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História Reputações - A arte do segredo - Secrets


Escrita por: SrSpellman

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 19 - Secrets


Dor. Um sentimento incompreensível quando se sente psicologicamente. Não se sabe a natureza e a razão de se sentir isso, apenas é sentido. Dan Humphrey, naquele momento, sentia algo que ninguém mais entendia. A não ser o seu pai.

Após o corpo de Jenny ser encontrado em “Bates Motel”, a notícia viralizou por todo Estados Unidos. Com auxílio do detetive Richard Castle, Dan foi levado para o hospital acompanhado de Serena, enquanto os demais se reuniram na casa de Blair. Todos estavam tristes e naquele momento, as diferenças não importavam mais, principalmente contra a garota do blog.

O pai de Dan, Rufus, ao saber da notícia quase desabou de choro. Ele estava trabalhando como chefe de segurança em Londres, após ser notificado sobre a filha. Assim que descobriu dela, avisou ao patrão sobre o incidente, o fazendo ir ao jatinho de Robert Spencer para casa. Lily van der Woodsen que também soube da notícia e estava na França, resolveu dar forças ao namorado e foi ao encontro dele no hospital em que o corpo de Jenny Humphrey estava. Era o momento mais difícil para eles.

Apesar de ir no jatinho particular dos Spencers, Rufus demoraria pelo menos nove horas de viagem para chegar a Manhattan. Assim como Lily, mesmo num voo normal. Passaram-se então exatamente dez horas e ambos estavam atrasados. Dan que estava acompanhado de Serena sentia-se impaciente.

— A minha irmã não... — falava Dan, bem baixinho.

— Eu sinto muito Dan. — desabafou Serena com os olhos vermelhos de tanto chorar, assim como Dan também estava — O que devemos fazer agora é derrotar a garota do blog.

— Você não percebe? Não podemos ir contra a garota do blog, pois ela sempre está um passo a frente de nós. A garota do blog não vai poupar vidas. — resmungou Dan, revoltado — Ela está caçando a Georgina, quase prendeu você e o Nate, quase enrascou o Chuck, quase matou o Kyle, quase me matou, quase matou a Blair e agora... Matou a Jenny. — disse Dan, indignado com tudo aquilo — Você acha mesmo que podemos contra ela?

— Claro que podemos. Você se esqueceu de que a garota do blog é mais uma pessoa assim como nós? Conseguiremos nos livrar dela se estivermos juntos. — afirmou Serena, positiva.

— Não. Não conseguiremos. Eu estou cansado, Serena. Cansado das pessoas erradas sofrerem pelos nossos pecados em geral.

— E o que quer fazer, hein? Pretende fazer tudo que a garota do blog mandar? Quer ser mesmo o brinquedinho dela?

— Antes um brinquedo do que mais uma vítima dela. — retrucou.

— Dan... — começou Serena.

— Não vamos continuar com essa conversa, Serena. Se for pra falar disso, prefiro que vá embora. — disse, revirando os olhos e enxugando o rosto que estava molhado com as próprias lágrimas.

Antes que ela pudesse falar alguma coisa, surgiu ali entrando no hospital, Lily e Rufus desesperados. Ver eles dois juntos não parecia ser mais estranho como antes. Dan ao ver o pai, correu em direção dele e o abraço. Após aquele momento de união entre pai e filho, aquele abraço afetuoso, ambos desabaram nas lágrimas. Antes o que era um trio, agora era apenas uma dupla de Humphreys. Lily que tinha se encontrado com Rufus no aeroporto e vindo com ele, ficou perto da filha e também aparentava estar receosa e triste.

— A Jenny pai! Você precisa v-ver ela! P-Precisa! — exclamou Dan, gaguejando e engolindo o choro, triste.

— Eu irei agora ao IML. Você deve ficar aqui com a Serena e a Lily. — falou Rufus, beijando a testa do filho.

— Tudo bem. Apenas veja se é ela mesma, pai! — pediu Dan, desesperado.

— Certo. Já volto. — falou Rufus, enquanto ia até a recepção e perguntava sobre onde ficava a ala do reconhecimento. Preencheu alguns papéis e foi guiado por uma perita até o lugar.

— Eu sinto muito, Daniel. — afirmou Lily, desolada e abraçando o garoto com lágrimas nos olhos.

