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História Reputações - A arte do segredo - Keep Your Friends Close


Escrita por: SrSpellman

Notas do Autor


Desejo uma boa leitura pra vocês!
Estamos próximos da SEASON FINALE.

Capítulo 20 - Keep Your Friends Close


Flashforward

Disparou. Foi só isso que aconteceu. Mas o alvo era outro. O corpo baleado caiu no chão, enquanto o sexteto tinha ficado horrorizado com a cena em que tinham presenciado. A pessoa, coberta de sangue e que recebeu o tiro no peito, estava desesperada por ajuda e ao mesmo tempo, ciente do seu destino final. Será mesmo que aquilo terminaria daquela forma?

TRÊS DIAS ANTES

Após a cerimônia de Jenny Humphrey, o septeto decidiu reunir-se na lanchonete mais próxima da igreja e debaterem sobre a garota do blog. Em um círculo, o grupo aparentava estar estável devido à situação em que se encontravam.

— A garota do blog não se cansa mesmo. — comentou Blair, exausta.

— Pois é. Infelizmente temos de nos lidar com isso. — disse Nate.

— Antes a garota blog tinha um propósito: Expor os segredos de todos e mostrar que ninguém é melhor que ninguém. — afirmou Dan — Hoje em dia, vejo que o blog se transformou numa máquina de destruir status e quem tem controle do site, destruir vidas. Não reconheço mais o próprio site que eu criei.

— Tanto o que você fez e o que a nova garota do blog está fazendo, foi errado. — contestou Blair.

— O Dan antes não estava errado. Ele fez o que fez pra mostrar que não há classe hierárquica quando se trata de segredos e podridão. — falou Serena, defendendo o rapaz.

— A Serena tem razão. O Dan só mostrava o lado oculto de todos. — disse Nate — A nova garota do blog, não faz isso. Ela destrói tudo por onde caminha.

— Mas por que a nova garota do blog faria isso? — questionou Kyle — O Dan fez pra mostrar igualdade entre todos de classes diferenciadas, mas qual seria o motivo da nova garota do blog?

— Não sei. Mas de uma coisa tenho certeza: A Garota do blog mirou logo em nós sete. Por que só em nós? Há tantos alunos da Constance ou do Saint Judes com pecados piores que os nossos e eles estão vivendo suas vidas. Por que nós teríamos de serem os únicos nas mãos do Diabo? — indagou Blair.

— Também não entendo. — retrucou Dan.

— Talvez devêssemos fazer uma divisão para começar a investigar a garota do blog. — sugeriu S — Eu e Blair vamos investigar sobre o colar da Penélope.

— Eu e o Kyle vamos tentar encontrar a Georgina, de novo. Talvez ela tenha novas informações. — afirmou Chuck.

— Dan e Eric vão vir comigo. Temos de saber melhor sobre o que aconteceu com a Jenny. Não é justo a história dela terminar dessa maneira. — falou Nate.

— Certo. Nos reuniremos daqui á alguns dias. Se possível, atualizem uns aos outros por mensagens. — alertou Blair.

Todos se levantaram de seus respectivos lugares, alguns deles deixando umas notas de dólares em cima da mesa, pagando pelo que tinham pedido na lanchonete. Ao saírem do estabelecimento, saíram divididos, prontos para colocarem seus planos em ação.

Os primeiros a começarem a iniciar a etapa de investigação foram a dupla, Kyle e Chuck. Apesar das diferenças em que ambos tinham, era o momento certo para poderem unir forças e descobrirem o paradeiro de Serena. Eles estavam na residência dos Spencers, na sala de estar da mansão.

— Encontrar a Georgina não vai ser tão fácil, enquanto imagina. — avisou Kyle, enquanto desligava o seu

— Eu sei. Porém, teremos de tentar. — falou Chuck — Seu contato virá mesmo?

— Sim. Ele não dispensa uma boa quantia de dinheiro. — falou, lembrando-se de algo — A propósito... Você que terá de pagar ele.

— Como? Está sem grana? — questionou Chuck.

