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História Lumière - Menino Veneno


Escrita por: lunevile

Notas do Autor


Oi pessoal!
Estão com saudades de Lumi?
To até com vergonha de vir aqui, nossa nunca fiquei tanto tempo sem postar né? Quero me ajoelhar e pedir desculpas a cada um de vocês por esse hiatus. Pra quem não sabe, terminei a faculdade e agora estou nos corres para a formatura, que na verdade consiste em uma semana de festas. E essa semana é a semana que vem, segunda tem aula da saudade, quarta, tem culto ecumênico, quinta, a colação de grau oficial o tão esperado baile de gala.
As coisas estão bem corridas por isso não estava conseguindo sentar e cuidar com carinho do capitulo. Mas ele finalmente saiu, na verdade era um capitulo enorme mas eu dividi em dois pra ficar mais agradável, sabe? Então talvez o próximo saia mais rápido se eu conseguir tempo para postar.

IMPORATANTE: EU DISSE QUE LUMi TERIA 25 CAPITULOS MAS O ULTIMO CAPITULO NÃO EXISTIA E ESSE AQUI TAMBÉM NÃO ENTÃO OLHA A FIC CRESCENDOOOOOO! DESCULPEM GENTE! Ces tão gostando?
LUMI GANHOU UM TRAILER, VEJAM NAS NOTAS FINAIS
~~ LEIAM AS NOTAS FINAISSSSSSS~~ TEM RECADINHOS

Capítulo 19 - Menino Veneno


Fanfic / Fanfiction Lumière - Menino Veneno

A chegada de Chanyeol à minha casa no campo me fez ter consciência clara de algumas coisas: a primeira era que eu ainda era apaixonado por ele, mesmo que quisesse e tentasse negar, e a segunda era que eu sempre pagaria mico e passaria muita vergonha quando ele estivesse por perto, porque a vida não era mesmo justa comigo.

Depois que ele me flagrou fazendo a minha dancinha da vitória na cozinha de casa eu tive que inventar uma desculpa esfarrapada qualquer e dizer que eu estava me exercitando. Reconheço que essa não é a melhor das desculpas, e ele provavelmente não deve ter acreditado em nada daquilo, mas foi o melhor que consegui pensar naquele momento de tensão e desespero.

Eu estava evitando falar com Chanyeol, sabe? Por mais que eu soubesse que estava na hora de conversarmos sobre tudo que havia acontecido, eu não queria entrar em contato com aquele assunto, portanto estava evitando qualquer mero contato com ele, eu não o olhava e nem trocava palavra alguma.

Meus pais haviam decidido que seria interessante levar os meus amigos ao El Dorado, e agora estávamos nos preparando para chegar lá. O famoso El Dorado nada mais era do que a casa da minha avó. Minha vó possuía um estabelecimento com esse nome onde havia animais, muito verde, espaço para trilhas, uma grande lagoa e um restaurante, muito similar a um parque. Muitos moradores da região e também turistas visitavam o local durante todo o ano.

Vovó não morava sozinha, obviamente. Uma de minhas tias, irmã do meu pai, morava lá também juntamente com seu marido e seu filho, o meu primo Yixing, que tinha esse nome porque seu pai era chinês. Os quatro viviam em um casarão modesto em uma parte mais afastada do El Dorado.

Yixing havia estudado Biologia e era bem íntimo das árvores em geral, sendo aquele lugar perfeito para alguém como ele. Quando éramos menores ele tinha o hábito de abraçar e conversar com cada uma das árvores do parque, e eu sempre achei isso muito engraçado. Fazia tempo que eu não o via, alguns anos, porque ele havia deixado a Coréia para fazer a graduação no país de seu pai, voltando a pouco menos de um ano. Nesse sentido, visitar o El Dorado era muito bom porque além de ocupar a mente com outras coisas que não fossem Chanyeol, eu veria meu primo novamente.

Eu estava evitando falar com Chanyeol sobre qualquer coisa. Eu sabia que precisava conversar com ele, mas não sabia como fazer isso, entende? Mas a minha mente não parava de me alertar que aquela visita inesperada ao El Dorado podia ser o escape perfeito, porque eu teria uma vasta gama de coisas para fazer, mas ao mesmo tempo eu o teria sempre ali ao meu lado e talvez acabasse sendo bem complicado fugir.

Combinamos que iríamos todos para lá, divididos entre a caminhonete de meu pai e o jipe de Chanyeol. Mas antes, passaríamos no centro da vila pra comprar algumas coisas, enquanto meus pais encontrariam alguns amigos para fazer algum negócio. E era exatamente por isso que naquele momento eu, Junmyeon, Sehun, Chanyeol, Kyungsoo e Jongin estávamos dentro do mercado que eu havia invadido alguns dias atrás, procurando por biscoitos.

Junmyeon guiava um carrinho de compras e passeava distraído pela sessão de biscoitos e doces. Sehun, Kyungsoo e Jongin se encarregavam de lotar o carrinho com besteiras de todos os tipos. Eu os seguia cabisbaixo preso no meu próprio mundo pensando em um milhão de coisas e todas elas remetiam ao cara alto e sério que andava em silêncio do meu lado.