Serena olhou em direção a televisão e viu a reportagem. Apostava que boa parte dos canais estava falando sobre Jenny. Naquele minuto a repórter dizia:

— O pai e chefe da segurança da empresa Spencer, Rufus Humphrey, chegou acompanhado da socialite, Lily van der Woodsen, para fazer o reconhecimento do corpo no Instituto Médico Legal. De acordo com a perícia, eles não possuem dúvidas de estarem errados sobre o corpo encontrado ser de Jenny, pelo contrário, possuem certeza. Aguardaremos notícias vindas sobre o laudo pericial e se o reconhecimento é positivo. Voltamos com mais notícias. — falou a repórter.

A loura respirou fundo, temendo o que aconteceria depois que Rufus tivesse todas as informações necessárias. Ele estava na ala do IML do hospital, aguardando o chefe da perícia para auxiliá-lo até que assim, o fez.

— Senhor Humphrey? — chamou o homem.

— Sou eu. — disse.

— Pode entrar. — disse o chefe da perícia que era um homem baixinho, careca e com uma bata encardida.

Rufus obedeceu. Pulou da cadeira em que esperava, indo para dentro da sala. Ao entrar, ficou com um frio na barriga pelo local em que estava. Respirou fundo, conteve as lágrimas e se preparou para o inevitável. Foi induzido pelo homem á colocar uma máscara no rosto, para conter o mau cheiro que o cadáver tinha.

— Gostaria apenas de dizer que não é necessário que o senhor faça o reconhecimento, caso não deseje. A perícia tem seu trabalho bastante confiável. — avisou.

— Eu quero ver a minha família. Apenas isso. — afirmou.

— Claro. — falou o homem, aproximando-se de uma maca com um corpo ocultado por um cobertor branco. Rufus se aproximou, receoso — Está pronto?

— Sim. — respondeu Rufus, determinado.

O homem olhou para Rufus e respirou fundo. Colocou as luvas e sendo assim, puxou o coberto da ponta de sua cabeça, revelando o rosto do cadáver. Era mesmo Jenny Humphrey, porém, com alguns traços estranhos devido ao tempo em que seu corpo estava em decomposição. Rufus olhou bem para o cadáver, seu corpo gelou, suas lágrimas saltaram de seus olhos e sendo assim, olhou para baixo, engolindo o choro até levantar a cabeça e olhar pro homem, indagando:

— Qual foi a causa da morte dela? — questionou.

— É uma ótima pergunta, porém... É incerto. Pode ter sido uma de duas possíveis causas.

— Duas possíveis causas? Quais seriam?

— Pescoço quebrado ou overdose. — respondeu — Achamos que a senhorita Humphrey se injetou e depois é que percebeu que injetou demais. Após isso, achamos que ela tentou ligar pro hospital, mas antes de fazer a ligação, acabou desmaiando e quebrou o pescoço ao cair.

— Está me dando uma teoria. Eu quero uma resposta concreta! — exigiu Rufus.

— Qualquer perícia lhe falaria isso, senhor Humphrey. Ela possivelmente morreria com overdose, mas acabou tendo o pescoço quebrado ao desmaiar. — falo — A polícia nos comentou que o corpo dela foi encontrado numa posição que assemelha uma queda que resulta na quebra de pescoço.

— E por que informaram à mídia que ela morreu por overdose? — indagou Rufus, revoltado.

— A morte por overdose foi dada como suposta causa. Não foi oficial. — alertou — Eu sinto muito, senhor Humphrey. Mas é a verdade. — disse homem, entregando uma cópia do laudo de Jenny.

O pai olhou para o homem por alguns segundos e pegou o papel. Respirou fundo e saiu dali, voltando para a recepção ao encontro de sua família. Ao retornar, Dan, Serena e Lily se levantaram na mesma hora e lhe confrontaram.

— E então? — indagou Lily.

— É a Jenny. — afirmou Rufus.

— Do que ela morreu? — questionou Serena, preocupada.

— Overdose ou pescoço quebrado. — respondeu.

— A perícia não tem certeza? — questionou Dan.

— Eles disseram que a Jenny injetou drogas e que poderia ter morrido com elas, mas que acabou desmaiando e quebrando o pescoço. Independente de ela ter desmaiado ou não, ela morreria por overdose. A diferença é que a morte dela foi mais rápida. — falou.