— Mais ou menos. — respondeu — O meu pai suspendeu a minha mesada porque eu fui pro funeral da Jenny.

— Tá. Mas quanto você prometeu pra ele? — indagou.

— Cinquenta. — respondeu.

— Cinquenta dólares e você não têm? Nossa.

 — Cinquenta mil.

Chuck arregalou os olhos com a quantia. Apesar de sua família não necessitar de dinheiro, era preciso muito dele para conseguir arrancar aquela quantidade toda de seu pai.

— Eu pago. — falou quase resmungando.

O som da campainha soou. O contato de Kyle tinha chegado. A empregada da mansão, Moira, foi em direção a porta, abrindo-a para a pessoa entrar. Um rapaz moreno, de cabelos pretos e de comprimentos até o ombro, visual meio rebelde, adentrou a mansão de Kyle com um sorriso no rosto, carregando consigo, uma mochila.

— E aí, Kyle. Tudo tranquilo? — perguntou o garoto, trocando cumprimentos com o amigo.

— E aí. Ainda bem que pôde vir para essa urgência. — disse Kyle, aliviado.

— Não é todo dia que você recebe cinquenta mil por um trabalho, não é mesmo?

— Pois é. — falou Kyle, sem jeito e se aproximou de Caleb para apresenta-lo á Chuck — Caleb, esse é Chuck Bass. Chuck, esse é Caleb Rivers.

— Prazer. — disse Caleb, apertando a mão de Chuck.

— Espero que faça valer os cinquenta mil. — afirmou Chuck com um sorriso cínico.

— Não se preocupe. — disse, sentando-se na poltrona principal da sala, colocando a mochila no colo e pegando o notebook.

— Com o que você trabalha Caleb? — questionou Chuck, puxando assunto.

— Com um pouco de tudo, sabe? Tenho de garantir a minha sobrevivência. — respondeu.

— Ele é um hacker. — falou Kyle, revirando olhos.

— Eu prefiro o termo “Especialista em desenvolvimento de computação”. — informou Caleb, mantendo os olhos vidrados na tela de seu note.

— Se ele é um hacker, não seria melhor ele tentar descobrir quem é a garota do blog ou invadir o blog dela? Ele poderia rastrear ela! — sussurrou Chuck á Kyle.

— E acha que não tentei? Pedi pro Caleb fazer isso, mas ele não conseguiu na primeira vez. Quando tentou numa segunda vez, recebeu um alerta. Já na terceira, o computador dele, literalmente, explodiu. — respondeu.

— Quem vocês querem encontrar? — questionou.

— A mesma garota que você entrou, dias atrás. — respondeu — Georgina Sparks.

— Como ele a encontrará? — indagou Chuck.

— Dados registrados pelo governo que me permitem acessar ao banco deles e entrar em contato com o IP dos celulares, computadores, etc, redes que essa garota se conectou recentemente. Por meio disso, uso dados criptografados para tentar rastreá-la com auxílio de cartões de créditos, etc.

— Quanto tempo para encontrá-la? — perguntou Chuck.

— Duas ou três horas, depende. — respondeu Caleb — Por exemplo, se eu estiver usando um cartão dela como auxílio para rastrear onde ela esteja, caso ela utilize o cartão no momento em que estou fazendo isso, será mais fácil.

— Então você utiliza diversos dados dela para tentar encontrá-la?

— Sim. Mas também tenho outras cartas na manga. — falou.

— Quais? — questionou Chuck.

— Se eu te dissesse, teria de te matar. — respondeu ele, humorado. Chamou a empregada ali próxima — Traga-me um cappuccino com bastante espuma. Obrigado.

Kyle e Chuck se olharam ao mesmo tempo como se conversassem telepaticamente. Ficaram quietos, afundando-se no sofá da sala, aguardando o processo de Caleb, finalizar.

Era o momento de Nate, Dan e Eric, resolverem a sua parte do plano. Eles ficaram encarregados de fazerem uma “investigação” sobre o que de fato aconteceu com Jenny e tentar saber sobre sua trajetória durante o seu desaparecimento. O trio se encontrou de frente ao hospital em que o corpo de Jenny tinha sido levado, anteriormente.

