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História Reputações - A arte do segredo - I see Fire


Escrita por: SrSpellman

Notas do Autor


Nos capítulos anteriores: A professora Karine foi morta, assim como a diretora Queller; Kyle contou a verdade sobre seu pai e tudo que sabia sobre a Americon Initiative;

Capítulo 28 - I see Fire


23 de Agosto de 2016 (Trecho do diário de Blair Waldorf)

“E mesmo que exista o amor, existe também a dor. Temos momentos de paixão, mas também de raiva. Alguns se tornam fracos em se submeterem á isso e outros se tornam viciados em sempre passarem por aquilo. Talvez o amor mais forte que sentimos seja por nossa família e depois por nossas paixões; Talvez a dor mais forte que nos destrói, seja pela perda de ambos. A questão é: Até quando viver submissa á infelicidade e as tragédias? Tudo precisa de um ponto final. Até mesmo as melhores histórias.”

Desilusão. Um sentimento monótono de quando as pessoas perdem a esperança, isto é, deixam de ter fé em algo como se fosse uma descrença. Era o que sentia boa parte da sociedade de Manhattan. A cidade da maior elite, Upper East Side, nunca se imaginou estar passando por uma fase tão inusitada como esta.  Três assassinatos que coincidentemente foram todos de professores. Mas então... Três? Sim. A última vítima tinha sido a ilustre diretora Queller.

A catedral da cidade estava lotada, principalmente pelos alunos da Upper East Side. O velório da ex-diretora do colégio estava ocorrendo. Certamente, não havia nenhum motivo de felicidade naquele momento. A angústia, o medo e o temor influenciavam quem estava ali. Todos se questionavam: “Quem é o próximo?” Era uma das perguntas que nunca seriam respondidas.

Por ser um momento indelicado, os alunos destaques estavam ali no local. Blair estava sentada na frente, junto de sua mãe; Enquanto Serena também estava próxima dela, acompanhada de Lily, Rufus, Dan e Jenny. Já os demais, Kyle, Nate e Chuck estavam juntos, como se tivessem formado o trio da amizade repentina ali mesmo. Eles estavam em silêncio, não pareciam tocar no assunto sobre a iniciativa, naquela hora. O momento era apenas de luto e nada mais.

Estava ali, um caixão marrom que guardava o corpo da diretora dentro dele. Mas além do corpo da mulher, estavam outros dois caixões com a mesma ornamentação. Eram pertencentes ao professor Jackson e á professora Karine. Todos os três estavam sendo prestigiados de verdade naquele velório. Assim que o padre começou a discursar palavras belas e bíblicas, arrancou o choro de alguns familiares presentes das vítimas e até mesmo de alunos e pessoas próximas dos três professores. De certo modo, eram todos importantes.

Ao fim do velório, quando todos já estavam saindo, Blair reuniu o grupo e os chamou para conversar no mesmo lugar que tinham se reunido dias atrás. Na cafeteria, Starbucks. Todo o grupo de amigos estava ali, mas quase nenhum deles estava querendo falar. Talvez pelo fato dos acontecimentos atuais que os estavam deixando assustados.

— Não podemos ficar assim pra sempre, pessoal. — afirmou Blair, olhando para Serena que logo recuou o olhar. Prosseguiu — Foram três vítimas que coincidentemente são professores. Devemos presumir então que haverá um quarto ataque á algum professor.

— A diretora Queller não era professora, era diretora. — contestou Dan.

— Está enganado. A diretora Queller antes de se tornar diretora, era professora de literatura. Deve haver uma razão de a iniciativa estar realizando sacrifícios de professores. — afirmou Blair.

 — Talvez porque eles sejam inteligentes. — sugeriu Serena.

— Não. — retrucou Blair.

— E se na verdade os três tinham ligação com a iniciativa? Nunca se sabe né? — sugeriu Jenny.

— Também não. Creio que um grupo como esse acharia o professor Jackson muito inútil pra causa do “mal” deles. — respondeu.

— Nós devemos ir procurar respostas. Criarmos suposições não mudará nada. — afirmou Nate, franzindo a testa.

— Parecemos uma live action do Scooby-Doo. — bufou Chuck, irônico.

— Gente... Tenho notícias. — anunciou Dan, mostrando um aviso de uma mensagem na tela do seu celular.

“AVISO ESCOLAR - AMANHÔ. Era o que dizia na mensagem de Dan. Os alunos estavam confusos dada a situação. Logo cedo, no dia seguinte, com o aviso já espalhado entre todos e principalmente os pais, era a hora do retorno. Bem de frente á escola, os alunos aguardavam por um aviso ou algo do tipo, alguns dos familiares já estavam presentes. O corpo docente escolar estava na frente da portaria.

— O que tá acontecendo? — perguntou Serena á Blair.

— Não sei. A gente só foi alertado ontem sobre isso e hoje... Está assim. — respondeu.

— Pensei que as aulas tivessem sido canceladas. — comentou Nate, aproximando-se das garotas — Vejo que me enganei.

— Talvez seja apenas um aviso de que a escola vai fechar. Não sei. — supôs Serena.

24 de Agosto de 2016

As portas se abriram e uma figura se revelou. Trajava um blazer preto com uma camisa social branco e uma saia bem executiva. Seus cabelos cinzentos se destacavam, assim como seu rosto com a expressão vazia. Era ela ali. Alma Coin, professora de literatura, parada, diante de todos.

— Obrigada pela presença de todos. — começou a mulher que estava recebendo vários flashes de câmeras no momento — É com enorme prazer que venho anunciar por algumas reformas que faremos na Constance e na Saint Jude’s. Infelizmente, três pessoas fundamentais para o nosso sistema educativo nos deixaram por obra de um alguém que parece estar tendo prazer com tudo isso. Posso afirmar com todas as palavras que continuaremos fortes e a educação ainda está sendo priorizada. Com auxílio da presidente do condado de Manhattan, fizemos uma restruturação no sistema escolar do núcleo de colégios da Upper East Sider. — disse — A partir de hoje, eu, Alma Coin, estarei assumindo a gestão escolar com aceitação do corpo docente em si e indicação em prol do meu currículo avaliado pelo conselho da cidade. E bem, como meu primeiro decreto de diretora, a partir de amanhã, ambas escolas, Constance Billard e Saint Jude’s, irão se tornar apenas uma, isto é, não haverá nenhuma divisão entre escola para garotas e garotos, ela será diversificada.