— O que é isso? — questionou Dan, ao ver o papel nas mãos do pai.

— O laudo dela e a autorização para a transferência do corpo dela. — respondeu, percebendo os olhares confusos — Faremos um enterro.

— É hora de sermos fortes, filho. — encorajou Rufus, tocando no ombro do filho.

— Teremos que dar uma declaração. — falou Lily.

— Pode fazer isso? Só quero levar o Dan pra casa e descansar. — afirmou — Esperaremos no carro.

— Vão pra minha casa. É mais perto. — falou Lily — Me esperem no carro. Irei em breve.

Dan, Serena e Rufus saíram juntos. Ao passarem pela porta, uns aglomerados de jornalistas começaram a tirar várias fotos do trio e fazerem inúmeras perguntas. Lily apareceu e começou a gritar, dizendo que iriam ceder as perguntas dos jornalistas e daria em primeira mão, a declaração em troca de deixar a família ir embora em paz. Assim o fizeram. O trio já estava no carro, observando ali de longe, Lily dando o discurso que abalou até mesmo os jornalistas. Depois de uns sete minutos de declaração agradeceu pelo tempo dos jornalistas e ofereceu luto por Jenny Humphrey. Juntou-se aos demais no carro, indo embora.

Blair havia cedido a sua casa para Nate, Chuck e Kyle ficarem. Eric tinha ido embora ao saber por mensagem da mãe que eles iriam pra casa. A garota estava sentada abraçada com Chuck, ainda abalada, enquanto Nate e Kyle estavam sentados um longe do outro, arrasados.

— A Jenny podia ser tudo, mas ela não merecia isso. — falou B.

— A Lily disse na declaração que ela possivelmente morreu de overdose ou desmaiou e quebrou o pescoço. — comentou Nate.

— Sabemos que nada disso foi natural. — falou Kyle — É tudo obra da garota do blog.

— Acha mesmo? — questionou Blair.

— Vocês viram a mensagem da garota do blog. Ela mesmo admitiu que se livrou de mais um problema. Ainda acham que ela não está envolvida na morte da Jenny? — questionou Kyle.

— Não sei se foi a garota do blog que fez. Mas independente se foi ela ou não, é hora do nosso luto. — retrucou Chuck — A garota do blog está se sentindo ameaçada por nós, então... É claro que ela iria fazer algo que nos ferisse.

— Pobre Dan. Não imagino a situação em que ele e o pai estão. — falou Nate.

— A garota do blog venceu mais uma vez. — afirmou Blair — Xeque-Mate.

A atenção de todos focou na televisão que se prendeu após a chegada da presidente do distrito de Manhattan, Regina Mills, para discursar em nome do caso. Morena de altura mediana e aparência sensual, ela parecia ser o tipo de pessoa emotiva e insegura. Mas não era. Assim que se colocou diante dos jornalistas, enrijeceu a postura e iniciou sua declaração.

— Boa noite. Sou Regina Mills, a presidente do distrito de Manhattan e venho por meio dessa coletiva de imprensa dar alguns informes. — anunciou ela, olhando para baixo e depois voltando com os olhares nas câmeras — Primeiramente, gostaria de declarar luto oficial por três dias, em nome das vítimas “Sam Bates” e “Jenny Humphrey”. Juntamente disso, peço três minutos de silêncio diante dessa coletiva. — falou a prefeita, respirando fundo e silenciando-se, assim como os demais presentes.

— A Jenny tem sorte. — falou Blair.

— Por que? — questionou Chuck.

— Se ela morreu por overdose, certamente era uma drogada. Então... Ela não seria prestigiada por causa disso. — disse.

— E por que está sendo? — indagou Kyle.

— Vocês garotos são lerdos. Pensem! — ordenou Blair — A Jenny está sendo prestigiada por causa dos direitos humanos. Sendo “drogada” ou não, ela era um ser humana e merecia viver como qualquer outra pessoa. Além do mais, a senhora Mills é do partido democrata.

— E o que tem a ver? — perguntou Nate.

— É bem óbvio, não? Por ela ser uma democrata, ela apoia os direitos humanos, as causas trabalhistas, etc. — explicou — Boa parte da população de Manhattan, assim como Nova York, é democrata. Não estão percebendo?

