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História Reputações - A arte do segredo - Conflitos


Escrita por: SrSpellman

Notas do Autor


Voltei pessoal e com mais inspiração ♥
Boa leitura :3

Capítulo 9 - Conflitos


O dia não estava começando bem para todos. Principalmente para Serena. Estava ainda com a roupa que usou na festa, enrolada nos cobertores de sua cama, despertando com a voz de Eric em sua cabeça.

— Bom dia Serena. — falou Eric, sentando na ponta da cama de sua irmã e sorrindo. Estava com o uniforme escolar.

— Que horas são? — questionou Serena, sonolenta, parecendo uma cosplay de zumbi do filme “Resident Evil”.

— Horário da escola. E pelo visto você não vai hoje. — respondeu, analisando o rosto da irmã que estava com uma marca mediana no rosto — O que foi isso?

— Foi a Blair. — disse S.

— Blair? Mas vocês duas não tinham se acertado? — indagou Eric, confuso.

— Sim. Mas a garota do blog encontrou uma maneira de nos colocar uma contra á outra. E deu certo.

— A mamãe não pode ver isso no seu rosto e muito menos as pessoas da escola.

— Eu sei. Não vou á escola. Vou procurar o Dan. — falou Serena, levantando-se da cama.

— Você vai sair assim mesmo? Sério? — interrogou Eric.

— Eric, não se preocupa. Só preciso de sua ajuda pra passar pela mamãe. Pode fazer isso?

— É claro. — respondeu — Mas antes... Vai tomar um banho, né?

Serena ergueu o braço direito e analisou com suas narinas o odor de sua axila. Fez uma cara enjoada e respondeu ao irmão.

— Vou sim. — finalmente respondeu.

— Melhor. — sugeriu Eric.

Ela correu pro banheiro do quarto, pronta para tomar uma ducha. Eric resolveu descer e ir ficar com sua mãe, para tentar distraí-la.

O dia também não estava sendo fácil para o príncipe Nate. Estava deitado na cama, sem camisa e apenas de cueca Box preta, pensativo. Não havia conseguido dormir a noite toda. Só pensava no que fez de errado no passado, naquela noite de halloween.

— Eu não posso. — disse Serena, tentando resistir — A Blair...

— Eu não amo a Blair, Serena. Eu te amo. — disse determinado — Eu estava procurando ela pra terminar tudo e ir correndo me declarar pra você.

Seus pensamentos estavam cheias de ações e escolhas do passado. Parou para pensar e viu que a mesma atitude que tomou na festa “Beijo na boca” foi a mesma em que pensou em ter há três anos em relação á Blair.

Chacoalhou a cabeça e levantou-se da cama, descobrindo-se dos lençóis. Caminhou até uma pequena mesinha e pegou o telefone sem fio, discando alguns números. Ligou para Serena.

— Serena? — questionou Nate no telefone.

— Alô! Aqui é a Serena van der Woodsen e você ligou para o número certo, a pessoa certa, mas na hora errada, deixe uma mensagem após o bip. — comentou a voz de Serena, programada pelo correio de voz.

— Hey... É o Nate. Eu queria falar com você sobre... Sobre o que aconteceu. Nos vemos depois, ok? — lembrou-se que estava falando “sozinho” — Ok.

Encerrou a ligação e respirou fundo. Escutou a partir de seu quarto, a sua mãe lhe chamando. Decidiu pôr uma roupa e ir até ela após ser chamado. Sabia que mais tarde, resolveria os seus problemas pendentes.

Enquanto isso, do outro lado da hierarquia social, Dan humphrey estava em sua casa e ao contrário do restante de seus amigos, não tinha ido à festa de Blair. Tinha passado a metade da noite em uma biblioteca pública do bairro, arquitetando o trabalho de Biologia.

— E aí filho? Por onde andou a noite toda? — perguntou Rufus, iniciando um bate-papo.

— Na biblioteca municipal. Já que você me “expulsou” de casa. — respondeu Dan, sentando no sofá da sala, com um livro de literatura em mãos — A propósito... Como foi o jantar com a Lily?

— Foi bom. Tirando a parte em que ela ficava preocupada com a Serena ou com o Eric.

— Deve ter sido ótimo mesmo. — retrucou irônico e olhou para o seu pai — Por que tá vestido assim?