Ao noticiar isso para todos, os alunos começaram a fazer vários comentários uns com os outros, inclusive com seus próprios pais. Estavam todos surpresos com aquela nova decisão, principalmente o sexteto.

— Anteriormente existia um corredor para as meninas e um corredor para os meninos. Tudo agora está diferente. Os corredores serão para todos. O intuito disso é tirar o limite que antes tinha em separar os dois grupos e torna-los mais adeptos com esse novo sistema. As aulas vão retornar oficialmente, amanhã e o horário de todos já foi estabelecido. A partir das sete horas da noite, todos os alunos da “Constance Jude’s” irão receber uma carta informando o numero de seus armários e horários. Vale ressaltar que as atividades extracurriculares como teatro, decatlos acadêmicos, lacrosse, entre outros, também estão inclusos nesse novo sistema contra a limitação. — explicou — Enfim, esperamos que todos se adequem á nova regularização escolar e como forma de priorizar o conhecimento, as aulas estão de volta. Nos veremos amanhã.

Ela completou o seu discurso e adentrou á escola, juntamente do corpo docente que agora a seguia. O sexteto como sempre, se encontraram entre a multidão de alunos e pais de frente á “Constance Jude’s” e iniciariam um breve diálogo.

— Eles estão loucos de retomarem com as aulas, logo em pleno perigo que os professores estão sofrendo. — afirmou Serena, chocada.

— Talvez estejam apenas preocupados com a nossa situação, não é mesmo? Está chegando a época da seleção das faculdades e a escola deve estar querendo apenas não nos atrasarmos, principalmente no quesito futuro. — retrucou Dan.

— Além do mais, faz dias que não se tem vítimas da iniciativa. Podemos considerar que eles foram embora, não? — questionou Jenny.

— Eles certamente não deixariam um trabalho inacabado aqui. — respondeu Chuck, olhando pros lados.

— A propósito... Vocês vão ao evento beneficente hoje? — perguntou Blair.

— Que evento? — indagou Nate.

— É um evento beneficente que vai prestigiar o Doutor Howard Patrick como médico do ano. Ele sempre faz palestras sobre AIDS, Câncer, Alzheimer, etc. Vocês vão?

— Não sei. As circunstâncias atuais me fazem não querer ir. — respondeu Serena.

— Então é isso? Acontecem tragédias na cidade e deixamos que tudo isso nos atinja? O que está acontecendo? Quando era a garota do blog, todos vocês batiam no peito e faziam questão de lutar contra ela e seguirem suas vidas ao mesmo tempo.

— Mas não estamos falando de fofocas, B. Estamos falando de assassinatos. Não podemos chorar com a morte de um alguém em um dia e no dia seguinte, comemorar por alguma coisa. Não podemos ser assim. — contestou Serena.

— Perder um alguém não é justificativa para um luto sem fim, S. Você melhor do que ninguém deveria saber. — retrucou Blair — Se formos viver uma vida monótona e presa numa bolha só por causa de uma tragédia, não teríamos uma vida. Enfim. Eu vou hoje à noite, gostem ou não. A vida continua.

Decepcionada, Blair se distanciou do grupo sem ao menos se despedir. O grupo entreolhou-se, parecendo quase concordar com a morena.

Na residência Van der Woodsen-Humphrey, Dan estava sentado no sofá da sala de estar, com o notebook no colo, escrevendo mais um capítulo para o seu livro. Jenny, por sua vez, surgiu no local indo até o irmão.

— Você não vai ao evento de hoje à noite? — perguntou a garota ao irmão.

— Não, não. Decidi ficar em casa, escrever um pouco e ver uns clássicos do cinema. — respondeu Dan, fazendo uma careta.

— O papai sabe que você não vai? — indagou.

— Uhum. Eu e a Serena optamos em ficar aqui.

— Hum... Você e a Serena sozinhos? Sei... — comentou Jenny, arqueando um sorriso de malícia nos lábios, enquanto olhava o irmão.

— A Serena e eu não temos nada. Somos apenas amigos, tá dona chata? — disse ele, gargalhando — E você? Vai?

— Também não. Mas, vou sair um pouco. Me distrair. — disse.

Rufus Humphrey surgiu ali com uma camiseta de rock, indo para perto dos filhos.

— Do que estariam falando? — questionou.

— Sobre o evento de hoje. Você e a Lily vão ir comprar roupas? — perguntou Jenny.

— Sim. Ela acha que é bom pra nós dois comprarmos roupas. Ela não gosta das minhas camisetas. Ela já vai descer com a Serena que topou ir comprar algo pra hoje à noite.

— A Lily tem razão em não gostar dessas suas camisetas. — afirmou Jenny, rindo, fazendo claramente uma crítica em relação á camisa que o seu pai estava usando.

— Espera, espera. A Serena num disse que não iria? — questionou Dan, confuso.

— Sim, porém, ela desistiu de última hora. O Carter vai passar aqui pra busca-la de noite, pois eu e a Lily vamos na frente. — ao citar o nome dela, ela surgiu descendo as escadas e ficando próxima de Rufus.

— Vamos amor. Daqui á pouco voltamos, crianças.  — disse Lily.

— Tudo bem. — respondeu Jenny e Dan quase em um coro.

— Juízo. — despediu-se Rufus.

O casal ao sair se encontrou com uma jovem garota morena que estava no elevador e a deixou entrar no local. Cabelos castanhos encaracolados, corpo com curvas atraentes e aparência belíssima. Era Katherine.

— Jen? — chamou.

— Kath? —questionou surpresa ao ver a garota ali, indo na direção dela — O que você tá fazendo aqui? Como achou onde eu morava? — perguntou, abraçando a amiga.

— Referências, sabe? Não foi tão difícil. — respondeu ela — Passei aqui pra nós duas irmos fazer compras e ter algo pra vestir no evento desta noite. Que tal?

— Ah é... Então... — começou Jenny, franzindo a testa — Eu não vou nesse evento beneficente.

— Por que não? — questionou Katherine surpresa e ao mesmo tempo com a raiva trancada em sua consciência.

— Só não estou muito a fim de ir, sabe?