Não era só eu que havia mudado, Chanyeol também parecia ter se tornado outra pessoa no período em que estivemos separados.

Eu estava bastante tenso com toda aquela situação e mesmo me esforçando bastante não consigo me lembrar de tudo claramente. Lembro que enquanto meus amigos riam e falavam sobre uma promoção de um tal biscoito eu apenas o seguia como se fosse levado pelo vento.

Droga! Aquilo não era nada bom para a imagem do novo Baekhyun!

Quando estávamos na fila do caixa, esperando nossa vez, fui retirado do meu mundo de sonhos por Junmyeon que erguia o celular e chamava meu nome freneticamente. Tive que piscar algumas vezes para entender que ele estava apenas avisando que ligaria para Jongdae naquele momento.

- Você vai ver, Sehun! – Junmyeon se vangloriava enquanto colocava o celular no viva voz e discava o número de Jongdae – Meu homem é maravilhoso.

E então o celular de Junmyeon começou a chamar e logo a voz de Jongdae surgiu do outro lado da linha.

- Olá, meu amor! Como você está?

- Oi, Dae! – Junmyeon piscou os olhos e suspirou com ar apaixonado – Tô com saudades do meu ChenChen!

- Eu também estou com saudades do meu Myeonmyeonzinho! – Jongdae usou um tom tão meloso quanto o de seu namorado.

Sehun e Jongin deram uma risada alta, mas Junmyeon os ignorou completamente. Eu tive que segurar o riso para não rir também.

- Encontraram o Baek? – Jongdae parecia preocupado, mas em sua voz eu conseguia captar um pouco de promiscuidade. – Eu te disse, essa depressão do Chanyeol é algo que só o corpitcho de Byun Baekhyun cura.

Todo mundo ficou em silêncio e todos os pares de olhos ali se arregalaram tanto quanto os olhos de Kyungsoo. Todos os meus amigos me encararam e eu senti vontade de cavar um buraco e me enterrar nele, ao invés disso eu encarei Chanyeol que também me olhava fixamente.

Que constrangedor!

- Junmyeon? – A voz de Jongdae quebrou o silêncio

- Jongdae, você está no viva voz! – Junmyeon falou constrangido. Pra vocês verem como foi uma situação tensa, até Junmyeon rei do micão ficou constrangido.

- Um salve para o Baek e um para o Channie! Se acertem logo, pessoal! – Ouvi Jongdae rir do outro lado da linha.

Ninguém falou nada e nem riu. Pelo amor de Deus mesmo quando eu fujo da vergonha ela me encontra. Meus olhos sem querer pousaram em Chanyeol e eu pude jurar que ele estava com um sorrisinho no canto dos lábios.

Depois de um longo momento em que nos encaramos, Junmyeon quebrou o silêncio em um tom bastante meloso.

- Dae, quando você vem pra cá?

- Acho que em dois ou três dias terei uma folga – a voz de Jongdae se tornou um tanto rápida e dispersa como se estivesse ocupado. E então o circo pegou fogo! – Espera um instante, Myeonmyeonzinho… - Jongdae pareceu ter afastado um pouco o celular da boca e falou para outra pessoa que devia estar com ele aonde quer que estivesse – Minseok, coloca aqui pra mim por favor, isso, direitinho…

Os olhos doces e singelos de Kim Junmyeon se estreitaram quando ele ouviu aquele nome, e suas sobrancelhas se fecharam em um ângulo bastante ameaçador acima de seu olhar. A pele branca dele começou lentamente a assumir um tom bastante avermelhado e a voz que saiu de sua boca era bem diferente do seu tom amistoso de sempre, dessa vez sua voz tinha um tom ameaçador.

- Kim Jongdae… - ele falou baixo e grave como se estivesse se segurando, ao mesmo tempo em que fechava os olhos e respirava fundo – Quem vai colocar o quê e onde?

Todos nós encarávamos Junmyeon um tanto preocupados e apreensivos naquele instante e temíamos secretamente que nosso amigo começasse um barraco ali no meio daquela fila. Sehun não é o dono desse lugar? Bem que podia dar um jeito de nos colocar na frente dos outros, porque eu estava com um pressentimento de que as coisas iriam fugir do controle. Jongdae pareceu ter percebido o clima pesado também, ele mais do que ninguém, conhecia a personalidade ciumenta de seu namorado.

Eu sabia que tudo ia dar bem errado quando percebi que Junmyeon manteve a conversa tensa no viva voz para que todos nós ouvíssemos.

- Calma meu príncipe! – Eu podia sentir o desespero na voz de Jongdae – Calma Myeonmyeonzinho, não é nada do que você está pensando.

- Myeonmyeonzinho é uma ova! – A merda já estava feita, Junmyeon gritava e todos os que estavam a nossa volta nos olhavam – Eu exijo que você me diga o que o Minseok – esse nome ele disse com um certo nojo – colocou e onde ele enfiou isso.

