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História Reputações - A arte do segredo - The new era began - Início da Segunda Temporada


Escrita por: SrSpellman

Notas do Autor


Voltei! A segunda temporada de Love Story acaba de começar! Provavelmente postarei dois capítulos semanalmente.
Vale ressaltar que a segunda temporada será dividida em duas tramas que serão chamadas de "2A e 2B". A 2A tratará da Americon Initiative.
Desejo uma boa leitura á todos e devo dizer que estava com saudades. <3

Capítulo 25 - The new era began - Início da Segunda Temporada


Atualmente, segundo semestre de 2016

13 de julho de 2016

“Querido Diário, nem sei por que você existe, mas vamos direto ao ponto. Lembro-me das noites que eu não conseguia dormir, por causa dos meus pesadelos com o Eric e meus amigos. Não fiquei bem durante meses, após a tragédia. Não era fácil lidar-se com tudo aquilo. Porém, eu estou bem. Melhor que antes. Nunca pensei que passaria as férias de verão, ajudando a minha mãe na organização de um desfile em Paris. Estava maravilhoso. Sabia que tudo aquilo não duraria muito tempo, uma vez que as aulas começariam em breve e eu estava pronta para ter de encarar centenas de olhares e perguntas de estranhos, questionando se eu estou bem. Eu sou Blair Waldorf, tenho de reprimir á tristeza. Tenho de ser forte. Cada um de nós tem uma maneira de superar. Espero receber notícias deles. Tenho de ir diário... Tenho de planejar o último evento de moda aqui em Paris! Xoxo, Blair”.

30 de julho de 2016

“Querido Diário, finalmente a rotina de moda já acabou! Felizmente, já estou pronta para retornar á Manhattan, Upper East Side. Meu desejo é poder rever todos, novamente. Mas sabe diário... Ao mesmo tenho medo de reencontrá-los e relembrar tudo. Eu espero que tudo ocorra bem. Falando em “bem”, eu já lhe disse o que cada um fez durante esse tempo das férias de verão? Vamos lá!

Nate finalmente saiu de um campeonato de lacrosse em Londres. Eles ficaram em segundo lugar com o time e ainda fizeram homenagem ao Eric. Da última vez que eu falei com o Nate, ele parecia estar chorando, não sei. Eu realmente espero que ele esteja bem.

Chuck já estava em Manhattan, depois de uma longa estádia no Japão. Eu não queria olhar na cara dele e muito menos ter de falar com ele. Meus sentimentos por Chuck Bass estavam neutros. Não posso ficar ao lado de um homem que não diz as três palavras com sete letras. Você deve estar se perguntando diário, o que diabos o Chuck fazia no Japão? Mas acho que você já tem sua suposição.

Dan e Jenny não chegaram a fazer uma viagem ou algo interessante. Também, o que eu poderia esperar dos Humphrey’s? Dan é um tapado que passou as férias de verão, escrevendo um livro sobre nós. A Jenny até entendo, pois ela quis compensar os meses sem a família, junto á eles, novamente. Se esse era o modo deles serem felizes, então tudo bem.

Outro que passou as férias de verão em Manhattan foi Kyle. Diferente dos demais, não foram bem férias. Estava mais para um estágio de verão na empresa do próprio pai, para tentar se qualificar e ter uma certa noção de como é o funcionamento de lá. Recebi um e-mail recente que ele acabou de fechar um importante investimento na empresa. Fico feliz por ele.

E por fim, Serena. Ela passou todas as férias de verão em Washington, lutando pela causa do irmão. Ela queria deixa-lo lembrado na sociedade de alguma forma, só precisava de ajuda. Ela conseguiu fazer uma rede de hospitais se chamarem “Organização Eric van der Woodsen”, um diferencial para ela. A última carta dela remetia em sucesso e orgulho. Cada palavra dela parecia inspiradora. Ela tinha superado e estava pronta para voltar.

Mas e eu? Será que estou mesmo? Apenas tenho de tentar. Bem... É hora de dormir, Diário. Boa noite e obrigada por me “ouvir”. Beijinhos, Blair”.