— Isso é por causa daquelas garotas idiotas? — questionou baixinho.

— Não! É claro que não. Imagina. Eu não tenho medo das malvadinhas. — respondeu insegura.

— E mesmo assim, está dando vantagem pra elas. — disse — Mas você quem sabe. Se prefere ter uma noite de Rainha ou uma vida de submissa.

Quando estava prestes á ir embora, Jenny chamou Katherine que logo se virou e mostrou um sorrisinho. As duas se aproximaram e a loura disse:

— Tá. Eu vou com você. — cedeu.

— Muito bem! Prometo que Jenny Humphrey estará vestida para matar. — ironizou Katherine.

As duas riram ao mesmo tempo pela descontração.

— Vejo que todo mundo resolveu sair hoje. — disse Dan, ao ouvir o comentário de Katherine.

— Por que não vai ao evento, Dan? — questionou a morena.

— Tédio. Prefiro ficar em casa. — respondeu.

O celular de Dan tocou e vibrou, notificando que alguém estava ligando para o seu celular. O rapaz pegou o aparelho e atendeu a ligação.

— Ah, oi. Tudo bem? — questionou ele, fazendo algumas caras e bocas — Sério? Nossa. Vou indo aí agorinha! — cessou a ligação.

— O que foi? — perguntou Jenny.

— É... O Kyle descobriu algo. Preciso ir ao Starbucks. — falou, levantando-se do sofá e fechando o notebook, pegando um casaco e vestindo.

— Ah... Podemos ir com você? — indagou Jen, olhando o irmão.

— É... — ele começou, não querendo tocar no assunto na frente de Katherine.

— Vou descendo. Espero vocês lá fora. — falou Katherine com um sorrisinho nos lábios, afastando-se dos dois e indo para o elevador. Na passagem, tirou da sua bolsa Prada, discretamente, um enfeite de golfinho com uma microcâmara escondida e deixou em cima de um balcão ali que era visível por toda sala. Ao posicionar a decoração ali, saiu.

— E então? — iniciou Jenny.

— O Kyle descobriu algo no acervo do pai dele sobre a Americon Initiative. A Katherine não pode saber do que estamos falando, por isso ela não pode vir.

— E como vou fazer ela não ouvir nada disso? — questionou.

— Não sei. Dá o seu jeito. A ideia foi sua. — respondeu Dan, saindo dali.

No Starbucks, Kyle, Nate e Chuck aguardavam a chegada de Dan, onde finalmente viram o garoto, porém, se surpreenderam ao ver suas companhias. O garoto ao chegar ao local acompanhado de Jenny e Katherine, dirigiu-se até a mesa que o trio estava.

— Oi Dan e... Meninas? — cumprimentou Nate, observando Jenny e Katherine — O que fazem aqui?

— É tão indelicado ser recebida dessa forma, Nate. — afirmou Katherine com um tom de voz triste, praticamente fingida.

— Perdão. Não foi minha intenção. — contestou.

— Tudo bem. Eu e a Jen vamos ao shopping, só passamos aqui para pegar um café. — justificou.

— E também não queremos atrapalhar essa reuniãozinha masculina. — ironizou Jenny.

— Vocês vão ao evento de hoje á noite? — indagou Kyle, tomando um gole de cappuccino.

— Sim. Eu e a Jenny vamos juntas, já que estamos sem companhias. — respondeu Katherine.

— Não seja por isso... Posso te acompanhar no evento? — perguntou Nate com um sorriso disposto.

— Por mais que seja um pedido tentador, eu deixo passar. O dia é dos meninos, mas a noite é das garotas. — disse Katherine em referência á ela e Jenny — Bem, nos vemos de noite.

A garota puxou Jenny e ambas saíram dali, apressadamente.

— Parece que perdeu o prêmio, Nathaniel. — zombou Chuck, rindo.

— Cala a boca, Chuck. Preciso ir na calma... — disse.

— Garanto á você que ela gostaria de mim mais rápido que você. — desafiou.

— Hum... É uma aposta? — questionou Nate, arqueando uma das sobrancelhas.

— Começou... — disse Dan, sentando-se e balançando a cabeça negativamente.

— O primeiro com quem ela se encantar e der um beijo, ganha. O perdedor dorme com outro cara. — desafiou Chuck, erguendo a mão direita em direção ao Nate.

— Vocês não acham esse desafio meio “machista”? As garotas odeiam isso e vocês sabem. — falou Dan.

— Não estamos sendo machistas. Se estivéssemos agindo que nem machistas, diríamos “O primeiro que traçar/pegar/etc ela...” entendeu? — explicou Nate — Além do mais, estamos apostando quem vai encantar ela e quem vai ser o primeiro a ser beijado, acho que ela tem mais vantagem do que nós. — finalizou e apertou a mão de Chuck — Eu aceito.

— Podemos começar a falar sobre o real motivo de estarmos aqui? — indagou Kyle.

— “Por que está tão sério?” — questionou Chuck, imitando perfeitamente a voz do Coringa, rindo.

— Enfim. Estive no acervo do meu pai na nossa casa á procura de mais respostas sobre a Americon Initiative. — começou.

— Espera aí... Como tá morando naquela mansão da sua família se não está sendo mais sustentada? — perguntou Nate.

— Já enviaram uma carta de aviso de que a casa isolada caso os financiamentos dela não sejam cumpridas. — respondeu

— Posso te ajudar nesse aspecto. — disse Chuck — Não vou pagar suas contas, é óbvio. Mas posso te dar um AP no Hotel Empire da minha família e te conseguir um estágio na empresa do meu pai.

— A propósito... Se seu pai foi embora, como está o gerenciamento das empresas aqui em Manhattan? — perguntou Dan.

— Valeu Chuck. — afirmou Kyle, grato — Meu pai não precisa estar presente para gerenciar a empresa. De acordo com um contato que tenho na empresa dele, meu pai cancelou contrato com metade dos investidores e a outra metade está em avaliação.

— Prossiga com o que você encontrou de tão importante no acervo da sua casa. — disse Nate.

— Bem, eu pesquisei diversos conteúdos na biblioteca da nossa casa, mas nada encontrei. Porém, tinha algo que me chamou á atenção... Que no caso, foi um alçapão no assoalho perto da lareira da biblioteca, embaixo de um tapete. Assim que eu retirei o tapete, fui procurar um alicate grande no almoxarifado da casa pra tentar quebrar o cadeado, até que consegui. Ao chegar lá embaixo, me impressionei com o que vi...