— Ah, assim? — perguntou Rufus. Ele trajava um terno, parecendo um executivo sucedido de Manhattan — Vou me encontrar com Robert Spencer para uma entrevista de emprego.

— Robert SPENCER? Pai... Esse cara não é peça boa. Não trabalha pra ele. — sugeriu Dan em um tom de preocupação.

— Que isso filho? Não se dispensa uma oportunidade como essa. E além do mais... Eles pagam muito bem.

— E o que você vai fazer? — perguntou.

— Segurança. — respondeu.

— Ele quer que você seja um James Bond dele?!

— Não, Dan. Ele quer que eu fique na área mais interna de segurança. Ficar de olho nas câmeras de segurança, etc.

— Ah sim. Quanto será o salário? — perguntou.

— Dez mil dólares por mês com direito á um extra de dois mil se eu auxiliar nos fins de semana. — falou Rufus que deixou Dan boquiaberto.

— Mas você nunca trabalhou com isso. Como acha que vai se dar bem?

— Um amigo lá de dentro me indicou ao RH pra essa vaga. Estarei provavelmente, concorrendo com outras pessoas, mas a indicação me privilegia.

— Então... Boa sorte. — desejou Dan, mas no fundo estava torcendo para que o pai não passasse. Só de imaginar o seu pai associado àquela família, ficava abismado.

Tudo pareceu mais tranquilo no outro lado do mundo. Na Inglaterra, em Brighton. Blair e Chuck já tinham chegado de viagem e estavam hospedados em um dos hotéis da cidade.

— Como eu amo Brighton! Lembrei-me do desfile de coleção inglesa que a minha mãe fez em 2010. — falou Blair, na sacada do hotel, sorridente.

— Pois é. Deveria sair mais comigo. — sugeriu Chuck, abotoando o seu terno.

— Cuidado com a onda, Chuck. Tivemos uma noite e isso não significou nada. — retrucou Blair, revirando os olhos.

— Uma noite perfeita, inclusive. — pensou sobre o momento na limousine.

Um olhou para o outro e descontroladamente, começaram a se agarrar, beijando-se. Suas línguas entrelaçadas na boca um do outro, seus corpos se esfregando naquele momento era épico. Blair sentou no colo de Chuck, enquanto ele agarrava a sua cintura. Ele deslizou suas mãos em torno do corpo dela, no mesmo momento em que davam aquele caloroso beijo. A noite era breve, mas o sexo era longo.

— Sem sentimentos, ok? — sugeriu Blair.

— Como quiser minha rainha. — respondeu Chuck com um olhar cínico.

Blair retirou a sua blusa, ficando apenas com o seu sutiã amostra para Chuck. Ele fez o mesmo com a sua camisa. Voltaram a se entregar ao prazer das preliminares e curtiram aquele momento. Em um dos intervalos, Blair olhou para ele de modo sádico e desabotoou o sutiã, revelando seus seios que eram pequenos, porém, chamativos e sensuais. Chuck os olhou com uma feição maliciosa e chegou mais perto da garota para beijá-la em sua região do pescoço. Até então...

— Chuck! — berrou Blair, despertando o garoto de sua imaginação e o interrompendo.

— Fale.

— Você tem ideia de onde a Georgina esteja por acaso? — questionou.

— Consegui marcar uma reunião com ela no restaurante de frente á este hotel.

— E qual desculpa deu que vai a fazer vir até nós?

— Capa de revista da VOGUE. — respondeu — Disse que procurávamos uma representante das mulheres socialites e ela aceitou.

— Ótimo. Que horas é o encontro?

— Ás oito da noite. — disse — Use o vestido que comprei pra você. Está no armário. Vou indo. Volto para nos encontrarmos.

— Pra onde vai? — questionou.

— Ver umas loiras por aí. Por que não faz compras?

— Boa ideia. Tchau Chuck. — falou B, apressadamente, acenando ironicamente para Chuck que saiu em seguida.

Em Upper East Side, o clima era outro. Serena tinha marcado um tempo para ir á procura de Dan. Foi na casa dele e não o encontrou lá. Porém, teve um encontrão com Nate que também havia decidido ir falar com o garoto.

— Nate? O que faz aqui? — questionou Serena, surpresa.

— Vim falar com o Dan. Creio que pelo mesmo assunto que você. — respondeu.

— Eu vim saber se ele já sabia sobre eu e você na noite de Halloween de 2013.

