mente, relembrando o momento da penetração. Voltou à realidade.

— É-É... — disse ele com as bochechas coradas.

— Parabéns Eric! Mandou bem! — exclamou um dos jogadores do time que estava passando por ali.

— Até mesmo os gays são bons nos esportes. — disse outro jogador, brincando — Mandou bem!

O time em coletivo foram até o vestiário para tomarem um banho. O jogo de fato, tinha sido cansativo para eles. Preparavam-se para a competição que começaria em breve.

— Parece que conquistou a simpatia dos outros. — comentou Ethan, felizardo.

— Será que eles gostaram mesmo de mim? — questionou.

— Claro. O Eddie não é de elogiar qualquer um.

— Hum... Isso significa que eu fui aprovado?

— Claro que foi. — respondeu.

— E que posição terei no time?

— A posição que mais combina com você é de quatro. — falou Ethan, deixando escapulir, brincando — Brincadeirinha. Você irá ser atacante. Você pode ser magro, mas tem força. E além do mais, fará academia conosco.

— Ah... — falou Eric, novamente vermelho.

— Vou ir tomar banho. Vai vir? — perguntou Ethan.

— É... — olhou em direção as arquibancadas, vendo Kyle e Chuck juntos — Vai na frente. Eu vou daqui á pouco.

— O.K. — falou Ethan, correndo até o vestiário.

Eric caminhou até os dois garotos, um pouco confuso com a presença de ambos ali.

— Por que vocês dois estão aqui? — perguntou.

— Eu vim me resolver com o Kyle. — disse Chuck — Mas como você faz parte do grupinho, mini van der Woodsen, também tenho de me resolver com você.

— Preciso de um bom motivo pra ficar. Estou ocupado. — disse.

— Tem tempo suficiente para voltar atrás do seu namoradinho. Agora temos de ir. — disse.

O rapaz ficou vermelho após o comentário de Chuck. Kyle pareceu boiar com o assunto.

— Não posso sair com o uniforme. — falou.

— Corra até o vestiário. Tire o uniforme e vista uma roupa, mesmo suado.

Ordenou Chuck, saindo do campo de lacrosse, acompanhado de Kyle. Eric fez o que lhe fora mandado.

Serena aproveitou o tempo livre em que tinha e decidiu visitar Blair e lhe deixar á par de tudo sobre o Dan e o plano em que tinham feito. O apartamento da amiga estava bem decorado com estilo bem festivo e festa do pijama. Haviam várias camas no local e uma tenda.

— O Dan vai aparecer na minha festa vestido de gogoboy? — perguntou assustada — A metade das meninas vai fugir dele, céus.

— Ele só vai pra distrair a garota do blog e você tem de ajudá-lo nisso, B. — comentou.

— Tá. Eu ajudo. — disse — Mas o Humphrey vai me pagar por ter fingido ter perdido a memória.

— Deixemos sua vingança pra depois. — falou — Amei a decoração daqui.

— Ainda bem que eu remobiliei a sala pra termos mais espaço. Há umas vinte camas aqui.

— Peço desculpas por não comparecer. — disse Serena, tristonha.

— Tudo bem. Você estará fazendo algo útil. — falou e se lembrou de algo — A propósito... Tenho uma promessa a cumprir. É sobre o Chuck.

— Não quero falar sobre ele, B. Já esclareci isso há muito tempo.

Pessoas que estavam ajudando na decoração da festa do pijama entravam e saiam do apartamento toda hora. Blair olhou para a amiga e disse:

— Vamos ao meu quarto. Não posso falar disso em público. — falou, pegando a mão da sua amiga e a puxando até o cômodo.

Ao chegarem lá, Blair revelou tudo sobre o que Chuck fez por ela. Serena no início não tinha engolido a história até Blair mencionar o fato de estar tendo algo com Chuck que era impossível de admitir ser tão real. No final das contas, S ficou abalada com a revelação da amiga, mas por fim, já sabia quais atitudes agir em relação á Chuck.

Falando nele, Chuck estava no colégio acompanhado de Eric e Kyle, na área social dos alunos. Nos sábados, a escola era aberta em casos de auxílio, recuperações, limpeza e para membros de algum grupo como lacrosse, natação, etc.

— Não deveria estar fazendo trabalho voluntário, hoje? — perguntou Kyle.

— Já cumpri meu horário de hoje. — respondeu.

— Ainda não acredito que fez o que fez para manter a Blair viva. — disse Eric, impressionado.

— Pois é, mini van der Woodsen. Acredite.

— Afinal... O que fazemos aqui? — perguntou Eric.

— Preciso de ajuda pra tentar encontrar a Georgina, novamente. — pediu Chuck á Kyle.

