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História Reputações - A arte do segredo - The secret society


Escrita por: SrSpellman

Notas do Autor


Nos capítulos anteriores: Jenny enfrenta a falta de aceitação na elite de Manhattan; Nate e Serena lidam-se com seus problemas; Kyle encontra algo inesperado; Katherine conhece bem os seus alvos; Nate investiga os causadores de todos os problemas; Um sacrifício acontece; Kyle é abandonado pelo pai.

Capítulo 27 - The secret society


14 de agosto de 2016

“Querido Diário.

Coisas estranhas aconteceram. Eu nunca pensei que o nosso antigo professor de literatura, o senhor Jackson, o mesmo que tossia enquanto falava, estaria morto. Seu jeito engraçado e peculiar de ser, sempre estará na memória.

Algo que não entendo é: O que ele fez para sofrer isso? Talvez eu esteja sendo curiosa ou apenas querendo ser racional. Eu não sei. Por que alguém mataria um professor qualquer? Tem algo aí que falta se encaixar.

Até lá, não sei o que faço. Devo continuar fingindo despreocupação ou agir? Veremos...

De sua querida e amada amiga,

B.W.”

O clima escolar tanto na Constance como na St. Jude’s estava pra baixo. Alguns dos alunos que passavam pelos corredores, pareciam tristes pelo ocorrido; Outros pareciam esconder a calma e ao mesmo tempo, suprimiam a raiva; Os demais, apenas tentavam chutar o pau da barraca e seguir em frente.

Por sua vez, Serena passava pela sala de música do colégio interligado. Era o local preferido do professor Jackson. Assim que passou pela porta, viu pela vidraça dela, um grupo de jovens executando uma reunião de despedida. Todos estavam inconformados. Até mesmo Serena que parou no caminho e olhou através da vidraça, para ter uma atenção maior. Por um momento, ela viu o mesmo que passou durante o seu adeus á Eric.

— Se quiser pode entrar sabia? — questionou uma garota, interrompendo a atenção da loira.

Serena se virou para observar a garota e deu um sorriso. A outra garota não era tão alta, parecia ter uns 1,60 de altura. Seus cabelos eram castanhos e um pouco encaracolados. Sua pele clara, expressão jovem no rosto com beiços carnudos e certamente atraentes. Serena nunca tinha visto ela por ali.

— Ah... Não, obrigada. Prefiro ficar apenas como expectadora. Já passei por coisas assim e prefiro não repetir essa fita. — afirmou Serena, ajeitando a bolsa no braço — E você? Por que não entra?

— Pelo mesmo motivo que você: Prefiro ficar apenas como expectadora. — respondeu — A propósito, me chamo Davina Claire. Prazer. — diz ela, estendendo a mão.

— Serena van der Woodsen. O prazer é todo meu. — falou ela, apertando a sua mão e sorrindo até cessarem o movimento de cumprimento — Você é nova no colégio?

— Eu morava em Nova Orleãs. Mas o meu pai adotivo optou em nos transferirmos pra cá, por causa do emprego dele. O bom é que meu namorado também veio. — disse ela, sorridente.

— Você precisa de ajuda pra encontrar alguma turma? — perguntou Serena.

— Deixa eu ver... — disse, pegando um papel cujo tinha seu horário — Biologia aplicada com a professora Karine. Sabe onde é?

— No final do corredor á direita. Bem-vinda á Constance.

— Obrigada. Uma pena eu não pegar a mesma turma que a sua. Pelo menos eu conheceria alguém.

— Não se preocupe você vai se entrosar. — comentou.

O sino soou. Era a hora da aula. As duas se despediram e seguiram caminhos opostos. Enquanto Davina ia pra classe de biologia, Serena ia pra aula de espanhol.