Ao encerrar da escrita no diário, Blair puxou uma gaveta de uma pequena cômoda ao lado da sua cama e guardou o pertence ali. Respirou fundo e puxou a corda do abajur, movimentando-se na cama, mudando a posição que estava, ficando de lado, fechando os olhos e dormindo. A rotina em breve, voltaria.

07 de Agosto de 2016 (Atualmente)

“Corria por um campo, cheio de flores e luz, vestida toda de branco. Seu vestido arrastava-se pelo chão, mesmo que ela segurasse suas bordas. Sorria animada por estar ali e na presença de um alguém em especial: Eric. Ele corria atrás dela, no intuito de pegá-la. Ambos pareciam estar fazendo uma brincadeira pela área. Após ele alcançar a garota, os dois gargalharam. Era mais um daqueles momentos de irmãos sem noção. Olharam-se e finalmente se abraçaram. Parecia o último de todos os abraços”. Sonhava com aquilo, até ser acordada.

— Serena? Levante-se, já está tarde. — afirmou Lily, de pé, ao lado da cama e esperando a filha despertar.

— São dez horas da manhã, mãe. Ainda está cedo.  — bufou Serena, afundando o rosto no travesseiro.

— Cedo em quesito horário, mas tarde em quesito café da manhã. — retrucou Lily — Desça em cinco minutos, estamos esperando. E além do mais, você tem escola hoje. Vamos!

Lily saiu do quarto. Serena virou o corpo, ficando de frente ao teto, revirando os olhos. Sorriu, ao lembrar-se do sonho que teve e levantou-se. Preparou um banho, vestiu-se e se preparou. Ao descer das escadas, a sua mãe, Rufus, Dan e Jenny estavam ali, esperando-a.

— Pronto agora você não precisa ficar mais em meu pé, mãe. — comentou ela, prestes á se juntar á família na mesa, até fitar a chegada de um rapaz, Carter Baizen — Carter?

— O chamei para o café da manhã. Por isso mandei você se levantar filha. — disse Lily.

Serena ficou chocada com a decisão da mãe, mas ficou feliz. Andou em direção á Carter e o abraçou-lhe, como se estivesse com saudades. Deu-lhe um selinho nos lábios e olhando-lhe nos lábios, questionou:

— Pensei que fosse passar mais tempo com sua família. — falou.

— Eu tinha planejado ficar mais tempo, porém, lá está entediante e sem uma loura como você ao meu lado, piora a situação. — respondeu, gargalhando.

— Fico feliz por ter voltado. — disse, puxando ele pela sua mão, o fazendo se juntar aos demais que estavam ali.

— Pronta pra volta ás aulas, S? — indagou Jenny.

— Prontíssima. Ainda bem que a Queller te aceitou de volta ao colégio, Jen.

— A Jenny concordou em voltar com o trabalho de moda, após acabar os estudos. Um trato meu e dela e espero que não seja rompido. — alertou Rufus, olhando para a filha.

— E o livro, Dan? Ontem você me disse que estava escrevendo o antepenúltimo capítulo. Como está ficando? — questionou Serena.

— Perfeito! Preciso apenas fazer algumas alterações. Nada demais. — respondeu.

— Precisam de carona pra escola? — questionou Rufus, olhando para Dan, Serena e Jenny.

— Claro. — responderam os três em um coral.

O café da manhã prosseguiu em um ritmo calmo. Serena e Carter á todo momento, trocavam olhares de paixão, enquanto Dan e Jenny se olhavam meio preocupados e ao mesmo tempo, estranhos.

O retorno de Chuck Bass ao Upper East Side foi marcado pelos prazeres das companhias femininas. No apartamento de sua família, estava junto de duas belíssimas mulheres, sendo uma loura e outra morena. Seus momentos estavam prestes á serem cessados, após ser interrompido com uma batida na porta. Ele que estava de roupão, saiu do quarto e andou até a porta do apartamento e abriu para a visita. Por sua sorte, era Nate.

— Parece que alguém andou muito ocupado, durante esses meses. — disse Nate, adentrando ao recinto, indo se sentar no sofá.

— Se não nos permitirmos viver uma vida digna, por que vamos viver? — questionou Chuck, pegando uma jarra com whisky e preenchendo o líquido num copo, até beber um gole.