— Você enlouqueceu? Da última vez que tentou, colocou a Blair em risco. — contestou Chuck.

— Agora é diferente. A garota do blog parece estar aliviando pro nosso lado. Precisamos fazer isso. — insistiu — Sua família tem muita influência, poderiam encontrar a Georgina por meio de contatos.

— Por que não faz isso? — questionou Kyle — Sua família também é influente.

— A minha família é influente em Manhattan. A sua é nos Estados Unidos. Precisa fazer isso.

— Tá. Eu faço. Mas se eu ver que não está dando certo procura-la... Eu paro. — avisou.

— Tudo bem.

— Ainda não entendi o motivo de ter sido chamado até aqui. — disse Eric.

— Precisa tentar fazer uma pessoa desembuchar tudo que sabe sobre a Georgina. — afirmou Chuck á Eric.

— Quem? — perguntou.

— Ethan Lawson Wate. — respondeu.

— O que? — questionou Eric, surpreso, arregalando os olhos — O que o Ethan tem a ver com a louca da Georgina Sparks?

— Meu detetive descobriu que eles viviam se encontrando. Principalmente em eventos. — respondeu Chuck, mostrando fotos de Georgina e de Ethan, pelo celular, juntos.

— Mas... — começou Eric, pensando como seria possível.

— Mas o quê? — perguntou Chuck.

— Nada. — respondeu.

— Os dois vão me ajudar sim ou não? — perguntou Chuck.

— Sim. — respondeu Eric e Kyle em conjunto.

— Ótimo. Agradeço pela ajuda. — falou, levantando-se — Precisam de uma carona?

— Não. Obrigado. Vou de caminhonete. — afirmou Kyle — Mas vou ir agora.

— E você Eric? — perguntou Chuck.

— Vou ficar um pouco e ir falar com o Ethan. Podem ir.

Eric se despediu de Chuck e Kyle e os olhou enquanto iriam embora. Pegou a mochila, levantou-se de onde estava e caminhou em direção ao corredor, indo até o final. Iria a procura de Ethan, até que esbarrou em alguém.

— Ops. Desculpe. — disse Eric.

— Não. Tudo bem. Eu estou acostumado em ser invisível. — falou o rapaz gargalhando.

Após se recompor do esbarro, Eric olhou para o garoto diretamente com um pedido de desculpas, até travar. Percebeu então que o rapaz com quem tinha esbarrado era Justin Taylor, o garoto loiro, sem camisa e dono de um gato com nome de biscoito que viu no dia em que foi assistir á um “filme” na casa de Ethan. Não acreditou que o veria novamente.

— Justin? — questionou.

— Oi. É Eric, não é? Lembro-me de você daquele dia. — falou — Não imaginava que fosse se lembrar de mim.

— Eu que imaginei que não se lembraria de mim. — disse — Como você está?

— Ótimo. Mesmo com minhas mãos sujas de tinta. — comentou Justin, rindo — O que faz aqui?

— Eu estudo. Mas eu que pergunto: O que você faz aqui? — questionou, olhando as mãos do garoto.

— Eu estudo aqui. Terceiranista. Participo do clube de artes do colégio, é por isso que estou tão sujo de tinta. Desculpa te passar uma impressão errada.

— Não. Tudo bem. — falou Eric — Só não imaginava que você estudava aqui. Eu nunca te vi pelos corredores, nem em nenhum lugar da escola.

— Me transferi no início do mês pra cá. — explicou.

— Bem, então... Bem-Vindo á St. Jude’s. — falou brincando.

— Obrigado. — disse e vendo o time de futebol no início do corredor se aproximar — Vou indo. Foi bom te ver. Nos esbarramos por aí. — despediu-se de Eric, indo até o banheiro masculino.

Eric se despediu dele. Ethan se aproximou de Eric, junto de mais dois amigos, enquanto o resto da equipe de lacrosse passava direto por eles, indo pra saída do colégio.

— O Taylor estava te incomodando? — perguntou Ethan.

— Ele não estava me incomodado. É... Eu esbarrei nele sem querer, no corredor. Daí conversamos um pouco.

— Tenta não conversar muito com aquele retardado, van der Woodsen. Não costumamos andar com pessoas do clube de artes ou teatro. — avisou Jake, batendo no ombro de Ethan.

— Mas eu não sou o tipo de pessoa que vai excluir os outros. — comentou Eric.

— Melhor falar com ele, Ethan. — pediu Vincent, saindo do meio da conversa junto á Jake, deixando os dois sozinhos.

— Eric, chega mais... — falou Ethan, indo até perto de um armário que ficava próximo ao banheiro masculino — Olha, eu entendo que você seja um garoto muito amigável com todos, mas nós temos regras sociais no time, do tipo... Não andar com o pessoal do clube de teatro, de artes ou com os nerds da escola, por exemplo.