— Está dizendo que toda essa homenagem que a presidente do distrito está fazendo é apenas para promover a própria imagem e ganhar voto e se reeleger? — indagou Chuck.

— Quase isso. — falou — Ela não quer se reeleger. Ela quer concorrer como prefeita de Nova York. Por isso está se promovendo dessa forma.

— Ela voltou a falar. Silêncio! — pediu Nate.

A atenção deles voltaram para o discurso da presidente do distrito.

— Prosseguindo. — disse a mulher — Em relação ao baile de máscaras em prol do Memorial Day, ele ainda continuará firme. A prefeitura de Nova York negou o cancelamento do evento e disse que o Memorial Day é uma data importante e de homenagem aos militares que faleceram durante combate. Como sabem, o evento ocorrerá no dia 29 de março ás nove horas da noite com padrão exigido de traje a rigor, vestido de gala e é claro, máscara. A entrada é livre individualmente ou acompanhado. Este ano, a sede da festa será em Manhattan. — falou ela — Agradeço pela atenção de vocês e tenham uma boa noite.

— Essa mulher é um arraso. — disse Blair, encantada.

— Bem... Já está tarde. Vou indo. — falou Nate, levantando-se.

— Também já vou. — falou Kyle, acompanhando Nate — Tchau.

Os dois garotos entraram no elevador, deixando Chuck e Blair ali sozinhos.

— Melhor eu ir também. — falou ele, levantando-se do lado de Blair.

— Não. Não vai. Fica comigo. — pediu ela com um sorrisinho.

— Tudo bem. — afirmou Chuck, beijando os lábios da garota e aproximando-se do seu ouvido, sussurrando: — Fale as três palavras com sete letras e eu fico.

— Chuck! — berrou Blair, empurrando ele pra trás e se levantando — Eu pedi primeiro pra que você falasse e vou esperar. Se quiser falar... Essa é a hora.

— Não vou falar. Mas sei que você não vai se aguentar e irá dizer uma hora ou outra. — disse Chuck, desafiando-a.

— Veremos. Quem falar primeiro pode pedir o que quiser pro outro. — sugeriu Blair, estendendo a palma da mão direita, querendo iniciar uma aposta.

— Quer mesmo apostar? — questionou, rindo.

— Quem deve, não teme. Você teme Chuck? — indagou Blair, desafiando-lhe de volta.

— Eu aceito. — falou ele, apertando a mão nela e puxando-a pra perto dele, aproximando seus lábios até os dela. Quando iria beijá-la, ela virou o rosto e então acabou beijando a sua bochecha.

— Enquanto não disser as três palavras com as sete letras, vai ficar sem beijo, sem sexo e sem Blair. Entendeu? — falou, enquanto mordia os lábios e puxava a gravata do rapaz e o empurrava pra trás — Boa noite, Chuck.

Ele riu ironicamente com aquela cena e andou até a porta, dizendo:

— Espero que depois não corra até a mim, como fez minutos atrás. — afirmou, enquanto ia pro elevador — Boa noite, Blair. — disse e entrou no elevador, indo embora.

TRÊS DIAS DEPOIS

O luto oficialmente já tinha acabado. Apesar de ter se passado apenas três dias, a dor ainda habitava o coração dos Humphreys. Era o dia do funeral de Jenny. O dia em que finalmente eles dariam adeus para ela. Eles estavam na residência dos van der Woodsens que também não estavam nada legais. Dan, Serena, Eric, Rufus e Lily estavam presentes e tomando o café da manhã como se fossem uma família e no fundo, eram.

— Como está a sua torrada de alho, querido? — perguntou Lily, olhando pra Rufus com um sorrisinho esperançoso nos lábios.

— Está ótima. Obrigado amor. — respondeu Rufus, expressando uma feição de gratidão.

Serena olhou para Eric e depois ambos olharam para Dan que estava em silêncio, comendo waffles.

— É... Soube que as aulas na Constance e na ST. Jude’s voltarão amanhã. Você vai, Dan?

Dan olhou para Serena sem nenhuma emoção no rosto e respondeu:

— Sim. Tenho um futuro a zelar. Diferente de outros que nem tiveram essa opção. — afirmou, expressando uma indireta na frase.

