Pov Clay
Eu pedalava desesperado a procura de Tony, estava quase chorando imaginando coisas horríveis que poderiam ter acontecido com ele. Quando passo em frente de um beco e vejo o mustang do Tony parado lá, eu desço da bicicleta e vou correndo até o carro, com a esperança de encontrar o Tony dentro dele, mas não havia ninguém lá. O carro estava todo arranhado e com algumas partes amassadas, percebi um pouco de sangue em uma das laterais do carro, e logo me desesperei mais ainda.
“Tony... O que aconteceu com você?”
Voltei para minha bicicleta e comecei a pedalar sem saber para onde ir, até que pensei em um lugar que talvez ele estivesse, uma área grande com galpões, onde o vi batendo em um cara que mexeu com a irmã dele, imediatamente pedalei o mais rápido que pude até lá.
Chegando lá, vi uma caminhonete parada em frente de um galpão abandonado, liguei para a polícia avisando que sabia onde Tony estava, eu tinha certeza que ele estaria lá dentro, algo me dizia isso, não podia ficar esperando a polícia chegar, quem sabe o que estão fazendo com Tony lá dentro? Aproximei-me do galpão silenciosamente, e olhei através de uma das janelas, a cena que eu vi era horrível, Tony estava sendo espancado por três caras, chutavam e batiam nele com um taco de beisebol, não aguentava ver aquela cena, mas o que eu poderia fazer? Eram 3 contra 1.
“Pense Clay, Pense!” – Eu tentava pensar em algo.
Olhei para a caminhonete e tive uma ideia, era loucura, mas eu tinha que tentar. Fui até ela e entrei, por sorte um dos idiotas deixou a chave dentro, eu liguei a caminhonete, o motor fazia barulho, era agora ou nunca.
Pov Tony
Eu estava começando a perder a consciência, o chão em minha volta estava cheio de sangue, e eu só conseguia pensar no Clay. Até que eles pararam de me bater...
- Que barulho é esse? – Disse o “líder” deles.
- Parece a caminhonete. – O que estava segurando o taco falou
- Vai dar uma olhada, grandão. – O “líder” disse para o mais alto.
Ele foi em direção ao portão velho e enferrujado do galpão, quando estava prestes a abrir a porta foi jogado para longe com o impacto, uma caminhonete havia arrombado o portão, e estava vindo na direção dos outros dois.
- Merda! Corre! – Disse o “líder”, correndo com o outro cara, e saindo pela porta dos fundos.
A caminhonete parou perto de mim, alguém se aproximou de mim, minha visão estava embasada, era difícil identificar a pessoa, até que ouvi sua voz...
- Tony? Meu Deus, você está sangrando muito.
Era impossível não conhecer essa voz, era o Clay, ele me achou, com muito esforço eu consegui dizer apenas uma palavra antes de desmaiar.
- C-Clay...
Pov Clay
- Não diga mais nada, não se esforce sem precisão. – Eu disse desesperado.
Tony estava na minha frente todo ensanguentado, eu percebi que ele havia sido perfurado, e rapidamente tirei minha blusa e coloquei no local para evitar que ele perdesse mais sangue, a blusa logo começou a encher de sangue.
“Onde estão esses malditos policiais?” – Eu pensava desesperado.
Até que senti uma mão no meu ombro que me puxou para cima.
- Seu moleque desgraçado! – Um cara enorme disse pra mim, me socando no estômago logo em seguida.
Eu tossi sem ar, ele me agarrou pelo pescoço e começou a me sufocar.
“Alguém... Por favor, me ajude” – Eu pensei quase desmaiando pela falta de ar.
- Parado!
Eu olhei para o lado e era um policial armado que logo atirou, acertando as costas do cara que caiu no chão, eu pude respirar novamente.
- Eles estão aqui! Rápido! – O policial disse.
Logo paramédicos chegaram colocando Tony em uma maca e o levando para ambulância. Eu estava aliviado, mas ainda aflito, com medo de não conseguirem salvar o Tony, ele havia perdido muito sangue, tentei segui-los até a ambulância, mas fui parado por um policial e uma paramédica que logo foi tratando do meu ferimento no rosto. O policial fazia várias perguntas, mas eu estava muito desnorteado para responder a qualquer coisa, só pensava no Tony e se ele ficaria bem, pelo menos tudo isso havia acabado.
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