— Virou um poeta ou um filósofo? — questionou o amigo.

— Poeta das mulheres e filósofo do sexo? Talvez. — retrucou irônico.

Nate não pôde deixar de rir com o comentário descontraído do amigo. Olhou para ele, enquanto bebia e pensou um pouco sobre tudo que ocorreu.

— As coisas parecem e não parecem as mesmas de antes. — comentou.

— Fomos atormentados durante seis meses por um otário que no fim se suicidou. — disse Chuck.

— E perdemos um amigo querido. — complementou Nate.

O silêncio tomou conta do lugar. Tanto Nate como Chuck, não tinham palavras para continuarem a conversa. De fato, as coisas não pareciam as mesmas. Não tinham assunto, não tinham o que conversar, parece que a tensão do que aconteceu no passado reinou entre o antigo “septeto”. O silêncio quebrou-se com a indagação de Nate.

— Irá á escola, hoje?

— Infelizmente, sim. — respondeu.

E retornou o silêncio. Escutou-se apenas o barulho do líquido da jarra, escorrendo no copo de Chuck que estava á beber mais whisky. Nate estava prestes á falar, mas desistiu. Desistiu de fazer aquela conversa acontecer. Apenas se levantou e foi embora dali, sem sequer olhar para o amigo que continuou bebendo ali.

Apesar de todos terem superado o que lhes aconteceram no primeiro semestre de 2016, ainda pareciam todos estranhos. Menos Kyle que antes passava horas no escritório do empresarial de sua família, mas que agora fechava contas do seu estágio na empresa.

— Executou um ótimo papel na empresa, Spencer. — disse Liam, seu chefe.

— Obrigado. — afirmou.

— Já enviei um feedback sobre você ao Recursos Humanos e ao gabinete de seu pai, analisando sua situação na empresa. Devo dizer que fiquei impressionado, principalmente pelo fato de ter fechado um investimento com a senhorita Pierce. Parabéns. Posso garantir á você que após terminar o ensino médio no final desse ano, já terá um cargo bem maior e mais esperado que o meu. — disse Liam, determinado.

— Fico grato por tudo, senhor. Se não fosse por você e meus colegas de trabalho, eu não teria me desenvolvido tanto nesta empresa. — retrucou.

— Antes eu pensava que você só teria mérito na empresa, por ser filho do presidente. Mas me enganei. — falou, sorrindo — Nos vemos em breve.

O homem se afastou de Kyle. O jovem olhou ao redor do escritório, feliz pelo seu momento. Já estava pronto para terminar seus estudos e iniciar sua carreira na empresa do seu pai. Respirou fundo, satisfeito e caminhou em direção á saída.

Assim como Kyle, Blair seguia em um ritmo bastante frenético. Ela parecia ansiosa com a volta ás aulas da Constance e ansiosa mais ainda que tivesse mais alguns meses para continuar sendo a rainha de todo colégio. De frente ao espelho e já com o uniforme, agora ela posicionava em sua cabeça, a sua marca registrada: Sua tiara. Ela era dourada com um pequeno laço que parecia uma borboleta.

— E pensar que no início do ano, eu e a S começamos em pé de guerra. — comentou com Dorota, relembrando.

— Faltam alguns meses para você se formar, senhorita Blair. E poucos dias para a escolha de faculdades. — alertou.

— Dorota, não precisa me avisar sobre isso. Estou ciente o bastante. Só sei que devo aproveitar cada momento, enquanto tenho minha coroa da Constance. — disse.

— Irá passar no prédio da senhorita Serena? — questionou.

— O Rufus vai levar a S, o Dan e a Jenny. — respondeu.

Ao terminar de se arrumar, Blair se virou e olhou para Dorota, mostrando seu visual. Ela estava muito linda. Digna da coroa da Constance.

— Hoje é meu retorno. Sem garota do blog, sem psicopatas, sem esses problemas. Terminarei o ano, tranquila. — afirmou determinada.

Pegou a sua bolsa Prada e amarela, segurou-a firme no braço e saiu do cômodo, indo em direção á caminhonete que lhe aguardava no lado de fora do prédio que a conduziria pra Constance Billard.