Já quase com o tempo esgotado, Blair e Chuck chegaram ao mesmo tempo e quando iam entrar, acabaram esbarrando juntos. Olharam-se fazendo cara feia, até Chuck permitir a entrada de Blair que foi á frente com o narizinho empinado. Ele á seguiu, só que indo se sentar próximo de um conhecido. Era a aula de literatura. A professora Coin, adentrou a sala de aula e observou os alunos atentamente, já indo para a sua mesa.

— Olá turma. Daremos início á apresentação dos trabalhos. — disse ao sentar-se na cadeira — Blair e Chuck podem vir.

— Optamos em ficar pelos últimos, senhorita Coin. — insistiu Blair.

— Isso não é uma democracia, senhorita Waldorf e muito menos uma opção. Venham para frente, apresentem o trabalho e ganhem sua nota. Caso contrário, fique com um zero.

Blair revirou os olhos, frustrada. Levantou-se da cadeira, ajeitou a tira em sua cabeça, pegou sua pasta e andou até á frente da turma. Chuck acompanhou a garota, permanecendo ao seu lado.

— É inegável como as obras de Shakespeare são tão incríveis e inspiradoras. Um exemplo clássico é o conto de Romeu e Julieta que ele mesmo escreveu e agora temos Hamlet que é tanto um livro como uma peça fundamental na literatura. — começou e quando Chuck estava prestes á dizer algo, ela o beliscou e impediu de dizer sequer algo. Coin havia notado aquele gesto — O início é marcado com a chegada de Hamlet, que é um príncipe e recém-chegado de sua faculdade na Inglaterra, lamentando a morte súbita de seu querido pai.

— Certo. Senhor Bass, prossiga. — ordenou a professora.

— Mas eu ainda não acabei! — contestou Blair.

— E o senhor Bass não começou. Silêncio. — retrucou.

Chuck olhou para Blair e lhe lançou um sorrisinho irônico, até retomar a explicação.

— Gertrude era a mãe de Hamlet e também a rainha da Dinamarca. Ela havia se casado com o irmão do seu falecido esposo, Claudius que se tornou o novo rei. O que é uma sacanagem. — ele riu e Blair lhe deu outro beliscão. Tossiu e continuou — Então o Hamlet se mostra indignado tanto com a morte do próprio pai como com o padrasto. O príncipe Hamlet recebe informações dos guardas do seu castelo que lhe dizem que o seu pai está vivo.

— Na verdade, o Chuck dormiu nessa parte do trabalho. — afirmou Blair, causando graça em toda turma e tomando á frente do trabalho — A informação que os guardas dão sobre o pai dele é que o seu fantasma está rondando o local durante a noite, querendo falar com ele. Quando o espectro se encontra com Hamlet, ele o surpreende com uma revelação fatal: Que o novo rei e tio de Hamlet, foi o verdadeiro responsável pela morte do seu pai, isto é, tinha o assassinado. E não se sabe se a rainha sabia do assassinato ou não. Então, Hamlet decide se vingar.

— É quando ele começa a agir como um completo louco, apenas para “atordoar” seus inimigos e dar a impressão ao novo rei que ele não era uma ameaça. — disse, após interromper Blair e continuar — Para se prevenirem a rainha e o rei procuram Polônio, o conselheiro da corte, para saber se Hamlet estava fingindo sua loucura ou de fato, sendo um. Então, ele diz aos reis que sabe a causa da loucura de Hamlet que é...

— O fato do amor não correspondido de Ofélia á ele. — interrompeu Blair, continuando — É então quando Polônio convence a sua filha á conversar com rapaz e ele ter a chance de escutar a conversa junto ao Rei Claudius. Mas diferente do esperado, Hamlet rejeita e ofende Ofélia, incitando-a “trancar-se em um convento”.