— Dan, você se sente bem em estar aqui? — questionou Nate.

— Sim. Acho que converti minha dor para vingança. — respondeu.

Os garotos olharam ao redor do local, verificando se tudo estava certo.

— O que faremos? — indagou Eric.

— Entraremos no IML e daremos um jeito de encontrar o laudo oficial da Jenny. — falou Nate.

— E no que vai ajudar a gente ver o laudo dela? — indagou Eric.

— Se obtivermos o laudo da Jenny, vamos poder ter acesso á tudo que diz respeito á morte dela. — respondeu Nate.

— O plano é ótimo, mas... Como vamos entrar? — questionou Dan.

— Pela porta da frente, ué. — falou Nate, gargalhando.

— Acho que ele quis dizer, como vamos ter acesso? — indagou Eric.

— Só me sigam. — afirmou Nate, andando na frente.

Dan e Eric se olharam, confusos e atenderam ao pedido do garoto. O trio adentrou ao hospital, preocupados.

— E agora? — perguntou Eric.

— Agora é só passarmos naquela direção. — respondeu Nate, apontando a cabeça na direção de um corredor que tinha dois seguranças na porta.

— Não vamos conseguir passar por ali, nem tão fácil. — disse Eric.

— Não se tivermos uma distração. — falou Nate, olhando para Dan e seguidamente ambos olharam para Eric.

— Não, não, não! Definitivamente não! — protestou Eric.

— Você só precisa distrair eles. É fácil. — falou Dan.

— Mas por que? Por que não vai você Dan ou o Nate? — questionou.

— Porque eu mereço ver isso sobre a Jenny e o Nate... Ele que fez o plano. Precisa fazer isso.

— Ah... Tá! — disse Eric, após tanta insistência.

Eric se afastou dos outros dois garotos e andou em direção aos dois seguranças, olhando para eles. Olhou para trás e fitou seus amigos que estavam sentados ali próximos. Engoliu um seco e prosseguiu com o plano.

— É... Oi. Eu gostaria de uma informação. — falou Eric.

— Se precisa de informação, vá até a recepção. A mulher de lá é bem paga para isso. — falou um dos homens.

— Digamos que não seja esse tipo de informação que eu queira. — comentou Eric, mordendo os lábios, nervoso.

— E que informação quer? — perguntou o outro segurança e que era loiro.

— Vocês são gays? — perguntou Eric — Quer dizer... Dias atrás eu estive aqui e vi vocês. Quando olhei, jurava que eram.

— Pensou errado de minha parte. — falou o segurança moreno — O Isaac que é. Eu não.

— Ah que ótimo. — disse Eric, teatralmente — Eu sou Eric van der Woodsen do clube de orgulho LGBT da Saint Judes e estou fazendo uma pesquisa em nome da escola e necessito ajuda de cada um.

— Garoto, não temos tempo pra essas coisas, pode nos dar licença? Estamos em serviço. Volte no nosso expediente. — falou o segurança que aparentava ser marrento.

— O senhor quer mesmo que eu saia desse hospital e faça uma declaração no meu blog pra falar da forma em que fui tratado aqui? Eu iria fazer uma matéria sobre o número de adolescentes gays que foram hospitalizados aqui e se sentiram bem com a recuperação, mas terei de fazer uma manchete com o título de “HOMOFOBIA” bem destacado. — disse Eric, nervoso.

— Não seja tão durão, Ralph. Ele é só um garoto que quer uma matéria. — falou o segurança loiro.

— E do que precisa? — questionou o segurança moreno.

— Preciso que afaste um grupo homofóbico perto do ponto de ônibus daqui do hospital. Meu clube todo está lá e estão com medo. Pode ir? — indagou Eric.

— Tá. — assentiu o homem com a cabeça — Isaac tome conta daqui. Já volto.

O segurança moreno e marrento saiu de sua área e andou até fora do hospital, indo ao local indicado pelo garoto. Só sobrou um segurança na passagem.

