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História Love Wins - 14:37 terceira parte. - Final


Escrita por: yuheiligen

Notas do Autor


Hoje eu fiz diferente. Ao invés de um desenho, fiz uma capa baseada em dois atores que eu escolheria para interpretar Goten e Trunks de Love wins. Isso vai ajudar a dar uma ilustrada na imagem que tenho deles.

Capítulo 12 - 14:37 terceira parte. - Final


Fanfic / Fanfiction Love Wins - 14:37 terceira parte. - Final

Cara, essa sensação de ser vigiado começou a me deixar louco. Parecia que todo canto pra onde eu olhava alguém estava ali, prestes a surgir e me dar um flagra. Goten sacou minha preocupação e até que deu uma boa ideia. O caminho até o show de mágica era longo, então resolvemos curtir algumas coisas até chegarmos lá.

Nesse ponto apesar da minha neurose eu estava muito feliz. O encontro até que estava sendo legal. Depois da conversa que tive com o Goten, ele começou a ser todo fofinho e discreto. Sinceramente eu achei que tudo correria bem até o fim. Um devaneio louco da minha parte, já que eu havia esquecido da regra de ouro desse relacionamento. Nunca de brecha pro Goten, pois o guri é a personificação da lei de Murphy.

Ele cismou em parar naquelas barraquinhas de “Acerte o alvo. ” pra tentar a sorte. Eu não queria ir, mas fui atraído como uma abelha no mel quando vi o prêmio. Um enorme urso branco do tipo que eu quero.

 

- Goten! Você tem a obrigação de ganhar aquele urso.

- Ué, por que? Eu nem gosto de ursos.

- Mas eu gosto cacete. Só saio daqui quando levar ele comigo. Nem que pra isso eu tenha de gastar todo o dinheiro aqui!

- Se ficou doido Trunks. Nem ferrando vamos gastar tudo aqui. Eu ainda tô com fome e pretendo ter mais uma refeição hoje.  

- Então trate de acertar e ganhar ele pra mim, se não a única coisa que tu vai provar hoje é o sabor de suas lágrimas. – Os olhos do Goten já ficaram marejados com a possibilidade de ficar sem comer.

                O dono da barraquinha era um senhor alto e negro com cara de poucos amigos. Ele deu uma boa olhada na gente, pra ver se tínhamos alguma chance de ganharmos alguma coisa. Logo ele sorriu maldosamente, nos subestimando. Cada ticket dava direito a três tentativas, então compramos um só, pois eles são caros que só a porra.

                Resolvi ir primeiro, pois não há nada mais gratificante do que eu mesmo ganhar esse urso. Respirei fundo e medi minha força. Eu sabia que se exagerasse eu colocaria tudo a perder. Mirei e tentei jogar o mais suave possível, no entanto, a falta de costume de atirar as coisas me fez arremessar uma bola sem efeito nenhum, que acertou em cheio a teta do tio da barraca.

 

- Ei! Qual é a sua moleque! É pra acertar o centro do alvo não a mim! – O homem inflou feito um sapo e devolveu a bola. – Fica esperto garoto.

 

                Goten ao invés de ficar quieto começou a rir da minha miséria. Vou mostrar pra esse palhaço que posso acertar no centro do alvo. Respirei fundo novamente, medi minha força, mirei e lancei novamente.

                A bola foi com um pouco mais de força dessa vez e acertou em cheio o teto da barraca, quicando para fora e acertando o nariz do pipoqueiro que estava atrás da gente. Um nódulo de sangue escorreu em um filete que tingiu a pipoca de vermelho.

 

- Uou, então é assim que a pipoca doce é feita. – A voz do Goten saiu inocente junto a minha cara de vergonha que ficou em brasa.

                Eu não sabia onde enfiar minha cara. Todos olhavam pra mim e cochichavam. Eu queria tentar mais uma vez, mas por uma questão de segurança e dei a bola pro Goten. No ritmo que as coisas seguiam eu ia acabar matando alguém.

                Goten fez cara de esperto e mirou. Ele tem de acertar essa merda de alvo, pois a janta dele depende disso. Sabe, por alguns instantes eu tive ingênua impressão que o Goten teria bom senso, entretanto, a história até aqui nos mostrou que bom senso não existe no dicionário do Goten. Não sei nem por que eu fiquei espantado quando ele atirou aquela bola. A essa altura eu já deveria saber. A bola acertou em cheio o centro do alvo, arrancou o fundo da barraca, quebrou algumas vidraças, nocauteou um palhaço que dançava ali perto, quebrou um pedaço do muro do parque e derrubou um pinheiro da pracinha.

                Normalmente eu xingaria o Goten, mas a males que vem pra bem. Aproveitei que a galera estava em estado de choque e peguei meu urso. Eu sabia que isso geraria perguntas, então saí correndo de lá. Goten sacou a situação e saiu correndo atrás.

                Seguimos adiante em direção ao Corleone e aquela maldita sensação de ser observado persistia. Eu olhei ao redor, mas não vi ninguém conhecido. Isso tava me matando, mas talvez fosse só coisa da minha cabeça.

 

- Toma Goten, segura. – Tratei logo de dar o urso gigante pra ele.

- Ei, o urso é seu carrega você.

- Deixa de ser cavalo e seja cavalheiro ao menos uma vez na vida. Tá um calor da porra e eu não vou ficar andando por aí abraçado com esse bicho quente.

- Porra Trunks, o pelo desse bicho pinica pra cacete, já to todo me coçando.