- Suhozinho, você sabe que ele é só alguém que trabalha comigo! Por favor!

Kyungsoo estava mais próximo de Junmyeon e foi ele quem tentou conter o outro que a essa altura já segurava o celular com tanta força que o aparelho podia quebrar a qualquer instante.

- Não me segura, não me segura não! – Ele se debatia impedindo que Kyungsoo o mantivesse parado.

- Junmyeon seja racional, eu te amo! - Jongdae parecia querer chorar de verdade.

E pela primeira vez naquele dia Junmyeon pareceu realmente raciocinar sobre alguma coisa. Ele colocou um de seus indicadores na testa, fechou os olhos e suspirou mais uma vez.

- Kim Jongdae, vá com o seu Minseok!

Silêncio.

- Pelo amor de Deus, Junmyeon não termina comigo, por isso! Não aconteceu nada, to te falando, não fique com ciúmes! – Jongdae com certeza chorava agora, e todas as suas palavras saiam confusas.

- Terminar com você? Nunca, meu querido! Mas eu quero você aqui na minha frente em três dias, ouviu bem?!

Ouvimos Jongdae murmurar algumas coisas aparentemente em concordância aos pensamentos de Junmyeon e então esse ultimo desligou o celular. Depois de terminar a ligação, ele deu uma pequena sacudida no corpo, olhou para um lado e para o outro onde as pessoas já o encaravam.

- O que foi? – O ciumento falou encarando as pessoas que o olhavam meio incrédulas. Ele era muito cara de pau. – Nunca viram um homem apaixonado?

Sehun deu uma gargalhada alta e depois se calou. Mas então foi a vez de Kyungsoo rir de maneira escandalosa e logo todos nós já estávamos rindo da situação.

- Vê se eu vou abrir mão do meu doutor, amor da minha vida, por causa de Kim Minseok? – Junmyeon olhava para todos nós em busca de aprovação.

A essa altura já havia chegado a nossa vez de passar pelo caixa e nós ríamos tanto que eu quase fui capaz de esquecer todos os dramas da minha vida e me concentrar apenas naquele momento ali – simples e feliz.

- Afinal, quem é Minseok? – Perguntei quando já faltavam apenas alguns produtos a serem empacotados.

Eu olhava pra Junmyeon que ria a minha frente, mas a reposta não veio dele.

- Minseok é o vice presidente do nosso clube de moto! Nós o vimos quando te levei em uma das reuniões. – A voz de Chanyeol me assustou. – Acho que ele e Jongdae são muito amigos e trabalham juntos.

- Ah! – Foi tudo o que eu disse em reposta.

Aquela era a primeira conversa que eu e Chanyeol estávamos tendo depois de muito tempo, e eu não conseguia decidir se havia sido bem sucedida ou um fiasco total.

 

***

 

Nós encontramos meus pais assim que deixamos o mercado. Cada um se encaminhou para o carro em que faria a pequena viagem e então rumamos para o El Dorado.

A viagem durou pouco mais de meia hora. Era mais ou menos cinco da tarde quando eu consegui avistar de longe o grande portal daquele lugar que era berço de lembranças tão boas para mim. Quase desci do carro mesmo em movimento e corri em direção àquele lugarzinho que tanto amava.

O El Dorado era meu reino, a casa da minha vó era o meu lugar favorito no mundo todo.

Entramos pelo portal principal do El Dorado, e o parque estava ainda mais bonito do que eu conseguia me lembrar. Para cada lugar que eu olhava uma lembrança vinha clara a minha mente e eu quase comecei a chorar quando nós chegamos a melhor parte daquele lugar: a grande, porém simples casa dos fundos onde vovó, meus tios e meu primo moravam.

Quando avistei a casa eu comecei a chorar mesmo, e só chorei mais quando o carro parou e vovó me esperava de braços abertos em frente à própria casa. E aquele não foi o único abraço apertado e quentinho que recebi naquele momento, depois de minha vó, meu tio e minha tia que juraram estar com saudades de mim.

Meus pais fizeram a apresentação dos meninos ao resto da família. Sehun e Kyungsoo já eram rostos conhecidos de tempos antigos, mas os outros foram muito bem recepcionados também. Junmyeon fazia o educado e elogiava tudo, desde a grama do lugar até as presilhas de cabelo da minha vó, e ela em resposta perguntava em alto e bom som se ele era meu novo namorado.

Vovó passou cerca de dez anos acreditando que eu e Kyungsoo tínhamos algo além de amizade, e na cabeça dela isso só se confirmou quando mudamos juntos para a capital. A vítima da vez era Junmyeon e ele se sentia inflado pelos elogios de vovó a sua pele de pêssego.

 

***

 

Nós já havíamos colocado nossas mochilas para dentro da casa, que por sinal continuava linda – bem rústica e ampla. Agora estávamos todos coversando na grande varanda que rodeava a casa, Sehun e Jongin estavam sentado nos degraus de madeira que davam acesso à varanda. Junmyeon e Kyungsoo conversavam com meus familiares com muita empolgação. Eu estava em pé, de um ponto onde era possível ter uma boa visão do jardim em frente à construção, e de alguns outros pontos do lugar. Tudo era tão nostálgico… Foi então que eu percebi que estava falando alguém ali.

