História Lovin' Can Hurt - Capítulo Trinta e Quatro

Lauren POV

Saí do estúdio praticamente correndo, se eu ficasse ali eu acabaria fazendo algo que poderia me arrepender depois. Passei pelas meninas correndo, deu até pra ouvir um griro da Jenni, mas eu só parei de correr quando estava à uma distância considerável.

Ela está apaixonada... Por mim!

O quão insano é isso? Camila está apaixonada por mim, e apesar de não confiar nela como antes, eu vi sinceridade em suas palavras. É só difícil de acreditar que a menina que dizia que nunca ficaria com uma mulher está apaixonada por mim, uma mulher ainda que com um pênis.

Ela está apaixonada por mim, como eu estou por ela. A meses que venho tentando esquecer esses sentimentos, esquecer que um dia nos beijamos, esquecer todo sofrimento que passei, mas tudo foi por água à baixo quando ela confessou o que sentia.

Mesmo não querendo, eu estava feliz. Porra! A garota que eu gosto também gosta de mim. Depois de meses de sofrimento, depois de muitas discussões, depois de alguns afastamentos ela se apaixonou por mim. Poderia ser melhor? Poderia sim!

Eu poderia ter lhe tascando um beijo ali mesmo, poderia ter saciado toda minha vontade de beijar seus lábios novamente. Mas apenas duas coisas rodavam na minha cabeça: Camila está apaixonada por mim; Eu não posso, tenho a Ari agora.

E essa última frase me fez perceber a merda que eu poderia fazer. Aquela frase me fez lembrar de todo o sofrimento que senti, me fez lembrar dos dias e noites que passei chorando depois de ver Camila com o namorado, me fez lembrar que minha confiança por Camila tinha praticamente acabado e não adiantaria nada eu beijá-la. Eu não confio mais nela, não como antes. As coisas nunca vão pra frente sem confiança e não seria Camila que mudaria isso. Talvez mude, mas ela tem que fazer mereçer.

Eu não estava pronta pra dar uma chance à alguém que me fez desistir de um relacionamento. Talvez eu devesse fazer o mesmo que ela fez: nos afastar. Mas sabia que não adiantaria, não mudaria nada.

Eu andava sem rumo, não sabia pra onde estava indo, não sabia que horas eram e não sabia onde eu estava. Encontrei uma praça, andei por ali e sentei embaixo de uma árvore longe de todos.

Fiquei alguns minutos pensando no que deveria fazer pra amenizar essa situação. Pensei na minha avó... Em como seus conselhos poderia me ajudar agora. Eu até imagino o que ela me falaria: siga seu coração, às vezes a razão pode te fazer perder dias de felicidade.

Mas eu estava disposta a seguir meu coração novamente? Estava disposta a seguir um caminho cheio de complicações? Pela primeira vez eu não queria seguir aquele conselho que tanto minha avó me falou. Parei de usar o coração quando Camila e Austin assumiram o namoro, depois dali, eu só usava minha razão. E ela dizia pra mim não fazer besteira.

- Hey! O que faz aqui?- Ouvi uma voz feminina pronunciar. Olhei pra cima e encontrei os castanhos que estavam me acalmando nos últimos meses.

- Oi!- Falei sorrindo fraco.- Estava pensando.

- Aconteceu algo?- Ariana perguntou sentando ao meu lado.

- Sim...- Respondi suspirando.

- Quer contar?- Perguntou calma. Assenti deitando minha cabeça em seu colo.

- Eu acabei de sair da casa das meninas.- Falei.

- Já sei! Camila!- Ela disse arqueando a sobrancelha.

- Ela mesma, a gente meio que discutiu.- Falei. Ariana levou sua mão direita até meu cabelo acariciando o mesmo e a esquerda entrelaçou com minha mão direita.

- Por quê?- Perguntou me encarando.

- Ela me confessou algo...- Falei.