— Após isso, vem a minha parte favorita: É quando o Hamlet planeja uma pequena peça de teatro, representando a cena de assassinato do Rei Claudius com o seu pai de forma indireta, apenas para saber a sua reação que inclusive não foi nada boa. — afirmou Chuck — Então Hamlet realmente vê a culpa nos olhos do seu tio-padrasto. Em seguida, a mãe o confronta em seus aposentos, questionando sobre suas atitudes. Em outro momento, Hamlet pensa em se vingar de Claudius, mas desiste ao lhe ver rezando sozinho e teme que após sua morte, sua alma vá para o céu. Ao discutir com sua mãe, Polônio encontra-se escondido atrás de uma cortina, apenas ouvindo tudo aquilo e quando ele grita por ajuda, Hamlet acha que é o rei quem está escondido e assassina o conselheiro.

— E como fica o rei Claudius com isso? Digo a reação dele? — questiona Coin.

— Fica preocupado e receoso, uma vez que agora sabe do que Hamlet é capaz. — respondeu Blair.

— Certo. Podem parar por aí. Outras pessoas vão apresentar a partir de onde vocês pararam. Obrigada pela apresentação e foram ótimos. — finalizou a professora, fazendo algumas anotações em uma agenda.

Blair e Chuck se olharam pela primeira vez em semanas de maneira positiva. Tinham conseguido completar suas metas.

Enquanto alguns estudavam, outros nem se davam ao luxo de ir á escola. Nate, por exemplo, parecia mais preocupado com o fato dos acontecimentos atuais do que suas próprias notas escolares. Em seu quarto, sem camisa, arrumava uma prateleira com livros novos que havia comprado.

— “O manifesto da sociedade secreta”. — falou ao pegar um dos livros e ler o seu título.

Alguém bateu na porta pedindo permissão até que o rapaz cedeu. Era Kyle e Dan. Os dois adentraram ao cômodo, olhando para Nate que agora colocava uma música. Olharam ao redor, vendo um pouco de bagunça.

— Hey, N. Tudo bem? — indagou Kyle, colocando as mãos nos bolsos e olhando para o amigo.

— Sim e com vocês? — indagou.

— Eu estou bem. Mas o Kyle... — começou Dan.

— O que aconteceu cara? — perguntou Nate ao garoto loiro, meio frustrado.

— Eu sou órfão. — respondeu, andando até a janela do quarto e observando a vista.

— O que? — questionou surpreso, olhando para Dan e em seguida pra Kyle — Seu pai morreu?

— É muito pior... — respondeu Dan.

— Meu pai foi embora porque eu não aceitei ir com ele, por causa da minha história aqui.

— E por que o seu pai iria embora? — indagou confuso.

 Kyle se virou e olhou para Nate.

— Eu preciso te contar algo que eu deveria ter contado pra todos vocês há muito tempo. Só o Dan sabe da verdade. — comentou Kyle, olhando o livro nas mãos de Nate cujo fazia parte da história que contaria — E acho que você já sabe um pouco...

Ele apontou com a cabeça em direção ao livro e Nate percebeu. Foi então, quando ele ficou mais confuso com tudo aquilo. Repentinamente, o celular de Nate começou a tocar, sinalizando que alguém estava ligando para ele. Era Jenny. Pegou então o dispositivo móvel, levou até o ouvido e atendeu.

— Hey, Jen. O que foi? — indagou pelo celular.

— Nate, você precisa vir o mais rápido possível aqui no colégio. — respondeu ela, desesperada.

— Mas o que aconteceu? — questionou, preocupado.

— Outro assassinato. Vem logo! — exclamou e desligou.

Os três garotos se olharam receosos e saíram ás pressas do cômodo, indo até o colégio ao encontro do problema propriamente dito por Jenny.

Ao chegarem, foram logo de encontro com a garota que havia os contatado. Cruzaram um corredor, até chegar a outro que estava cheio de alunos, funcionários, policiais, etc. O local parecia interditado.

— O que tá rolando? — questionou Dan á sua irmã.

— Acho melhor vocês mesmos verem. — recomendou.