O colégio continuava o mesmo. O retorno das aulas seria épico. Mal ocorreu a volta e todos já comentavam uns pros outros sobre suas férias de verão. Boa parte dos alunos estava do lado de fora, aguardando o sinal tocar. Além de comentarem sobre as férias, discutiam sobre os acontecimentos, meses passado e a volta do septeto que agora era um sexteto.

— Será que a B vai aparecer? — questionou Hazel com suas amigas.

— Se ela não der as caras, infelizmente teremos de convocar uma nova rainha pra Constance. Eu me candidatarei, sem nenhum problema. — disse Penélope com um ar de falsidade.

— Calma, devemos esperar Penélope. — afirmou Isabel.

A primeira aparição foi de Chuck e Nate. A limusine dos Bass estacionou de frente ao colégio e arrancou curiosidade de todos após aparecer. Assim que Chuck e Nate saíram juntos, todos pareciam ter tido á atenção presa nos rapazes que agora encarava a multidão de alunos. Chuck ajeitou sua echarpe e respirou fundo, não se importando com a curiosidade alheia. Já Nate parecia tranquilo.

— Parece que fomos os primeiros.  — disse Nate — Eles não param de nos olhar.

— Dane-se. Por mim que olhem. — retrucou Chuck, olhando ao redor e percebendo os sussurros.

Não demorou muito para mais uma chegada. Outra limusine apareceu, deixando Kyle na frente da escola. Uniformizado e como os outros dois, chamando á atenção dos outros alunos que estavam na entrada. Kyle percebeu Chuck e Nate ali próximos, até chegar neles.

— É... Oi. — disse.

— E aí, cara. — retrucou Nate.

— Como foi na empresa? — questionou Chuck.

— Nunca pensei que duraria até o final do estágio, mas... Eu consegui. — respondeu Kyle, afundando as mãos nos bolsos — Então prontos pra os últimos meses do colegial?

— Estou pronto desde o início do ano. Não aguento mais esse inferno e esses idiotas nos encarando. — bufou Chuck.

A caminhonete de Blair chegou e toda atenção que antes estava em Kyle, direcionou-se á ela, assim que saiu do veículo. Ao sair, pôde perceber a reação de todos com a sua chegada. Ela mordeu os lábios, revirou os olhos e respirou fundo, percebendo alguns grupos falando dela. Desviou seus olhares, até se prender no trio de garotos ali, fitando Chuck. Seus olhares se cruzaram, como se um correspondesse ao outro, até que ela o ignorou.

— Parece que sua candidatura será inútil, Penélope. — disse Hazel, rindo.

Penélope fez uma cara feia, mas fingiu uma feição alegre até Blair se aproximar delas.

— Olá meninas. — disse Blair com um sorriso — Como foram as férias de verão de vocês?

— Ótimas B! E as suas? — questionou Hazel.

— Também. Organizar desfiles são tão complicados e tensos.

O sino tocou e todos já estavam se espalhando para entrarem na escola. Blair mesmo junto das malvadinhas, não tirava sua atenção de Nate, Kyle e principalmente, Chuck. Quando todos já estavam prestes á entrarem, eis que surgiu um último carro que estacionou de frente á instituição. Todos se viraram para olhar e então do veículo saiu Dan e Jenny juntos, por fim, Serena que estava agora ao meio deles. Uniformizados, Serena era a que mais chamava á atenção e a que mais estava rendendo comentários agora entre todos que estavam parados e olhando para ela no meio das escadarias de entrada. Serena ajeitou a grava em seu pescoço e direcionou sua atenção nos demais, até localizar o trio de garotos ali e Blair com as malvadinhas.

— Não acredito que ela veio. — sussurrou Isabel, impressionada.

— E a Jenny Humphrey veio com ela. — comentou Penélope, soltando um veneno — Que ousada!

Blair fitou Serena e as duas puderam trocar olhares. Pareciam estar fazendo uma espécie de comunicação. A loura andou á frente até as escadarias, enquanto Dan e Jenny iam para próximos de Nate, Kyle e Chuck, conversarem. Blair seguiu a loura, subindo as escadas com ela, até ficarem uma na frente da outra. Olharam-se por alguns segundos, até mostrarem um sorriso e direcionarem suas atenções ao redor.