- Hum... Imagino o que seja, mas continue.- Ela disse e eu a olhei confusa, mas dei de ombros.

- Bem, ela confesso que... Está apaixonada por mim...- Falei olhando para as folhas da árvore à cima.

- Eu já desconfiava. A Mila fica com muito ciúme quando estamos juntas.- Ari falou.- E o que você fez?

- E-eu só... Falei o quanto eu tinha me machucado, o quanto eu sofri... A gente já chorava.- Contei com um nó na garganta.- E ela me pediu uma chance...

- O que você disse?- Perguntou me olhando e não parecia com ciúme ou raiva. Ela demonstrava conforto e compreensão.

- Eu disse que não, eu só pensava em você. Não poderia dar uma chance à ela, enquanto tinha você, e eu realmente não daria de qualquer forma. Não confio nela como confiava.- Respondi lhe olhando.

- Laur, nós somos amigas. Eu sei o quanto você é apaixonada pela Camila, e não quero que você deixe de seguir seu coração por minha causa.- Ela disse calmamente. Me levantei rapidamente do seu colo.

- Mas eu não quero seguir meu coração.- Falei.- Não quero mais. Eu sei que com você as coisas serão diferentes, você me tirou do fundo do poço, Ari. Não quero estragar o que tenho. Não quero trocar o certo pelo duvidoso.

Ariana suspirou e abaixou a cabeça parecendo pensativa. Suspirei e deixei ela pensando. Alguns segundos depois ela levantou a cabeça e me olhou.

- Se ela lutasse por você, ainda pensaria em deixá-la ir?- Ariana perguntou.

- E-eu não... Não sei.- Falei sincera.

- Lauren, quantas pessoas não desejam amar e ser amado na mesma intensidade ou talvez até mais?- Ariana perguntou.

- Todas, provavelmente.- Respondi.

- E você tem essa chance. Você ama ela, ela te ama, pronto!- Ela disse.

- Não sei se ela me ama.- Falei em dúvida.

- Ama, ela te ama demais. Eu sei disso.- Ela disse firme.- Então agora você vai parar de pensar nos outros e pensar em você.

- Ari...- Falei resmungando.- Eu ainda estou machucada. Ela me machucou de forma profunda.

- Ela errou sim, errou muito, mas você não acha que o destino está fazendo ela sentir tudo que você sentiu?- Perguntou.

- Sim...- Respondi baixo.

- Então! Laur, eu gosto muito de você, me sinto feliz com você, mas amar de verdade, a gente só ama uma vez. Então, não deixe que o medo e o receio te façam perder a pessoa que mais te ama.- Ela disse doce e eu suspirei lhe dando um sorriso.

- Obrigado por ter me apoiado nos piores momentos!- Agradeci.

- Somos amigas antes de qualquer coisa.- Falou sorrindo e eu a abracei apertado.

- Isso é um fim?- Perguntei sentindo um aperto no peito.

- Sim, baby! Mas ainda somos amigas.- Ela disse e eu beijei sua bochecha.- Agora vai lá onde sua garota e dê uma chance à ela, e se dê a chance de ser feliz.

- E se minha felicidade não for com ela? E se for com você?- Perguntei receosa. O medo de me machucar era enorme.

- O destino se encarregará de lhe permitir ser feliz com quem quer que seja.- Respondeu e eu sorri.

- Você é uma filósofa.- Falei rindo.

- Eu sei.- Disse convencida.

- Bem, acho que é isso, né? Está tarde, tenho que voltar pra casa ainda.- Falei me levantando e ela fez o mesmo.

- Foi bom esses meses com você, me fez muito bem.- Ela disse me abraçando.

- Foi bom ter você como quase namorada.- Falei e ela riu.

- Eu tenho que ir pro hotel, estava só passeando por aqui. Iria te chamar, mas as coisas aconteceram mais rápido.- Ela disse ainda me abraçando.

- Bem, nos vemos por aí nessa vida.- Falei rindo. Beijei sua bochecha e nos afastamos.