- Vó, cadê o Yixing? – Perguntei animado porque estava morrendo de saudade do meu primo.

- Deve estar cavalgando por algum canto desses! – Minha vó de repente encarou o horizonte onde o sol começava a se por e sorriu – Veja se não é ele que vem vindo ali.

Meus olhos seguiram o ponto no horizonte apontado pela senhora e acabaram por perceber um jovem vindo com velocidade em direção a casa, montado em um cavalo branco. Quanto mais próximo ficava, mais era possível ver o cavaleiro.

Rapidamente desci a escadinhas da varanda, para recepcionar meu primo quando chegasse. Yixing usava uma calça jeans e uma bota, a distância eu conseguia ver o seu peitoral exposto e o grande chapéu de cowboi que usava na cabeça.

Ele me viu quando a distância entre nós já era menor e me lançou um sorriso largo, diminuindo a velocidade da cavalgada. Antes de descer do cavalo ele me encarou sorrindo, com seus olhinhos sempre de sono e eu achei que o por do sol que pintava o céu atrás dele fazia a cena parecer digna de filme.

- Boa noite primo! – Yixing falou arrastado como sempre, me olhando de cima.

Foi aí que eu percebi que não estava sozinho.

- Uma noite muitíssimo boa! - Junmyeon usou seu tom mais sedutor para falar, enquanto usava uma de suas mãos para se abanar como se sentisse calor. Os olhos estavam fixos em Yixing.

O homem desceu do cavalo com bastante agilidade e já veio em minha direção com os braços abertos pedindo por um abraço. Eu sorri em reposta e comecei a caminhar em direção a ele com os meus braços também abertos.

Mas Junmyeon foi mais rápido.

Meu amigo rapidamente se colocou entre eu e meu primo, e suas mãos, ambas bobas começaram a tocar e a massagear os músculos do peitoral e dos braços do cavaleiro. Yixing arregalou os olhos e depois olhou o outro meio de cima e riu abobado – sim, ele riu. Yixing era doido.

- Oi! – Yixing sempre fofo, falou tentando discretamente empurrar Junmyeon para longe. – Prazer, meu nome é Yixing.

- Eu sou Junmyeon, Kim Junmyeon. E meu bem, o prazer é todo meu. – Enquanto falava, ele tinha seus olhos fechados e mantinha o aperto sobre o corpo do meu primo.

Ele era inacreditável. Eu tive que agir, corri para tirar as garras dele de cima de Yixing que apenas ria da situação. Junmyeon continuou a encarar meu primo com um olhar que ele acreditava ser sedutor e eu provavelmente já estava vermelho de vergonha a essa altura. Mas fazer o que? Onde Junmyeon está, há sempre constrangimento e vergonha, não é algo que se possa evitar.

Quando o levei para longe o suficiente (fiz ele sentar nas escadinhas da varanda ao lado de Sehun e Jongin), voltei para a abraçar Yixing. Nós trocamos um abraço rápido e ele me perguntou como estava a vida, eu menti e disse que estava tudo bem.

Perguntei a ele sobre seu namoro, que para mim era novidade e ele começou a me contar como Soojung era uma garota maravilhosa. Eu estava feliz por eles…

Acabamos por subir para a varanda, e eu fui apresentando Yixing aos outros, um por um. Ele já havia conhecido Junmyeon, então eu apresentei Jongin – que ele achou um rapaz muito bonito, e Chanyeol – os dois trocaram um aperto de mão bem másculo.

O clima estava ameno entre os ocupantes da varanda, todos conversavam sobre os mais variados assuntos. Meus pais coversavam com meus tios em um ponto mais distante, Kyungsoo, Yixing e minha Vó, falavam de algo que parecia fazer Yixing rir, mas que a Kyungsoo causava constrangimento. Junmyeon, Sehun e Jongin continuavam sentados nas escadinhas da varanda e cochichavam algo que me deixou curioso.

Chanyeol estava um pouco mais distante de todos, mas ainda assim mais próximo de mim. Quando meus olhos encontraram os seus, eles me encaravam, e eu pela primeira vez, mantive seu olhar, sem medo algum. Ali só existia nós dois.

Ficamos só nos olhando pelo que pareceu uma eternidade, tempo em que só tive ainda mais convicta a certeza de que eu nunca me cansaria dele.

Depois de um tempo em que estavam ali, os empregados de minha vó nos trouxeram um mini banquete com todo tipo de comida. Junmyeon foi o primeiro a avançar sobre a pequena mesa que havia sido colocada em um dos cantos da varanda. E depois, os outros que estavam no local foram também se encorajando para comer.

Cada um colocou para si um pequeno pratinho e se sentou em algum ponto da varanda para comer e conversar. Eu me sentei próximo a Junmyeon e Kyungsoo e apesar de saber que eles falavam, eu estava tão distante e perdido em meus devaneios que não conseguiria dizer aqui sobre o quê eles falavam.