— Que era... — apressou Chuck.

— Uma sala empoeirada e cheia de computadores, como se fosse um covil e o mais interessante de tudo: Havia vários arquivadores em diversas gavetas com inúmeras pastas. Mas o foco não é esse, mas sim: O cofre.

Os outros três ficaram surpresos com a revelação, mas logo apressaram o rapaz para continuar.

— É um cofre com algo suspeito dentro dele que talvez tenha alguma pista sobre a Americon Initiative.

— Quando você me chamou aqui, deu a entender que já tinha encontrado respostas. — bufou Dan.

— Quase isso. Precisamos apenas ir investigar a papelada nesse alçapão e tentar abrir o cofre. Somente.

— “Somente”? Você enlouqueceu? Acha que é tão fácil abrir um cofre do estilo... — falou Nate, sem saber como era o cofre.

— Cofre mecânico. — completou Kyle.

— Um cofre do estilo mecânico que é mais difícil de abrir, por simplesmente ter de saber a combinação certa de números. Nunca saberemos.

— Por isso teremos de investigar a papelada nos arquivos do meu pai para saber alguma dica.

— E quando vamos fazer essa investigação? — questionou Chuck.

— Esta noite. Se pensavam em ir ao evento beneficente, pensaram errado. — afirmou Kyle.

— Ainda bem que eu só pensei em ficar em casa, hoje. — comentou Dan.

Eles olharam para Dan, sérios.

No horário da noite, todos já estavam se preparando para o evento que começaria às sete horas. Rufus estava com Dan e Jenny, conversando com eles dois, enquanto aguardava por Lily, acabar de se arrumar.

— Sua irmã mudou de ideia em relação ao evento, tem certeza que não quer ir, filho? — questionou Rufus.

— Absoluta. Além do mais... Eu e os meninos temos um programinha pra fazer. — falou Dan, tirando a embalagem de uma barrinha de chocolate nutritiva.

— Noite dos garotos? Isso me faz lembrar os bons tempos... — falou Rufus.

— E como eram esses tempos, pai? — indagou.

— Eu nunca disse, mas... Eu sempre me reunia com os caras da banda e íamos numa discoteca para se divertir e beber. Foi em uma delas que eu conheci a Lily.

— Sério? — perguntou Jenny, chocada — Que brega! — exclamou.

O trio Humphrey riu com aquilo, até Lily surgir ali, descendo as escadas com um sorriso e indo até o seu marido.

— Nós vamos voltar tarde do evento. Não esperem por nós. — alertou Lily — O jantar está na geladeira, caso estejam com forme. Vamos na frente, pois a Serena vai com o Carter.

— Tudo bem. Tchau. — falou Dan, despedindo-se do casal que saiu dali.

— “Noite dos garotos”? Fala sério. O que rolou naquela conversa, hein? — insistiu Jenny.

— O Kyle encontrou um alçapão na casa da família dele com uma variedade de papelada que pode ter alguns podres sobre a Americon Initiative. Durante o evento beneficente, nós vamos investigar e tentar encontrar algo que nos ajude contra esses terroristas. — explicou Dan.

— A Blair e a Serena já sabem? — questionou Jenny.

— Você conta pra Serena quando ela não estiver com o Carter. Já a Blair... O Chuck falou com ela. — respondeu.

A campainha do elevador soou, anunciando a chegada de um alguém. A dupla de irmãos olhou para ver quem era e viram Carter entrar.

— A Serena já está pronta? — perguntou ele, ajeitando a gravata borboleta que combinava com seu terno.

— Vou chamar ela. — disse Jenny, indo apressadamente até as escadas, atrás de Serena.

Dan revirou os olhos pelo local, como se não quisesse puxar assunto. Caminhou até o sofá e se jogou nele, pegando o notebook e o abrindo. Carter o observou e se poupou de uma risada.

— Deve ser estranho pra você. — disse.

— O quê? — questionou.

— Dividir a casa com a sua ex-namorada que atualmente está namorando á um cara que vocês meses atrás julgavam ser um stalker.

O rapaz engoliu um seco ao ouvir o que ele disse.

— Não. Não é estranho. Estranho é você ter de tocar nesse assunto, agora.

— Não precisa ficar nervoso, Humphrey. — falou ele, rindo.

— Não estou nervoso, Baizen. Só fico surpreso pelo seu interesse repentino pela Serena, mesmo que ela também tenha cooperado no passado contra você. Apresenta guardar rancor por mim e os outros, mas pela Serena só amor? Maneira interessante de superar.

Carter fechou o punho da mão direita e andou um passo com raiva, até que finalmente Serena surgiu descendo as escadas, juntamente de Jenny.

— Oi. Vamos? — perguntou ela, dando um selinho nos lábios do rapaz, sorridente.

— Claro. Boa noite, Humphrey’s. — disse Carter com um sorriso psicótico e saindo do local com Serena que se despediu também.

— Você contou pra ela? — questionou Dan, ao ver a saída deles.

— Sim. Ela já está atualizada. — respondeu.

— Ótimo. — Dan fechou o notebook e pegou o celular, entrando no whatsapp.

— O que você tá fazendo? — perguntou Jenny, confusa.

— Enviando uma mensagem pros outros no nosso grupo de whatsapp. — respondeu ele com uma careta — Chamamos o grupo de “Bad Boys”.

— Isso é sério? Não acredito que vocês criaram um grupo no whatsapp. — falou — E logo com o nome de “Bad Boys”. Isso é tão 2010.

— Tá, deixa de ser chata. Você não ia com a Katherine ao evento?

— Sim. Só estou esperando ela chegar.

— Por que não liga pra ela?

— É. Vou fazer isso. — disse Jenny, seguindo a sugestão do irmão, pegando o iphone e procurando seu contato na agenda, iniciando uma ligação.

— “Jen? Oi. Já estou chegando. Desculpe o atraso. É o trânsito.” — falou Katherine via ligação.

— “Tudo bem. Vou aproveitar e dar uma retocada na maquiagem.” — falou Jenny.

— “Faz isso. Só sei que essa noite será inesquecível, principalmente quando a gente ver aquelas víboras da sua escola. Até já.” — falou e encerrou a ligação ao se despedir.