— Deseja mais algo? — questionou.

— Na verdade, sim. — respondeu — Você poderia me dar uma entrevista? Não é todo dia que se encontra um segurança gay em um hospital. — afirmou, rindo.

— Adoraria, mas... Estou em horário de trabalho. — comentou.

— Não precisa sair daqui. Talvez só se afastar. Tudo bem? — indagou Eric.

— Se for assim... Tudo bem. — respondeu.

O segurança se afastou da passagem. Após isso, a área estava totalmente livre para Nate e Dan passarem. Eric pegou o celular e começou a gravar, dando início á uma sessão de perguntas sobre LGBT ao segurança.

A dupla passou. Dan e Nate agora estavam andando pelo corredor, nervosos e ao mesmo tempo, sentindo a adrenalina correr em suas veias. Desviaram o caminho, entrando numa sala que parecia um vestiário médico.

— Veste qualquer bata médica aí. — falou Nate, pegando uma e vestindo-a. Viu um par de óculos ali, colocando-as em seu rosto — Por incrível que pareça, estou enxergando melhor com eles.

— Precisa mesmo de oftalmologista. — comentou Dan, rindo e colocando uma bata médica.

— Vamos! — exclamou Nate.

Saíram do vestiário. Ao saírem, continuaram andando lentamente e desta vez, foram em direção ao elevador. Clicaram em um botão, aguardando. Quando o elevador abriu, havia duas enfermeiras dentro dele que os olharam confusas. Os garotos entraram, começando com a encenação.

— Boa tarde, senhoritas. — falou Nate com um sorriso no rosto — Poderiam informar a mim e ao meu parceiro, onde fica a área do IML? Somos novatos. Viemos transferidos de Connecticut.

— A área do IML é bastante restrita. O hospital conta com nivelações de um á cinco de acordo com o seu acesso. Precisam de crachá para poder entrar na área, caso contrário, serão barrados. — comentou uma das enfermeiras — Além disso... Como conseguiram entrar sem os crachás?

— Ah... Bem... É... — começou Nate.

— Eram pra ter elaborado nossos crachás no hospital de Connecticut. Somos estagiários neste hospital. A transferência foi de última hora. — falou Dan — Estamos indo ao IML para receber nossos crachás e preencher uma documentação. A recepção nos deixou passar por causa da confirmação da diretoria do hospital.

— E por que pegariam crachás e preencheriam documentações numa área restrita e monótona como aquela? O necrotério não é lugar pra crianças. — disse a outra mulher.

— Não somos crianças, enfermeira. — falou Nate que pareceu irritado com o comentário da mulher e impaciente — O que temos de jovens temos de adulto lá emb... — foi interrompido por Dan.

— Nós somos adultos lá embaixo, tipo... No necrotério, sabe? Nosso estágio é lá. Fomos a única dupla selecionada para poder desenvolver isso.

— Se vocês dizem... — falou uma das mulheres, clicando no botão “-1” do elevador — Boa sorte. Fiquei um tempo naquela área e não consegui ter noites de sono boas.

— Obrigado. — falou Dan.

O elevador se abriu e a dupla de enfermeiras saiu dali, desconfiadas. Assim que se fechou, Dan e Nate se olharam e começaram a rir. Depois de dois minutos, o elevador se abriu, mais uma vez, deixando os garotos saírem.

O corredor do piso “-1” era estranho. A luz ali parecia mais fraca que o normal. Os rapazes andaram até o final do corredor, onde olharam para os lados. De repente, foram assustados pela presença de um alguém que tocou nos ombros dele e apareceu atrás de ambos, de surpresa.

— AH! — berrou Dan — Que susto, Eric!

— Como chegou aqui? — questionou Nate, confuso.

— Distraí um dos seguranças. — falou Eric.

Ao dizer aquilo, relembrou a distração em que tinha planejado.

— Que tal continuarmos a entrevista em outro local? — questionou Eric com um olhar de malícia.

— Não posso sair daqui. — falou o segurança loiro.

— Que pena... — falou Eric, mordendo os lábios de forma sensual — Pode me indicar o banheiro?