— Somos dois. Também vim pedir essas informações á ele. — disse Nate — Então... Que tal irmos até ele, juntos?

— Tudo bem. — falou Serena.

Os celulares de Nate e Serena tocaram e vibraram, notificando uma nova mensagem em seus dispositivos móveis. Era da garota do blog que dizia:

Flagrado! Garoto solitário na biblioteca municipal de Manhattan. Talvez esteja lendo os próximos capítulos da sua vida monótona. Que sad!

— xoxo, Gossip Girl

— Pelo visto já sabemos onde ele está. — comentou Nate.

— Seu motorista te trouxe? — perguntou Serena.

— Sim. Vem! — falou Nate, indo com Serena até o veículo que aguardava-lhe.

Dan estava de fato na biblioteca municipal. Pelo horário, havia muitas pessoas ao redor dele que estavam lendo ali. Afastado dos demais, estava Dan. Sentado em uma cadeira, de frente á uma mesinha com iluminária, lendo um livro de literatura sobre “Edgar Allan Poe”. Teve sua leitura interrompida com a presença de Nate e Serena.

— Que susto! — quase berrou Dan — O que fazem aqui?

— Viemos falar sobre os problemas que tivemos ontem na festa da Blair causados pela garota do blog. — afirmou Serena.

— Soube o que aconteceu pela garota do blog. Sinto muito. — falou Dan.

— Você por acaso sabia do meu caso com o Nate naquela época de 2013.

— Se eu sabia? — questionou Dan olhando para Nate e Serena, mentindo — Não, não.

— Conheço quando está mentindo, Dan. — falou S — Desembucha.

Dan respirou fundo, revirou os olhos e cedeu à pressão.

— Tá. Eu sabia. — falou — Mas não postei na garota do blog por um motivo.

— Qual? — perguntou Nate, confuso.

— Eu estava sentimental e quando eu fundei o site, não poderia envolver meu lado pessoal ou emocional no que se tratasse da garota do blog. Porém, comecei a envolver mais o meu lado sentimental no blog que levou eu a não postar sobre isso.

— Então resolveu guardar esse segredo? Mas como a nova garota do blog, sabe? — questionou S.

— Tudo que eu sabia, eu guardava em uma pasta. Eram notícias pendentes que eu nunca cheguei a noticiar. Eram vários que eu não tive coragem de postar.

— São tão ruins assim? — perguntou N.

— Piores. Por isso eu nunca os expus. Por medo. — justificou-se.

— E onde está essa pasta? — questionou Nate.

— Em uma espécie de “QG” que eu ficava na época da garota do blog. — respondeu.

— Onde fica? — perguntou Serena.

— Não posso falar aqui. — falou Dan — Melhor falarmos disso depois que aqui estiver mais vazio. Saio á noite. Mando uma mensagem pra vocês.

— Não esquece. — falou Nate que acompanhou Serena e foram embora dali.

A diferença de horários entre Manhattan e Brighton era de cinco horas. Enquanto em Manhattan eram 15hrs, em Brighton era 20hrs. A hora de rever Georgina Sparks. Blair e Chuck estavam escondidos em uma esquina, apenas observando a entrada do restaurante em que Georgina tinha sido convocada. Por fim, ela tinha chegado. Como sempre na “moda”, trajava um, sobretudo preto, com alguns detalhes brilhosos, meias e saltos pretos. Entrou no restaurante e foi para a mesa em que foi indicada.

— Pelo visto ela mordeu a isca. — falou Chuck, andando em direção ao restaurante, acompanhado de Blair.

— Ela continua com o mesmo estilo brega de roupas. — falou Blair.

Ambos entraram no restaurante. Chuck foi até a recepção e falou sobre a reserva. Foi indicado e sendo assim, foram juntos até a mesa em que Georgina estava sentada. Permaneceu de costas á entrada, preparando-se para a refeição.

— Olá Srta. Satãgina. Não esperava por nós, não é mesmo? — disse Blair, anunciando a sua chegada e fitando Georgina de costas.

Ela olhou para trás e fitou Blair. Entortou a cabeça e ficou confusa.

— Perdão... Quem são vocês? — perguntou a figura que estava vestida, semelhantemente á Georgina.

— Nós que perguntamos: Quem é você? — questionou Chuck.

— Uma pessoa me deixou uma mensagem no celular, pedindo para que eu viesse pra cá. Ganhei mil dólares por isso. Não é incrível? — disse a desconhecida com sotaque inglês.