— Do que ela estava falando? — indagou Dan, confuso.

— Nada relevante. Vou ir retocar a maquiagem. — disse.

— E eu vou trocar de roupa e me encontrar com os outros. — falou Dan — Divirta-se naquele evento chato. — finalizou a conversa, beijando a bochecha de sua irmã de maneira afetuosa.

Mas na verdade, Katherine não estava enfrentando trânsito algum. Ela estava dentro do seu carro preto conversível, estacionado, próximo ao prédio do apartamento Van der Woodsen-Humphrey, com apenas uns dois quarteirões de distância. Durante esse intervalo de tempo, apenas observava e escutava tudo que se passava dentro da sala de estar da residência daquelas famílias, por meio da imagem de câmera transmitida do golfinho diretamente do seu notebook. Ela mostrou um sorrisinho nos lábios, fechou o notebook e colocou o objeto num porta-notebook. Pegou o celular e fez uma ligação.

— Eles estarão na casa dos Spencers. Há informações confidenciais em um daqueles locais. — disse ela até encerrar a ligação.

Olhou-se no espelho, pegou o batom e passou nos lábios, ainda sorridente. Manteve as mãos no volante e dirigiu até o seu destino.

Ao chegar à residência, totalmente elegante, olhou para os lados á procura de Jenny que ainda estava lá em cima. Andou mais alguns passos á frente, até ver Dan na cozinha que tratou de falar com ela ao vê-la.

— Vai sair, mas não vai ao evento? Que interessante. — disse Katherine, colocando a mão direita na cintura, mostrando um sorrisinho sensual e balançando a cabeça negativamente.

— Noite dos garotos, sabe? — falou Dan, tentando a convencer — Você chegou rápido. A Jen te ligou minutos atrás.

— Peguei um atalho. — mentiu ainda sorridente.

Finalmente, eis que surgiu Jenny já com a maquiagem retocada. Ela foi de encontro com a amiga e abraçou-lhe.

— Pronta pra irmos? — questionou Katherine.

— Prontíssima! — respondeu Jenny, animada e se aproximou do irmão e lhe beijou a bochecha — Até depois.

— Tchauzinho Dan. — despediu-se Katherine.

Após a saída das garotas, Dan recebeu uma mensagem do grupo de whatsapp dos outros amigos dele, anunciando para se encontrarem em meia hora. Esperou um tempinho em casa, para não precisar ter de se encontrar com as garotas que acabaram de sair e até que enfim foi ao encontro dos demais na residência Spencer.

Enquanto isso no evento beneficente da cidade, metade das figuras socialites estavam presentes para prestigiarem os feitos do doutor Howard Patrick por seus avanços medicinais. Serena já estava na área de eventos da cidade, juntamente de Carter.

— Eu não entendo porque todo mundo fica aclamando tanto esse doutor sabichão. — sussurrou Carter á Serena, inconformado.

— Talvez porque ele salvou centenas de vidas e devemos levar isso em consideração. — explicou a garota, andando com o braço entrelaçado ao do rapaz, passando entre as pessoas.

— Que seja. — bufou e avistou uma conhecida — Ali não é a sua amiga Blair?

— Onde? — perguntou Serena, procurando pela amiga até encontrá-la em meio à multidão.

Andou em direção até ela, para iniciar uma conversa.

— Oi B. O que tá fazendo aqui sozinha? — indagou.

— Antes sozinha do que mal acompanhada, Serena. — retrucou Blair, revirando os olhos ao ver a presença de Carter — Pensei que não fosse vir. O que te fez mudar de ideia? Ah, não precisa responder a pergunta. Já sei: O seu namoradinho.

Carter percebeu o clima tenso entre as duas amigas e resolveu quebrar o gelo.

— Vou ir pegar uma bebida pra gente. — falou ele, afastando-se.

— O que tá acontecendo com você? — indagou Serena após Carter sair.

— O que tá acontecendo comigo? O que tá acontecendo com você. Essa é a pergunta real. Uma hora age como uma pobre garota triste e na outra hora está passeando com seu namorado esquisito por uma festa? Me poupe de sua hipocrisia, Serena. — disse Blair, revoltada.

— Ué, mas não era você que queria que eu seguisse em frente sem me importar com as tragédias ao nosso redor? Não era você que queria viver presa numa bolha, sem ligar pra quem vive ou morre? Quem tá sendo hipócrita aqui, Blair? — questionou Serena — E não ofenda o Carter, pois ele é tão importante pra mim como você também é.

— Não me venha dar lição de moral, S! Na época da garota do blog, você era a pessoa mais disposta á bater de frente com o inimigo mais do que qualquer um! E agora você foge de tudo com o rabo entre as pernas. — contestou Blair.

— Não estou fugindo. Estou sobrevivendo. É bem diferente. — justificou — Há uma enorme diferença entre suicídio e defesa. Se eu não quero me envolver é por questão de segurança e por que não quero perder nenhum de vocês.

— Então no final das contas é sobre ele? Digo, é sobre o Eric? Você tem medo de se envolver contra nossos inimigos pelo fato de que pode perder alguém? Está esquecendo-se de uma coisa, S: Todos nós podemos perder quem amamos, não é só você. Não seja tão egoísta.

— Egoísta? Quem aqui que está querendo enfrentar a iniciativa quando os demais não concordam com a opinião? Você simplesmente tá agindo como uma garota mimada e egoísta que só concorda com a própria opinião e ideia. — afirmou Serena.

— Mimada e egoísta? — questionou Blair, surpresa — Perdão S, mas quem é a garota que mente na cara dos amigos ao dizer que superou a morte do seu querido irmão, mas no fundo quer cortar os próprios pulsos por não aguentar a ausência dele? E quem é a garota que está agindo como uma prostituta e anda ao lado de um gigolô na qual chama de namorado? Você é uma das últimas pessoas aqui que tem o direito de dar lição de moral, S. Me faz um favor: Me poupe, se poupe e nos poupe de tanta vergonha.

Serena ficou calada ao ouvir aquilo. Blair pegou uma taça de champanhe numa mesinha próxima dela e quando ia leva-lo aos lábios para beber o conteúdo, a loura lhe pegou a taça da mão e despejou todo o champanhe contra o rosto de Blair que logo ficou molhada.