Depois que terminaram de comer, meus pais disseram que voltariam para casa, e disseram a minha vó que apenas haviam ido até o El Dorado para levar a mim e meus amigos. Eles se despediram de todos, e meus tios decidiram que os levariam em casa no carro deles, e a caminhonete de meu pai ficaria comigo para quando eu e os outros decidíssemos retornar pra casa.

Mamãe era esperta e sabia que todos nós não caberíamos no jipe de Chanyeol, e também sabia que eu ficaria bastante constrangido em ter que entrar nele. Mas eu tinha o pressentimento de que ela tinha outras intenções ao me deixar ali, e eu só tive mais certeza quando antes de ir embora ela fez um aceno e me chamou para um canto.

Ela me lançou um olhar que eu conhecia bem e depois me disse em um tom baixo, as palavras de apoio que eu precisava e que nunca consegui esquecer.

- Baek, eu te trouxe aqui porque esse é um lugar que sempre deu muito sorte à mim e a seu pai, então espero que vocês se acertem! – ela olhou para um ponto meio distante de onde estávamos e eu segui seu olhar acabando por encontrar Chanyeol que estava um pouco mais adiante no jardim conversando com Yixing – Ele é um bom garoto! – ela continuou sorrindo.

Eu a abracei feliz, meio sem saber o que dizer, mas ainda assim contente.

Logo depois ela e meu pai se foram e eu decidi que só sairia do El Dorado quando me resolvesse com Chanyeol de uma vez por todas.

Fiquei meio disperso por todo o resto da noite.

Houve um momento em que todos já havíamos terminado de comer, e Jongin se juntou à Sehun para dançar alguns passos bem a frente da varanda. Embalados por uma pequena caixinha de som que haviam tirado de algum lugar (eu não fazia ideia de onde) eles se divertiam dançando I am the Best. Tenho certeza que as meninas do 2NE1 aprovariam os movimentos deles, se os vissem. Jongin já trabalhava com dança e nunca decepcionava, mas Sehun também estava fazendo um trabalho incrível remexendo os quadris e dando tapinhas no próprio traseiro.

 

***

 

Eu estava meio anestesiado, não consigo bem explicar. Só sei que eu não parecia estar ali. Eu me apoiava na estrutura de madeira que rodeava a varanda e olhava os dois garotos dançarem lá embaixo. Todos olhavam, na verdade. Junmyeon tinha aproveitado a situação para se aproximar de mim e fazer elogios ao corpo de Yixing.

Mas eu parei de prestar atenção quando me dei conta que havia dois olhos grandes me encarando de um ponto não tão distante.

Chanyeol sorriu e eu me permiti sorrir também. Tudo pareceu certo durante aquela pequena fração de segundo em que nós só tivemos um ao outro.

Mas o grito de minha vó, me despertou do transe.

- Baekkie, vem cá!

Me aproximei da senhora apenas lançando um ultimo olhar ao outro que continuava sorrindo para mim. A essa altura, Sehun e Jongin haviam terminado de dançar e se aproximavam de nós. E minha vó esperou que todos estivessem o perto suficiente para que pudessem ouvir ela dar as coordenadas.

- Bem meninos, eu acomodei vocês em três quartos. Sehun e Junmyeon vocês vão ficar em um quarto no segundo andar, Jongin e Kyungsoo ficam em outro e Baekhyun e Chanyeol ficam em um dos quartos do andar de baixo…

- Não! – Gritei alto demais, fazendo todos olharem pra mim. Só não daria certo dormir no mesmo quarto que Chanyeol.

- Eu posso dormir com o Baek… - Kyungsoo imediatamente começou a dizer em minha ajuda. Seus olhos passeavam por entre mim e Chanyeol como se fosse capaz de sentir a tensão que havia ali.

Na verdade, eu estava bem dividido entre não querer passar a noite no mesmo quarto que Chanyeol por medo e orgulho, e querer estar naquele quarto apenas para observar se ele seria capaz de tentar alguma coisa.

- Mas eu pensei que você quisesse estar em um quarto com o Jongin! – Minha vó falou olhando para Kyungsoo e disparou a pergunta – Vocês não são um casal?

A princípio ninguém se surpreendeu com a questão, mas depois percebemos que Kyungsoo havia entrado em um estado de choque ou sei lá… Ele começou a ficar cada vez mais vermelho e não se mexia, apenas seus olhos pareciam crescer mais ainda e ele permanecia em silêncio.

Jongin se aproximou e o encarou com um olhar contente, mas que depois se tornou um olhar meio triste, meio confuso e todos nós nos colocamos no lugar do moreno naquela hora. O momento foi bastante tenso e só piorou quando Kyungsoo resolveu quebrar o silêncio.

- Ele é só um amigo da faculdade. Jongin é só um amigo!