O trio, Nate, Dan e Kyle se olharam confusos. Foi então quando eles se afastaram de Jenny e se aproximaram do amontoado de pessoas que agora observava Nate, até ficarem pertos o bastante para verem o que estava acontecendo. Serena, Blair e Chuck que já estavam ali olhavam para o rapaz de forma preocupada. Nate não sabia o motivo de tantos olhares, até descobrir: Seu armário estava todo ensanguentado, havia algo dentro dele que estava fazendo sangue ser derramado. Um dos policiais que antes estava falando com a diretora Queller, foi até o armário e com o alicate, quebrou o segredo. Abriu lentamente, revelando o que tinha ali dentro: Uma cabeça decepada com o mesmo símbolo que tinha na testa do senhor Jackson. O pior não era isso. O membro decapitado era a professora de biologia, Karine Osman.

— Ai meu Deus! — exclamou uma garota aleatória ali na multidão.

— É a professora Karine! — dizia alguns dos alunos.

Todos estavam horrorizados com o que estavam vendo. Como ela estava morta? Horas atrás, a mulher tinha dado algumas aulas, como alguém passaria despercebido na escola e mataria uma professora como ela? Nada se encaixava. A polícia agora ficava confusa com tudo aquilo e ao mesmo tempo, questionavam-se de onde estaria o resto do seu corpo. A resposta deles veio com um grito no final do corredor.

A atenção de todos agora estava na garota que gritou no corredor. Ela parecia desesperada.

— É a professora Karine... Vão à sala de Biologia! — gritou.

Um grupo de policiais ficou ali próximo do armário, enquanto outra metade foi em direção á garota que gritou, seguindo-a. Os demais que estavam ali, apenas como curiosos, também foram ver. Nate apressou seus passos, junto á Dan e Kyle, indo na frente de Serena, Blair e Chuck. Assim que chegaram na sala de biologia/química, mais outra surpresa: Quando os policiais abriram a porta da sala, diversos membros decepados da professora estavam ali. Suas mãos estavam em cima da mesa, uma segurando uma maçã e outra segurando uma caneta; Seus pés estavam em cima de uma balança ali; Outras partes do corpo da mulher, também estavam espalhadas. A diretora Queller ficou horrorizada com o que viu e impediu a passagem e que os alunos vissem o que estava acontecendo.

— Alunos, por favor, dirijam-se todos ao auditório do colégio. — ordenou a diretora, chamando pelos demais professores, principalmente Coin — Pode leva-los e os manter lá?

— Claro. — ela respondeu sonsa.

Com ajuda dos demais professores, Alma Coin encaminhou os alunos até o auditório. Quando Nate estava prestes á encontrar uma brecha para fugir e ir “investigar”, acabou sendo pego pela professora.

— Senhor Archibald? Creio que não há nada que precise ver lá. — comentou.

— O armário onde estava a cabeça da senhorita Osman, era meu. Eu tenho o direito! — exclamou ele.

— Você não foi acusado de nada e muito menos é suspeito de algo. Sugiro que prossiga com seu caminho, junto aos seus amigos. — ela disse.

Nate olhou para trás e percebeu seu círculo de amizades, atrás dele. Estava Serena, Blair, Chuck, Dan e Kyle. Todos preocupados com a situação. Ele olhou para a mulher que estava com um sorriso diabólico nos lábios e fez uma cara feia, até dar as costas pra ela e prosseguir com o seu caminho.

Agora todos os alunos estavam no auditório do colégio. O falatório estava tão grande, que era impossível para os professores, conterem tudo aquilo. A diretora Queller, juntamente de uma equipe de policiais, adentrou ao local que logo ficou em silêncio na presença da mulher. Ela andou á frente, posicionando-se diante de todos, para começar com um breve discurso.