— Você sabe quem é Georgina Sparks? — perguntou B.

— Nunca ouvi falar dessa pessoa. Agora se me derem licença... Tenho um jantar pago para degustar. — falou a mulher, ignorando Chuck e Blair naquele momento.

— Ela descobriu sobre nós. O que faremos? — falou Blair á ele.

— Temos que descobrir a localização dela. Não queria fazer isso, mas... — começou Chuck, pegando o celular e fazendo uma ligação — Preciso que faça o rastreamento daquele cartão de crédito que eu te falei. Isso, isso. Ok. Aguardo retorno.

— O que foi isso? — perguntou Blair, observando Chuck encerrar a ligação.

— Contatos. Vamos! — exclamou Chuck, segurando na mão de Blair e saindo dali, apressadamente.

Eles voltaram para o hotel em que estavam hospedados e arrumaram seus pertences. Estavam prontos pra partir.

— Chuck, precisa me explicar o motivo dessa pressa! — berrou Blair, arrumando as malas.

— Georgina foi avisada sobre nós dois em Brighton e pretende pegar um voo para o Brasil.

— O quê? Ela enlouqueceu? — interrogou Blair.

— Pois é. Ela enlouqueceu em viajar mesmo.

— E logo pro Brasil? Nossa. — falou Blair, expressando nojo.

— Se surpreenderia com a beleza do país. — retrucou Chuck.

Um homem chegou ao quarto e levou as malas deles dois. Foram o mais rápido possível para a limusine que armazenava os seus pertences no porta-malas.

— Aeroporto. Ganha mais cem se for rápido. — falou Chuck ao motorista que dirigiu o veículo em direção ao seu destino.

Ao chegarem ao local, saíram apressadamente da limusine.

— Espera! Não pode ir os dois e deixar as coisas aqui. Alguém tem de ficar! — sugeriu Blair.

— Tá bom. Você fica. — falou Chuck, beijando a bochecha de Blair e saindo ás pressa.

— CHUCK BASS! — berrou Blair ao ser enganada.

Ele adentrou ao aeroporto. Tinha sido informado que Georgina vestia um sobretudo vermelho com capuz. Olhou ao redor e reparou que boa parte das pessoas estavam utilizando o sobretudo vermelho com capuz. Passou a mão direita na testa e agora estava confuso com aquela situação.

— Que droga é essa? — questionou á si próprio ao ver várias pessoas com o sobretudo.

— Com esse tempo em Brighton e em outros lugares, muitos aproveitaram para comprar esse sobretudo. Estava na liquidação. Era cor única. — falou uma mulher ao escutar Chuck.

Ele olhou para a mulher e assentiu com a cabeça, grato pela resposta. Rondou com seus olhos o lugar, a procura de Georgina. Procurou uma pessoa que fosse parecida com ela e correu até uma garota ao reparar seus cabelos pretos por fora do capuz.

— Georgina?! — aproximou-se de uma mulher, onde puxou-lhe pelo ombro e viu que não era quem esperava — Desculpe.

Cansado de procura-la, Chuck se afastou do aglomerado de pessoas. Tinha sido enganado. Pegou o celular, prestes a ligar pro seu detetive e antes mesmo que pudesse fazer a ligação, recebeu uma e atendeu.

— Quem tá falando? — questionou Chuck.

— Olá Chuck. Devo dizer que é uma honra falar com você. — falou uma voz alterada por meio da ligação.

— Vou perguntar de novo e vai ser a última vez que vou repetir: Quem tá falando? — perguntou Chuck, indo pra perto dos toaletes do aeroporto para ouvir melhor.

— Deveria saber quem está falando, Charles. Não é o homem cheio de contatos? O que sabe de tudo sobre todos? Descubra-me. — falou a voz que tinha uma tonalidade diabólica e alterada. Com certeza aquilo era um aplicativo para mudar a voz, que nem faziam em reportagens.

— Não gosto de surpresas. O que tá tramando? Trabalha para a garota do blog? — indagou Chuck, impaciente.

— Não somos apenas um. Somos um todo. Dan Humphrey não teve a coragem de continuar e por isso... Nós continuamos por ele.

— O que você quer de mim? Se ligou é porquê quer algo. — continuou Chuck.

— Você fará algo para mim quando voltar á Manhattan. Tenho um ótimo serviço.

— E se eu não fizer?