— Não vou deixar de fazer amigos, por apenas ser do time de lacrosse do colégio. Vocês me aceitaram na equipe, mesmo sabendo que sou gay.

— É... Aceitamos. Mas com motivos. — disse Ethan — Enfim. — finalizou, olhando pros lados, vendo o corredor vazio. Aproximou-se mais de Eric, segurou suas nádegas com as palmas das mãos e aproximou seus lábios de um dos ouvidos do garoto, sussurrando-lhe: — Minha vontade agora é te jogar nesse banheiro masculino e foder você sem parar.

Mesmo com aqueles segundos de tempo, foi o suficiente para deixar Ethan ereto. Só de pensar em transar com Eric, o deixava daquela forma. Eric o olhou e com total frieza, disse:

— Então fique apenas na vontade. — disse, tirando as mãos do rapaz de sua bunda.

— Vai ser assim mesmo? Ok. — falou, afastando-se de Eric — Se quer agir como um impopular e viver na sombra da irmã fique a vontade. Mas não vou perder meu tempo querendo ajudar você.

Ethan socou o armário ao lado e saiu andando dali. Eric ficou um pouco assustado com a atitude agressiva do amigo. Respirou fundo e foi embora dali. Minutos depois, Justin saiu do banheiro masculino após escutar toda a conversa entre os dois garotos. Respirou fundo e saiu dali, pensativo.

Interview

E a festa vai começar. O que podemos esperar de Blair Waldorf?

Meninas convidadas: Lembrem-se de me atualizar sobre tudo!

— da melhor, Garota do Blog

Era a hora da festa mais esperada, começar. O prédio de Blair tinha seguranças que estavam conferindo os nomes das garotas convidadas numa listagem. Foram vinte e cinto garotas convocadas para a festa. Blair era a anfitriã, as malvadinhas estavam entre as vinte e cinco.

A decoração da festa do pijama estava impecável. De fato, Blair tinha se superado. Havia uma tenda enorme com uma cama bem arrumada e detalhes vintages. Assemelhava-se á uma barraca, mas não. Era apenas onde a cama de Blair iria ficar. Além do mais, a cama dela estava elevada, como se estivesse em cima de pequeno suporte alto. Já as demais camas das vinte e cinco garotas, estavam espalhadas entre elas. Além dessa parte da decoração, tinha uma área social para as meninas beber e uma área para elas dançarem juntamente dos gogoboys contratados.

— A atenção de todas vocês, por favor. — disse Blair, diante de todas as garotas com um sorriso, batendo uma pequena colher na taça com champanhe. A atenção se voltou toda pra ela — Gostaria de agradecer pela presença de todas vocês. Foram vinte e cinco garotas convidas e se estão aqui é porque de fato são importantes de alguma forma para mim. — falou, olhando para Penélope e revirando os olhos — Espero que aproveitem a festa do pijama anual e daqui á pouco, começaremos com nossa diversão.

Blair andou em direção até sua organizadora de festa e sussurrou para ela:

— Os gogoboys estão atrasados. Onde eles estão?

— A van que está trazendo eles, está chegando. — respondeu a secretária — Me informaram que um dos rapazes chegou atrasado.

— Qual o nome do atrasado? — perguntou, como se já estivesse adivinhado.

— Gabriel  Rumlley.  — informou.

— Tinha que ser. — comentou Blair, baixinho.

— Como?

— Nada. Vá programar a música da festa.

A garota fez o que lhe foi mandado. Blair apenas aguardou o plano se suceder.

Em uma caminhonete, Nate aguardava Serena de frente ao prédio dela, para poderem tomar rumo até a festa de Blair. A caminhonete tinha sido obra de Blair. Nate estava vestido de segurança e com um bigode no rosto para disfarçar.

Minutos de espera e finalmente Serena surgiu saindo do prédio. Trajava um vestido preto, colado e com decote que chegava até próximo de seus joelhos. Nate saiu da cadeira de motorista e foi em direção à porta do veículo, abrindo para a garota entrar.

— Boa noite senhorita van der Woodsen. — atuou Nate.

— Boa noite. — falou em perfeita atuação, adentrando ao automóvel. Percebeu a piscada de Nate que fechou a porta em seguida.

Não demorou muito para a garota do blog entrar em ação. Os celulares de todos os adolescentes da Upper East Side tocaram e vibraram, notificando uma nova mensagem.

Flagrada! A nossa It Girl saindo preparada pra arrasar! Será que ela está indo pra festa da Queen B ou indo fazer a própria festa? Descobriremos em breve!