— Serei breve nesse discurso. — anunciou — Bem, a escola passou por diversos problemas durante este ano. Tivemos casos de desaparecimento, perseguição, fofoca e agora, duplo homicídio qualificado. — prosseguiu — Devo dizer então que... Infelizmente, teremos de cancelar as aulas durante esse mês todo, para que a polícia faça uma avaliação dos problemas. Eles sugeriram que não seria viável fazermos isso, porém, não queremos que nenhum aluno se sinta atingido tanto de forma mental como física. Avisem aos seus pais sobre a decisão da diretoria e os deixem cientes de todos os problemas que podem colocar vocês em risco. Agradeço muito pela atenção de todos, estão liberados para irem pra casa.

Um aglomerado de alunos se levantou de seus lugares, desesperados. Já era motivo de conversa e discussão. Os professores se olharam, enquanto Coin fitou sua atenção na diretora Queller, com certa raiva em si. Talvez não tivesse gostado da decisão da mulher. Os estudantes, já tinham ido embora.

No Starbucks, o sexteto com Jenny, reuniu-se para lamentarem sobre o cancelamento de aulas e ao mesmo tempo, refletirem em relação á todos os acontecimentos. Nate parecia nervoso, enquanto os demais apenas demonstravam estar preocupados com ele, sem saber o motivo dele estar daquela forma.

— Nate, o que foi? — questionou Blair.

— Por que eles colocariam no meu armário? Entre tantos, por que no meu? — indagou — Deve ser um aviso...

— Aviso? Por que eles te atacariam? — indagou Dan.

— Não creio que a pessoa que está causando esses assassinatos, tenha algum motivo. — respondeu Serena, confiante.

— Eu fiz uma pesquisa. O símbolo nas testas do professor Jackson e da professora Karine, representam uma sociedade secreta que está em busca de poder e domínio. — explicou.

Kyle franzia a testa durante aquele momento, apenas escutando o que diziam. Ele queria falar, mas não queria envolver seus amigos.

— Sociedade Secreta? Parece que alguém anda lendo ou assistindo Código da Vinci. — ironizou Chuck, rindo até receber uns tapas de Blair pela atitude grosseira.

— Ele não tá brincando. — alertou Kyle.

Os cinco olharam em direção ao garoto loiro, confusos.

— Como assim? — indagou Blair.

— Eles são uma sociedade secreta. Mas não são apenas assassinos. — disse — Eles são terroristas.

Eles se entreolharam, ainda sem terem ideia do que Kyle estava falando.

— Dá pra explicar? — pediu Chuck.

— Vai lá. — afirmou Dan, olhando pro amigo — É hora de contar.

Ele respirou fundo, colou as palmas das mãos e olhou para os demais ali. Era finalmente a hora de saberem toda verdade.

— Lembram que uma vez eu disse á vocês que já tinha conhecido a Upper East Side? Foi na época em que eu e a Jenny namorávamos escondidos... — relembrou ele, olhando para a garota loira.

— Tá, a gente lembra. Agora nos poupa do seu romance de quinta com a irmã do Dan. — ordenou Blair, impaciente.

— Blair! — exclamou Serena, horrorizada.

— Não. Tá tudo bem. — ele continuou — Durante esse tempo que eu fique aqui, foi para avaliar se daria certo, viver aqui. Foi quando eu conheci a Jenny e o Dan. O resto vocês sabem. Mas a verdade é que minha família e eu só estamos aqui por estamos fugindo há muito tempo.

— E do que seria? — indagou Serena.

— Não é do quê, mas sim, de quem são as pessoas que estamos fugindo... — respondeu.

“Anos atrás, eu e meu pai vivíamos nos Hamptons, um lugar que o nosso nome predominava. Na época, não nos chamávamos por Spencer. Chamávamo-nos de Graysons. Uma família de elite alta que sempre dava as melhores festas e sempre estava envolvido em algum escândalo que de certo modo, nunca afetou a família.” — iniciou Kyle.

— Espera aí! O sobrenome de vocês é Spencer ou Grayson? — indagou Blair, confusa.

