1. Spirit Fanfics >
  2. Lullaby >
  3. Capítulo 1 - We'll Learn

História Lullaby - Capítulo 1 - We'll Learn


Escrita por: bigdreamer

Notas do Autor


Olá, pequenas aventureiras!
Eu tava morrendo de saudades de postar fanfics. A faculdade tá consumindo todo o meu ser, porém eu tô cheia de projetos novos e logo logo eles tão chegando aqui para aquelas que tiverem coragem de ler o que eu escrevo. hehe.
Lullaby é uma ideia que tá comigo fazem mais de 4 meses e é realmente meu amorzinho já que desde "Dear Friend," eu não escrevia nada com o Liam e tava quase esquecendo do quão fácil é escrever com esse menino.

Enfim, aqui vão uns avisos legais:
— É proibido dar dinheiro pela doação de sémen, é considerado venda de tecido humano, mas como é uma história eu me permiti dar dinheiro pro Liam por isso.
— Por favor, não plagie minha ideia. Tive muito trabalho criando esse universo e tenho certeza que você também tem criatividade para criar o seu próprio.
— Não tenho tempo regular de postagem, mas tenho alguns capítulos prontos o que vai ajudar bastante.
— Algumas pessoas foram necessárias para que essa ideia saísse da minha cabeça e viesse para o "papel", entre elas tá a Gabriela (namelessgem). Obrigada por toda a paciência, Gabs (espero que você continue a tê-la, hehe). Eu te amo de alma e Lullaby não seria nada sem você.
— Eu realmente espero que vocês gostem da história e me acompanhem durante mais essa jornada.

Enjoy It.

Capítulo 1 - Capítulo 1 - We'll Learn


O tempo é relativo.

O tempo depende somente do ponto de vista do observador.

O tempo flui de forma diferente para cada pessoa.

Se você está, por exemplo, lendo uma história interessante durante a madrugada, as horas passarão por você sem que sejam notadas e logo o sol vai estar nascendo – e você vai passar o resto do dia se arrependendo de não ter dormido, mas pelo menos você leu uma boa história, certo?

Ou quando você é criança e espera avidamente pela hora que seu pai chega em casa, para que você possa contar sobre todos os desenhos que fez na escola naquela tarde e vocês dois possam brincar até a hora de dormir, mas o relógio parece estar de mal com você e o tempo passando tão lento quanto a lesma que você observou caminhar pelo beiral da janela naquela tarde. 

Ou, ainda se você estiver atrasado para o trabalho e sua vizinha – a senhora Smith, a velhinha com 5 gatos e um jardim cheio de flores – decide te parar para conversar sobre qualquer assunto que ela jugue realmente importante, mas que naquele momento para você é apenas uma conversa desnecessária, o tempo vai passar voando.

Agora, se você é Liam Payne em uma sexta-feira qualquer, o tempo vai estar brincando com a sua cara e passando da maneira mais preguiçosa possível enquanto você encara o relógio na esperança de dar 6 horas da tarde e você poder finalmente entrar no seu carro, comprar comida em um restaurante a caminho de casa e passar o final de semana atualizando suas séries na Netflix – ou revisando um caso para a semana que vem, mas ele ainda estará em casa de cuecas (ou sem elas, vai saber) confortavelmente no sofá, muito melhor do que aquele terno chato e seu elegante escritório.

Eram 5h 30.

Só mais 30 minutos bancando o adulto responsável.

E foi bem nesse momento que o telefone em sua sala tocou.

Payne começou a torcer para que fosse apenas Rosalie – a gentil secretária – perguntando se podia sair mais cedo porque tinha que ir ao aniversário de 80 anos da avó ou visitar a tia doente no hospital. Ele sempre acabava permitindo, mesmo sabendo que na verdade ela iria para algum pub famoso com os amigos. Rose era jovem e sempre fazia todas as coisas que Liam pedia com extrema competência, então se ela tinha algum lugar divertido para ir e precisava sair 30 minutos mais cedo, tudo bem.