— Caso se recuse fazer o serviço, o carro da sua namorada fará “boom” ao som de Firework da cantora Katy Perry. O que prefere? — questionou a voz misteriosa.

— E-Eu... Aceito. — falou Chuck, chutando a lata de lixo mais próxima — O que quer que eu faça?

— Há duas passagens presas com fita adesiva embaixo de uma das pias do banheiro masculino próximo de você. Pegue-as e vão embora para Manhattan. Do contrário, Blair Waldorf morre.

— E depois? — perguntou.

— Depois conversamos melhor. Estarei lhe monitorando. — falou a voz, encerrando a ligação.

Chuck respirou fundo e novamente olhou ao redor. Dessa vez, localizou Georgina. Ela estava perto do portal de embarque, olhando em sua direção com um sorriso e acenando. Chuck, por um momento, quis correr até a sua direção, até desistir da ideia. Blair tinha chegado ao encontro do rapaz.

— CHUCK BASS! COMO PÔDE? VOCÊ ME CHAMOU AQUI POR UM PROPÓSITO! RESOLVERMOS ISSO JUNTOS! E QUER FAZER TUDO SOZINHO E CHEIO DE SEGREDO? — berrou Blair e boa parte da atenção estavam em seus gritos.

— Blair, vamos voltar pra Manhattan. — comentou Chuck.

— O quê? Mas e a Georgina? Desistiu de procurar ela? — perguntou surpresa.

— Ela se foi. Vamos embora. — respondeu Chuck indo até o banheiro.

Blair ficou confusa com a decisão de Chuck. Olhou ao redor, também, procurando por Georgina e olhou para o mesmo lugar que Chuck havia olhado. Mas ela não estava mais lá. Ao sair do banheiro, fingiu tirar de um dos bolsos do terno, uma passagem e entregou pra Blair.

— O nosso voo sai daqui á pouco. Temos de ir. — disse Chuck, sério, andando na frente.

Sem ainda entender, Blair o acompanhou. Entendeu a sua frustração, mas não entendeu o motivo de desistir dos planos em que fizeram.  Permaneceu desconfiada. Foram para o portal de embarque, onde aguardaram para ir embora dali.

Agora era a vez de Dan Humphrey, resolver os seus problemas com a garota do blog. Como prometido, tinha sido o último a ficar na biblioteca municipal. Algumas partes da biblioteca estavam com as luzes apagadas, enquanto as áreas mais importantes, acesas. Dan arrumou sua mochila, colocando o livro de literatura que lia mais cedo, dentro dele. Escutou um barulho e olhou para trás.

— Serena? Nate? — chamou Dan.

Não teve respostas. Colocou a alça da mochila em seu ombro e caminhou mais a frente. Ouviu outro barulho e olhou para o lugar em que antes estava. A iluminária a sua mesa, tinha sido apagada. Respirou fundo e voltou a andar de forma mais apressadamente. Pegou o celular e começou a ligar pra Serena até que todas as luzes se apagaram.

Nervoso, Dan continuou ligando para Serena, até ser atendido.

— Serena cadê você? Preciso de ajuda! — exclamou Dan pelo celular.

— Alô! Aqui é a Serena van der Woodsen e você ligou para o número certo, a pessoa certa, mas na hora errada, deixe uma mensagem após o bip. — comentou a voz de Serena, programada pelo correio de voz.

— Droga! — falou após encerrar a ligação. Ligou a lanterna do celular e começou a caminhar pelo escuro do lugar, tentando achar a saída.

Ele ouviu outro barulho e olhou para trás, apontando para o lugar em que tinha escutado. Quando voltou a olhar para frente, fora surpreendido com uma figura de moletom com uma máscara de sua irmã, que lhe bateu no rosto com um bastão de lacrosse.

Durante o confronto de Dan lá dentro, Nate e Serena se encontraram no lado de fora para resolverem algumas questões com o rapaz.

— Por que a biblioteca está escura? Será que o Dan foi embora? — indagou Nate.

— Vou ligar pra ele. — afirmou Serena, pegando o celular que estava no silencioso. Viu notificações de mensagens de voz e as ouviu. Principalmente a mensagem de Dan — Temos de entrar lá, logo!

— O que foi? — perguntou Nate, andando apressadamente ao lado de Serena.

— É o Dan! Ele tá em perigo! — falou Serena, indo até a porta principal da biblioteca, empurrando-a — Tá trancada.