— Talvez se você o deixasse continuar. — respondeu Dan, revirando os olhos.

“Foi então, quando um grupo chamado American Initiative, quis fechar um negócio com a empresa do meu pai e conseguiram. Ele estava lucrando na época por causa da parceria que tinha com a A.I e pior, ele estava seguindo ordens do grupo terrorista em prol do dinheiro. Foi quando as coisas começaram a piorar: Meu pai foi ordenado á derrubar um avião, mas ele se recusou. Então ele fugiu do grupo que vem o caçando até hoje.” — complementou.

— Então sua família está sendo caçada por causa de que seu pai fugiu? — perguntou Serena.

— Não. Minha família está sendo caçada porque o meu pai deixou a American Initiative de lado, algo que ele não poderia fazer, uma vez que se comprometeu em fazer tudo que o grupo mandasse em prol do dinheiro. São eles os responsáveis por esse ataque, pois todos os lugares que eu e meu pai já passamos, essa onda de assassinatos aconteceram. A diferença é que aqui está mais aprimorado. — alertou.

— Ainda não tive a resposta da minha pergunta. — relembrou Blair.

— Meu pai e eu tivemos alguns contatos que garantiram a troca de nossos nomes e sobrenomes. Eu, naturalmente, me chamo Kyle, mas eu não sou um Spencer, eu sou um Grayson. — respondeu.

— Por que não acionamos a polícia? É bem mais rápido e eficaz. — sugeriu Jenny.

— Porque se a polícia for acionada, o meu pai será preso e depois morte. Seguidamente, o grupo vai me procurar para passar os anos de servidão do meu pai, em nome dele. Se eu recusar, também serei morto. O ciclo continua.

— Sem contar que tanto a imagem do pai como a do Kyle, ficariam sujas. Nenhuma faculdade o aceitaria por ser filho de um suposto terrorista. — retrucou Chuck — Você tem certeza que seu pai não derrubou o tal avião?

— Ele me garantiu que não foi culpa dele a causa da queda do voo 197. — disse.

— Voo 197? Foi esse grupo secreto responsável pela queda? O caso desse voo repercutiu o mundo todo em 2012. — comentou Blair, chocada.

— A culpa de tudo isso é minha e do meu pai. Eu nunca deveria ter envolvido vocês. — afirmou Kyle, abaixando a cabeça.

— Tem razão. Você tem culpa. — disse Blair.

— BLAIR! — berrou Serena.

— Calma! Ainda não acabei. — retruquei — Você tem culpa e ao mesmo tempo não tem. Você tem culpa por ser filho do seu pai e não tem culpa pelas atitudes erradas dele; Você tem culpa por nos envolver nisso, mas não tem culpa de nos intrometermos por opção. Nem tudo é fruto da culpa de alguém. — explicou.

— Tenho que concordar com a Blair. — disse Nate, verificando o celular, preocupado.

— O que foi? — perguntou Dan.

— Se lembram do Caleb? Aquele que nos ajudou á encontrar a garota do blog? — questionou.

— Sim. O que tem ele? — indagou Serena.

— Pedi para ele fazer uma instalação no software do meu computador, conectando bancos de dados e variados ao meu celular. Por exemplo, se alguém ligasse o meu computador, eu saberia por meio de uma mensagem enviada ao meu dispositivo móvel. — explicou Nate.

— Traduz essa metalinguagem de nerd, por favor. — pediu Blair.

— O que acontece no meu computador, eu me atualizo por meio de mensagens em meu celular. — resumiu.

— Tá, mas o que tem a ver? — perguntou Kyle.

— Acabei de receber uma mensagem em meu celular, avisando que o sistema do meu computador foi invadido pelo menos umas três vezes. Não só o meu computador em si, como a minha webcam. — alertou — Me observaram duas vezes, enquanto eu pesquisava ontem sobre essa sociedade secreta no computador e me observaram hoje, no mesmo horário que o Dan e o Kyle foram em casa.