— Sim, Srta. Harmon? — Tirou os óculos que usava para ler documentos, e os colocou na mesa.

— Sr. Payne, desculpe incomodar. — A secretária parecia um pouco incerta em suas próximas palavras — Mas tem uma garotinha procurando pelo senhor, e não tem ninguém marcado, e ela diz que é urgente.

— Qual o nome dela? — Por favor, por favor, por favor, que não fosse alguma criança rica querendo processar o pai por ter gritado com ela na noite passada. Ele realmente estava cansado de ter que explicar que não podia processar pais por esse motivo.

— Amanda Bellucci, Senhor. — O nome não lhe causava nenhuma lembrança. Bom, era melhor ver do que aquilo se tratava.

— Peça a Srta. Bellucci para entrar, Rosalie.

— Sim, senhor.

Ouviu o salto de Rosalie se aproximando, a porta foi aberta e a secretária deu passagem para uma garota que não devia ter mais do que 10 anos. Ela usava galochas roxas e carregava um bicho de pelúcia que parecia uma ovelha, e Liam se perguntou se ela não estava um pouco velha para carregar o bichinho por ai.

— Obrigada, Rosalie. — Levantou-se para cumprimentar a menina enquanto a secretária saia e fechava a porta atrás de si. Amanda encarou Liam desde os sapatos sociais até o cabelo, e parecia feliz em constatar algo — Prazer em conhece-la, Srta. Bellucci. Como posso ajuda-la?

— Eu imaginei que você seria mais velho, Payne. — A menina ergueu uma das sobrancelhas — Mas pelo menos você me dá esperanças de que eu não vou ficar baixinha para sempre.

— O quê?

— Oi, eu sou a Amanda. — Ela sorriu mostrando todos dos dentes e estendeu a pequena mão para o homem, que a segurou de imediato. — E dizem por aí que você é meu pai.

A cena deveria ser cômica olhada de fora. Liam ainda segurava a pequena mão e mantinha os olhos arregalados olhando para a menina e tentando se lembrar de qualquer relacionamento amoroso que pudesse ter gerado a mistura de olhos esverdeados e seus cabelos castanhos. E, então, se lembrou de algo ainda pior.

— Como você conseguiu meus dados? — Até onde ele sabia o doador permanecia anônimo, assim como as mães.

— A melhor amiga da minha mãe é detetive. Minha mãe disse para que eu não criasse grandes expectativas... — Amanda abaixou o rosto como se soubesse que isso poderia acontecer, e Liam sentiu-se mal de imediato. — Mas você não se importa, certo? Que eu tenha te encontrado, você está feliz, não está?

Payne não sabia se estava feliz. Mas sabia que estava chocado.

Ele havia doado sêmen para o banco de esperma quando tinha 18 anos porque havia uma oferta generosa de dinheiro pela doação pelo simples de que não havia esperma suficiente, e Liam precisava do dinheiro, afinal todos em sua casa estavam desempregados e as vezes eles terminavam o dia sem nada para comer.

Claro que ele sabia que algo assim podia acabar acontecendo no futuro, sempre havia vazamento de dados nessas coisas. Ele só não esperava que fosse em uma sexta-feira, 30 minutos antes de seu horário de trabalho terminar.

— Eu... Eu... — Passou as mãos pelo rosto tentando recobrar a fala — Desculpe, estou um pouco espantado. Não espera que isso fosse acontecer...

— Sinto muito. — A menina riu constrangida, mas os olhos verdes brilhavam em expectativa.

— Por que...? Que tal você, nós... sentarmos? — A garotinha assentiu e caminhou até a cadeira que Liam puxou para ela.

O homem jogou-se na cadeira do outro lado da mesa e encarou Amanda.

A ovelha de pelúcia foi colocada ao lado dela na cadeira, e ela examinada cada canto do escritório.