— Vamos tentar a porta dos fundos. Sabe onde fica? — questionou Nate.

— Sei. Me segue! — disse Serena, dando o contorno na biblioteca com Nate seguindo-a. Ao fazerem o contorno, encontraram uma porta de funcionários. Tentou abrir a porta, mas não teve sucesso — Também está trancada.

— Sai da frente. — sugeriu Nate.

— O que vai fazer? — perguntou Serena.

— O que deve ser feito. — falou, andando para trás e com certa velocidade, impulsionou o seu corpo contra a porta, colocando força no ombro direito, tentando derrubar ela. Causou poucas rachaduras — Ai.

— Você tá bem? — perguntou Serena, aproximando-se do garoto.

— Mais ou menos. A porta é resistente, se o time de lacrosse estivesse aqui, daria para derrubar essa porta fácil. — respondeu.

— Espera! Eu tenho uma ideia, mas... Ela é louca. — disse Serena, correndo para longe de Nate em uma direção aleatória — Vai tentando derrubar! Já volto!

Novamente, Nate voltou a repetir a ação, tentando derrubar a porta. Sentiu mais dor no ombro que daqui á pouco, quase ficaria dormente. Ouviu um berro de Serena, pedindo para que ele se afastasse. Ela vinha em sua direção, segurando uma lata de lixo de metal, correndo em direção a porta para tentar derrubá-la. Nate, com medo, se afastou dali e observou Serena parecendo a mulher maravilha. Foi uma cena cômica.

Bateu a lata de lixo contra a porta e criou uma rachadura maior. Após o impacto, Serena sentiu o corpo ir pra trás, prestes a cair. Até ser segurada por Nate nos braços.

— Você é louca mesmo, hein. — falou Nate, gargalhando, enquanto segurava Serena.

— O que eu não faço pelos amigos? — falou Serena, acompanhando as risadas.

Nate olhou para ela com um sorrisinho nos lábios. Aproximou-se mais dela, prestes a selar um beijo em sua boca, até que ela desviou o rosto e acabou tocando em sua bochecha. Ela se ergueu e se soltou do garoto.

— É... Temos de procurar o Dan. — disse Serena.

— Tem razão. — retrucou Nate que foi até a porta já quebrada e chutou-lhe com força, abrindo mais passagem. Ele pulou a área, juntamente de Serena e entraram no local.

— DAN! CADÊ VOCÊ? — berrou Serena ao lado de Nate.

— Não acha melhor nos separarmos e tentarmos procurar por ele? — sugeriu o rapaz.

— Vai por esse lado que eu vou por esse. — falou S, separando-se de Nate que foram por caminhos diferentes.

Ao fazerem a divisão, Serena foi por um caminho mais longo. Chegou à área dos funcionários da biblioteca que era cheio de prateleiras com arquivos. Com a lanterna do celular ligada, pôde ver na parede um medidor de energia que tinha o controle da energia local. Foi até ele e abriu. Pode perceber que tinha alguns botões desligados e apertou neles, fazendo com que a energia voltasse e as luzes também.

— SERENA! — gritou uma voz masculina, próximo dali.

Ao ouvir o grito, ela se espantou. Correu para saber o que estava acontecendo e procurou a origem do grito. A pessoa que tinha gritado continuou e continuou sem parar, até que ela chegasse. Assim aconteceu.

Estava numa sala que parecia a administração superior da biblioteca. O corpo de Dan estava no chão, com a cabeça sangrando e alguns ferimentos por outras áreas. Nate estava segurando com a mão direita, um bastão de lacrosse que era utilizado muito por ele nos treinos e jogos.

— O que é isso? O que aconteceu? — indagou Serena, olhando para Nate.

— Eu o encontrei assim, Serena. Esse bastão estava no chão. — respondeu Nate com os olhos já se encharcando de lágrimas.

— É o seu bastão? — indagou S.

— Sim, sim. Eu estava procurando por ele esses dias, mas não tinha encontrado. De repente, eu achei aqui... Junto com o corpo do Dan. — falou Nate com as lágrimas escorrendo de seu rosto.

— Você não deveria estar segurando o bastão, Nate. É a arma do crime! — exclamou Serena, desesperada, aproximando-se do corpo de Dan e verificando o seu pulso — Ele tá bem! Graças á Deus!

— Chamamos a polícia? Podemos esclarecer esse mal entendido. — falou Nate, desesperado.