— Claro. — falou o segurança, cedendo a pressão de Eric.

O homem levou Eric até o banheiro e ao chegarem lá, o garoto o puxou para dentro e os trancou ali. Apesar de serem apenas alguns minutos, foi o suficiente para deixar o segurança distraído.

— E por que acha que um deles não voltou pra área em que estava? — perguntou Nate.

— Digamos que o segurança não esteja tão... Limpo. — respondeu Eric, contendo risadas.

— Gente, foco! — exclamou Dan.

O trio cruzou o corredor, avistando a entrada do necrotério ali próximo e passando pela porta.

— Que lugar estranho. — disse Eric.

— Aqui é dividido. O IML e o necrotério ficam na mesma área, porém, divididos. A sala esquerda fica o IML e a direita fica o necrotério. — falou Nate.

— Eric, fica na porta e de olho se tem alguém vindo. — pediu Dan.

— Certo. — falou.

— Seria melhor se ele falasse alguma palavra como forma de “aviso” que tem alguém vindo. — comentou Nate.

— Que tal... “Zumbi”? — indagou Dan.

— Por que zumbi? — perguntou Nate.

— É que tem um monte de corpos por aqui e foi a única palavra que veio em minha mente.

— Ok. Vai ser zumbi. Não esquece Eric. — disse Nate.

Eric ficou de frente a entrada do local. Dan e Nate entraram juntos na área de banco de dados do IML e começaram a fazer a investigação. Vasculharam inúmeros papéis ali presentes nas mesas, pesquisando o nome de Jenny. Dan teve então a brilhante ideia de ir até as gavetas dos armários, vendo os arquivos e procurando o laudo de sua irmã.

— Acho que encontrei. — falou Dan, após vasculhar os arquivos de 2016 na área dos “J”. Pegou o arquivo de Jenny e o retirou dali, indo até a mesa mais próxima dali, juntamente de Nate.

— Precisamos tirar foto do laudo. — comentou Nate, pegando o celular.

Dan abriu o arquivo de sua irmã e viu sua foto no começo. Folheou as páginas, até passar por uma parte em que estavam as imagens de seu cadáver. Ele não queria ver aquilo e deixou Nate fazer o serviço.

— Pode tirar as fotos. — disse Dan, avaliando o lugar.

Nate começou a ler o que dizia no arquivo de Jenny, avaliando atentamente tudo que estava ali escrito. Passou algumas páginas, vasculhando seus olhos em cada detalhe, sem deixar de tirar foto delas.

— Aqui tá dizendo que a Jenny tinha um corte no ombro e na mão direita que parecem ter sido feitos por faca. — falou Nate — A polícia suspeita que ela tenha sido agredida.

— Guarde os detalhes pra depois. — disse Dan — Tirou foto de tudo?

— Sim. — respondeu.

Nate e Dan saíram dali e foram de encontro com Eric que estava na porta. Apressaram os passos, passando pelos corredores, indo até o elevador entrando neles. Clicaram no botão do térreo, voltando para a recepção. Cruzaram mais outro corredor, indo Ao vestiário e deixando as vestimentas roubadas ali, voltando para a entrada do hospital até perceberem o caminho bloqueado pelos mesmos seguranças de antes que conversavam.

O trio decidiu passar direito até serem barrados pela dupla de seguranças que impediram a saída deles.

— Então essa é sua equipe, garoto? — questionou o segurança marrento — O que estavam fazendo lá dentro?

— Entramos para falar com alguns médicos e avaliar as condições hospitalares desse lugar. — respondeu Eric com um sorriso forçado — Devo dizer que aqui é ótimo.

— Saiam daqui! E da próxima vez, consultem a diretoria do hospital para terem acesso. — afirmou o homem.

Eles foram embora dali. Atravessaram a saída do hospital, animados por terem conseguido concluir seus objetivos.

Era a vez de Serena e Blair resolverem a etapa de investigação delas. Com isso, juntas foram até a residência da família de Penélope para interrogarem sobre o colar encontrado em “Bates Motel”. Aguardaram serem atendidas na porta, até serem recepcionadas pela empregada da casa. Ambas entraram indo pra sala.