Sehun deu um gritinho abafado, a boca de Junmyeon se abriu de um jeito até obsceno e Jongin que era sempre um amor de pessoa ficou com uma expressão raivosa no rosto, mas que também era triste. Pode até parecer besteira, mas eu podia jurar que ele estava chorando.

Ele se virou para Kyungsoo e desceu as escadinhas da varanda, parando de costas em um ponto do jardim. Eu olhei para Chanyeol como se perguntasse a ele o que fazer e por um segundo eu quase me esqueci que não estávamos mais juntos.

Chanyeol no entanto pareceu entender meu pedido e seguiu Jongin, e Sehun fez o mesmo. Ao mesmo tempo em que Kyungsoo se deu conta da burrada que tinha feito e entrou correndo pra dentro da casa, sendo seguido por mim e Junmyeon, deixando vovó e Yixing confusos na varanda.

Ele caiu o sofá da minha vó escondendo o rosto.

- Ahhhhhh! – Ele gritou, acho que era um grito de vergonha e desespero.

- Porque você fez aquilo, Kyungsoo? – Perguntei, colocando minha mão na cintura e assumindo minha pose mais autoritária mesmo que ele não pudesse me ver.

- Tá óbvio. Porque ele é burro!  - Junmyeon falou mesmo, sem dó nem piedade, fazendo com que o outro choramingasse, ainda com a cara escondida no tecido do sofá.

- Junmyeon! – Dei uns tapas no outro pra ver se ele parava de ser tão insensível.

- Mas é burro mesmo! Ter um moreno alto bonito e sensual como Kim Jongin, é algo para poucos, ele tinha que ficar esperto. – Junmyeon estava arisco.

As palavras de Junma eram duras, mas no fundo ele tinha mesmo razão. Jongin era um menino muito bom e Kyungsoo seja lá por qual motivo não devia ficar se envergonhando dele.

- Eu não sei o que fazer para me desculpar com ele… - Kyungsoo finalmente mostrou o rosto e ele estava vermelho e cheio de lágrimas. Era bem raro vê-lo chorar.

- Eu tenho um plano, mas você vai ter que confiar em mim. – Uma das sobrancelhas de Junmyeon estava erguidas indicando que provavelmente aquela proposta era indecente.

Mas eu não pude fazer nada quando Kyungsoo se levantou e ficou sentado no sofá, arregalando o olho ainda mais conforme o outro contava o plano infalível. Tava na cara que tudo ia dar errado, mas eu não quis ficar ali para a ouvir, porque quando eles dois se dessem mal eu iria apontar e dizer: “eu avisei”.

Onde já se viu, Kyungsoo ouvindo conselhos de planos de Junmyeon? Ele devia estar bem desesperado mesmo.

Quando saí de dentro da casa, Yixing me mostrou que havia feito uma reorganização dos quarto, tentando fazer a paz reinar entre nós. Na nova divisão, eu e Jongin ficaríamos em um quarto, Sehun e Junmyeon em outro e Kyungsoo e Chanyeol ficariam no quarto do primeiro andar.

Pelo menos assim ninguém se mataria.

 

***

 

Fiquei apenas olhando a paisagem da varanda, e por isso vi quando meus tios retornaram e vi também quando Jongin voltou para dentro de casa acompanhado de Sehun.

O clima estava fresco e eu senti vontade de caminhar até a lagoa central do parque, ela era grande e eu sempre gostava de olhar para ela e pensar. Havia um deck grande e bonito onde eu poderia sentar e pensar na vida em paz e foi isso que eu fiz.

Em cinco minutos eu estava na beira da lagoa, jogando pedrinhas na água tentando fazê-las saltar, mas tudo que eu conseguia era que elas afundassem. Por algum motivo eu achei aquela situação toda muito engraçada e ri abobado encarando a água.

- Você precisa de técnica, Byun.

Chanyeol não pediu permissão, apenas assumiu um lugar ao meu lado no deck. Ele já tinha em suas mãos, uma pequena pedrinha e inclinou um pouco o corpo para lança-la na água. Ao contrário da minha, que afundou, a dele quicou três vezes na atmosfera da água.

Eu o olhei e lancei um sorriso que pareceu o fazer confiante o suficiente para iniciar uma conversa. Nós dois estávamos sentados e apenas encarávamos a água balançando os pés quando Chanyeol falou.

- Você parece muito bem. – Ele não me olhou.

Eu sorri um pouco, pensando que meu plano de ser um novo Baekhyun parecia ter surtido algum efeito afinal.

- Você parece bem também! – Eu sorria quando virei em direção a ele, e para minha surpresa ele me encarou por alguns instantes depois riu alto e baixou o olhar.

Lembrei das palavras de Kyungsoo, sobre a situação crítica em que Chanyeol havia estado em minha ausência. Se as palavras de meu amigo haviam sido verdadeiras, ele havia tido tempos difíceis. Imaginar tudo isso fez o meu coração apertar e eu fui inundado por uma vontade dúbia, queria sair correndo e queria chorar.

- Chanyeol… eu preciso me desculpar. – Eu mesmo me assustei com as minhas palavras.