— Acorda Dan! Por favor! Acorda! — falou Serena, triste, segurando na cabeça do rapaz.

De repente, um grupo de policiais invadiu o local, armados. Entraram naquela sala e fitaram as três pessoas que estavam ali, flagrando Serena com o corpo de Dan e Nate segurando a arma do crime.

— Mãos para cima! — falou um dos policiais, apontando o revólver para Nate que soltou o bastão de lacrosse e na mesma hora, levantou as mãos. Serena se ergueu e fez o mesmo.

— Senhor policial, nós podemos explicar... Não é nada o que parece. — falou Serena.

— Senhorita Serena van der Woodsen e senhor Nathaniel Archibald, os dois estão presos por tentativa de homicídio doloso. Os dois possuem o direito de ficarem calados. — anunciou o detetive que com auxílio de dois outros policiais, algemou os dois.

— O quê? Isso é um mal entendido! — berrou Serena que percebeu o olhar de Nate que deu a entender que ele pedia “silêncio” e assim o fez.

A policia levou a dupla dali, enquanto uma equipe de paramédicos levava o corpo de Dan Humphrey ao hospital.

Durante o ocorrido, Blair estava ouvindo e vendo a notícia, pela televisão. Os jornalistas já tinham sido alertados do que estava acontecendo na biblioteca municipal. Expressou estar em choque com o que estava assistindo e ao mesmo tempo, preocupação. Precisava fazer algo para ajudar Nate e Serena, mesmo que não devessem ser ajudados por ela.

Já Chuck, estava assistindo aquilo na maior tranquilidade. Segurando um copo com whisky e bebendo alguns goles, aumentou o volume para saber mais da notícia.

— A polícia acredita que o jovem chamado Nathaniel Archibald, tenha sido o autor do espancamento ao jovem, Daniel Humphrey que agora segue internato no hospital particular da St. Jude’s. Além disso, confirmaram que na cena do crime, a jovem Serena van der Woodsen, também estava presente e sendo uma possível cúmplice de Nathaniel. — falou a repórter.

Bebeu mais outro gole da sua bebida, até receber uma ligação de um número bloqueado. Atendeu ela.

— Fiz o que você pediu. — afirmou Chuck pelo celular — Não pode tocar na Blair.

— Por enquanto, Blair Waldorf tem um passe livre de perigo comigo. Não se preocupe. Obrigado por seus serviços prestados, Bass. — falou a voz diabólica, que parecia semelhante ao do ghostface da franquia “Scream”.

Chuck guardou o celular ao encerrar a ligação. Ficou pensativo da besteira em que tinha feito. Respirou fundo e continuou vendo a notícia na TV.

— Os médicos acabaram de informar que o jovem Daniel Humphrey, sofreu de TCE que significa “Traumatismo cranioencefálico”. Não se sabe o nível em que ele está à equipe ainda se encontra analisando. — falou a repórter — Em relação ao ocorrido, fomos informados que na noite de Halloween em 2013, Nathaniel utilizou o bastão de lacrosse para espancar uma suposta pessoa que queria atacar o seu grupo de amigos. O caso nunca foi solucionado e de acordo com as informações que temos o grupo só saiu ileso, por causa da ajuda do rapaz. Mas a policia determinou suspeita, a atividade de Archibald em utilizar o bastão para esses feitos. Enquanto Woodsen, apenas está como suspeita e possível cúmplice de Archibald. Traremos mais notícias daqui á pouco.

Em uma sala, com chaminé, a figura de moletom, capuz e luvas preta, repousava numa poltrona de couro. Seu rosto ainda não era identificável, apenas segurava uma tesoura que estava cortando a foto de Nate em pedacinhos. Segurou o amontoado de pedaços e os jogou na fogueira e em seguida, pegou uma caixinha marrom em cima de uma mesa e colocou no colo. Abriu-lhe e lá estava cheio de fotos, papéis, etc. Pegou uma foto do grupinho em que estavam todos da elite alta e baixa e focou sua atenção em Serena. Os rostos de Jenny e Nate já estavam riscados, enquanto agora, deslizava a ponta do piloto vermelho e faria um “x” como fez nos outros dois. Ela agora era o alvo?


Notas Finais


Espero que tenham gostado desse mais novo capítulo.
Eu particularmente, amei <3
Recomendem a fic pros amigos :3


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