— O Nate me enviou uma mensagem dizendo que ele, o Eric e o Dan conseguiram concluir a etapa da investigação deles. — comentou Serena.

— O Chuck me enviou uma mensagem dizendo que estão processando o rastreamento da Georgina. Ele me disse que o Kyle tem um ótimo álibi. — falou Blair.

— Ora, ora se não são as minhas rainhas preferidas da Upper East Side. — disse Penélope, surgindo por uma porta ali da sala com um sorriso falso no rosto — Sentem-se.

— Obrigada. — disse Serena, sentando-se ao mesmo tempo em que Blair no sofá dali, olhando para Penélope que se sentava em uma poltrona de couro.

— Normalmente B, você costuma me enviar uma mensagem quando quer me visitar. — falou Penélope.

— Na verdade, é algo mais urgente. — falou Blair, mostrando o pingente de Paris pra ela — Sabe de quem é isso?

Penélope congelou ao ver o pingente. Serena e Blair perceberam a sua reação.

— Não sei de quem é. — mentiu.

— Você sabe. — retrucou Serena — Ele é seu.

— A Hazel nos contou. Não minta pra mim, Penélope. Sabe que não gosto disso. — avisou Blair.

A garota respirou fundo, revirou os olhos e cedeu a pressão.

— Tá. O pingente é meu. Podem me devolver?

— Ainda não. — falou Blair — Precisamos de informações.

— Informações? Que tipo de informações? — questionou.

— Como perdeu o pingente? — indagou Serena.

— Eu não sei. Pensava que estava numa caixa de joias, mas na verdade, não estava. — respondeu.

— Está mentindo sua dissimulada! Aposto que você o deixou cair, enquanto espionava a Serena, o Chuck e o Nate! — exclamou Blair, impaciente.

— É claro que não! Por que eu os espionaria? Eu não tenho motivos para espionar ninguém.

— Quando deu falta do colar? — perguntou Serena.

— Dias atrás. Eu liguei pra Hazel, desesperada em encontrar, mas não consegui. — respondeu ela — Pode me devolver o pingente, B?

Serena e Blair se olharam, receosas. A morena cedeu, entregando o pingente para Penélope.

— Obrigada. — falou — A propósito... Onde encontraram?

— Nós encontramos. O máximo que você pode perguntar é o porquê de estarmos devolvendo pra você. — afirmou Blair, forçando um sorriso.

— Antes de irmos... Precisamos de um favor seu, Penélope. — começou Serena — Precisamos que nos mostre uma foto do seu ex-namorado.

— As fotos que tínhamos juntos se perderam, depois de eu ser assaltada. — falou — Mas acho que posso fazer o desenho pra vocês verem como ele é. É o máximo que posso fazer em troca de encontrarem meu pingente.

— Tudo bem. Obrigada. — falou Serena.

— Leve o desenho amanhã pra escola. — ordenou Blair, saindo dali com Serena ao seu lado.

No dia seguinte, as aulas na Constance na Saint Judes tinham retornado. Os primeiros a surgirem na escola e irem diretamente pro pátio, foram Dan, Eric e Nate. Seguidamente, Kyle e Chuck que também chegaram e por fim, Blair e Serena. Reuniram-se naquela área para começarem a discutir o que tinham descoberto.

— Acharam o paradeiro da Georgina? — questionou Nate á Kyle e Chuck.

— Ainda não. — respondeu Chuck — O Caleb está fazendo de tudo pra achar ela. Parece que a Georgina tá muito bem protegida.

— O pingente é da Penélope, mas ela se negou ter perdido naquele motel. — disse Blair — Achamos que o namorado dela seja um possível suspeito. Ela me dará um desenho do rosto dele, em breve.

— A Jenny foi mesmo assassinada. Soubemos pelo laudo dela que ela foi encontrada com marcas de corte no ombro e na mão.

— Talvez estejamos mais perto de saber quem é a Gossip Girl do que nunca! — exclamou Serena.