- Depois me diz o que aconteceu.- Ela disse e eu assenti.

Fomos andando até a rua e conversando. Decidimos que iríamos no Starbucks ali perto pra comer algo antes de cada una seguir seu rumo. A rua estava meio deserta, não tinha muita gente por ali. O sinal fechou e nós fomos andando, Ari correu um pouco pra chegar primeiro e eu ri, mas algo me fez entrar em desespero. Um carro em alta velocidade ia em direção à ruiva, no automático, eu corri até ela e a empurrei vendo ela cair no chão assustada e soltou um grito.

Não deu tempo pra mim correr, quando empurrei Ariana, só vi ela me olhando assustada e senti meu corpo ser atingindo pelo automóvel. Ouvi alguns gritos, mas a dor que tomou conta do meu corpo me fez gemer alto. Eu tinha sido lançada de forma brusca. Ainda vi o motorista aumentando a velocidade e fungindo dali.

Logo após isso só vi Ari correndo desesperada até meu corpo e uma multidão ao meu redor.

- A-ari... Cui-cuida... D-da... C-camz... E... Diz... Q-que e-eu... A... A-amo.- Sussurrei com dificuldade por causa da enorme dor que me atingiu.

- Laur, já ligaram pra ambulância, eles já estão vindo.- Ela disse chorando e pondo minha cabeça no seu colo.

- E-eu te a-amo... S-se c-cuida.- Falei gaguejando.

- Não fala como se fosse uma despedida.- Pediu acariciando meu rosto.- Não me deixa! Não deixa a Camila! Não deixa a gente! Precisamos de você!

- E-eu... N-não... A-aguen-to...- Falei.

- Shh... Não fala.- Falou.

Soltei um gemido de dor e deixei algumas lágrimas descerem pelo meu rosto. A dor era incrivelmente forte. Sentia meu pé latejando, meu braço parecia estar quebrado e sentia vários arranhões pelo corpo. Meu pulmão ardia, o ar parecia não querer entrar. Troquei um último olhar com Ari e fechei os olhos me entregando à escuridão.

Camila POV

Depois que Lauren saiu dali, me sentei no chão e me permiti chorar tudo que ainda estava guardado. As meninas entraram no estúdio e me olharam preocupadas.

- Mila...- Dinah me chamou sentando ao meu lado.

- E-eu a perdi.- Sussurrei chorando.

- Shhh.... Calma!- Pediu me abraçando.

- Deixa eu levá-la pro quarto.- Ouvi Jenni falar e logo Dinah se afastou de mim.

Senti Jenni passar seus braços pelo meu corpo e abracei seu pescoço. Minhas lágrimas molhavam sua camisa, mas ela parecia não se importar. As meninas vinham logo atrás da gente. Jenni me pôs na cama e beijou minha testa. Todas elas se sentaram ao meu lado, enquanto eu abaixava a cabeça.

- Quer nos contar o que houve?- Mani perguntou.

- Simples, estou sentindo tudo que ela sentiu.- Respondi suspirando e brincando com meus dedos.- Eu já imaginava isso, Lauren nem confia em mim mais. Por que me daria  uma chance?

- Oh, Mila!- Ally exclamou me abraçando.

- Eu me sinto tão burra.- Confessei chorando.- Lauren fez tudo por mim e eu machuquei seu coração.

- Mila, eu sei que quando a Lauren se magooa, ela fica irredutível, mas você tem que tentar conquistá-la.- Jenni disse segurando minha mão entre as suas.- Sabemos que tem a Ari, mas até ela quer vocês juntas.

- Pois é.- Mani disse sorindo.

- Gente, acho que por enquanto é melhor não fazer nada.- Falei sentindo o choro querer voltar.- Lauren não quer me ver nem pintada de ouro, melhor deixar as coisas se acalmarem um pouco.

- Vocês estão machucadas, e eu concordo com você.- Dinah disse.