- Para de ser mole. Ignora que passa. Vê se não vai ficar suando meu urso viu. Agora vamos que o show ta quase começando.

 

                O resto do percurso até que foi bem tranquilo. Chegamos em uma parte que parecia um centro de convenções e nos acomodamos. Goten parecia uma criancinha de olhos brilhando. Até que estava bem fofo, segurando aquele ursão, mas como sempre não posso dar muita confiança, se não ele apronta.

                De repente as luzes se apagaram e um show de lasers começou a iluminar todo o lugar. Começou um tema tipo arquivo X e o Corleone surgiu em uma explosão misteriosa no meio do palco. Na real, eu achei bem brega, mas o Goten estava radiante. Parecia hipnotizado. Lembrava o Patrick do bob esponja.

                O Corleone estava de social preto, magrelo feito uma vara e com bigode tipo Salvador Dalí. Do topo de sua cabeça surgia uma cabeleira loira toda oxigenada, altamente volumosa, tipo um algodão doce e seus sapatos bico fino reluziam em vermelho sangue. Quesito bizarrice, nota...: 10!

 

- Boa tarde meninos e meninas. Sou Brendon Corleone seu humilde entertainer. (Palhaço isso sim.) Hoje mostrarei a vocês os mistérios do mundo oculto. Abram suas mentes crianças! E permitam que o extraordinário lhes penetre como uma amante sedutora. – Opa, pesado. Me pergunto que tipo de amante sedutora penetra alguém. Definitivamente esse cara é esquisito.

 

                Ele começou os velhos truques de sempre. Adivinhar a carta, unir anéis, enfiar moedas numa garrafa e por aí vai. Nada de extraordinário até então. Eu já estava quase pegando o urso pra usar de apoio pra dormir, enquanto Goten se maravilhava com os truques de quinta.

 

- Que bom que estão gostando do show seus lindos. Agora, para o próximo número... farei uma pessoa levitar. – É sério que gastei meu dinheiro nisso.

- Caralho Trunks! Ele vai fazer uma pessoa voar! (Deus daime paciência, por que se me der mais força eu mato.)

- Uou, totalmente novo ver alguém voando né Goten? Quem sabe ele não faz energia nas mãos e lança também!

- Caraca isso seria muito maneiro Trunks! Quem faz isso? (É melhor eu ficar quieto, vai que é doença.)

- Precisarei de um voluntário da plateia, deixa eu ver... Você! Com o urso gigante. (Mano, eu tinha de trazer essa porra de urso pra cá.)

 

                Goten atirou o urso de qualquer jeito em cima de mim e desceu correndo. Nossa, que romântico. Meu cavaleiro de armadura branca. Agora lá está ele... com cara de bobo a acenar pra mim. Ao menos esse urso é grande o bastante pra eu me esconder atrás dele.

 

- Meu jovem, preciso que fique parado bem aqui e não se mova.

- Ok. – A voz do Goten saiu menos que um sussurro de tanta empolgação. Ao menos alguém está se divertindo nesse encontro.

 

                Goten começou a flutuar e subir bem alto. Pela cara dele dava pra ver que não era ele quem estava fazendo isso. Fiquei meio impressionado, pois ele passou uma enorme argola por ele e parecia que não havia cabos. Ele subia e descia como uma pluma. Até que ele não era tão charlatão como se mostrava.

                Ele foi posto no chão e o Corleone foi aplaudido fervorosamente pela plateia enlouquecida. Goten também aplaudia como se o cara fosse um Deus. Ele fez um sinal para que o público parasse e de suas mãos surgiram luzes que viravam formas geométricas. Essa luzes começaram a flutuar por todo o salão e ao redor do Goten. O efeito era lindo, mas pra mim estava claro que se tratava de um mero show de lasers. Super normal pra mim, já que moro na corporação cápsula. Já pro Goten o cara era um mestre controlado de KI de último nível.

 

- Caramba, como você faz a energia ficar assim, nessa forma e não machucar ninguém?

- Nada é impossível para o grande Corleone rapaz. Pega. – Ele jogou suavemente uma bola de luz para o Goten que sorria feito criança. Ele abriu os braços e deixou a luz passar por si.

- Uau, Corleone eu também sei fazer isso. Pega. – Goten atirou uma bola de energia no peito do Corleone que foi atirado longe e voou no teto.

 

                O ilusionista caiu todo estropiado feito uma boneca de pano sobre uma pilha de equipamentos. O público se estarreceu e as luzes se apagaram, deixando todos no breu.

 

- Goten seu animal!

 

                Eu voei o mais rápido que pude e tirei o Goten de lá. A multidão começou a invadir o palco e os seguranças tentavam conter o mar de gente. Saímos do salão e dei uma encarada mortal nesse cabeça oca. Ele sabia que tinha feito besteira e só abaixou a cabeça. Eu queria ficar puto com ele, mas o Goten é como uma criancinha. Sei que ele não fez por mal. O cara é tão ingênuo que não dá pra culpa-lo por ser tão idiota.

                Fiz a única coisa que pude naquele momento. Lhe abracei com o máximo de carinho que pude e ficamos lá, naquele gostoso abraço triplo entre eu, ele e o urso. Eu já ia beijá-lo quando senti aquela sensação de ser observado surgir novamente. Eu me assustei e sai de lá rapidamente. Não dava pra ficar vacilando ali. Seguimos para o ponto mais extremo do parque onde se encontrava a roda gigante e lá ficamos. Algo não estava certo e eu precisava saber o que.

 

 

Continua...



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