— Se querem continuar com seus status no colégio, sugiro que parem de fazer comentários indecentes. — alertou Blair contra um grupo de garotos ali próximos.

— Não sejam tão podres por dentro como são por fora. Se tiverem de falar algo de nós, venham até aqui! — exclamou Serena, afrontosa.

Todos se entreolharam, confusos.

— As rainhas do Upper East Side não nascem no topo. Elas escalam seu caminho de salto. E não importa em quem tenham de pisar. — iniciou Blair.

— O que estão esperando? Vão! — complementou Serena, exigente.

Na mesma hora, todos os alunos que antes estavam na entrada, começaram á adentrar ao colégio. Serena e Blair se olharam mais uma vez, mas agora se abraçando. Após a maioria entrar, ficaram abraçadas até o resto de seus amigos se aproximarem.

— Então vão mesmo aproveitar os últimos meses na Constance, brincando de rainhas? — questionou Nate, rindo.

— Não brincamos N. Nós fazemos história. — retrucou Blair, piscando pro rapaz — Além do mais... Preciso também fazer uma avaliação para a minha substituta pro próximo ano.

— Por que não tenta Jenny? — perguntou Serena.

— Bem, eu... — iniciou sua fala até ser interrompida por Blair.

— A Jenny já passou por muitas coisas ultimamente. Claro que ela não iria querer ter o colégio como um fardo próximo ano. — respondeu Blair, sorrindo pra Jenny que ficou sem graça.

— Melhor entrarmos. Vamos perder o primeiro tempo. — disse Dan.

Antes mesmo que pudessem entrar, os celulares dos setes tocaram e vibraram ao mesmo tempo, notificando uma nova mensagem em seus dispositivos móveis. Eles se olharam por um tempinho, receosos e alguns pareciam nervosos em querer ler. Criando coragem, pegaram o aparelho e viram a mensagem que dizia:

Atenção: Daqui á uma semana ocorrerá um evento para a escolha de faculdades. Estejam presentes e deem o seu melhor.

— A Direção

Ao lerem, aliviaram-se. Alguns riram só de pensarem na possibilidade do retorno da garota do blog. Andaram em direção á entrada e foram para as suas devidas salas de aula.

Em sala de aula, o sexteto estava presente. Nate e Chuck estavam juntos no canto, mais pro fundão. Kyle e Dan estavam também juntos e no meio da sala. Enquanto Blair e Serena estavam separadas, uma em cada ponta lá na frente das carteiras. Grupinhos estavam conversando durante a aula, até a chegada de uma figura feminina. Ela já adentrou á sala de aula em passos lentos, segurando um livro e recitando um trecho de um dos Atos do livro de Hamlet.

Ser, ou não ser, eis a questão...

será mais nobre sofrer na alma pedradas

e flechadas do destino feroz,

ou pegar em armas contra um mar de angústias,

e combatendo, dar-lhe o fim?

Morrer? Dormir, só isso.

E com o sono, dize, extinguir dores do coração

e as mil mazelas naturais a que a carne é sujeita...

Eis uma consumação ardentemente desejável, morrer.

Dormir... Dormir, talvez sonhar...

Aí está o problema (...)

Encerrou o pequeno trecho, posicionando-se de frente á sua mesa e olhando para a turma que encarava a nova professora. Ela parecia o tipo de mulher durona. Trajava um vestido cinzento que parecia combinar com seus cabelos curtos que tinham a cor cinza, uma mistura de preto com branco. Ela não era velha, pelo contrário, era uma coroa atraente de pele clara e roupas de classe.

— Sou Alma Coin, nova professora de Literatura. — anunciou-se com um sorrisinho fatal nos lábios — Infelizmente o professor anterior, o senhor Jackson, pediu demissão na escola, para poder cuidar da própria saúde e passar o tempo com a família. A direção mandou informa-los que infelizmente o caso do senhor Jackson é de extrema importância.