— Você... Não... Fez... Isso... — disse Blair, lentamente e com raiva.

— Fiz sim. Isso foi pra você tomar vergonha na cara antes de falar o que não deve. — afirmou Serena com “sangue” nos olhos — Boa festa, Blair.

Quando Carter se aproximou com duas taças, Serena pegou uma e saiu andando na frente, enquanto ele ficou parado, sem entender nada. Assim que a loura se afastou, Blair andou em passos apressados até o namorado da amiga e lhe pegou uma taça e em uma distância considerável, lançou o líquido contra as costas de Serena que ficaram molhadas. Ela parou no meio do caminho e olhou para trás ao ver que Blair tinha declarado guerra. Aproximou-se mais da amiga e lhe lançou novamente mais champanhe em sua direção, onde acabou atingindo drasticamente Carter. Ao ver a cena inusitada, Blair riu da situação com uma risada maligna e viu o desespero de Serena com Carter. Assim que ela ia partir pra cima da morena, foi impedida pelo namorado e ao mesmo tempo, o evento iria começar. As duas trocaram olhares de guerra, como se fosse ter uma segunda rodada e voltaram com suas atenções ao verdadeiro motivo do evento.

Os garotos, Kyle, Nate, Chuck e Dan que pareciam o quarteto de amigos do seriado Stranger Things, encontraram-se de frente á residência da família Spencer que atualmente, logo de noite, parecia uma mansão assombrada e posteriormente, abandonada. Os quatros adentraram ao local, segurando lanternas e olhando ao redor.

— A energia foi cortada já. Mais cedo tinha. — falou Kyle.

— Tá, onde fica esse alçapão mesmo? — perguntou Nate.

— Na biblioteca que fica á direita. — respondeu ele.

— E quem diria que o palácio da sua família cairia dessa forma. — comentou Chuck, ao iluminar uma pintura do pai de Kyle.

Eles se locomoveram pelos cômodos até chegarem à área da biblioteca. Com auxílio das lanternas, procuraram por uma lareira até que encontraram. Guiados por Kyle, foram em direção á área cujo tinha um alçapão até que encontraram. Afastaram um tapete velho e revelaram a entrada. Eles se olharam, receosos, menos Kyle e abriram a passagem, onde desceram. Ao chegarem lá embaixo, ficaram surpresos com a quantidade de arquivos que tinha ali e o cofre cujo poderia ter algo tão importante.

— Uau, aqui parece mesmo um covil. — falou Dan, imaginando um capítulo para o seu livro.

— Tem vários computadores e arquivos. Isso que é incrível. — falou Nate, impressionado.

— Devemos procurar qualquer evidência que nos leve á abrir esse cofre. — afirmou Chuck.

Um barulho aconteceu, indicando que alguém além deles estava ali e acima deles. O barulho no assoalho falso de madeira dava a entender esse tipo de noção. Chuck retirou um revólver de sua cintura e deixou em riste para qualquer problema.

— O que é isso cara? — questionou Kyle.

— Achou mesmo que eu iria vir numa casa dessas sem proteção? Foi mal. — falou.

Ele andou lentamente até as escadas do alçapão e ainda armado. Quando a abertura se abriu, ele puxou a figura misteriosa pela gola da camisa e o derrubou na escada, fazendo-lhe rodar. Ao cair no chão em meio de alguns panos velhos, Chuck continuava apontando a arma.

— Quem é você? Identifique-se já! Por que nos seguiu? — indagou.

A figura masculina retirou os panos que lhe cobriam e se levantou, indignado. Era um conhecido. Era Caleb Rivers. O mesmo Caleb que os ajudou contra a garota do blog.

— Uou! O que é isso, Bass? — questionou ele, erguendo as mãos pro alto — Abaixa isso.

— Rivers? O que está fazendo aqui? — indagou.

— Eu o chamei. Esqueci-me de avisar. Foi mal. — falou Nate indo até Caleb.

— Poderia ter levado um tiro. Sorte a sua. — disse Chuck.

— O que ele faz aqui? — perguntou Kyle.

— Quem você acha que vai desbloquear esse cofre pra nós? — questionou Nate.

— E você pode fazer isso? Digo, o cofre é mecânico, não tem nenhum mecanismo tecnológico de hacker ou algo do tipo. — comentou Dan.

— Não é preciso. Só basta eu procurar um banco de dados que contenha a senha e vasculhar o software desses computadores do porão, fazer uma análise de digitais, etc. Além do mais, o Nate comprou um cofre dessa mesma marca e eu pude verificar as engrenagens como botões, travas, etc. Além disso, tomei a liberdade de fazer probabilidades com seis números e obter diversas combinações diferentes.

— E quantas combinações prováveis você encontrou? — questionou Kyle.

— É uma boa pergunta e é melhor não saber a resposta. — disse Caleb com uma feição preocupada e se dirigiu até um dos computadores, ligando-lhe.

— Bem, não podemos ficar parados e esperar pelo Caleb fazer tudo. Vasculhem os arquivos e procurem o que tem de útil. — incentivou Nate.

E todos eles se mobilizaram, á procura de respostas.

De volta ao evento, todo o público agora estava focado nas palavras do secretário do doutor Howard Patrick. Ele estava discursando faz alguns minutos e certamente boa parte do público já estava entediado com tanto conteúdo sobre biologia. Mesmo com todas aquelas falas, Serena e Blair não deixavam de se olhar em nenhum momento. Queriam acertar as contas ali mesmo. Katherine e Jenny que estavam longe das duas, comentavam sobre a tensão que ambas passavam.

— Desculpa, mas eu sou Team Blair. — avisou Katherine, bebendo um gole do champanhe — Ela me parece calculista, inteligente e bastante impactante.

— É, mas não se compara ao Team Serena. — afirmou Jenny — Ela tem iniciativa, gosta de desafios e causa medo na Blair.

— Ah, isso é verdade. Porém... Que ganhe a melhor. — disse Katherine — Tintin.

As duas brindaram, beberam um gole do líquido e riram.

— Acho que aquele Nate está afim de mim. — comentou ela.

— O Nate? Hum... Ele é legal e gato. Deveria dar uma chance pra ele.

— Não sei não... O Chuck me parece interessante. — disse ela com uma feição maliciosa.