— Serena, olha! — falou Eric, indicando para o grupo de jogadores de lacrosse que se aproximavam da mesa do pátio do colégio.

Ethan andava á frente do time, enquanto eles acompanhavam o rapaz até se aproximarem do septeto que estava ali, dialogando.

— Espero não estar atrapalhando, vim trazer uma novidade pro mini van der Woodsen. — comentou Ethan com uma feição frustrada.

— E qual seria? — indagou Serena com um sorriso nos lábios.

— Já conversei com o resto dos caras e bem... Decidi deixar o posto de co-capitão para o Eric. Avaliei que ele é melhor do que eu. Por isso... Parabéns.

— Mandou bem, Eric! — exclamou Dan, orgulhoso.

 — Porém... O resto da equipe não concorda em ter um novato no time com uma posição tão alta, então... Todos eles vão sair, resultando na desclassificação do time em quaisquer campeonatos. — avisou Ethan, olhando para Serena e retribuindo o sorriso cínico.

— Você não pode fazer isso! — protestou Eric.

— Eu não fiz nada. Não tenho culpa se os caras não querem o Eric como capitão. — falou, aproximando-se de Serena e sussurrando: — Cumpri a minha parte. A decisão do resto do time é deles mesmo e não minha. Boa sorte.

— Esperem! — disse Nate, levantando-se da cadeira em que estava sentado, indo pra frente de Ethan e o encarando com semblante de raiva. Olhou para o time e começou a falar — Eu ainda não saí da escola, isso quer dizer que eu continuo como capitão de vocês. O Eric voltará pro nosso time, mas o Ethan não fará mais parte dele.

— É sério que você está tirando um dos melhores jogadores do time por causa desse viadinho infeliz? — indagou um dos rapazes.

— Tenha respeito com o Eric seu portador de asteroides! A bomba fez o seu cérebro diminuir? Não vamos esquecer que o Nate é o capitão do time de lacrosse e ele dá o veredito aqui. Se saírem do time por causa do Ethan, vão perder quaisquer status que tiverem. E devem se lembrar de que eu farei questão de fazer com que todas as garotas de Manhattan se afastem de vocês, já que eu tenho controle por boa parte da cidade. Entenderam? — falou Blair.

— Se é que todos curtem garotas, né. — alfinetou Serena, olhando para Ethan que estava com raiva.

— Vão mesmo quererem sair do time? — indagou Nate.

— Não. — respondeu o coro de rapazes ali.

— Nate você é um babaca. Passa metade dos anos ausente com suas funções como capitão, me deixando encarregado de tudo e faz essa merda! — disse Ethan, indignado.

— Pelo menos o Nate não assedia os jogadores, dizendo que é um teste pra entrar pro time. — afirmou Eric, dizendo aquilo em voz alta.

Toda atenção das pessoas que estavam naquele pátio, voltou-se em direção á Eric. Ethan estava vermelho de vergonha e ao mesmo tempo de raiva.

— O que quer dizer com isso? Já veio com mentiras?

— Não estou mentindo. — falou Eric, levantando-se e se aproximando de Ethan — Você me chama de bicha, mas na verdade, você é outro. A diferença entre nós dois é que eu estou fora do armário e você dentro.

A multidão de alunos arregalaram os olhos e ficaram com as feições surpresas. Ocorreu um coro que gritou por um tempo “wooo” após ouvirem o que Eric disse.

— Além disso, seus amigos sabem que quando você está sozinho com esse gay aqui no vestiário, você alisa e toca pra ele? Eles sabem? — desafiou Eric — Eles por acaso sabem que eu e você transamos no seu apartamento?

— Não fizemos nada! Você sempre deu em cima de mim seu bicha! — berrou Ethan, impaciente.

— Eu sempre dei em cima de você? Quando você me via pelado, você me encarava e me olhava com uma cara de safado. No dia em que eu fui à sua casa, foi você que começou a esquentar as coisas, me alisando. — expos — Você é um frutinha que não tem capacidade de assumir o que faz seu babaca!