Gritos e pedidos de socorro. Era a única coisa que o professor Jackson fazia no meio daquele alçapão velho e escuro. Não estava cuidando da saúde e nem passando o tempo com a família. Pelo contrário, estava sendo torturado até a morte. Eram os últimos minutos da sua vida. Mas por que fazer aquilo com uma pessoa inocente e velha? Era bem simples: A única maneira de Coin se introduzir na escola, era eliminando alguma peça do xadrez. E foi assim que ela conseguiu seu cargo. Cada grito, cada pedido de socorro, era aclamado pelo professor que estava preso numa cadeira e tendo suas unhas arrancadas, até finalmente receber dois tiros no joelho e outro na cabeça. Estava morto e agora fora de cena. Mas e sua família? Provavelmente estaria morta.

Após a apresentação da mulher, ela reparou na turma que agora estava em silêncio. De algum modo, ela percebeu que tinha mostrado um ar superior, assim que entrou ali.

— Estamos no segundo semestre do ano. Metades de vocês vão reprovar e a outra metade será aprovada. Enquanto alguns irão ver seus amigos se formarem, outros não terão nem a chance de colocar sua beca. Se estão com notas ruins na minha disciplina, essa é a hora de melhorar. Darei chance á todos que merecerem. Façam valer á pena, meus queridos. — afirmou, colocando o livro de Hamlet em cima da mesa e pegando um didático.

— Ela não pode me reprovar. — sussurrou Chuck á Nate.

— Por que não, cara? — questionou.

— Porque... Eu sou Chuck Bass. — respondeu lentamente com um sorriso convincente.

— Senhor Bass, pense sobre o relacionamento de Hamlet com Ophelia e me responda: Ele a ama? Ele deixa de amá-la? Ele alguma vez a amou? Que provas você pode me dizer que comprovem sua resposta? — questionou Coin, aproximando-se do rapaz em sua carteira lá no final.

— É impossível pro Chuck responder uma questão como essa senhorita Coin. Ele mal sabe conjugar o verbo “amar”, quanto mais explicar sobre esse sentimento. — afirmou Blair, debochada.

— Obrigada senhorita Waldorf. — disse — Consegue responder essa questão tão simples?

O silêncio reinou no local. Chuck direcionou sua atenção em Blair que olhava para ele de uma forma debochada. Ele lançou um sorrisinho para ela, até responder a professora.

— Desculpe senhorita Coin, mas... O único livro que leio é Cinquenta Tons de Cinza. O meu preferido e o da Blair. Nos inspiramos demais nele no nosso passado.

A sala toda não se poupou de rir. Blair estava com as bochechas ardendo de vergonha. Estavam tão vermelhas quanto um tomate. Ela fez uma careta de raiva e retrucou:

— Se você acha que uma transa significa um passado glorioso, deveria se tratar. — soltou no meio da sala.

— Não foi apenas uma. Foram várias, lembra? — retrucou ele.

— Todas na qual me envergonho até hoje. Até mesmo pelos orgasmos falsos. — afirmou.

— Chega! — exclamou a professora, cessando a briga.

Todos agora estavam chocados com o bate boca entre Blair e Chuck. Coin olhou para ambos, impressionada com a discussão.

— Quero um trabalho dos dois sobre a peça de Hamlet. Pronta até segunda-feira. O trabalho é apenas para os dois. — exigiu.

— Tudo bem. Sei que vou arrasar. — disse Blair, determinada.

— O trabalho é em dupla, isto é, os dois devem fazer juntos. Caso não façam, considerem sua primeira nota zerada. — falou Coin, indo para frente dos demais.

Blair e Chuck se olharam mais uma vez, como se estivessem travando uma guerra pelos olhos. A professora Coin inicia a sua aula, mesmo com o clima de tensão que estava acontecendo ali. Horas depois, o sexteto já havia encarado todas as aulas de todos os professores, até serem liberados.

Serena e Blair andavam juntas até a saída, conversando sobre os planos para a faculdade. Ao redor dos corredores pareciam tão lentos na visão de Serena, principalmente quando ela fitou uma figura próxima do time de lacrosse. Por um momento, ela pôde ver o seu irmão vestido no uniforme, olhando para ela e com um sorriso no rosto. Tudo parecia estar em câmera lenta pra ela e a fala de Blair parecia não estar sendo ouvida por ela. Distraiu-se tanto com o momento que acabou esbarrando em um rapaz. Voltou á realidade, tanto com o esbarro como com os gritos de sua amiga.