— beijinhos, Garota do Blog

Ao ler a mensagem, pediu ao motorista (Nate) para que começasse a dirigir em direção á festa do pijama e assim o fez.

Finalmente, os gogoboys da festa do pijama chegaram. Eles adentraram pela porta dos fundos do prédio em que Blair vivia. Eram sete garotos vestido de policiais, todos mascarados e agora, dentro de um elevador.

— Você é muito magro pra ser um gogoboy. Não sei o que a senhorita Blair viu em você. — falou um rapaz loiro pra Dan.

— Bem, ela... Viu... Então... — pensou Dan — Naturalidade. Ela viu um corpinho que não é malhado, mas sim, bem simples e natural.

— Magrinho, mas gostosinho. — comentou — Sou Connor. Qual seu nome? — questionou um rapaz moreno com tatuagem de relíquias da morte no canto da mão direita, próximo do seu polegar.

— É... Gabriel Rumlley. — mentiu — Prazer.

— Chegamos rapazes. — falou o líder do grupo.

As portas se abriram e a secretária já estava ali de frente ao elevador. Apagou as luzes, deixando as meninas no escuro. Os garotos adentraram ao local da festa e começaram a gritar:

— TODAS PARADAS! É A POLÍCIA! FOMOS INFORMADOS QUE ESTÁ TENDO PORTE DE DROGAS NESSA FESTA! — gritou um dos rapazes, conduzindo o grupo de garotos pro meio da festa com ajuda da secretária.

As luzes se acenderam. As meninas olharam fixamente para os setes garotos na qual acreditavam serem policiais mesmo, porém, as máscaras deixavam-lhes confusas.

— Se são policiais, então por que estão de máscaras? — perguntou uma das meninas.

— Nos descobriram! — exclamou um dos rapazes.

— Droga! Foi ideia da chefe. — falou — Então... QUE COMECE A FESTA! — falou o líder dos garotos, rasgando a fantasia de policial, ficando apenas de cueca. Os outros repetiram a ação, até Dan que ficou um pouco enrolado em fazer aquilo.

— Você já trabalhou com isso mesmo? — perguntou Connor a Dan, enquanto olhava discretamente pra sua bunda.

— Já! Milhares de vezes! É moleza! — disse Dan.

Tocou a música. As meninas cercaram os sete gogoboys que agora estavam dançando ao som de “Work Bitch” da Britney Spears. Dan era o único entre os seis que parecia estar fora do padrão e algumas das garotas que estavam ali, pareciam gostar do jeito tímido e engraçado que ele conduzia a dança. Blair observou a situação, arrependida.

— Acho que um dos seus gogoboys não é tão qualificado, B. — comentou Penélope, rindo.

— Cuidado que do mesmo jeito que entrou na festa, também pode sair dela. — disse B, rindo falsamente.

— Só comentei. — afirmou a megera, pegando uma taça de champanhe que o garçom estava servindo, indo em direção ao gogoboy loiro.

Blair então aproveitou um intervalo da dança e foi até Dan, expulsando o ninho de garotas próximas dele.

— Humphrey, se eu soubesse que iria me fazer passar tanto mico, teria colocado você como garçom. — disse Blair, sussurrando e com um sorrisinho para disfarçar a situação.

— Só siga conforme o plano. A Serena e o Nate já chegaram? — perguntou.

— Não. Mas a garota do blog mandou uma mensagem pra todos, falando que ela já saiu de casa. Mas já faz dez minutos. Talvez tenha pegado trânsito.

— Vamos esperar. — disse — Assim que ela e o Nate chegarem mandem eles se trocarem.

— Não me dê ordens, Humphrey. — falou quase alto e bateu na bunda dele com força que o fez estremecer. Voltou a dançar.

Mas Serena não tinha enfrentado um trânsito. Pelo contrário. Dois quarteirões próximos do prédio de Blair ocorreu um acidente. Uma caminhonete tinha batido em um poste, após ter um problema com um dos seus pneus. Serena e Nate estavam juntos nos bancos de frente, com as testas sangrando e desmaiados, quase de mãos dadas.

Uns aglomerados de pessoas que moravam pela área começaram a ir até o local do acidente para ajudar. Várias delas que cercaram ali, começaram a fazer ligações para a polícia, pra ambulância, etc. Todos pareciam desesperados em querer ajudar os dois jovens dentro do carro, mas não arriscaram em piorar a situação.

Uma figura encapuzada estava entre aquelas pessoas, apenas observando a cena do acidente. Olhou por um tempo o que estava acontecendo ali, até sair de vista.


Notas Finais


O que será que vai acontecer?? *musiquinha de suspense*
SPOILER: Uma pessoa do septeto (não revelarei quem) irá morrer na Season Finale. Aguardem.


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