- Melhor esperar as coisas esfriarem um pouco.- Mani disse e eu assenti.

- Obrigada por me entenderem.- Agradeci dando um sorriso fraco.

- Que isso! Agora vá tomar um banho e vamos fazer um lanche pra você.- Jenni disse.

Se despediram de mim e saíram. Respirei fundo e fui para o banheiro. Me despi, pus as roupas sujas no cesto e entrei no box. Liguei o chuveiro e fiquei debaixo do mesmo. Fechei os olhos sentindo a água morna escorrer pelo meu corpo relaxando meus músculos.

Foi só fechar meus olhos que aqueles verdes intensos se reproduziram na minha mente. O sorriso, o rosto, a boca, tudo. Tudo em Lauren era lindo, desde a sobrancelha até o corpo. Sem perceber um sorriso já se fazia presente em meus lábios. Incrível como ela me faz tão bem.

Eu deveria estar à uns 40 minutos pensando e estragando água...

E derrepente eu senti um aperto sufocante no peito. Abri os olhos assustada e levei à mão até meu peito e massageei o mesmo tentando diminuir aquele incômodo.

- Aii!- Gemi me encostando na parede gélida.

A dor era angustiante. O ar parecia faltar em meus pulmões, minha respiração estava pesada e eu gemia de dor. Segundos depois a dor foi diminuindo. Suspirei ainda ofegante e fui acalmando minha respiração. Terminei meu banho e saí do banheiro. A sensação de que algo de ruim aconteceu ainda estava presente em mim. Vesti um short preto de cintura alta, meu moletom do Ed, ajeitei meu cabelo e saí do quarto.

- Gente, estou com uma sensação de que algo...- Falei assim que cheguei à sala, mas parei quando vi a cara de choro das meninas.- Aconteceu.- Completei confusa.- O que aconteceu? Por que estão com cara de choro?

- Mila, senta aqui e fica calma!- Mani pediu e eu me sentei ao seu lado.

- Gente, o que houve? Estou ficando assustada.- Falei desesperada.

- Você está certa, uma coisa horrível aconteceu.- Dinah disse fungando. Jenni estava grudada em Dinah chorando copiosamente.

- Fala logo pra ela, precisamos ir pro hospital.- Jenni disse fungando.

- Hospital? Falem logo!- Exclamei angustiada.

- Mila, a L-lauren... E-ela...- Ally gaguejou.

- La-Lauren? O que aconteceu com ela?- Perguntei sentindo vontade de chorar só de pensar na possibilidade de ter acontecido algo com ela.

- Ela está no hospital.- Dinah disse e eu deixei um soluço escapar.

- Ela foi atropelada.- Mani disse com seus olhos vermelhos.

- Não!- Exclamei sem acreditar naquilo.- Não! Isso não pode acontecer!

- Mila, a gente tem que ir pro hospital. A Ariana está nos esperando.- Ally falou e eu assenti ainda sem acreditar que isso estava acontecendo.

Porra! Será que uma vez na vida eu não poderia ser feliz? Viver em paz?

Eu não posso perdê-la! Eu não aguentaria. Lauren é mais do que minha melhor amiga. Ela me fez sentir o que é amor de verdade, me fez apaixonar por seu jeito simples.

Minha melhor amiga

Meu anjo

Meu amor

Não vi quando entramos no carro e seguimos para o hospital. Eu estava perdida em pensamentos. Mani me abraçou me passando um pouco de conforto. Quando chegamos no hospital eu praticamente pulei do carro e corri para a recepção.

- Queria saber informações sobre Lauren Jauregui.- Falei em desespero para a mulher de idade atrás do balcão.

- Você é o que da paciente?- Perguntou me analisando.

- Amiga.- Respondi querendo chorar.

- Ela acabou de entrar na sala de cirurgia, seu estado é grave.- A mulher disse e eu me permiti chorar.

- Obrigada, senhora!- Ouvi Ally falar.