— Serena? Você tá bem? — questionou Blair, olhando para ela.

— Sim. Eu estou bem. — respondeu, olhando o rapaz loiro que tinha deixado seus livros caírem após ela esbarrar nele — Desculpe. Eu estava distraída.

— Não, não. Tudo bem. — disse o rapaz, segurando os livros firmes e olhando para Serena com um sorriso, reconhecendo-a — Serena? Sou o Justin. O Eric nos apresentou e nos vimos no enterro...

— Sim. Eu me lembro de você. Tudo bem? — questionou ela, reparando alguns hematomas no braço do rapaz, confusa.

— É... Estou sim. — respondeu ele, percebendo a atenção dela em seus braços, até escondê-los — Vou indo. Nos vemos por aí.

Ele se afastou da garota e foi embora dali, apressadamente. Serena virou-se pra Blair.

— O que deu em você? — questionou B.

— Acho que por um minuto eu vi o Eric. — respondeu ela, vendo o olhar de Blair — Tá, eu sei que ele morreu Blair, mas não é tão fácil esquecer quem ama.

— Eu entendo. E como conhece esse Justin Taylor? — perguntou.

— Ele era amigo do Eric. Conhece o Justin?

— Todos conhecem. Ele saiu do armário ano passado e depois disso, começou á sofrer bullying de alguns garotos do colégio. Ele foi até expulso de casa por ser homossexual. Chato, não é?

— Demais. — comentou Serena, indignada.

Juntas, saíram dali. Mesmo na saída, Blair percebeu Nate e Chuck indo embora também.

A professora Alma Coin ainda continuava em sua sala de aula, apagando o quadro. Segundos depois que apagou, uma figura feminina e jovem adentrou ao local, trajando uma blusa roxa com uma calça legging preto e botas de cano curto preto. Seus cabelos castanhos ondulados destacavam-se entre os inúmeros traços de sua beleza. Era ela, Katherine Pierce.

 — Pelo visto o primeiro dia foi ótimo. — comentou ela, adentrando a sala e fechando a porta ao entrar.

— Só tive um probleminha com Blair Waldorf e Charles Bass. — respondeu a mulher, sentando-se na sua cadeira — Mas nada demais. Como foi a operação?

— Alvo eliminado. O professor Jackson já está fora do caminho. Temos de ir para a próxima etapa. — afirmou Katherine.

— Trouxe o mapa que eu mandei? — indagou a mulher.

Katherine se aproximou da mesa dela, retirando da própria bolsa um rolo de papel e entregou-lhe. Era o mapa da cidade.

— Está aí.

— Perfeito. O próximo passo será conseguir ajuda do conselho escolar e me tornar diretora dessa instituição. — disse Coin.

— A escola não nos trará nenhum lucro. Por que se preocupar com ela? — questionou Katherine, confusa.

— Simples, minha cara. — iniciou — Não pretendo lucrar com a escola. Pelo contrário, pretendo dar um sumiço nela.

— Por quais motivos?

— O topo é o nosso auge da pirâmide. O triângulo é o formato de nossa estrutura. O olho é a nossa visão das coisas. E o controle é nossa força. — respondeu — Devemos destruir essa escola por ser o centro da elite de Manhattan, principalmente por ser de jovens. Será uma espécie de aviso. — completou — Você fez a Americon Initiative fechar contrato com a empresa de Robert Spencer, nosso maior alvo. Agora precisa fechar contrato com Eleanor Waldorf e Bart Bass.

— Farei isso. — afirmou Katherine, indo em direção á saída.

— Lembre-se Katherine: Não falhe.

A morena balançou a cabeça de modo positivo em direção á mulher e saiu da sala.


Notas Finais


O que acharam do primeiro capítulo da segunda temporada? Calma, calma que as coisas vão esquentar! Diferente da primeira temporada, a segunda temporada terá mais mortes e mais ação. Em breve o segundo capítulo. <3


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