Caramba! Eu havia sido direto demais, isso não estava certo… Ou será que estava? Bom, minha declaração pareceu vir em um momento propício porque ele, que estava ao meu lado apenas sorriu e me encarou.

Eu fugi de seu olhar dessa vez, mas estava difícil me controlar ali. Havia algo em Chanyeol que me deixava inquieto, e eu não conseguia decidir se gostava disso ou não.

- Você acha que o Jongin e o Kyung vão se acertar?

Ele estava me perguntando mesmo aquilo?

- Eu acho que o Kyungsoo pisou na bola, mas logo eles se resolvem. – Eu peguei mais uma pedra para atirar na lagoa – Quem se ama tem que ficar junto, não é?

Caramba, Baekhyun, olha o que você acabou de falar!

Eu fiquei assustado com as minhas próprias palavras, e inconscientemente tentei me afastar do outro, mas acabai me desequilibrando e se não fossem as mãos fortes de Chanyeol me agarrarem pelo tronco eu teria ido com tudo em direção ao fundo da lagoa.

Depois fui rápido em me desvencilhar de seu toque, mas fiquei envergonhado e não consegui olhar nos olhos dele. Constrangedor!

- Você tem razão Baekhyun, quem se ama tem que ficar junto! – Senti que o olhar dele estava fixo em mim, mas não tive coragem de encontrar aqueles olhos.

Eles me faziam lembrar de coisas que eu não estava pronto para reviver.

Mas algo estranho estava acontecendo. Eu sabia que estava com saudades de Chanyeol, mas aquilo que estava sentindo estava bem mais forte do que uma saudadezinha sabe? Minha pele queimava com aquela proximidade e eu sentia como se precisasse dele, como se ele fosse a coisa mais importante para mim.

E na verdade era, mas eu não podia ficar pensando naquelas coisas, então me concentrei para falar qualquer besteira.

- Na prática pode ser que o Kyungsoo tenha dificuldade de expressar como gosta do Jongin – Dei uma olhada rápida nele e continuei minha fala – Mas na teoria ele o ama muito.

Fiquei esperando que Chanyeol dissesse alguma coisa, qualquer coisa, eu nem sabia se minhas palavras faziam algum sentido, mas eu só queria que algum assunto levasse para longe da minha mente a vontade louca de beijá-lo que me consumia – porque era só nisso que eu pensava. Encarei a água quando ele finalmente falou.

- Mas o amor é muito mais sobre prática do que teoria, Baekhyun.

Não sei dizer o que aconteceu, talvez foi a frase toda cheia de significados, talvez tenha sido o timbre de sua voz quando disse meu nome, algo me fez ter a coragem necessária para fazer o que fiz. Lancei um ultimo olhar a ele, e mordi meu lábio inferior porque ele era bastante tentador.

E então eu fiz.

Eu parti para cima de Park Chanyeol como se ele fosse o último homem da Terra e o beijei loucamente como se minha vida dependesse daquilo. E ele me correspondeu entrelaçando seus braços pelo meu corpo para que eu não fosse capaz de fugir. Mas eu definitivamente não queria fugir. Nós dois beijamos como loucos. Aquele era um beijo de saudade, de reencontro, um beijo sedento e cheio de nostalgia. Nosso ritmo era perfeito e ficamos ali aperfeiçoando os movimentos com nossas línguas pelo que pareceu uma eternidade dentro de um mísero segundo. As nossas mãos passeavam pelo corpo um do outro, como se estivessem redescobrindo as peles.

Um flash forte veio sobre nós e nos desvencilhamos para encarar o ponto de onde o feixe de luz havia surgido.

- To tirando foto para guardar esse momento lindo! – Era Junmyeon e ele fingia enxugar as lágrimas do rosto. – Mas olha, façam o favor de demorar mais um pouco para resolverem as coisas, porque eu não quero voltar pra Seul agora. Estou curtindo o El Dorado. Yixing disse que vai me ensinar a cavalgar.

Ele era inacreditável.

- Junmyeon você vive dizendo que foi campeão de hipismo até os vinte anos! – Eu falei nervoso com a situação – E tem namorado!

- Primeiro, Yixing não precisa saber disso! E segundo, Yixing também não precisa saber disso! – Ele tinha as mãos repousadas na cintura – Eu amo o Dae, ok? Com Yixing é só uma coisa física e didática, sabe? Os músculos dele…

Nem eu e nem Chanyeol tivemos coragem de dizer alguma coisa depois de tanta besteira dita por Junmyeon. Então ele continuou a falar.

- O Jongin esta no mesmo quarto que você, Baek! E já está dormindo. Eu vim aqui ver se você estava bem porque vou me recolher também. Mas vejo que está em ótima companhia. – Mas podem continuar tirando o atraso.

Chanyeol ficou envergonhado, acho. Ele se virou de costas para o outro e voltou a encarar a água da lagoa. Quando eu olhei de volta para Junmyeon ele fazia uma espécie de mímica que eu não entendia, e sussurrava algo para mim. Depois deduzi do que se tratava quando ele começou a realizar uma sequencia de movimentos sexuais com a pélvis e a fazer caretas. Depois se foi, sorrateiro como havia aparecido ali.