Lily olhou para Serena como se pedisse silêncio da parte dela. Mas a filha ignorou.

— Fui eu que preparei os convites pro funeral e os enviou. Espero que não se importe. O Rufus tinha pedido. — afirmou.

— Tudo bem. A Jenny iria querer que fosse você a fazer. — comentou, comendo o último pedaço do waffle.

Ao finalizar o café da manhã, Dan se levantou da cadeira e andou em direção ao quarto em que estava que por sinal, pertencia a Jenny anteriormente. Serena e Eric se olharam mais uma vez, como se tivessem fazendo uma comunicação mentalmente.

Horas depois do café da manhã, Serena e Eric já estavam com suas vestimentas pretas, prontos para o funeral. Os dois estavam na casa de Blair, para lhe dar notícias. O funeral iniciaria ás quatro da tarde.

— Como vocês estão? — indagou Blair, preocupado.

— Nós estamos bem. Quem não está é o Dan. — respondeu Eric.

— Como assim? — indagou.

— O Rufus já está melhor, mas o Dan... Ele anda trancado no quarto, sem falar com ninguém, sei lá. — falou Serena.

— Ele perdeu a irmã. O que esperava? — perguntou Blair.

— Não sei. Só não gosto de ver ele assim. — disse Serena — Temos que dar um ponto final na garota do blog, mas ele não concorda comigo.

— E nem eu. — afirmou Eric, dando de ombros.

— Temos que encontrar uma forma de mostrar a polícia de que a Jenny não foi morta acidentalmente, mas sim, assassinada brutalmente. — sugeriu Blair.

— Concordo. — falou Serena.

— Vocês deveriam estar preocupadas com o Dan e não com a garota do blog. Não percebem? O Dan pode entrar em depressão por causa da morte da irmã. Deixem a garota do blog pra lá. Ela é perda de tempo. — falou Eric, revoltado.

— Não podemos. É isso que a garota do blog quer. — explicou S — Ela quer que a gente a deixe de lado, pra ela poder contra-atacar. Se não atacarmos ela antes, ela quem irá dar o bote.

— As aulas voltam amanhã. Então... Voltaremos em ação, a partir de amanhã. Reunimos o grupo e pronto. — falou Blair.

— Vocês fazendo isso não sabem quem podem ser o próximo a se ferir. Parem de brincar com a garota do blog. — disse Eric.

— É a nossa hora. Ou atacamos ou seremos atacados. — afirmou Serena, determinada.

O dia de Kyle estava entediante. Ficou boa parte do tempo jogando golfe no terraço de sua casa, para poder aliviar a tensão. Diferente dos demais, Kyle não estava preparado pro funeral. Estava jogando apenas de calção, sem camisa e sem os sapatos, descalço. Seu jogo foi interrompido pela presença de seu pai, Robert Spencer.

— Vejo que assim como o resto dos Spencers, você aderiu ao golfe para suprimir uma determinada emoção. — comentou o homem — A questão é: Qual emoção?

— Não me enche pai. Eu te prometi ficar fora do seu caminho e ser um ótimo filho, portanto que não se intrometesse na minha vida. — retrucou Kyle, sem paciência.

— Sim, sim. Eu lembro o nosso acordo. — falou — Mas as suas atitudes refletem também com a minha imagem, principalmente na “Spencer Global”.

— “Spencer Global”? Mudou o nome da empresa, de novo? — questionou.

— Infelizmente... Sim. E você sabe os motivos. — disse ele, sentando-se no banco do jardim e observando o filho.

— O que você quer? — perguntou, pausando a tacada e olhando pro pai.

— Você não vai a esse funeral. — falou determinado.

— Não é uma opção que você deva tomar. É uma escolha minha. — disse.

— De fato, meu caro. Mas as suas escolhas podem me fazer cair. — explicou — O que vão falar se verem o filho do presidente da Spencer Global no funeral de uma drogada e possível suicida?

— Vão ver como um humanitário. Diferente do pai que se preocupa mais com o próprio status do que com as pessoas ao seu redor. — retrucou Kyle.

— Não seja assim, Kyle. Está me deixando decepcionado. — falou — Não vai ao funeral dessa garota Humphrey e caso vá... Considere sem mesada durante o resto do ano.