Havia algumas semelhanças entre eles - a cor e textura do cabelo, a mancha embaixo do pescoço ou a forma como ela ficou encantada ao pegar o carrinho de colecionador que ele tinha sobre a mesa e examinar atentamente – e Payne se pegou encantando com cada uma delas.

— Você... — limpou a garganta seca antes de continuar — quer água? Suco? Alguma coisa? — A menina o encarou mordendo o lábio inferior.

— Tem suco de maçã? — Liam teve que rir ao levantar-se e abrir o frigobar onde várias caixinhas de suco de maçã se acumulavam, era o favorito dele no final das contas.

— É o meu favorito.

— O meu também! — Ela parecia muito feliz ao furar a embalagem com o canudo e brindar com a caixinha de suco dele.

O homem se acomodou novamente na cadeira e respirou fundo, se perguntando se havia um manual em alguma livraria por aí o ensinando a lidar com situações como essa. “O que dizer quando uma criança gerada pelo esperma que você doou vem te procurar” não parecia um título que faria grande sucesso.

— Então, — Ela levantou os olhos verdes para ele novamente — por quê?

— Por que eu vim procurar você? — Ele assentiu, Amanda parecia estar preparada para aquela pergunta. Mas colocou o suco sobre a mesa dele e abraçou o ursinho antes de falar. — Meus pais nunca esconderam a verdade de mim. Minha mãe sempre diz que a coisa mais preciosa que temos é a verdade, então nós nunca escondemos segredos uns dos outros. — A garota olhava para a orelha da ovelha na qual deixava os dedos brincarem, parecia um pouco desconfortável — Babbo tinha problemas para ter filhos, então eles usaram a sua sementinha para que mamãe pudesse me ter. Dois meses atrás minha mãe chegou em casa dizendo que babbo tinha passado mal no trabalho, e ido ao hospital. E como ele estava muito mal ele ia precisar... — Os olhos verdes dela encheram-se de lágrimas e Payne sentiu o próprio coração apertar — Ele ia viver com as estrelas daquele momento em diante.

O homem se levantou da cadeira no momento que as lágrimas começaram e escorrer pelo rosto dela. Abaixou-se na frente da cadeira e secou as lágrimas do rosto delicado.

— Eu sinto muito, Amanda. Muito mesmo.

— Tudo bem. Sinto falta dele todos os dias, mas ele está em um lugar melhor e sempre olhando por mim, certo? — Liam assentiu e ela segurou a mão dele com os dedinhos gélidos, depois mediu a diferença entre o tamanho das mãos deles e riu arrancando um sorriso dos lábios de Payne. — Aí eu disse para mamãe que eu tinha um segundo pai e que iria procurar por ele.  E eu sei que você nunca vai substituir o Babbo Giovanni, mas ainda pode ser meu pai se quiser. — Amanda o encarou com os grandes olhos verdes cheios da esperança, em sua forma mais pura, e Liam soube que nunca poderia negar algo para aqueles olhos.

— Sua mãe sabe que você está aqui?

— Mamãe está esperando lá fora — Apontou o pequeno dedo para a porta do escritório — Eu disse que já sou crescida o bastante para lidar com isso sozinha. Ela disse que concorda, mas que ainda ia me trazer e ficar esperando do lado de fora. — Deu de ombros.

— Sua mãe está certa. — Sorriu doce para a menina — Não tinha como ela saber se eu não ia te sequestrar e te torturar com cócegas. — Ao final da frase ele cutucou a barriga dela fazendo-a se esquivar enquanto ria. — Eu agradeço por vir me procurar, Amanda. Mesmo. Mas eu não sei se sei como ser pai, entende? E eu não quero te desapontar.

— Você não vai, Payne. Você vai aprender a ser meu pai e... — Ela levou o dedo indicador a boca, batendo contra os lábios fechados como se pensasse — E eu vou aprender a ser sua filha.


Notas Finais


Espero que vocês tenham gostado. Se sim, deixem um comentário. Se não, comentem também e ajudem a autora a melhorar.
Beijos de Luz,
Forno.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...