Ele era constrangedor ao extremo!

Nós dois ficamos ali em silêncio, não nos beijamos mais nem trocamos palavra alguma, apenas ficamos ali, juntos. E o silêncio que pairava sobre nós era o mais barulhento que já se ouviu.

Só depois de muito tempo ali é que resolvemos voltar para casa. Cada um foi para o seu quarto

 

***

 

Já devia ser umas três da manhã.

Eu não conseguia dormir, lógico, porque tudo me fazia lembrar que eu beijei Chanyeol como um louco. Onde eu estava com a cabeça? Mas não conseguia me arrepender, eu estava bem feliz na verdade. Meu eu interior se vangloriava por ter conseguido um feito daqueles e o beijo havia sido um dos melhores da minha vida.

Ainda precisávamos conversar, ainda precisávamos nos resolver, mas naquela hora ali eu me deixei sonhar como um adolescente.

Por isso naquele momento eu encarava o teto me deliciando com as memórias, me permitindo fechar os olhos e reviver aquela cena da forma mais realista possível. Jongin roncava baixo na cama ao lado, mas o barulho não impediu de imaginar loucuras que eu poderia fazer com Park Chanyeol.

E aquelas eram loucuras muito mais loucas e proibidas do que simplesmente invadir um pequeno mercado no interior.

Chanyeol era lindo e minha imaginação fértil começou a imaginar ele cavalgando um cavalo branco como de Yixing, e ele vinha para me buscar na sacada da varanda e o El Dorado seria o nosso reino e nós seríamos felizes para sempre.

Acho que comecei a sonhar e fiquei meio dormindo, meio acordado. Pensei ter ouvido passos pelo quarto, mas presumi que eram apenas fruto da minha imaginação. Ou que Chanyeol estivesse invadindo o quarto para me beijar e fazer muitas outras coisas. Ele viria até minha cama e iniciaria uma sequência de toques provocativos e me faria enlouquecer.

O sonho começou a se tornar real em um nível muito forte, senti mesmo um corpo se deitar ao meu lado na cama. Senti uma respiração ofegante e descompassava do meu pescoço, e agradeci por Chanyeol ter tido aquela ideia brilhante. Jongin ali na cama ao lado, dormia um sono profundo e era bem provável que não se lembrasse de nada no dia seguinte. Então deixei que os dedos de Chanyeol começassem a invadir minha camiseta e a massagear meu corpo.

O engraçado é que a saudade havia tornado tudo bem diferente, ele parecia diferente, seu toque parecia outro. E não era ruim, só diferente, como se fosse outra pessoa.

Os toques se tornaram cada vez mais sensuais, e ele começou a baixar as mãos, ao mesmo tempo em que começava uma trilha de beijos pelo meu pescoço e minhas costas. Aqueles beijos estavam diferentes, e a boca de Chanyeol parecia nova. Tentei começar a dizer alguma coisa, mas ouvi ele sussurrar um shhh para que eu me calasse. Então eu obedeci.

Foi então que eu entendi. Aquele que me beijava usou seu tom mais sensual e sussurrado para falar.

- Jongin-ah! Me desculpe, eu não me envergonho de você, eu te amo…

Droga! Aquilo não podia ser real, definitivamente não podia! Eu me virei calmamente ainda que tivesse vontade de fugir. E meus lábios quase encontraram aquela boca carnuda a centímetros da minha.

Então aqueles olhos gigantes se abriram e ele percebeu que eu não era Jongin.

-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH – Até Kim Jongdae em Seul deve ter sido capaz de ouvir aquele nosso grito!

 


Notas Finais


Baeksoooooooo!
O yixing mora na casa da vó do baek, viram? asjfhafjahfjafh
Entenderam o titulo do Capitulo? Aquela música: meia noite no meu quarto ela vai surgir...
Espero que vocês tenham gostado e espero que tenha sido suficiente para matar a saudade da fic, que agora aos pouquinhos vai voltando a sua atmosfera divertida (obrigada junmyeon)! Vou aos pouqinhos respondendo os comentários, ok?
Ah, quero agradecer muuuuito o carinho que vocês depositam na fic e que tem comigo também! Valeu muito. Essa fic é de vocês. Para quem não sabe a fic ganhou um trailer, assistam, viu? https://www.youtube.com/watch?v=dZ_j75m8JC4

É isso, comentem porque a melhor coisa da vida é comentário de lumi!

AH, só mais uma coisa: to pensando em fazer com os leitores o projeto lumiere, ou seja um vídeo igual ao de Chanbaek na fic, vocês me mandariam textos, imagens, videos, depoimentos dizendo do que as move e de como a fic ‘bateu’ em vocês, como foi ler cada pedacinho dela, se ajudou de alguma forma, Recebo muitos depoimentos sempre e pensei que podíamos fazer algo. O QUE ACHAM?
Beijinhos,
Lut @baekonda


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