— Chuck? Não, não. Melhor não se meter com ele. — alertou Jenny.

— Por que não? Adoro caras perigosos. Não se preocupa. — retrucou Katherine, mordendo os lábios.

— Não é isso. É que... Não se rouba o ouro negro de uma rainha, entende?

— Explique.

— O Chuck e a Blair tem uma história juntos e não é de agora. Apesar de tantas brigas, um sempre encontra o outro...

— Hum... Interessante. — falou Katherine, olhando em direção á Blair com alguns planos em mente — E por que “ouro negro”?

— Quem é considerado a realeza da Upper East Side é o Nate e a Blair, respectivamente, rei e rainha. O Chuck ao iniciar algo com ela, ficou conhecido como “ouro negro”, isto é, o tesouro amaldiçoado da Blair.

Ao escutar o comentário de Jenny, eis que surgiu o grupo de malvadinhas.

— Ouvimos o nome da Blair e achamos viável vir até a ratinha que citou o nome dela. — falou Penélope com um sorrisinho maligno nos lábios, acompanhada de sua trupe de garotas malvadas.

— Hoje não, Penélope. — falou Jenny, impaciente.

— De onde será que pegou esse vestido? Ah, não responde! Eu já sei. — disse Penélope — Da sua fada madrinha, vulgo, madrasta que te sustenta pois sem ela, você e sua família seriam podres de pobre.

Ao dizer aquilo quase em voz alta, causou um desconforto em Jenny que optou em revirar os olhos e segurar a raiva. Katherine não podia deixar aquilo passar.

— Por que não a deixa em paz sua projeto mal feita de Blair Waldorf numa versão desatualizada de roupa e personalidade?

As meninas olharam para Penélope e ficaram chocadas com o comentário de Katherine.

— Com quem acha que você tá falando sua prestadora de serviços sexuais? Aposto que pagou essa roupa caríssima ao se deitar com um velho nojento. — disse e as meninas riram.

— Querida, você acha mesmo que pode atingir tão fácil Katherine Pierce com palavras tão fúteis como a sua personalidade vazia? Poupe-me. — falou — Saiba você que tenho dinheiro suficiente para comprar a vida social de cada uma de vocês, até porque sou uma grande investidora em empresariais famosos com uns variados ramos, enquanto cada uma de vocês sobrevive dependente dos pais que se um dia falirem, todas acabam podres. — comentou, fazendo Jenny expressar uma feição arregalada — E ao menos que vocês não queiram ser rejeitadas nas grifes de Manhattan ou excluídas da elite apenas com um comando meu, sugiro que todas se afastem em silêncio e deixe eu e a minha amiga Jenny, continuarmos desfrutando esse maravilhoso evento que foi interrompido por um bando de garotas que se acham ricas só porque possuem cartões de crédito com limite alto.

— Perdão, mas... — quando Penélope ia dizer algo, foi interrompida.

— Está perdoada, querida. Mas eu não sou Jesus Cristo pra perdoar sempre, então, faz de conta que estamos numa promoção da Bloomingdale’s e leva esse desconto meu. — afirmou Katherine, gesticulando a mão direita no ar, dispensando as malvadinhas.

Elas se olharam feio e não disseram nada. Penélope esbarrou nas amigas e saiu andando na frente, indignada pela humilhação que acabara de passar.

— Isso foi incrível! — exclamou Jenny.

— Somos amigas, não? Precisava te defender. — comentou.

— Obrigada.

— Disponha.

As duas se olharam e riram pelo momento de vitória ao som de Hot N Cold que tocava após o fim de discurso do secretário do doutor no palanque do evento.

Diversos papéis sendo lidos pelo quarteto de rapazes. Eles já estavam entediados de tanta procura principalmente Dan que estava quase caindo de sono no chão, porém, era acordado com os berros de Chuck.

— Como vai indo a abertura do cofre, Caleb? — perguntou Nate.

— Só mais alguns minutos e podemos abrir. Porém, continuem procurando informações. — ele respondeu.

Kyle se levantou do chão e puxou uma gaveta de um dos arquivadores e viu diversas pastas separadas por anos. Achou uma intitulada por “1993” que por acaso tinha sido a época da queda do voo 197. Aproximou-se dos amigos, abriu a pasta e fez uma leitura.

— Olhem isso! Tem informações aqui sobre a queda. — disse Kyle.

— O que diz? — questionou Chuck.

— Apenas reportagens e trechos de depoimentos sobre a queda. Nada sobre a iniciativa.

— Hey, tem um envelope nessa pasta. — afirmou Dan, apontando para o envelope marrom.

O garoto louro abriu o envelope marrom e fez uma breve leitura do que tinha ali. Era uma espécie de “arquivo morto”. Folheou algumas coisas, até que se arrepiou ao ver algo e deixou a pasta cair, permanecendo em silêncio.

— O que foi? — perguntou os garotos quase em um coro.

— L-Leiam... — pediu.

Chuck pegou o envelope e começou a ler o que tinha escrito.

— Não estou entendendo. O que tem demais? — questionou ele.

— Como assim? A resposta tá bem na cara de vocês! — exclamou Kyle com os olhos brilhando, prestes á chorar.

— Não estamos entendendo, Ky. Precisa explicar! O que tem a ver esses cheques, assinaturas, etc? — indagou Dan.

— Não é óbvio? — perguntou Kyle — O meu pai que financiou a Americon Initiative. Foi ele o responsável pelas 247 pessoas mortas. Ele era um deles! O meu pai ajudou esses terroristas por dinheiro! Olhem os cheques e tudo mais.

— Então o seu pai investia milhares de dólares por ataques terroristas e recebia em retorno da iniciativa milhões? Minha nossa. — falou Nate, decepcionado.

— Eu sinto muito, Kyle. — comentou Dan.

— Então... Tudo que você e seu pai tem é baseado na morte de pessoas inocentes? — perguntou Chuck, confuso.

— Se seu pai contribuía, por que deixou o grupo? — perguntou Nate.

— Talvez porque cansou de tanta corrupção. Não sei. — palpitou Dan.

— Não. Ele não se cansa. — retrucou Kyle — Ele deixou o grupo, pois não queria receber ordens. Ele queria dar elas.