— Você não pode fazer isso. Por lei, não pode. — resmungou.

— Sou seu pai. Só não lhe deserdo agora, por ter pena de você. Por lei, eu posso cortar a sua mesada, mas não posso deixar de cuidar de você. — falou — Comece a ajeitar a sua vida, antes que eu ajeite. — exigiu Robert, levantando-se e abotoando seu terno — Caso eu veja você no funeral, tomarei uma atitude. — afirmou, enquanto saía do jardim.

Com raiva, Kyle deu uma tacada com o bastão de golfe que fez a bola atravessar o terreno todo da mansão. Agora tinha duas opções: Prestigiar a sua ex-namorada ou ter de sobreviver por si mesmo? Teria de escolher uma opção.

Finalmente era o momento do funeral. Ele ocorreria numa cerimônia numa das maiores igrejas da Upper East Side e contava presença até mesmo de desconhecidos que queriam prestigiar aquele momento. Carros chegavam e estacionavam de frente ao local, revelando as figuras que haviam chegado. Uma delas era Blair. Ela estava com um vestido, luvas, sapatos e véu todos de preto, parecendo uma dama da sociedade antiga. Assim que desceu do carro alugado, deu de cara com Chuck que estava com sobretudo preto e um cachecol quadriculado azul escuro com cinza.

— Até mesmo com roupa de funeral você fica gostosa. — falou Chuck ao se aproximar da garota, falando aquilo baixinho.

— Eu sei. — retrucou ela com um sorrisinho malicioso — Obrigada. — afirmou, enquanto segurava o pingente de Paris que Serena tinha encontrado no motel.

— Por que está com isso agora? — questionou Chuck, ao ver o pingente de tamanho mediano.

— Pensei em nos reunirmos depois da cerimônia para planejarmos algumas coisas. — sugeriu.

— Como queira. — falou.

Hazel, uma das malvadinhas de Blair, avistou a amiga ali próxima e foi até ela, atrapalhando a conversa.

— Hey B! — chamou — Eu e a Isabel conseguirmos reparar os danos da festa do pijama.

— Obrigada Hazel. Agradeça a Isabel por mim também. — disse Blair com um sorriso nos lábios, acompanhada de Chuck, indo pra dentro.

— Disponha. — falou ela, enquanto reparou no pingente que Blair segurava. Voltou até ela, desta vez, parando-a no meio do caminho — Hey B!

— Não abuse da minha humilde, H. — avisou Blair, virando-se pra ela e parando no meio do caminho.

— Perdão, mas... Por que está com esse pingente? — questionou.

Blair olhou pra Chuck com uma feição de desconfiança. Os dois se aproximaram mais da garota.

— Conhece esse pingente? Sabe de quem é? — perguntou B.

— Claro que sei. Mas não sei se devo falar de quem é. É meio que um segredo... — falou Hazel, receosa.

— Pensei que não tivéssemos segredos, Hazel. Está escondendo coisas de mim agora? — indagou Blair — Pra te tirar do grupo e te derrubar é só eu estalar os dedos. — ameaçou.

— Não é pra tanto. Calma. — pediu — O pingente é da Penélope.

— Como? — indagou B — Como assim é dela?

— A Penélope enquanto estava em Paris, ela conheceu um cara. Durante as férias, eles namoraram. — explicou — Esse pingente foi dado de presente pra ela, quando ele foi embora. Ela não aguentou a dor de ter sido abandonada e guardou o pingente como lembrança dele. Entendeu? — questionou — Além disso, dias atrás ela me ligou desesperada para encontrar o pingente o mais rápido possível, pois ela tinha perdido.

Chuck e Blair se olharam desconfiados, novamente. O olhar cessou e voltaram com a atenção em Blair.

— Obrigada Hazel por me dizer e peço que não fale pra Penélope que estou com o pingente dela, certo?

— Claro. — disse — Até depois. — afirmou a garota, indo pra dentro da igreja.

O casal ficou na frente um do outro, conversando aos sussurros.

— O pingente é da Penélope! — exclamou Blair, surpresa.

— Eu ouvi. — falou Chuck — Ela deve ter alguma ligação. Será que foi ela quem estava nos espionando no motel?