— Quem invadiria o seu computador? — questionou Serena.

— Fácil. — respondeu Kyle — A American Initiative. Eles sabem que o Nate está investigando e para dar um aviso á ele, fizeram aquilo com o seu armário.

— Então eu sou um alvo? — indagou Nate.

— Provavelmente. — respondeu.

O clima da conversa permaneceu tenso. Todos agora estavam muito mais preocupados do que o normal, principalmente depois de saberem toda a verdade que os deixara chocados.  

— Temos de fazer o que fazemos de melhor... — começou Blair.

— Que seria... — falou Serena, aguardando a garota completar.

— Sobreviver. Não podemos os deixar chegarem em nossa cidade, tomarem o que é nosso, matarem quem querem. Não podemos.

— Estamos falando de terroristas e assassinos, B. Não de uma garota do blog 2.0. — retrucou Serena.

— Não importa! Já passamos por coisas piores. Podemos nos lidar com isso. A única coisa que devemos fazer é expor essa facção terrorista que nem a Kim Kardashian expondo a Taylor Swift no snapchat.

— Vocês não fazem ideia de onde estão se metendo... — falou Kyle.

— Eles que não fazem ideia de onde estão se metendo. Fazendo que nem o Chuck: Eu sou Blair Waldorf. — disse totalmente imponderada.

Apesar da autoconfiança que Blair transmitia pros amigos, não era o bastante para abaixar o nível de preocupação que todos sentiam naquele exato momento.

Em casa, a Diretora Queller estava em seu escritório pessoal, lendo algumas papeladas. Foi interrompida algumas vezes, ao prestar atenção no noticiário que falava agora sobre os acontecimentos na escola. A mulher retirou o óculos do rosto, franziu a testa, decepcionada com tudo. Escutou o toque da campainha soar, até levantar-se de sua cadeira, pegar o seu óculos, sair do escritório e ir em direção á porta principal da residência. Ao abrir ela, deu de cara com uma figura.

— Deseja algo? — questionou, limpando as lentes do óculos na sua blusa e o colocar no rosto, tendo uma visão mais ampla, reconhecendo quem estava ali com um sorriso.

— Claro que desejo. — disse a mulher — A sua morte.

Ela respondeu. Sendo assim, a mulher retirou uma faca da bolsa e em um único movimento, deslizou a lâmina afiada do objeto de corte no pescoço da diretora, que agora estava jorrando de sangue. A assassina se afastou de Queller que caiu de joelhos no chão, suja de sangue, tentando falar algo.

— P-Por que? — ela questionou, de joelhos, perante á assassina.

— Porque eu precisava completar as minhas três mortes. — respondeu a figura, sorridente.

— E... Por-Por Que... Eu? — colocava as mãos no pescoço, tentando conter o sangue que saía pela abertura do corte.

— Porque eu, Alma Coin, serei a nova diretora do colégio e tomarei a verdadeira atitude que você não tomou. — respondeu ela, jogando os cabelos cinzentos para trás, sem desfazer a alegria em seus lábios — Agora... Adeus querida. — finalizou a conversa, enfiando a ponta da faca diretamente na garganta dela, acelerando sua morte.

O corpo da diretora Queller caiu no chão, enquanto Coin permanecia de pé, olhando para os lados. Abaixou-se, puxando a faca pelo seu cabo, e desenhou na testa da mulher o símbolo de sua ordem secreta. Ao completar, levantou-se, olhou para a câmera da residência e saiu andando. Todos os meios foram manipulados, desde celulares até câmeras da cidade. O último sacrifício da etapa um, havia sido completada. O próximo, apenas estava prestes á acontecer.


Notas Finais


Vale ressaltar que a 2A da fanfic será um pouco mais pesada, por isso haverá um número considerável de mortes. Estou demorando pra postar, por causa do trabalho. Espero que gostem. ♥


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