— Se esse arquivo cair na mão de pessoas erradas, você pode ter o futuro virado pra baixo, Kyle. — avisou Chuck, entregando-lhe o envelope — Melhor guardar.

— CONSEGUI! — exclamou Caleb, animado.

Na mesma hora, o quarteto olhou para trás e viu o cofre entreaberto. Todos ficaram surpresos e se aproximaram de Caleb, ansiosos para ver o que tinha dentro.

— Como abriu? — perguntou Nate.

— Quando ele falou sobre 1993, pude perceber que havia esse número em diversos arquivos criptografados no computador e entre uma das combinações. Oficialmente, a senha é: 310893, cujo é a data do tal acidente do voo 197.

— Mandou bem! — exclamou Chuck, animado e batendo no ombro do garoto — Agora não te dou mais um tiro.

— Veremos finalmente o segredo que tem aí dentro... — disse Kyle, abrindo o cofre lentamente.

Dentro dele, havia um livro com capa marrom e aspecto antigo. Pegou ele e colocou em cima de uma mesa que agora estava rodeada pelo grupo. Os garotos se entreolharam, receosos, até que Kyle tomou coragem em abrir. Era aquele livro. O livro sobre a sociedade secreta desde a civilização antiga do mundo até os tempos atuais. Folheou algumas páginas até chegar ao sumário e ler um artigo que tinha “Pirâmide” e ir em seu número indicado e verem uma espécie de hierarquia.

— Olhem isso... É como funciona o poder na Americon Initiative. — falou Nate.

— Eles já foram chamados de “Illuminati”. Já ouvi falar deles. — comentou Dan, surpreso.

Kyle folheou as páginas, procurando pelo essencial até encontrar o que desejavam: A sessão de sacrifícios. Eles se olharam, mais uma vez e começaram a ver os desenhos estranhos de assassinatos que eram semelhantes aos atuais, incluindo a simbologia do triângulo com olho, etc. A melhor parte foi quando souberam desvendar sobre cada sacrifício.

“A sociedade secreta também tem seus prol e contra. Assim como todo grupo de sucesso, passa por suas falhas. Para garantir a vitória é necessário dias de servidão. É para isso que serve o sacrifício, para renovar os ideais do grupo e manter a tradição que deverá ser passada ano após anos.”

Viraram outra página e viram o desenho de uma figura masculina, segurando uma pena e um livro. Não compreenderam o que aquilo queria dizer, até lerem a legenda que dizia:

“Três mestres do conhecimento devem ser sacrificados. Eles representam a base da sabedoria e da moral. Representam o pilar educacional do nosso futuro.”

— “Mestres do conhecimento”? — questionou Kyle, confuso.

— É isso! — exclamou Dan, decifrando a charada.

— O que foi? — pergunto todos em um coral.

— Os mestres do conhecimento representam os professores, isto é, foram três sacrifícios de professores até agora: Senhor Jackson, senhorita Karine e a senhora Queller. Todos eles foram a primeira etapa!

— Se eles foram o começo, ainda tem continuação. Muda a página! — disse Chuck.

E assim o fez. Ao virar da folha, havia a figura feminina com aparência velha e sentada num gramado, segurando algumas plantas medicinais. Passaram logo para a legenda, no intuito de aperfeiçoar o entendimento dela.

“Três curandeiros devem ser sacrificados. Eles representam a base da cura e da enfermidade. Representam a medicina de nossa sociedade.”

— Espera! Isso quer dizer que eles vão matar um... — antes que Kyle completasse a frase, acabou sendo interrompido por Dan.

— Temos de ligar pras garotas! — exclamou Dan, preocupado.

O secretário do doutor Howard Patrick, estava finalizando seus prestígios em homenagem ao médico, até que todos finalmente já estavam ansiosos para verem a figura representativa ali no palanque.

— Convocamos então o doutor, Howard Patrick, um dos maiores percussores atuais da medicina ao palco para receber o seu prêmio Medicinal-Anual. — disse o rapaz.

Com isso, um longo intervalo avassalador de aplausos iniciou no local, inclusive das garotas que estavam presentes. O doutor Howard Patrick subiu ao palanque, ajeitando um pouco a sua gravata e passando as mãos em sua careca com um enorme sorriso nos lábios, segurando o prêmio.

Ao perceber do celular vibrar, Blair pegou o celular e viu a ligação de Chuck e resolveu atender o garoto.

— “O que é Chuck? Não dá pra conversar. Um dos melhores médicos já vai começar a discursar.” — comentou Blair, impaciente.

 — “Precisa me ouvir Blair! A primeira etapa de assassinatos foi de professores!” — exclamou Chuck, ofegante na ligação.

— “E a segunda é de quê?” — questionou ela.

— “É de...” — antes de completar a resposta, todos se assustaram com algo que aconteceu.

Repentinamente, ocorreu um tiro do alto de uma das escadas do salão de eventos. A bala havia sido atirada contra o crânio do doutor, Howard Patrick, que só havia aberto a boca para começar a discursar, mas fora impedido pelo acontecimento. Tudo aquilo parecia estar rodando em câmera lenta. O sangue agora derramava de onde o homem havia acertado e o prêmio em sua mão caiu no chão e quebrou-se em pedaços pelo fato de ser feito de vidro. As pessoas no local ao presenciarem a cena, começaram a correr para todos os lados, desesperadas. O vulto negro que havia executado o tiro tinha desaparecido.

— “De médicos.” — completou Chuck após ouvir o barulho de disparo pela ligação.

Com a agitação, todos corriam em zigue-zague com medo do perigo que estava ali diante deles. Blair olhou para Serena que agora procurava por Carter, desesperada, enquanto Jenny procurava por sua amiga, Katherine. No final das contas, Serena e Blair trocaram olhares e foram na direção uma da outra, não para brigar, mas para se manterem unidas durante aquele tempo. A pequena J foi para perto delas, após localizar Carter e Katherine que estavam perdidos na multidão. No fim das contas, eles terminaram se separando após a multidão de pessoas empurrando umas as outras. Blair, por sinal, acabou sendo empurrada contra uma pilastra e batendo a cabeça e desmaiando aos gritos de Serena que se desesperou ao localizar a amiga.


Notas Finais


Em breve irei fazer uma postagem mostrando a aparência de cada um dos personagens, pra vocês terem noção de quais artistas os representam. ♥


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