A raiva veio a tona e quando Ethan ia partir pra cima de Eric, foi surpreendido com o soco de Nate que o fez cambalear para trás após o golpe.

— Não toca nele, seu idiota! — exclamou Nate — Você sabe que é verdade o que ele está falando! Tanto que em uma festa, você tentou me assediar, não lembra? Por que não conta aos caras que eu te flagrei se masturbando com uma das minhas roupas do time? Por que não conta, hein?

— É tudo mentira! Estão conspirando contra mim! — berrou Ethan.

— Na verdade, não é mentira. — disse Serena com mais um sorrisinho triunfal nos lábios, mostrando um botão de “Enviar” no site da garota do blog, até clicar — Agora todos saberão Ethan. Eu te dei a chance e você quis revidar. Agora... Tchau.

No mesmo minuto em que Serena enviou a notícia, os celulares de todos os jovens de Manhattan começaram a tocar e vibrar, indicando uma nova mensagem da garota do blog que dizia:

”Dizem que, não importa qual seja a verdade, as pessoas veem o que querem ver. Algumas pessoas podem dar um passo para trás e descobrirem que estavam olhando a mesma cena por todo o tempo. Algumas pessoas podem ver que suas mentiras quase acabaram com elas. Algumas pessoas podem ver o que estava na sua frente o tempo todo. E ainda há aquelas pessoas que correm o máximo que podem para não terem que olhar para si mesmas.”

— xoxo, Garota do Blog.

A mensagem vinha acompanhada de um áudio que tinha a revelação de Ethan. Todos naquele momento olharam para o rapaz, surpresos por aquilo.

— O jogo acabou pra você, Wate. — disse Blair com um sorriso no rosto.

Ele não sabia o que falar. Olhou ao redor do local e correu dali, constrangido com o que estava acontecendo. Tinha ido embora da escola.

— Lockwood, você fica como co-capitão do time. — ordenou Nate — O Eric voltará pro time como um dos jogadores. Vão treinar. Daqui á pouco mando ele ir pro campo.

A equipe de jogadores saiu dali, acompanhados de seu novo co-capitão. As demais pessoas que estavam vendo tudo ali voltaram a fazer as suas atividades, enquanto o septeto se reunia de novo. Segundos depois, Penélope surgiu.

— Perdão a demora, B e S. Trouxe o desenho. — falou, tirando de sua bolsa Prada 2016 cor creme última coleção, um pedaço de papel e entregou as garotas.

— Obrigada Penny. — falou Blair com um sorrisinho — Tem um ponto comigo. Pode ir.

Penélope se despediu das garotas, indo de encontro com as outras malvadinhas. Desdobrou o papel e viram o desenho feito por ela.

— Quem é esse? — indagou Dan.

— Parece que achamos a nossa garota do blog. — falou Serena.

Todos se olharem após verem o desenho. Pareciam esperançosos com o fato de terem encontrado uma pista importante para o quebra-cabeça que leva á revelação da garota do blog. O desenho era de um rapaz e junto de sua foto tinha um nome escrito “Carter Baizen”. Serena olhou fixamente e de certo modo, pareceu reconhecer a figura desenhada.

TRÊS DIAS DEPOIS (Flashforward)

Nate procurava por Serena entre os convidados do baile de máscaras em prol do Memorial Day. Circulava entre a multidão, vasculhando com seus olhos, á procura da garota. Andou até a entrada do salão de festa, a fim de evitar o barulho, ligando para a garota. Esperou por alguns segundos ela atender, até ir para a caixa postal. Bufou, sem graça, até se virar e dar de cara com um rapaz que trajava as mesmas roupas que ele, de terno todo preto com uma máscara irreconhecível de fantasma da ópera.  De surpresa, Nate recebeu um soco no rosto, ficando desacordado após o golpe. A figura após fazer Nate desmaiar, o rastejou até o beco mais próximo da área da festa, deixando-lhe ali. Continuou com seu trajeto, adentrando a festa.


Notas Finais


Estão perto! Será?
Quem é a garota do blog?
Em breve, a maior revelação da fanfic!


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