Dinah me abraçou e foi me puxando para sentar em uma cadeira dali. Pus as mãos na cabeça e chorei. Não sei como eu ainda tinha lágrimas, nunca chorei tanto como chorei hoje. As meninas pediam pra eu me acalmar, mas nada adiantava. A sensação de imponência não ajudava em nada.

- Meninas!- Reconheci a voz da Ariana. Saltei da cadeira e fiquei na sua frente. Ela estava tão acabada quanto eu.

- C-como isso aconteceu?- Perguntei desesperada. O medo de perdê-la aumentava e o arrependimento parecia não ter mais espaço em meu ser.

- E-eu encontrei ela numa praça, ela parecia bem triste...- Ela disse e eu engoli seco sabendo o porquê.- Ela me contou o que aconteceu.- Ari disse me olhando e eu abaixei a cabeça envergonhada.- Mila, não se culpe por nada, ok? Eu não te julgo. Mas voltando... Nós conversamos por um tempo e decidimos algumas coisas...

- Que coisas?- Jenni interrompeu curiosa.

- Não vou contar, vocês saberão depois.- Respondeu e nós bufamos.- Continuando... A gente estava indo para o Starbucks que tinha ali perto quando...- Ela engoliu seco parecendo lembrar do que aconteceu.- Quando um carro em alta velocidade vinha na minha direção, eu não tinha notado o carro até que Lauren me empurrou...- Ela disse deixando algumas lágrimas escaparem de seus olhos.- Eu me arranhei, mas quando olhei pra Lauren, ela parecia desesperada e eu só fui entender isso quando o carro lhe atingiu. Eu vi seu corpo ser lançado à metros de distância, eu pensei no pior, a pancada foi muito forte. O motorista nem parou pra prestar socorro. Eu corri até ela, sua perna estava sangrando muito, seu braço parecia quebrado e tinha vários arranhões por seu corpo. E-ela respirava com dificuldade, parecia sentir muita dor.

Até aquele momento nós já estávamos soluçando violentamente ouvindo Ariana contar como tinha acontecido aquele desatre.

- Ela pediu que eu dissesse à você, Mila...- Ariana falou e eu a olhei fungando.- Ela pediu que eu te dissesse que ela te ama e que é pra cuidar de você.- Ela disse e eu abaixei a cabeça vendo minha lágrimas caírem no piso branco.- Segundos depois disso ela disse que não aguentava mais e... Fechou os olhos. A ambulância chegou e cá estamos nós.

- Ainda não deram notícias?- Mani perguntou limpando as lágrimas.

- Não! Só a levaram pra sala de cirurgia.- Ariana respondeu suspirando triste.

Nos sentamos nas cadeiras dali e cada uma ficou perdida em seus pensamentos. Mani e Ally estava abraçadas, Jenni e Dinah estavam do mesmo jeito, enquanto eu e Ari estávamos olhando para o chão como se fosse a coisa mais interessante para fazer. Eu suspirei e me aproximei de seu corpo. Delicadamente puxei seu braço e nos abraçamos. Ali nós encontramos um pouco de conforto uma na outra.

Eu só queria que isso tudo fosse um pesadelo. Queria acordar e ver que estava no estúdio depois de minutos chorando, mas eu sabia que eu não estava em um sono inconsciente. Aquele momento parecia tão real e doloroso.

E mais uma vez a vida me dava um rasteira me fazendo cair de costa no chão sentindo toda dor que um ser humano pode sentir.

Eu não aguentaria perder a minha Lo. Não aguentaria viver sem ver seu sorriso, sem encarar suas lindas esmeraldas. Eu não aguentaria viver sem seus carinhos e abraços. Eu não aguentaria viver em um mundo onde não existisse Lauren Jauregui. O meu anjo. Meu lindo e perfeito anjo dos olhos verdes.

Oh God... Me ajuda! Não deixe que meu anjo se vá... Porque se ela se for, eu vou junto.