— Não duvido de nada. A Penélope odeia todos nós, principalmente eu. Ela só anda comigo pra ganhar status.

— Lá vem o Nate e o Kyle. — avisou Chuck ao ver os dois rapazes se aproximando.

— Novidades? — indagou.

— O pingente é da Penélope. Descobri minutos atrás. — afirmou B.

— O que? Como sabe? — questionou Kyle.

— A Hazel me disse. — retrucou.

— Se o pingente for mesmo dela, isso significa então que... — começou Nate.

— A pessoa que estava nos espionando era ela. — falou.

— Melhor entrarmos. Já percebi paparazzis. Não posso ser visto aqui. — avisou Kyle.

— Por que? — indagou Chuck.

— Problemas de família. — respondeu — Vamos.

O quarteto adentrou a igreja e foram se sentar lá na frente das cadeiras nos lugares reservados. Minutos depois, uma caminhonete havia trago Dan, Rufus, Serena, Lily e Eric, onde eles eram os últimos a terem chegado para a cerimônia. Ao chegarem, sentaram-se na frente e o evento iniciou com as palavras do padre.

— A igreja agradece a presença de todos os fiéis neste exato momento para a cerimônia de despedida á Jennifer Tallulah Humphrey. — iniciou — Ela era mais uma garota que tinha sonhos e uma meta de vida que infelizmente foi interrompida pelo pecado e pelo diabo. — pausou por um tempo — A vida é um processo de evolução que nos permite tomar decisões e fazer as escolhas corretas. O poder da escolha sempre foi algo tão decisivo em nossas vidas que nem nós mesmos fazemos ideias. As palavras e atitudes são os meios para a expressão de nossas decisões. — falou — Chamo aqui então, Daniel Randolph Humphrey para discursar em prol de sua irmã.

Todos continuaram em silêncio após a saída do padre. Dan se levantou e se posicionou a frente de todos, olhando para os quadros que estavam com uma coberta branca. Elas eram uma homenagem á Jenny.

— Obrigado por vocês estarem aqui. — disse ele — Eu normalmente quando vou falar diretamente com um grande público, costumo vir com algo em escrito para não errar com as palavras. Mas hoje é diferente. Hoje eu quero errar. Hoje eu quero apenas expor o que eu estou sentindo. — afirmou — A Jenny era a minha irmã mais nova. A pessoa mais importante pra mim. Ela me ajudava e me aconselhava. Eu nunca mais poderei retribuir isso pra ela. — falou, passando as mãos nos olhos, contendo as lágrimas — Descanse em paz, maninha. Aonde quer que esteja... Sua família ama você. Assim como seus amigos.

Finalizou o discurso. Voltou a lugar em que estava sentado. Rufus se levantou e colocou-se de frente aos demais, substituindo Dan.

— A Jenny era a minha filha. A minha princesa. O meu refúgio. Ela era uma garota boa, esperançosa e pronta para ajudar ao próximo, não importasse o problema. Era o tipo de filha que sempre se importava com os sentimentos alheios e sempre procurava ajudar. Criativa, sincera e altruísta, era ela. Descanse em paz, filha. — falou Rufus, respirando fundo — Artistas da minha galeria de artes enviaram essas duas obras para serem expostas em homenagem a ela. Eu agradeço pelos retratos.

Rufus fez um sinal, indicando para tirarem as cobertas dos retratos. Assim que as cobertas foram retiradas, revelou os retratos de Jenny que infelizmente estavam pichados com a palavra “Vadia” por todos os cantos. Todos ficaram surpresos com o que viram. Ao ver a reação das pessoas, Rufus olhou para trás e ficou horrorizado com o que viu. Ele quase teve um ataque de pânico ao ver aquilo, até ser contido com ajuda dos seguranças que retiraram os retratos dali. Dan que viu tudo, não parecia triste, pelo contrário, clamava por vingança. O homem retornou ao banco, sentando-se ao lado do filho, enquanto boas partes das pessoas da igreja murmuravam pelo que aconteceu.

A cerimônia acabou. As pessoas já estavam indo embora. Algumas ainda estavam dentro da igreja, conversando com Lily e Rufus. Após a saída de todos, o grupo de amigos se reuniu no lado de fora do local, formando o septeto tão aclamado pela garota do blog. Dan saiu primeiro, Serena foi atrás dele, até que Eric e Nate foram atrás, sendo completo por Blair, Chuck e Kyle.

— Você está bem? — indagou Serena á Dan.

— Estou. Valeu. — respondeu.

— O pingente de Paris é da Penélope. — falou Blair.

— Sério? — questionou S.

— Sim. Ela ganhou de um ex-namorado e acabou perdendo recentemente. Coincidência não acha? —falou B.

Serena olhou para Dan que aparentava estar desconfortável.

— Melhor não falarmos disso agora. — pediu Serena.

— Na verdade... Essa é a hora perfeita. — disse Dan — Você tinha razão Serena. Não podemos abandonar isso. Temos de derrubar a garota do blog, enquanto há tempo. Se não fizermos isso, ela vai nos derrubar.

— Gostei Humphrey. — falou Blair, batendo no ombro dele com um sorriso de orgulho.

— E o que vamos fazer? — questionou Kyle.

— É isso que temos de ver. — afirmou Nate.

Assim que iriam começar a fazer a divisão para ver quem iria fazer o que, o detetive que estava na cerimônia avistou o grupo e se aproximou deles com um de seriedade.

— Engraçado ver todos vocês juntos. Já notei que toda vez que algo de ruim acontece vocês sempre estão uns com os outros e o que me deixa intrigado é... Sempre ser ligado á vocês.

— O que isso quer dizer? — indagou Blair.

— Vocês eram muito ligados á vítima. — afirmou.

— Éramos sim. — retrucou Eric.

— Em breve vou querer conversar com todos vocês. — avisou o detetive.

— E por que gostaria de falar conosco? — questionou Kyle.

— Não é óbvio? Vou querer o depoimento de cada um de vocês. — respondeu.

— Depoimento? Fala como se a Jenny tivesse sido assassinada. — comentou Blair.

— A investigação sobre Jenny Humphrey foi reaberta. Já dei a notícia ao senhor Humphrey. A polícia acredita que a senhorita Humphrey foi assassinada. — informou — Uma garota que está desaparecida e é encontrada morta é muito misterioso.

— Mas não foi uma overdose ou quebra de pescoço que a perícia disse? — indagou Dan.

— De fato foi um dos dois. Porém o que a perícia não sabe e a polícia suspeita é de que pode ter sido uma armação para fazer parecer uma cena de morte “natural”. Depois do que aconteceu lá dentro, os retratos com mensagens de ódio, levamos a crer que a senhorita Jenny foi assassinada brutalmente.

— Eu sabia! A Jenny nunca estaria usando drogas! Eu confio nela! — exclamou Dan.

— Não ficaria tão positivo, senhor Daniel. Agora que o caso está reaberto, posso dizer que todos são suspeitos até mesmo o senhor. Investigaremos isso a fundo e quando descobrirmos o culpado... Faremos justiça. — afirmou determinado — Eu garanto a vocês que vou descobrir o que aconteceu com Jenny Humphrey, custe o que custar.

O homem se afastou do septeto, indo para uma área que continha um grupo de policiais.

Music Interview

You can't turn back the hands of time

Just let it go and you'll be fine (yeah)

What's done is done and it's alright

You can't turn back the hands of time (na na na na na)

— Agora o caso é de assassinato. Será que estamos um passo a frente? Já que a garota do blog foi quem matou a Jenny. — falou Kyle.

Os celulares dos setes tocaram e vibraram notificando uma nova mensagem em seus dispositivos móveis. A mensagem dizia:

E o septeto está de volta! Eu ainda estou aqui seus idiotas. E eu sei de tudo.

— xoxo, Garota do Blog.

Eles se entreolharam até que começaram olhar ao redor do local em que estavam. A garota do blog, naquele exato momento, estava os olhando. Estremeceram um pouco, sentindo-se desconfortáveis com a ideia de serem observados. Mas agora todos os setes tinha um objeto em comum: Acabar com a GG.


Notas Finais


*ALERTA DE SPOILER*
Eu tinha dito anteriormente que um personagem importante iria morrer, então não esperem que tenha sido a Jenny. É outra pessoa e é um dos sete. Todos eles são considerados importantes ao meu ver.
Em breve lanço o capítulo 20 <3


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